sábado, janeiro 27, 2007

Black Sabbath - Born Again


Vou considerar o post de hoje especial. Não só pelo fato de o disco em questão ser mais um clássico, mas sim porque falarei não só dele, mas de mim também.
Muitas das músicas tem algo a ver comigo, meu passado e meu presente. O título do disco já descreve como eu me sinto hoje: Como se tivesse nascido novamente. Não vou dizer que 2006 foi um ano ruim, pois aconteceram várias coisas boas e aprendi muitas coisas também, mas poderia ter sido um ano muito melhor. Estamos recém no começo de 2007, é ano novo. Tempo de recomeçar algumas coisas, terminar outras, olhar pra frente e esquecer o que passou. É isso que estou fazendo e, pelo jeito, 2007 vai ser melhor.
O disco aqui em questão marcou na época, pois com a saída de Dio, o vocalista, a banda estava desesperadamente à procura de um novo substituto e o encontrou em uma mesa de bar. Seu nome? Ian Gillan. Certamente todo mundo o conhece, pois ele era vocalista do Deep Purple, então despensa apresentações. Com a nova formação, a banda entrou em estúdio no ano de 1983 e gravou esse disco que para muitos dos fãs é o melhor.
A primeira música já te mostra bem o que esperar do disco, pois “Trashed” é total heavy metal, com riffs marcantes, solos destruidores e Ian Gillan detonando tudo com seu vocal rasgado e os gritos super agudos. A música é baseada em fatos reais, fatos ocorridos em uma noite que Ian Gillan encheu a cara mais do que devia e acabou indo andar de kart na pista que ficava ao lado do bar. O resultado? Um acidente, é óbvio. Leia partes da música aonde ele canta algo como “Eu estava girando, os pneus queimando, o chão era meu céu, e eu ria enquanto a puta estava detonada!”. Parece engraçado, mas por pouco o cara não bate as botas. Eu também já passei por situação semelhante. Quando tinha 15 anos, bebi mais do que devia e acabei pegando um coma alcoólico. Os meus resultados foram diferentes dos do Ian Gillan, pois o cara “só” causou um acidente de kart, enquanto eu fiz meus pais perderem a confiança que tinham em mim e mais muitas outras coisas que vocês não irão gostar de saber que aconteceram. Logo após essa música matadora, temos uma faixa instrumental e após ela temos uma música que eu duvido que alguém consiga fazer um cover decente: Disturbing The Priest. Galera, a linha vocal dessa música é simplesmente fantástica! Hoje em dia o Ian Gillan não conhece fazer isso nem a pau, mas na época ele fazia, e como fazia! Toni Iommi não deixa por menos e tira uma riffarada cabreira. Os outros destaques desse disco são a rápida e empolgante “Digital Bitch”, “Hot Line” e a faixa título, que é um exemplo de música com sentimentos de tristeza, desespero e esperança.
O único problema desse disco é que, quando a banda foi gravar, estavam com condições financeiras ruins e os caras do estúdio “sacanearam” literalmente dando equipamentos ruins e até uma caixa de guitarra estourada para o Tony, que só foi descobrir isso quando já estavam finalizadas as gravações. A masterização em geral é meio ruim também, mas nada tão ruim assim que te desanima de escutar. Após a turnê, Ian Gillan deixou a banda e nunca mais fizeram nada juntos.
Baixe esse discão clicando aqui, mas só se você curte um bom heavy/rock feito por quem realmente entende do assunto. Agradecimento especial ao Nails que me mandou o link e a capa do disco, já que hoje estou na net discada e num pc que mal abre um site! XD
Ah, e se seu 2006 fui ruim, esforce-se para fazer de 2007 um ano melhor!
Um abraço e bom final de semana a todos vocês, caros leitores.

5 comentários:

Administrador disse...

nosssa correu uma lágrima de emoção aqui com a dedicatória!
valeu julio!

Anônimo disse...

Conheci seu blog esta semana, e pude perceber que você é um menino esforçado e de razoável bom gosto.
Como você está debutando agora no mundo do rock ( tenho 48 anos de idade e 38 de rock ), posso de garantir o seguinte: Ian Gillan realmente é um grande vocalista e já gravou discos antológicos, mas não foi junto com o Black sabbath que isso aconteceu, pode ter certeza. Outra coisa: o Black Sabbath tem vários lançamentos clássicos e em todos eles, o vocalista é sempre o mesmo: Ozzy Osbourne. Os discos "Black Sabbath", "Paranoid", "Master Of Reality", "Vol. IV" e "Sabbath Bloody Sabbath", são clássicos inigualáveis, e nem mesmo o bom e esforçado Ronnie James Dio, consegue algo parecido, em suas gravações no Sabbath.
Disco bom é uma coisa, clássico é outra.

Julio Cesar disse...

Bom, gosto é gosto!
Eu considero esse disco aqui melhor que muitos gravados com o Ozzy, inclusive estes que você citou. Não tem como dizer qual é melhor, pois sempre haverão divergências, mas, NA MINHA OPINIÃO esse disco aqui é clássico, muito bom e tudo mais de adjetivos benígnos.
Obrigado!

Anônimo disse...

O nome do conjunto não é Black Sabbath e sim Black Purple. Penso que foi o melhor disco dessa coisa chamada Black Sabbath sem o Ozzy. Júlio, você foi muito feliz nos comentários. !disturbing the Priest é a minha preferida. Perturbando o sacerdote(rá, rá, rá). IAN Gillan parece estar possuído nessa música. Não importa se é Balck Sabbath ou Black Purple, ou qualquer outra coisa, o disco é ótimo.

Anônimo disse...

nossa que palavras lindas