sexta-feira, novembro 23, 2007

Napalm Death – Utopia Banished

Há exatos 15 anos atrás o cenário death metal/grindcore já efevercia com excelentes bandas, mas um dos mestres lançou uma obra de arte. Após o esporro dos dois primeiros lançamentos (Scum e F.E.T.O), da mistureba do terceiro álbum (Death By Manipulation) e da evolução do seguinte (Harmony Corruption), os caras novamente mudaram de formação e voltaram com o que eu considero o mais completo álbum de sua coleção: Utopia Banished é clássico e ponto final! Infelizmente alguns álbuns posteriores a ele não apresentaram o mesmo poder, mas à partir de 2000 quando lançaram Enemy Of The Music Business parece até que eles resolveram ouvir novamente este Utopia Banished para ter inspiração e eliminar de vez o experimentalismo.
As constantes mudanças de formação cessaram neste cd e por muito tempo eles não mudaram o time, exceto quando Barney decidiu sair por volta de 1997, quando discordava do som mais experimental que a banda fazia. No álbum anterior estrearam Mickey Harris, vindo do Hardcore Righteous Pigs, Barney Greenway vindo do Death Metal Benediction e Jesse Pintado, vindo do espetacular Death/Grind Terrorizer e a estréia neste foi Danny Herrera, que era amigo de longa data dos caras. Lembro de uma reportagem da "extinta" Bizz que nada menos que João Gordo praticamente declara seu amor pelo Napalm Death ao ouvir esse cd e ver que os caras melhoraram a incrível mistura de death metal, hardcore e grindcore. E não era por menos!
A seqüência apresentada neste cd é fantástica. Sinceramente não dá para ficar parado com o poder de cada som. Em "Discordance" eles preparam o terreno com um som meio industrial muito utilizado na época por influências do Ministry e do Nine Inch Nails, mas "I Abstain" bota o trem nos trilhos e "Dementia Acess" (a minha favorita) quebra tudo! Quando a MTV ainda esboçava qualidade, era normal ver o clipe de "The World Keeps Turning" nos programas específicos de metal (É... um dia a MTV já teve programas só com clipes, entrevistas, notícias e até bandas ao vivo nos estúdios. Ahhh... por favor não venha dizer que hoje ainda aparecem bandas como o NX Zero tocando ao vivo lá!). Os riffs criados pelo mestre Jesse Pintado (R.I.P) são claros em "Idiosyncratic", enquanto a porradaria característica de Harris em "Aryanism" formam uma dobradinha que remete aos antigos shows de Hardcore, ou seja, sem espaço para descanço.
Para falar do Napalm Death é necessário um comentário a parte sobre Mark "Barney" Greenway. O cara usa e abusa de vocais extremamente rápidos, guturais e entendíveis. As letras do cara também são um caso à parte. Em "Distorting The Medium", o cara critíca aqueles que não têm identidade e ainda dá um recado: Don't let them mould your identity. Em "Got Time To Kill" ele prega que os conceitos ideológicos ultrapassados precisam ser eliminados. Há ainda espaço para "Contemptou" que finaliza o cd de maneira industrial e é a maneira que nos dias de hoje eles costumam finalizar seus cds.
Há uma versão nacional que contém mais seis sons gravados em 1995 e que, certamente, decidiram tirar do Fear, Emptiness, Despair ou nem incluir no Diatribes, porque todas são tão brutais quanto as faixas do cd. Esta versão completa você baixará clicando na capa do cd.
Como sempre posta Shane Embury...
Cheers!!!

3 comentários:

Anônimo disse...

Parabens pelo seu blog!!!!!!!!!!!!!!!
Muito bom mesmo.
Bom gsotaria que me ajudasse a encontrar cd dessa banda The Ramblers, uma musica deles se chama New Day Rising e pode ser visto neste site
http://www.skuff.tv/channels/theramblers/
Grato
Abracos
Ricardo

Leandro L. Vidal disse...

esse disco eh foda!!

Anônimo disse...

gotta love shane and his boys !