segunda-feira, abril 30, 2007

Sodom - Agent Orange


Sodom é a única banda do Trio Alemão que ainda não tinha dado as caras por aqui. Admito que realmente foi mancada minha não ter postado antes, pois são, além da melhor banda de thrash da Alemanha, uma das melhores do mundo! Ok, mas para me "redimir" decidi postar o Agent Orange, que é um dos mais clássicos deles.
A banda surgiu em 1982, fundada pelo líder, vocalista e baixista Thomas Such, mais conhecido por Tom "Angelripper" (estripador de anjos) e o guitarrista Frank Testegen, conhecido como "Agressor" e um baterista que foi brevemente substituído por Christian Dudeck, mais conhecido como "Witchhunter" (caçador de bruxas). Com essa formação estável, gravarm duas demos muito influenciadas por Venom. A proposta inicial da banda, como era de se esperar, era executar o black metal ao estilo do já citado Venom, hoje em dia chamado de "black metal old school" por soar muito diferente das bandas de black atuais, tais como Dark Funeral e Marduk.
Em 1984, sai In The Sign Of Evil, primeiro EP e material oficial da banda. Esse disco é considerado por muitos como um disco de black metal, devido à sua temática satânica. Após isso, com mais algumas mudanças na formação, o Sodom foi amadurecendo e mudando sua temática juntamente com o instrumental. As músicas começaram a ser mais trabalhadas, a banda deixou de lado as gravações tosqueiras e Tom começou a cantar com um timbre mais próprio, bem como a tratar de assuntos mais sérios como as guerras. Essa mudança mais brusca começou no álbum Persecution Mania, de 1987.
Eis que, em 1989, os caras lançaram essa porrada clássica do thrash! Com letras muito inteligentes contra as guerras e músicas muito mais elaboradas, Agent Orange é, possivelmente, o melhor álbum do Sodom. É difícil dizer isso com precisão, levando em consideração que os caras surgiram em 82 e até hoje lançam discos, como o auto-intitulado Sodom, de 2006. Porém, uma certeza existe, que esse aqui é um dos melhores. E agora você vai saber o porque em dois motivos:
1º - Acharam o caminho próprio! Depois desse disco, Sodom começou a ser conhecido por ser "Sodom", e não uma banda semelhante ao Venom ou outra qualquer de black metal. Ah, e músicas como "Baptism Of Fire" e "Ausgebomt" empolgam geral! Com riffs marcantes de guitarras, refrãos grudentos, solos destruidores e a bateria super pegada, creio que são as melhores do disco.
2º - Outras são mais trabalhadas, passando por diversas velocidades e com uma duração maior, tais como a faixa título e "Tired And Red".
E não pense que o restante do CD fique atrás, pois é bem parelho.
Para a época, a masterização/mixagem deixou o lance classe A, soando muito boa até hoje.
Curto muito Sodom e até sou meio suspeito pra falar da banda, mas, se você curte um bom thrash metal com umas pegadas de hardcore, baixe clicando aqui que você não irá se arrepender.

Job For A Cowboy - Doom


Mais um álbum que já havia sido postado, e agora é repostado pelos mesmos motivos do Speed/Kill/Hate, ou seja, é uma banda que vale a pena ouvir! Esse foi um dos primeiros que eu postei, e, como expliquei antes, não haviam muitos visitantes e os cd's expiravam. Felizmente, hoje a situação é outra, e agradeço novamente a todos vocês por nos visitarem, baixarem os álbuns e comentarem. Valeu mesmo! :D
É sempre muito bom ver que algumas bandas ainda prezam pela originalidade em vez de ficarem copiando umas às outras descaradamente. Começo falando isso porque essa banda aqui soa como única, para mim.
Tive uma grande surpresa e enorme satisfação quando ouvi este EP do Job For A Cowboy pela primeira vez, e isso só aumentou com o tempo.
De começo, pensei que fosse mais uma banda gringa ao estilo do Massacration (garanto que vocês também acharam o nome estranho, não?), mas não é zuação nenhuma. O negócio aqui é sério mesmo, apesar do nome soar estranho. Na verdade, parece que virou "moda" lá no exterior os caras batizarem as bandas com nomes gigantes ou estranhos e executarem som extremo e trabalhado.
Doom é o primeiro trabalho dos caras após uma demo, e o que se ouve aqui nesse EP é um tipo de death metal muito trabalhado, muito bem executado e muito bem gravado. Algumas pessoas dizem que o estilo da banda é "deathcore", mas eu, particularmente, não vejo traço algum de hardcore no som deles. Não é um death metal puro, seria algo sem rótulo. Existem bandas que estão acima de rótulos, e o JFAC é uma delas, com certeza.
É uma das melhores bandas atuais e esse ano promete, pois está para sair o full-lengh, entitulado de Genesis.
Sobre as músicas da demo, a meu ver, não possuem nada de excepcional. O legal é que a mudança foi enorme dessas demos para o EP, e os caras fizeram algo normal virar algo matador e surpreendente.
Começa com uma intro bem bizarra chamada "Catharsis for the Buried", aonde você escuta alguém que parece estar sendo enterrado vivo gritar desesperadamente: "Let me out!" e logo em seguida, grudada no fim dessa intro, vem "Entombment of a Machine", uma porradaria insana com alterações de velocidade e muita variação. Pouca coisa se repete, não conheço banda que faça som parecido com o do JFAC, por isso você só entenderá ouvindo. E após ela o som não baixa o nível em momento algum, pois todas, eu disse TODAS, as músicas são digníssimas de nota. "Suspended By The Throat", "The Rising Tide", "Relinquished" ou "Chicken So Delicious" (também conhecida como "Knee Deep") são músicas excelentes e realmente não consigo destacar uma entre elas.
De bônus para vocês, acrescentei as faixa "Entities" e "Embedded". "Entities" saiu como faixa "oculta" em algumas prensagens americanas, e "Embedded" é uma das músicas do CD novo que vazou antes de ser mixada/masterizada.
Já começam a ganhar seu merecido reconhecimento, e eles têm tudo para serem um grande nome do metal mundial. Apesar da maioria dos fãs de death metal old school estarem torcendo a cara para o Job For A Cowboy, eu apóio e recomendo a banda. Já mandei pintar camiseta dos caras e só não comprei o material porque existe apenas na gringa. :/
Download.

Cypress Hill - Black Sunday

O nosso blog aqui é "conheçido" por postarmos discos clássicos de Rock, algumas desgraçeiras e algo meio underground, mas na medida do possível, sempre tento variar isso, postando alguns eletrônicos e alguns discos de Rap, que possam agradar o mesmo público. Meu último disco do estilo não faz muito tempo que foi para o ar, trata-se de uma das minhas bandas favoritas, que é os Beastie Boys, mas antes disso, eu tinha postado o maravilhoso It Takes A Nation Of Million To Hold Us Back, do Public Enemy, mas isso foi lá em fevereiro, mas e daí? Grandes coisas, vamos de som.
Passei o fim de semana inteiro sem som no computador, pois eu instalei Vista e o Driver de som não deu certo, mas me deu um preguiça enorme de ir atrás de algum que funcionasse que eu preferi ficar escutando meu CDs, e nossa, nem eu sabia que eu tinha tantos, e durante essa semana isso vai refletir aqui no blog, vou botar alguns dos discos que eu achei lá em casa. Black Sunday eu comprei ano passado, numa daquelas promoções de balaio, vendendo discos por preço de banana, comprei ele junto com um Meat Puppets, e se eu tivesse que pagar R$20, pagaria, pois esse disco realmente vale a pena. Esse é o disco mais importante pra carreira dos Xicanos do Cypress Hill, lançado em 93, com singles maravilhosos no calibre de "Insane In The Brain", "When The Shit Goes Down", "Lick a Shot" e a manjada "I Wanna Get High", fez o nome da banda, e atingiu cifras astronômicas, e algo como platina tripla, algo que nenhum conjunto de Rap tinha conseguido até então.
O Cypress Hill já apareceu aqui no blog há um tempão atrás, com outro ótimo disco, o Los Grandes Éxitos En Español, que traz algumas das músicas desse cd em versão Latina. Famosos por seus shows polêmicos (Um bom exemplo, foi a apresentação da banda no Saturday Night Live, em que após executarem uma música, quebraram todo os instrumentos enquanto o DJ fumava um Beckzão), fazem um rap de primeira linha, com letras que lembram o gangsta rap, militando pela liberação da Marijuana, violência, tudo cantada pela voz nasal de B-Real, que muitos acham enjoada, mas que eu acho muito massa, junto com as batidas pesado e ritmos e samples afude, fazem desse disco essencial para quem quer começar curtir o som do Cypress. Clica na capa e faz o download.

domingo, abril 29, 2007

Damageplan - New Found Power


Banda criada pelos irmãos Dimebag e Vinnie Paul, após a separação do Pantera.
Damageplan teve uma vida curta, nos deixando apenas esse grande New Found Power, e de uma maneira muito infeliz, pois, caso alguém não se lembre, um FILHO DA PUTA chamado Nathan Gale entrou no último show da banda e assassinou o guitarrista Dimebag Darrel, juntamente com mais alguns espectadores e acabou sendo assassinado por um dos seguranças antes de derramar mais sangue inocente à toa.
Fazendo uma mistura muito louca de metal moderno com thrash e o famoso "power groove" criado pelo Pantera nos anos 90, Damageplan agradou a muita gente e com certeza iria render ótimos frutos no futuro, porque esse CD aqui é uma pedrada na nuca! É uma hora de som bom, passando por diversas situações e soando nem um pouco reto.
São 14 músicas que compõem New Found Power, e eu gosto em especial de "Breathing New Life (Darrel escancara naqueles guitar screams bem típicos dele), "Save Me" (tem um refrão lindo e marcante), "Fuck You" (puta rifferama desgraçada e vocal agressivo! Esse som tocava muito no Gordo Freak Show), "Blink Of An Eye" (tem um trabalho muito bom baseado na melodia da guitarra) e "Explode" (uma das mais pesadas).
Para ser sincero, gosto do CD inteiro, pois a guitarra de Dimebag Darrel é marcante e única, Vinnie Paul é um dos bateras que mais gosta de sentar o sarrafo no instrumento, os vocais de Pat Lachman são muito agressivos e rasgados e o contra-baixo de Bob Zilla tem um peso surreal, chega a fazer as caixinhas de som do PC tremerem! >:D
Lamentável, realmente é muito lamentável que a banda tenha acabado dessa maneira.
Dimebag foi um músico que sempre será lembrado por ter gravado grandes cd's como The Great Southern Trendkill e por ter consolidado seu nome na cena da música pesada mundial. Que descanse em paz.
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sábado, abril 28, 2007

Cryptopsy - None So Vile


Cryptopsy sempre será lembrada como uma das primeiras bandas de death metal técnico e esse seu None So Vile como um clássico absoluto, muito cultuado entre fãs de metal ao redor do mundo até os dias de hoje.
Já vou avisando agora para não ouvir reclamações depois: Se você NÃO CURTE vocais não entendíveis, não baixe o CD; pois os vocais de Lord Worm são totalmente urrados, guturais e rasgados, cantados de uma forma que não se entende porra nenhuma da letra. Tirando isso, o restante do CD pode agradar a muita gente. Eu gosto deles com ou sem vocais entendíveis, pois é uma das bandas mais competentes do estilo, fazendo em todos os seus trabalhos músicas que me prendem muito à audição, me fazendo prestar atenção em cada arranjo ou detalhe mínimo que exista nas músicas.
O nome do estilo diz tudo, é um death metal com músicas de técnica extrema! Sejam riffs ou solos de guitarras, slaps de contra-baixo ou viradas cabreiras e bumbos alternados na bateria. Quem gosta de escutar um som trabalhado e presta atenção em todos os detalhes das músicas, vai se amarrar no som do Cryptopsy!
Após o lançamento dessa porrada, a banda recebeu proposta de uma gravadora major, a Century Media, que é muito conhecida por ter em seu cast muitas bandas de metal extremo, dentre elas o Krisiun. Por causa disso, o álbum seguinte, batizado de Whisper Supremacy, teve distribuição mundial e esse foi mais um passo importante para a banda consolidar seu nome na cena. Após o lançamento, a banda partiu em turnê pela Europa e América, fazendo também algumas apresentações no Japão.
Além disso tudo, servem de inspiração para muitas das bandas que hoje em dia executam o estilo de forma mais técnica, tais como Beneath The Massacre e The Faceless.
Isso é compreensível, pois estamos em 2007 e None So Vile é de 1996.
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sexta-feira, abril 27, 2007

Monster Magnet - Monolithic Baby!

Lembro exatamente da última vez que eu postei um cd do Monster Magnet, era a primeira também, foi atendendo alguns pedidos, e teve uma discussão aí por causa dos tais "bitrates". Bom, lá eu expliquei que a gente tenta aí botar o que pedem, e aquele cd em especial, eu tinha achado só naquela qualidade, e realmente, pra quem curte o som no MP3 ou meio baixinho, não faz muita diferença, mas se tu quer arregaçar o som, faz toda a diferença, e ainda mais se tratando de Monster Magnet, que é o tipo de banda que tu tem que escutar muito alto, pois o som passa uma energia muito alta.
Conheçi a banda quando me interesse pelo tal rótulo Stoner Metal, eles são uns grandes nomes do tal rótulo, mas depois escutando pra valer, quando postei o disco Dopes To Infinity, eu percebi que os últimos discos podem ser considerados muito mais Metal Alternativo, ou Rock Alternativo, do que o Stoner. Monolithic Baby! é o último disco lançado pela banda liderada por Dave Wyndorf, em 2004, e assim como nosso amigo Kid Rock, os caras tiveram músicas veículadas em filmes de "ação", como é o caso do filme Fúria em Duas Rodas, a tal versão "Velozes e Furisoso em Moto", com participação do Ice Cube. A música foi "Master Of Light", e não só simplesmente tocado no filme, a música foi tocado numa performance da própria banda em show durante o filme. Além disso, a banda também tem um flerte com o pessoal da briga, tendo músicas tocada pro pessoal do Smackdown vs. Raw.
Rock de ótimo qualidade, guitarreira comendo solto a todo instante, com ritmos que vezes lembram o MC5, com um bem de Detroit mesmo, e com a forte influências do rock setentista viajão, fazem deste, mais um ótimo disco dessa banda de New Jersey. Após o lançamento do disco a banda deu um tempo, mas fontes indicam que eles voltaram esse ano, nessa onda de bandas ressucitadas, ou de tiozões mostrando que ainda podem chutar alguns traseiros. Então clica na capa e curta o sonzão que não sai mais da minha playlist.

Exodus - Bonded By Blood


Formada em 1982, em San Francisco, Califórnia, por 5 cabeças, entretanto apenas 3 delas são mundialmente conhecidas. Quem são? Kirk Hammett, que no ano seguinte debandou para o Metallica; Gary Holt, um dos melhores guitarristas de metal de todos os tempos e Paul Baloff (R.I.P.), vocalista que tinha muito carisma com os fãs e uma das vozes mais raras e agressivas já escutadas no mundo da música. Não que os outros membros não eram competentes, mas realmente não há porque ficar falando deles, tanto que foram substituídos antes do primeiro álbum e devemos levar em consideração que Bonded By Blood é um clássico absoluto do thrash com muitas coisas boas a serem ditas a seu respeito.
Mesmo sendo uma banda de alto nível e sempre lançando álbuns que vão de "bom" a "ótimo", nunca conseguiram o mesmo reconhecimento de nomes como o Megadeth, e digo que isso é um absurdo, a meu ver. Mas o nosso blog pode mudar isso, né? Vocês tem a oportunidade de conhecer o som dos caras e tirarem as próprias conclusões sobre se eles são ou não melhores que muita banda renomada.
Não tenho certeza quanto a data de lançamento, mas creio que foi no final de 1984 ou começo de 1985. Independente disso, continua soando violento e original até os dias de hoje. Músicas como "A Lesson In Violence" e "Piranha" te mostram todo o poder do Exodus, e eu nem precisava falar mais nada, mas, mesmo assim, quero falar mais sobre esse álbum, pois não ficaria satisfeito em resenhá-lo sem dar alguns outros destaques que são merecidos.
A pancadaria começa com a faixa título, esse som é caracterizado pelos riffs e solos de guitarra bem típicos de Gary Holt, um refrão agressivo em coro e os vocais agudos e ao mesmo tempo rasgados de Paul Baloff. Na seqüência, "Exodus" aparece com um riff de introdução matador, e depois os demais instrumentos entram numa velocidade muito empolgante. Esse riff é repetido inúmeras vezes, e novamente Paul Baloff manda uma linha vocal bem ao seu estilo, juntamente com alguns coros em algumas partes. Os solos, puta que pariu, são excelentes! Cada um dos guitarristas manda um, os dois de nível. "A Lesson In Violence" é uma das mais rápidas do disco, muito bem composta e trabalhada. O modo como Paul canta dizendo que "vai lhe ensinar uma lição na violência" é cheio de feeling, pura agressão mesmo! >:D Eu canto em bandas já fazem uns 3 anos, e afirmo a vocês: Mandar uns vocais assim é extremamente difícil. Mesmo quem tem a voz aguda (não é meu caso, mas...) sente dificuldade para fazê-la soar rasgada e agressiva ao mesmo tempo, tanto que se você escutar um metal melódico à la Stratovarius vai perceber que o lance é totalmente "inofensivo". E o que falar de um dos hinos do metal? A música "Metal Command" tem a letra que representa fielmente os headbangers da época, a instrumental mais empolgante do disco e o refrão mais chiclé, aquele que te obriga a gritar junto "METAAAALL COMMAAAAND!"! "Piranha" já começa rasgando tudo com uma intro de bateria e uns riffs muito bons de guitarra. O solo de Gary Holt é fenomenal, o cara realmente é bom naquilo que se propõe a fazer. As outras músicas seguem a mesma linha de violência, fazendo esse disco ser o melhor deles (na minha opinião, claro) sem nenhuma faixa ruim!
Bom, agora vou lhes falar sobre algo que, creio eu, deve ser exclusividade do nosso blog. Lembram quando eu disse no post do D.R.I. sobre o Combat Tour, de 1985? Então, foi um evento com shows do Slayer, Exodus e Venom. Eu tenho esse show em vídeo, e usei um programa para extrair o áudio e transformá-lo em mp3. Essas músicas só existem em vídeo, nenhuma está registrada em CD ou vinil oficial. Como esse aqui é o post do Exodus, coloquei de bônus duas faixas do Combat Tour, "Piranha" e "Metal Command" (clique no link para assistir), para vocês verem como a banda era excelente ao-vivo. Infelizmente, Paul Ballof foi substituído e o único material ao-vivo com ele é essa apresentação do Combat Tour.
Como todos devem saber, devido ao ano, a gravação não é das melhores se comparada ao que existe hoje em dia. Por isso, saiba que isso tudo que eu falei deve ser analisado com ouvidos dos anos 80. ;)
Download da pérola: Aqui.

Hate Eternal - I, Monarch


Só por ser a banda de Erik Rutan, ex-guitarrista do Morbid Angel, já dá para ter certa noção de que não é uma banda qualquer, e sim uma banda de death metal muito mortífera.
Nascida em 1996, a banda tinha e ainda tem a proposta de executar um death metal rápido e cheio de ódio, movido a blast-beats, vocais guturais, rasgados e agressivos e um trabalho muito intenso de guitarras.
Após longa procura de Erik por músicos capazes de executar tal proposta, foram encontrados o baterista Tim Yeung, o baixista e backing vocal Jared Andersons (R.I.P.) e o guitarrista Doug Cerrito (ex-Suffocation). Com o line-up firme e forte, veio o primeiro cd, no ano de 1999, chamado Conquering The Throne. Com o instrumental poderoso e as letras de Rutan abordando temas como filosofias antigas, escrituras, opiniões pessoais, profecias e diversos outros temas, a banda despertou a atenção da crítica e de boa parte dos deathbangers do mundo, provando que muita coisa ainda estava para acontecer. Em 2002, lançaram King of all Kings, seguindo a mesma linha de brutalidade. Após problemas com a estabilidade da formação, Rutan chamou o baterista Derek Roddy (ex-Nile e Malevolent Creation) e o baixista Randy Piro para gravar essa porrada chamada I, Monarch.
Lançado em 2005, esse CD aqui é pra quem curte aquele death metal baseado na velocidade, sem toques de cadência e sem deixar a empolgação cair por um segundo! É death metal sólido e muuuito rápido, com riffs de guitarras muito bem construídos e execução precisa, sustentados pelos vocais ora guturais ora rasgados e muito violentos, porém, acima de tudo, altamente compreensíveis. As letras, como era de se esperar, abordam temas diversos. Algumas são totalmente interessantes, letras que eu tiro o chapéu para o compositor, tais como "Behold Judas" e "The Victorious Reign".
Todas as músicas tem um trabalho legal, e a última-faixa, "Faceless One", é uma instrumental digníssima de nota.
Se há um problema nesse disco, é só um, o volume do contra-baixo. Creio que DEVERIA ser mais alto e grave, pois assim I, Monarch poderia ser um clássico e item indispensável na coleção de qualquer fã de death metal. Já que não é assim, soa como um álbum muito legal de ser conferido, mas não chega a ser obrigatório.
Atualmente, Erik Rutan é dono de um estúdio de gravação na Flórida e vem marcando o seu nome como produtor, pois como guitarrista já é consagrado.
Download.

quinta-feira, abril 26, 2007

Black Sabbath - Heaven And Hell


Fico muito lisongeado por poder compartilhar esse grande disco com vocês, pois é um dos melhores do Black Sabbath e, sabe-se lá o porque, ninguém havia tido a idéia de postá-lo antes. Para vocês terem noção de como eu gosto dele, saibam que tenho-o em vinil e CD original! ^^
Lançado em 1980, esse disco foi o primeiro com Dio nos vocais, e aqui vocês encontram o Sabbath tocando um heavy metal mais leve, sem muitas viagens e psicodelias. Pra mim, o estilo é "heavy metal clássico" e o disco é também um clássico devido às excelentes composições. Essa mudança para algo mais limpo e leve já começava a aparecer no álbum anterior, o Never Say Die!, muito conhecido por ser o disco de despedida de Ozzy com a banda em estúdio.
Com certeza Heaven and Hell foi gravado num período de inspiração mútua entre os membros, pois me lembro de ter visto um vídeo onde que Toni elogiava Dio, falando que sua voz era espetacular e que, além de vocalista, ele era ótimo compositor. Toni não estava errado, e a prova disso é que Dio canta e compõe muito até os dias de hoje. A interpretação vocal nesse disco é fenomenal e única, não é à toa que muitas pessoas consideram o baixinho como o melhor vocalista do mundo! Geezer aparece muito mais que no álbum anterior e Bill Ward recuperou a vontade de tocar bateria.
São 8 músicas, todas muito bem construídas e executadas. Sabem, é injustiça dar destaques avulsos, porque esse disco realmente é excelente, por isso recomendo a todo mundo que gosta de escutar um rock clássico ou heavy metal.
Na época, alguns fãs não gostaram, pois preferiam muito mais as interpretações "satânicas" de Ozzy, bem como as letras terroríficas e ocultistas de Geezer, muito presentes em álbuns como o primeiro. Aqui, as letras são cheias de poesia, linguagem figurada e surrealismo, todas escritas por Dio. Por causa disso, como já foi dito ali em cima, o disco é mais leve. Creio que tende a agradar todos, pois escuto em casa junto com a minha família e ninguém reclama. Algumas vezes lembro de ter escutado da minha mãe: "Esse rock é legal! Esse cara canta, não é aqueles "grrruuhhh! grrrrruuuhhh!" que tu vive escutando!". Entretanto, se vocês quiserem escutar um álbum pesado e com o Dio, baixem o Dehumanizer.
Então, faz o download aqui e depois deixa um comentário dizendo se é ou não uma obra de arte! ;)

Muddy Waters - Muddy "Mississippi" Waters Live (ao-vivo)


O clima me favorece para postar esse grande disco. Dia chuvoso, meio friozinho e bem tranqüilo, ou seja, é o dia ideal para passar a tarde e a noite curtindo aquele bom, velho e imortal blues clássico!
Mas o que falar de um dos maiores (se não o maior) ícones do estilo nos EUA? E o que falar se ele toca, neste CD, junto com mais 2 lendas, chamadas de Johnny Winter (dispensa apresentações) e James Cotton (mestre da gaitinha de boca)?
Qualquer fã do estilo já sabe que vem por aí som de primeira linha, feito por quem entende, viveu e ainda vive, amou e ainda ama de coração o estilo. Digo isso porque, infelizmente, Muddy Waters já morreu, mas os outros 2 continuam vivos.
Batizado de McKinley Morganfield, esse homem é considerado o pai do "Chicago Blues". Seu nome artístico e apelido, cuja tradução é "Águas lamacentas", se deve ao fato de que, quando era criança, brincava em um rio de águas lamacentas que ficava próximo à sua casa.
O som de Muddy é caracterizado pela voz sua voz inconfundível e, juntamente com o seu carisma, tem tudo para conquistar novos fãs. Eu conheci sua obra no ano passado, mas foi esse ano que eu virei fã mesmo. É sem palavras o feeling que esse cara tem, principalmente ao-vivo, pois suas interpretações são únicas.
Seus álbuns dos anos 60 em diante são considerados como os melhores, e Muddy é o autor de músicas que são consideradas por muitos como "clássicas" do estilo, tais como "Mannish Boy" e "Rollin' and Tumblin'".
Sua influência no estilo e até em outros é indiscutível. Sabe de onde os Rolling Stones tiraram o nome da banda? De uma música de Muddy. Sabe porque Chuck Berry ficou conhecido e começou a fazer shows? Porque era amigo de Muddy, que já era nome consagrado na cena. Sabe pra quem Johnny Winter presta um tributo em seu primeiro álbum? Muddy Waters.
Morreu em Westmont, Illinois, aos 68 anos e está sepultado no Restvale Cemetery, Alsip, Illinois, perto de Chicago, mas sua música é eterna.
Sobre esse álbum, garanto a vocês que é som bom do começo ao fim! Quando escuto, sinto-me como se estivesse em um bar americano. São vários clássicos do blues sendo executados com muita energia e acompanhados de uma platéia insandecida, sem vergonha alguma de gritar vários "Yeaaahh!" e "Uhuuu!" para expressar o que estavam sentindo.
A voz de Muddy é única, a guitarra de Johnny é excepcional e a gaitinha de boca de James Cotton da um toque a mais nessa beleza toda.
Leitor(a), baixa logo e aprecie MÚSICA!

Fugazi - Red Medicine

O Fugazi sempre será a banda que representará o underground musical, em todos os quesitos, tantos musicais, quanto políticos. É o tipo de banda que é conheçida mais pela atitude do que por sua música. E não é para menos, todo mundo sabe da filoosofia anti-capitalista da banda: Ingressos por U$5,00, CDs por U$10,00, nada de merchandising, nada de alta veículação de clipes, nada de entrevista para Rolling Stone e afins. "Tá, então como eles vão lançar cd se são tão Enemy Of The Music Business?". Simples, funda tua própria gravadora. Fácil de falar, quando se trata da Dischord a própria gravadora, selo que o ícone da geração "X na mão", Ian Mackaye fundou para lançar os EPs da sua primeira banda, Teen Idles, e que logo depois com Minor Threat, Rites Of Spring, Embrace, Dag Nasty e tantas outras formaram a revolução da música indie durante os anos 80 nos EUA.
Um bom tempo sem postar algo aqui, e resolvi botar algo que realmente importa, por isso escolher Fugazi. Dentre todas as outras bandas citadas antes, o Fugazi é uma reunião de quase toda a cena de Whasington, o já dito, ícone Ian, nos vocais e guitarra junto com outra lenda, Guy Piccioto, que dividi os microfones e fazem as batalhas de riffs, e o time completa-se com Joe Lally no baixo e fazendo um bico nos vocais as vezes, e o baterista Brendan Canty, outro grande nome da cena.
Chamem de Punk, chamem de Indie Rock, chamem de Rock Alternativo, chamem de Post-Hardcore, chamem do que quiser, o Fugazi está acima dos rótulos, fazendo um som destruidor, altamente noise, enérgico, gritado, com ótimos ritmos e quase nada de melodia, é um monstra barulhento disparando estrofes militantes e riffs avassaladores (Que as vezes parece som de baixo, e não d'uma guitarra). Toda essa mistura que se formou da metade dos anos 80 e se manteve indie durante sua aparição no mainstream dos anos 90, influênciou muita gente do rock moderno, como exemplo máximo o At The Drive-In, e o Jimmy Eat World.
Red Medicine é o quinto disco da banda, lançado em 95, e foi considerado um dos melhores discos de rock do ano. O cd é uma bomba relógio pronta pra explodir, essa ordem inicial "Do You Like Me", "Bed For The Scraping", "Latest Disgrace" (Ficou conheçido quando Frusciante gravou ela no DVD do RHCP ao vivo em Slane, como intro para Paralel Univer) e "Birthday Pony" é para matar o velho. Clica na capa e divirta-se.

quarta-feira, abril 25, 2007

Children Of Gaia - I Pray To Watch You Bleed


Banda ruim é o que não falta no Brasil. Sintonize qualquer rádio que toque som nacional e preste atenção na quantidade de coisas horrorosas que aparecem. KLB, Rapazola, Revelação, Bonde do Tigrão... ARRGHHH!!!
O que muitos não sabem é que existe uma porrada de bandas boas no Brasil, mas a maioria acaba, infelizmente, morrendo no underground. Alguns nomes já conseguiram sair de lá, como Sepultura, Krisiun e Korzus, mas alguns ainda continuam, apesar de fazer música extremamente de nível.
Children of Gaia é um caso típico de banda boa e, felizmente, vem saindo do mundo underground. Se você não conhece, deve baixar e/ou comprar esse CD, pois eu tenho original e garanto que vale cada centavo que lhe for cobrado.
Com músicas empolgantes, velocidade alternada, vocais rasgados e gritadões, bateria socada com gosto, mas com muito gosto, e um contra-baixo bem sujão para fazer a sustentação de tudo isso; a banda já domina a região de São Paulo, lotando as casas de show aonde toca a selvageria, quase sempre acompanhada de outras bandas, para o delírio dos fãs daquele bom hardcore extremo que pode ser chamado de "metalcore" sem erro algum.
Para não deixar pedra sobre pedra nesse CD que não possui ponto negativo algum, a quebradeira começa com "Feeding The Fire", uma das mais empolgantes, cheia de peso, velocidade, riffs marcantes e aquele tipo de refrão que empolga e intima a gritar junto. Os caras são straight edges, por isso algumas letras são totalmente voltadas aos ideais desse estilo de vida. Isso você pode conferir já na segunda faixa, "Straight Edge Revenge", uma das mais violentas do CD, esbanjando peso e fúria, com um refrão raivoso e a participação especial do vocalista do Heaven Shall Burn, mandando aquele vocal rasgado que, até hoje, nunca vi alguém fazer igual. Há o espaço para o protesto também, leia a letra de "The Cross", que é uma crítica severa, realista e bem feita em oposição àquilo que a "Santa" Igreja Católica fez na antigüidade.
Como eu falei antes, não existem pontos negativos, a banda acertou em tudo. Gravação, composição e letras são excelentes! Children of Gaia é nome promissor da música pesada brasileira, merece ser conhecida por qualquer pessoa que curta metal ou hardcore, e que venha o próximo CD!
Acha que é "só" isso? Não! A banda já tocou em outros países e com nomes de peso como o Throwdown! >:D
Baixe aqui e depois compre o original, pois as bandas nacionais merecem mais do que qualquer outra! Se não sabe aonde comprar, entre em contato com o meu amigo Max pelo e-mail/MSN maxhc666@hotmail.com .
PS: Dependendo da prensagem, a capa pode mudar. A minha é da segunda prensagem. O preço fica entre R$ 15,00 ou 20,00.

Nuclear Assault - Game Over e The Plague

Nuclear Assault - Game Over

Esse post aqui vai para os fãs do thrash/crossover anos 80, porque o Nuclear Assault é, com absoluta certeza, uma das melhores bandas dessa época dentro destes estilos.
Formada em 1985 por 2 ex-membros do Anthrax, o guitarrista e vocalista John Connely e o baixista Danny Lilker, a banda teve seu primeiro lançamento apenas 1 ano após iniciar as atividades. Esse primeiro álbum foi o Game Over, e com ele a banda ganhou muitos fãs, desde os headbangers até os punks, conseqüentemente tornando-se um grande nome da Bay Area, a zona thrash americana. Esse primeiro álbum é caracterizado por riffs rápidos de baixo e guitarra, bateria pegada e os vocais extremamente agudos e um pouco rasgados, algo bem único de John. Dentre as 14 músicas, vale a pena destacar "Hang The Pope" (despenca para o grindcore), "My America" (curta e empolgante) e "Sin" (linha vocal surpreendente). As letras, como dá para imaginar, criticam o uso de energia nuclear para fins malígnos, como as guerras, por exemplo. Algumas outras tratam de temas políticos/sociais, e por isso o Nuclear é muito incluído no termo crossover, justamente por mixar o thrash metal com o hardcore.


Nuclear Assault - The Plague

Após essa estréia ruidosa, veio o EP The Plague, que mantém a mesma linha de som, só que dessa vez indo mais afundo nas letras, seja para criticar ou zuar. A música "Buttfuck" é em "homenagem" a Vince Neil, vocalista do Mötley Crüe, com uma letra de humor altamente negro. Destaca-se também a faixa "Justice", com letra e música instrumental muito boas.
Após esses álbuns, tornaram-se uma banda muito conhecida nos EUA, fazendo diversas tours pelo país e até por alguns outros, mas até hoje soam meio underground aqui pelo Brasil. Falando nisso, já tocaram aqui, juntamente com o Sodom em 2002.
No ano de 1992, com a ida de Danny Lilker para a banda Brutal Truth, o Nuclear não lançou mais nada, retornando apenas em 2003 com o álbum Third World Genocide e fazendo apresentações em mega-festivais como o Waken Open Air.
Hoje em dia já nem escuto muito, pois estou começando a ficar mais fã de "new school", principalmente pelas gravações mais aprimoradas.
Mesmo assim, se você é fã destes estilos, não perca tempo e baixe clicando aqui.

terça-feira, abril 24, 2007

Kid Rock - Live Trucker (ao-vivo)


Kid Rock é um artista nato! Digam o que quiserem dele, o cara vai continuar sendo um puta músico e um dos mais originais que eu conheço.
Adepto de um "crossover" entre o rap/hip-hop, rock, funk e country; o cara e a sua Twisted Brown Trucker Band podem ser considerados como os únicos a executarem tal estilo de som.
Live Trucker é seu primeiro álbum ao-vivo, lançado em 2006, com gravações efetuadas em diversos shows que vão do ano 2000 até 2004, todas captando diretamente o carisma que Kid possui com os fãs e a energia surpreendente da massa que vai ao delírio com os seus "refrãos chiclé", solos e riffs de guitarra e também com as paradas e arranjos de contato direto com o público. Esse CD aqui é um exemplo de como se fazer um bom show, é aquele que o artista e o público saem satisfeitos, bem como o ouvinte que pode ficar surpreendido (como eu fiquei) com a qualidade do material.
O show começa com "Son of Detroit", já nessa primeira música a galera grita insanamente por diversas vezes seguidas o nome: "KID ROCK! KID ROCK! KID ROCK!" quando entra o instrumental e o guitarrista faz uma apresentação ao público, até que entram todos os instrumentos para explodir tudo (sim, há o barulho de uma explosão) e na seqüência Kid manda seus vocais sustentados pelas bases de guitarras sempre empolgantes e com a participação de um coro de mulheres no refrão, interagindo muito com o público e com direito a solos de guitarra e teclado. Típica intro foda! :D
"Bawitdaba", sucesso do filme Velozes e Furiosos: Desafio em Tóquio, vem para manter o clima de empolgação, mas desta vez trazendo os vocais no estilo rap que, em algumas horas, Kid deixa por conta da galera que canta cheia de vontade e sem errar uma palavra! O duelo de guitarras é muito massa também, sendo que cada uma ficou em um lado do rádio (estéreo, manja? xD ) e a hora que Kid intima a galera a ficar fazendo "Hey, Hey, Hey!" é empolgante demais. Antes de mandar a clássica "Cowboy", a banda manda uma intro bem lentinha e irônica, pois na letra Kid esculacha algumas bandas e pessoas como o Radiohead e a Britney Spears. Feito isso, os primeiros acordes da guitarra bem funkeada surgem, bem como a gaitinha de boca e os demais instrumentos, para mandar aquele refrão grudento: "I wanna be a cowboy, baby!...". E a banda continua metendo só as melhores faixas do álbum Devil Without A Cause, como a título e uma jam de "Fistful of Rage" e "Somebody's Gotta Feel This" (essa ae quem jogava Road Rash 3D deve ter escutado). Após essa parte mais funk, vem "Picture", que tem a participação especial de Gretchen Wilson, cantora que possui uma voz realmente muito linda! A música é uma balada, mas o clima não dura muito, porque na seqüência vem "American Bad Ass", famosa por ter como base a música "Sad But True", do Metallica.
E a sonzeira segue, são 14 músicas totalizando aproximadamente 1 hora e 13 minutos de show! Sinceramente, recomendo o material para todos aqueles que procuram algo empolgante e animador.
O único ponto negativo, a meu ver, é quando Kid deixa os vocais por conta daquele muleque anão (não sei o nome, mas dá para vê-lo no clipe ali do link) que desafina mais que aquela vitrola velha que sua avó tinha guardada no porão da casa, mas sabe-se lá aonde foi parar após algum tempo.
Kid Rock, além de uma discografia vasta e cheia de sucessos, casou-se com a Pamela Anderson e é ator de filmes hollywoodianos. Atualmente está separado, mas garanto que comeu-a até enjoar! XD
Para fazer o download do CD clique aqui. Ah, quem não baixar, pelo menos, sabe o que vai estar perdendo.

segunda-feira, abril 23, 2007

Fozzy - Fozzy


Qualquer semelhança com o nome de Ozzy Osbourne não é mera coincidência, porque a proposta inicial da banda era ser apenas uma cover do mesmo. Mas o destino reservou algo muito mais valioso ao Fozzy, e a vida lhes deu um pouco de talento para ir mais adiante.
A banda foi formada por Rich Ward, guitarrista, que um dia conheceu Chris Jericho numa luta de wrestling e convidou-o a participar da banda. Alguém olha WWE? Ou alguém olhava a antiga WWF? Então, quem olha ou já olhou deve ter visto o Chris Jericho lutar alguma vez, porque o cara é uma das cabeças mais "top" do programa de entretenimento. Chris aceitou o convite, pois canta muito e é fã de rock em geral. Entretanto, não ficaria na banda como membro fixo, pois seus outros compromissos eram mais importantes. Certo dia, após um acidente de trabalho que deixou seu tornozelo fraturado, Chris decidiu levar a banda mais a sério, mudando assim o nome da banda para Fozzy (em homenagem aos covers que faziam) e tornando-se membro fixo.
Os 2 primeiros álbuns da banda são, basicamente, formados por músicas covers, e o terceiro é composto só por músicas próprias. Fozzy é o primeiro, trazendo covers de Mötley Crüe, Dio, Twisted Sister, Krokus, Iron Maiden, Judas Priest e muitos outros. Algumas dessas músicas, na minha opinião, ficaram melhores que as originais. Todas são muito bem executadas, não há erro algum nas interpretações. Fozzy é o típico álbum de covers que soa bem, ao contrário de outras bandas que gravam apenas por obrigação ou sabe-se lá porque diabos decidem coverizar algo.
Devido à popularidade de Jericho, a WWE decidiu adotar algumas músicas do Fozzy para suas propagandas ou temas de lutadores, e devido a isso a banda já é mundialmente conhecida.
Em seu último álbum, All That Remains, a banda investiu mais em um rock moderno, deixando muito de lado o hard rock executado nos 2 primeiros. Todavia, não pense que isso seja ruim, pois todos os materiais são legais. Falando nisso, há uma participação especial de Zakk Wylde no último álbum e, devido à turnê, Chris Jericho foi "demitido" da WWE.
Baixe aqui e saia cantando vários clássicos do rock!

domingo, abril 22, 2007

Bret Michaels - Songs Of Life


O hard rock é um estilo muito bom que geralmente você vai encontrar por aí misturado com algum outro, como no caso do Rush com o progressivo; o Mötley Crüe com o heavy metal ou o Bon Jovi com o pop.
Bret Michaels faz um hard rock de primeira linha com uma pequena dosagem de música pop, mas não fique pensando que isso seja ruim, pois eu considero esse CD excelente.
Para quem não sabe, Bret é líder, vocalista, compositor e guitarrista do Poison, banda de "glam metal" que estourou nos anos 80 com suas baladas extremamente bem feitas e marcantes e que existe até hoje, só que praticamente parada. Além disso, Bret toca violão e gaita de boca, ou seja, é multi-instrumentista.
Em sua carreira solo, diferentemente do que costuma fazer no Poison, costuma colocar alguma influência de blues ou country nos sons, sendo que possui um álbum chamado de Country Demos. Na verdade é uma espécie de demo, e não um álbum oficial.
Mas o que importa aqui é Songs Of Life, trabalho bem variado e altamente recomendado.
Sabe aquele CD para todas as horas? Aquele que possui as músicas que te levantam até quando você está caído no chão? Aquele que tem as baladinhas perfeitas para escutar bem agarradinho com a namorada? Aquele que tem os riffs e refrãos que ficam grudados na tua cabeça por muito tempo? Aquele que você escuta do começo ao fim e não enjoa? Então, Songs Of Life é esse álbum! Para mim, pelo menos, ele passa tudo isso. É um CD que eu escuto desde o ano passado e cada vez fico mais fã. Uma pena não ter encontrado o original por aqui, se não já teria comprado. :/
Dizem que, em alguns casos, a estrada só tende a trazer mais experiência aos músicos e bandas, fazendo de cada trabalho novo uma nova oportunidade para ir aprimorando as músicas e algum dia, quem sabe, dar o máximo de si e fazer o melhor álbum da carreira. Eu creio que esse álbum aqui é o ápice da carreira do Bret Michaels, melhor álbum solo e melhor que qualquer coisa que o Poison já tenha lançado. Claro que gostos e opiniões são diferentes, então arrisca algum fã do Poison querer me contrariar, mas isso será completamente aceitável.
E você pensa que é só isso? Não, não é só isso. Vamos relembrar: Carreira de sucesso nos anos 80, carreira solo de sucesso nos anos 2000 e... e... Comeu a Pamela Anderson!!! Sabem quem mais cometeu essa façanha? Que eu me lembre, só Tommy Lee e Kid Rock. Claro que isso depois de ela ficar famosa, porque na época que era uma "groupie underground" eu prefiro nem imaginar quantos caras foram às alturas com ela. O mais curioso é que tudo isso está registrado em uma fita de vídeo (eu tenho baixada! auhehuae), que acabou vazando na net (assim como as com o Tommy Lee) para a alegria dos garotinhos juvenis desse mundão que sonham com os peitos da Pam, e talvez até para a alegria das mocinhas que não se contentam só em ficar olhando essa capa um tanto quanto "apelativa" do abdômen de Bret.
Para o download do CD clique aqui, para o download da fitinha pornô recomendo eMule ou Ares.

sexta-feira, abril 20, 2007

A Day To Remember - And Their Name Was Treason


É um tanto quanto bizarro o modo como algumas pessoas tentam classificar o som do A Day To Remember. Já ouviu falar de "pop-mosh"?! "Emo violence"?! "Screamo metalcore"?! É...
Independente de rótulo, A Day To Remember é uma banda nova e bem interessante que vem dos Estados Unidos e lançou esse primeiro álbum em 2005.
Fazendo um som que é composto por interpretações vocais que vão dos guturais à la death metal até aqueles agudinhos melodiosos e dramáticos (algumas horas bem comerciais), guitarras bem pesadas e com influências diversas, mas geralmente tocando uns riffs que, para mim, são do NYHC, já para o Lipe são do new metal, e baixo e bateria sem maiores destaques, mas que também não são ruins.
As letras podem até soar meio clichês, cheias de sentimentalismo baseado em temas pessoais ou não, mas se diferenciam muito dessas bandas que você deve estar imaginando da escalinha de Simple Plan e MCR, pois são muito mais bem estruturadas.
Aliás, repito aqui: Quando o assunto é emocore você pensa em bandas como essas que foram citadas? Por favor, vá estudar que você ganha mais! Emocore não é essa boiolagem toda de Mtv e TV Globo. Escute algumas das bandas que o Lipe postou, como Fugazi e Rites of Spring, que são bem old school, pioneiras do estilo. O A Day To Remember é, de certa forma, influenciado por elas, e também por várias bandas de metal e hardcore, fazendo esse som que pode lembrar um pouco algumas bandas como Atreyu e até mesmo o hardcore extremão do First Blood (existem riffs um tanto quanto idênticos), mas sem perder a cara própria que vem criando.
Se você ficou interessado(a), baixe clicando aqui.

quinta-feira, abril 19, 2007

Born From Pain - In Love With The End


Estes dias, conversando com o Felipe, eu disse a seguinte frase: "Mastodon humilha tal banda!" e ele respondeu: "Realmente, Mastodon é muito foda! "Blood And Thunder" é capaz de destruir uma parede!".
A tal banda prefiro nem citar, em respeito aos fãs, mas essa frase de quebrar uma parede me fez lembrar muito do som do Born From Pain.
Vindos lá da Holanda, os caras são uma das bandas mais pesadas que eu conheça! É peso bruto e sólido de primeira linha, capaz de quebrar um muro já nos primeiros acordes da primeira faixa do CD.
In Love With The End é de 2005, sucessor de Sands Of Time, e mostra o Born From Pain bem mais dedicado na composição dos sons, com mais riffs, solos e muito mais criativo no geral. Quando postei o War, eu disse uma frase que hoje considero extremamente besta, ela era +/- assim: "... desde Reclaiming The Crown os discos não tinham a mesma pegada, escute o In Love With The End que você entenderá...".
Realmente foi uma frase muito infeliz, e hoje discordo completamente da mesma. Porra, esse CD aqui é matador! Brigando parelho com o War para ver qual é o mais foda, e provando junto com o mesmo que o Born From Pain não veio para esse mundo a passeio, pois, além das músicas quebrarem tudo misturando velocidade, cadência e peso, as letras são de um protesto realista muito violento! Entretanto não fique pensando que eles só passem essa mensagem "negativa" (realista), porque há um lado de certo positivismo, basta ler um trecho de "Rise Or Die" que diz: "Nunca desista! Nunca perca as esperanças! Brilhe ou morra!".
São temas extremamente cotidianos, mas muita gente ainda não leva a sério, uma pena. Pelo menos, não vai ter como alguém dizer que "não sabia", pois a mensagem foi passada através da música.
Voltando ao assunto do início, se o Muro de Berlim ainda existisse, o Born From Pain seria um dos fortes candidatos a reduzi-lo à poeira com sons do nível de "The New Hate" (assistam a esse clipe, por favor!), "Suicide Nations", "Judgement" e "Renewal"!!! >:D
Altamente recomendado para fãs de música pesada, sólida e protestante! Num equilíbrio excelente entre hardcore de NY e o metal, o Born From Pain é uma banda que eu recomendo sinceramente.
Agora uma triste notícia: Recentemente o vocalista Ché abandonou a banda. O som nunca mais será o mesmo, isso eu garanto, mas como os próprios caras passam a mensagem de não desistir, não desistiram e ainda estão tocando e fazendo a turnê, que conta com Carl Schwartz (First Blood) no posto de vocalista temporário.
Download.

Sepultura - Beneath The Remains

Sepultura foi sempre uma banda constante aqui no blog, pois eu e o Julio têmos muita admiração pelos trabalhos da banda. O Julio curte mais os trabalhos dos primórdios da banda, como o que ele postou, Morbid Visions, onde o Sepultura ainda era uma banda com temática fortemente influênciada pelo Black Metal, e que a medida que ia crescendo, e com a entrada do guitarrista Andreas Kisser, começaram a fazer um som um pouco mais elaborado, e ganham também nas letras, que ficam mais sérias e largam o Death crú.
Beneath The Remains foi o terceiro disco que banda lançou, e saiu em 89, época que os estilos Thrash/Death estavam em formação. Se você achava que esses estilos foi apenas gringos como o Death e Morbid Angel que criaram, enganam-se, o Sepultura teve uma importância imensa para a cena do Metal pesado, rápido e blasfemador. E é por este fato que você ouve pessoas falando coisas do tipo "O Sepultura é mais conheçido no resto do mundo, do que no Brasil". Bom, conheçido até é, como "Rock Pauleira", mas não é reconheçido como um grande nome da música, por isso que tiveram que tomar o mercado internacional, para depois começarem a tocar aqui.
Este disco é um dos mais importantes da carreira dos mineiros, com a formação clássica, conseguiram fazer um cd rápido e pesado, o puro Thrash. Com o nome já divulgado dos outros dois discos, Beneath The Remains foi o primeiro disco do Sepultura a ter um enorme reconheçimento internacional, e que daí não parou mais, com o Arise e Chaos A.D., já não havia mais o que fazer, a banda já tinha seu sucesso garantido.
Logo de cara, na música que leva o nome do disco, você já consegue sentir o ódio da bateria do incasável Igor Cavalera, que soca a bateria com uma vontade e uma força desumana, aliados aos riffs cortantes e rápidos de Kisser e o baixo pesadíssimo e inconfundível voz de Max um dos melhores sons do disco. Outras grandes músicas como "Lobotomy" (Que intro mais foda!), "Inner Self", "Mass Hypnosis", "Slaves Of Pain" e até um cover dos mutantes cantado em inglês, "A Hora E A Vez Do Cabelo Crescer" um dos grandes discos do metal mundial. Ta afim de conferir? clica na capa e faz o download, e se curtir compra esse disco aí, se encontra em quase todas lojas de cd por R$20 ou R$25,00, pouco comparado com o resto.

quarta-feira, abril 18, 2007

Kill Your Idols - From Companionship To Competition

Quando se fala em NYHC, com certeza a primeira coisa que vem na cabeça é Agnostic Front, e se pra você não é assim, deveria. Pois foram um dos pioneiros do som Harcore naquela cidade e continuam até hoje destruindo tudo, como é o caso do seu último cd, que o Julio postou, o Another Voice, que é muito bom por sinal. Claro que há inumeros outros grandes nomes como o Madball e o Sick Of It All e alguns tesouros do estilo ficam meio ofuscados por causa dessas bandas, como é o caso do Gorilla Biscuits e esse que eu trago pra vocês, Kill Your Idols.
Claro que este lance de ser underground é por escolha da banda, com sua postura Punk de não se render a grandes gravadoras, de não fazer vídeos para veícular na tv, a divulgação da banda é feita de maneira punk, a base só de splits e turnês e forte base de fãs. Desde 95 esses americanos vêm apavorando a cena Hardcore de Nova Iorque, e muitas vezes nem são considerados NYHC, pois seu som é muito forte, vigoroso e rápido. Altamente influênciados por Black Flag, Minor Threat, Poison Idea e 7 Seconds, fazem um barulho altamente rápido e agressivo, num estilão Hardcore Punk, com vocais "chutados", que as vezes parece baixo, pois o som da batera toma conta, uma batera rápida, que não para um minuto, junto com o peso do baixo e uma guitarra direta e com riffs bem interessantes e fica um som bem fiel às origens do Hardcore 80's oldschool, porém com uma qualidade bem mais superior.
From Companionship To Competition foi o último disco de estúdio lançado pela banda, em 2005 e conta com 16 músicas, que tratam de política, trabalho duro em vão, garotas, e aquelas temáticas do NYHC, de lealdade e positivismo. O Destaque fica para o nome de uma música, chamada "Only Dicks Don't Like Black Flag", que o nome já diz tudo e não necessita comentários. Se você ta afim de sentir uma patrola atacar tua orelha, é só clicar na capa e pular no mosh!

The Faceless - Akeldama


Não há outra maneira de começar a falar sobre essa banda sem destacar dois fatores: 1º: Técnica, peso e variações em dosagens certas que me surpreenderam positivamente e tornam a banda uma das mais originais do estilo.
2º: Como pode ser tão desconhecida assim, se faz música extremamente competente?
Mas é para mudar isso que existem pessoas como o Zé, que me apresentou a banda, e eu, que vou lhes apresentá-la agora. ^^
The Faceless vem de Los Angeles, California, e detona no seu som um poderoso metal que passa do death ao melódico soando sempre bem técnico, diferenciado e, acima de tudo, audível. Com as guitarras fazendo belíssimos riffs marcantes em dupla e seguindo escalas técnicas ao extremo (mas sem soar massante), bateria pegada, muito rápida e precisa, vocais potentes, guturais e rasgados, contra-baixo um pouco discreto, mas nem por isso totalmente oculto, pois em faixas como "Ghost Of Stranger" possui uma importância fenomenal e, além desses instrumentos obrigatórios, a banda tem também um teclado único, diferente de todas as outras bandas que possuem teclado que eu conheço. The Faceless é uma banda que merece, sem sombra de dúvidas, sair do mundo underground e ficar conhecida por qualquer pessoa que curta um bom metal baseado num trabalho forte.
Aliás, outro ponto muito forte é que o disco não é reto. Se você não gostar de um som, arrisca gostar de outro, e assim vai, bem ao contrário do que eu disse no post do Beneath The Massacre.
"An Autopsy" é um som realmente muito bom, já começa quebrando tudo com uma intro de bateria e depois nos mostra uns riffs de guitarra e teclados que soam IGUAL ao som de um video-game! Algo realmente muito interessante e diferenciado, pois esses sons geralmente são usados por bandas de "nintendocore". Já "Akeldama" é uma faixa só instrumental, muito intensa, realmente é algo muito trabalhado, com passagens que dão destaques em especial às guitarras e ao teclado em quase 6 minutos, e, como eu já disse antes, a tonalidade dos instrumentos e a gravação tornam tudo muito audível, às vezes até parece que falta um pouco de peso ou sujeira, mas nada que "mande a vaca para o brejo"! Hueuhehue! "Pestilence" tem uma parte com um cântico feminino, algo bem oriental e até sombrio, marcante demais.
E não pense que os outros sons fiquem atrás, porque é tudo de nível. Não falo mais nada porque dae EU estarei soando massante, falando a cada CD que aqui é postado uma porrada de coisas sobre todas as músicas.
Além de tudo isso, a banda já tocou com nomes "top" do metal mundial, tais como Impaled e Vital Remains, e alguns outros nem tão "top", mas que fazem música indiscutivelmente muito boa, como Job For A Cowboy (vou repostar em breve, pois é uma banda que merece ser conferida).
Para conferir, baixe clicando aqui.

terça-feira, abril 17, 2007

Beastie Boys - To The 5 Boroughs

Quando o Du fez o post do Vaughan(Pessoal, escutem esse disco!), eu li um lance que ocorria mais ou menos comigo. Só escutava metal e punk-rock, não sei se era a tal da "rebeldia" ou se era resistência em escutar bandas de outros estilos. Mas então, como todo mundo, tu cresce e começa a abrir a caxola pra escutar outras coisas e foi então que eu me interessei pelos Beastie Boys, talvez por aquele motivo que eu disse no disco Licensed To Ill, de ser uma banda de Hip-Hop que é mais escutada por "rocker" do que "rappers", mas quase sempre, por quem busca por música de boa qualidade.
Foram uma das primeiras bandas de Hip-Hop, apesar de poucas pessoas saberem disso, e menos ainda que eles eram uma banda punk, e esse que é o lance legal da banda, levaram a influência punk de Bad Brains e Dead Boys para o Hip-Hop, e em durante toda a carreira, ficaram conheçidos por fazerem um som que muitas vezes parece "chato", algo inovador e experimental. Como é o caso do discos Check Your Head e Paul's Boutique, dois grandes discos admirados pelo público e pela crítica, principalmente. Esse disco aí é de 2004 e foi o último disco de estúdio da banda, chamado To The 5 Boroughs, que é uma homenagem a cidade natal deles, Nova Iorque.
O disco é basciamente uma homenagem a cidade e aos "5 Borough" (Brooklynx, Bronx, Queens, Staten, Manhattan) e uma protesto ao querido governo americano. Esse disco foi o primeiro a ter produção própria da banda, e para mim, é um dos melhores disco musicalmente falando. São ritmos doidos, um "bounce" fudido e alegre, com samples muito bem sacados com batidas simples e efetivas, que quando entra no teu ouvido, é impossível tu ficar parado, simplesmente fantástico. Escute "An Openletter To NYC", "Ch-Check It Out", "Right Right Now Now" ou "Triple Trouble" e tu vai ver, que não vai conseguir ficar sentado na cadeira sem balançar o melão. Então clica na capa e baixa esse discão.

Beneath The Massacre - Mechanics Of Dysfunction


Banda canadense de death metal EXTREMAMENTE técnico! E não é só isso, os caras possuem muito e peso e velocidade no som, fazendo os "malabarismos" não soarem uma charopice, como é no caso de diversas bandas de bandas de metal progressivo que eu prefiro nem citar nomes, pois são, na minha modesta opinião, algo totalmente repulsivo aos meus ouvidos.
Com vocais extremamente guturais, bateria muito influenciada pelo grindcore, guitarras desumanas (no mínimo), breakdowns poderosos, baixo bem destacado, tempo quebrado e letras extremamente violentas e protestantes, a banda não é daquelas que fazem jus ao nome! Beneath The Massacre é realmente um massacre sonoro e, apesar de eu conhecer a pouco tempo, já curto muito os materiais deles.
O único problema aqui, é que a técnica realmente é EXTREMA e INTENSA, soando um pouco massante algumas vezes. Por isso, não é aquela banda que eu vou escutar o dia inteiro, porque curto pouco desses sons extremamente técnicos ou progressivos, mas certamente escutarei com vontade quando escutar.
Então já vou avisando o que penso: Se você curtir uma música, provavelmente irá gostar do CD inteiro; se não curtir nenhuma, não gostará do CD inteiro. Beneath The Massacre é o típico caso extremo dentro de um som extremo! ;)
Apesar da discografia ainda minúscula (um EP de 2005 e esse full-lenght desse ano) a banda já é conhecida mundialmente, e não à toa, né?! Porque para criar som assim tem que ter muito conhecimento da causa. Influências de Suffocation, Cryptopsy e Dillinger Escape Plan são grandes, mas a banda é bem original, e, se continuar assim, com certeza vocês ainda ouvirão falar muito desses caras.
Esse ano promete ser muito importante para a banda, pois os caras já partiram em turnê mundial, e, como vocês todos devem saber, a estrada só tende a trazer mais experiência. Confira esse massacre sonoro clicando aqui e surpreenda-se com a técnica e o peso extremo!

segunda-feira, abril 16, 2007

Agnostic Front - Another Voice


O hardcore de Nova York possui diversas bandas excelentes, mas quando se toca nesse assunto SEMPRE há um nome que aparece (e aparecerá) entre os primeiros: Agnostic Front.
Na cena desde o começo dos anos 80, os caras tornaram-sem não só o grande nome do hardcore de NY, mas sim um grande nome do hardcore mundial, sendo banda obrigatória para qualquer fã do estilo.
Passaram do punk sujo e tosco para o crossover, depois para o hardcore puro e hoje em dia quebram tudo com um hardcore new school e bem metalizado, que é o estilo praticado neste excelente Another Voice.
O que eu tenho a dizer sobre ele, é que realmente é um estilo bem único do AF, cheio dos "Hey! Hey! Hey!" e o vocal único de Roger Miret, que pode não agradar a todos e até soar meio estranho. Por que? Porque ele é meio agudo e limpo, e o instrumental é bem metálico e um pouco sujo. Quem está acostumado com bandas como o Throwdown pode achar um tanto quanto estranho, mas eu curto pra cacete. Cadências? Não existem! \o/ Aqui é tudo executado muito rápido, seja o tempo das músicas, geralmente de 1 a 2 minutos, ou a velocidade da música em si, que é sempre bem rápida. Letras 100% hardcore, com conteúdos de protesto e outros sobre a convivência humana, algo bem típico do hardcore de NY, que é passar aquela mensagem de positivismo falando que com união e respeito entre as pessoas é possível melhorar a sociedade em que vivemos. Aliás, muita gente acusa o AF de ser uma banda nazista, e isso está completamente errado! Por favor, se você ouvir alguém falando isso, simplesmente ignore ou corrija a pessoa. O motivo disto tudo é que o primeiro EP deles (se não me engano) foi lançado juntamente com o de uma banda white power, e o AF até tocava nos mesmos show que algumas bandas desse estilo. Por causa daquela frase que eu acho 100% errada, a clássica de Jesus, "Diga-me com quem andas que eu te direi quem és!", a banda foi rotulada erroneamente de ser nazista.
E como no caso de outros cd's que aqui foram postados, eu digo que é difícil destacar alguns sons em especial, porque que o CD inteiro é realmente excelente! Um dos melhores cd's de hardcore que eu conheço, juntamente com o Underdogs do Terror. Mas dá uma olhada no clipe de "Peace", que tem a participação especial do Jasta, do Hatebreed. ;)
Então, galera, baixem clicando aqui e curtam uma verdadeira banda clássica do hardcore em um dos seus melhores momentos.

L7 - Hungry For Stink

Agora, que eu estou começando a escrever algo sobre o L7, me vem à cabeça a primeira coisa que está escrito no post do Bleeding Trough, que algumas bandas estão acima dos rótulos e o que acontece com o L7, é mais ou menos o que eu vejo com o Nirvana, eles são taxados de Grunge, mas se você for ver, bem na real, eles são punks.
O L7 não vêm de Seattle, e não tem nenhum integrante que tocou em uma banda de lá, as integrantes são todas de L.A., terra de muita banda punk, e que começaram a gravar por um selo punk, a Epitaph, e isso tudo tá escrito no post do disco Bricks Are Heavy, um baita discasso da banda. Hungry For Stink, veio depois deste disco, em 94, época que o Grunge estava perdendo espaço já para outros estilos como o Punk-Rock bôbo do Green Day e Offspring e os eletrônicos que tomariam conta de boa parte da outra metade de década, e talvez foi por isso que esse disco passou meio desperçebido, ao contrário do outro. A crítica em geral, achou o disco ruim, com músicas mais pesadas e agressivas, mas o que importa são os fãs, e não a crítica, pois boa parte da galera que curte L7, acha esse disco muito animal.
O disco saiu apenas um single, que é a primeira música "Andres", o que comprove que o disco realmente foi quase um fracasso, mas essa música é realmente muito boa, com peso e sujeira e uma voz agressiva e desleixada da baixista Jennifer Finch (Que teve a sua última participação neste disco). Um ponto forte da banda sempre foi as letras, aqui mais debochadas, mais sarcásticas e mais punk, quando tu escuta "The Bomb", você se liga que essas minas realmente são revoltadas "Plastic peoples with their plastic lives/ Plastic drivers in plastic cars". As música continuam com aquele som punk, de poucos acordes, com linhas de baixo quadradonas e guitarras saturadas com ritmos alucinantes e viciantes como "Riding With A Movie Star" ou a arrasa quarteirões "Fuel My Fire", que foi feito cover pelo Prodigy, no Fat Of The Land, e que ficou afude pra caralho.
Bom, quer saber? clica na capa e faz o download e confere o som dessas minas doidas loucas pra chutar tua cabeça.

domingo, abril 15, 2007

Blind Melon - Blind Melon

Blind Melon, disco emblemático da década passada, uma banda que eu conheço faz um bom tempo, mas que só fui escutar pra valer a algumas semanas atrás e acabei me surpreendendo com o som da banda, que faz um rock alternativo acústico psicodélico caipira anos 60 com doses de Heavy Metal e Grateful Dead.
Assim como boa parte das pessoas, eu conheçi a banda através da MTv, com o clipe de "No Rain", ou também conheçido como o "Clipe da Abelinha". Na época que o single da música foi lançada, era exaustivamente rodado na Tv, ficando quase sempre em 1º nas paradas. Mas nem só de "No Rain" que o Blind Melon é formado, há muito mais sons bacanas por trás deste cd que tem uma capa diferente do convencional.
O Blind Melon começou no ano de 1989, quando o vocalista Shannon Hoon, mudou-se do seu estado natal, Indiana, assim como seu conterrâneo Axl Rose do GNR, e foi para L.A. formar sua banda de rock. Com músicas de outros estados, se estabeleceram na Califórnia, e em 91 a banda conseguiu um contrato muito bem pago pela Capitol Records e gravaram seu primeiro disco, auto intitulado, que é este que você esta lendo, e foi lançado no ano seguinte. Nessa mesma época, o vocalista Shannon, líder da banda, é convidado para gravar alguns vocais no cd Use Your Ilusion, do GNR, em músicas do calão de "Don't Cry" e "November Rain", duas músicas famosíssimas da banda, e como se ainda não bastasse, Shannon participou clipe de "Don't Cry", mas preferido ainda é "November Rain", que para mim é um dos melhores clipes da história, e assim a banda estava feita, todos queriam saber quem era aquele cabeludo que cantava ao lado de Axl.
Como se isso não fosse o suficiente, em 93 o banda mandou "No Rain" como single e daí sim, o sucesso foi elevado a 2x10³. Clipe que não parava de rodar na tv e várias cópias do disco sendo vendida, mas hoje infelizmente dificilmente você ouve alguém falar da banda e muito menos acha os cds deles para vender, pois pouco tempo depois disso a banda acabou. Em 95 foi lançado o segundo disco e nesse mesmo ano, Hoon foi encontrado morto, pela mesma causa de muitos outras artistas que são adeptos do "Live Fast, Die Young", com 28 anos, Shannon estava morto por overdose de cocaína, sua parceira desde os 17 anos.
Em seu túmulo foi inscrito uma parte da música "Change", sua primeira canção, que é mais ou menos assim: "I Know we can't all stay here forever, so I want write my words on the face of today, and they'll paint it" (Eu sei que nós todos não podemos ficar aqui para sempre, então eu quero escrever minhas palavras nos dias de hoje, e eles irão pintar isso". Ninguém pensaria que numa música tão calma e bonita, seria alguma "mensagem". Há outras inúmeras músicas boas nesse cd, como a primeira "Soak the Sin", com guitarras gritantes e vocais agressivos, fazem uma ótima canção assim como a Heavy Funk "Tones Of Home" que me lembra muito o Jane's Addicition, outro grande nome do alt rock. Bom, se é pra enumerar as músicas, escolheria o cd inteiro pois é um disco realmente excelente, se você não conheçe vale a pena dar uma ouvida, e se você curtir, esta encrencado, pois é um disco extremamente viciante, escuto ele sem parar. Para baixar, clica na capinha.

Bleeding Through - The Truth


Metalcore? Hardcore? New metal? Brutal black sinfônico? Para algumas bandas os rótulos são desnecessários, pois elas estão acima deles, e o Bleeding Through é uma dessas.
Vindos dos Estados Unidos, eles trouxeram uma mistura muito boa de estilos e bem difícil de definir, tanto que eu falei isso em todos os cd's deles que aqui foram postados.
The Truth foi lançado em 2006 e nos mostra o que já estava acontecendo nos 2 álbuns anteriores: Uma evolução constante. Chega a ser meio estranho escutar o primeiro CD deles, o Dust To Ashes, que possuía uns deslizes meio cabreiros na execução e uma mixagem muito fraca, até deixando umas microfonias aparecerem. Portrait of the Goddess veio em seguida, no ano de 2002, muito melhor e trazendo até umas regravações das músicas que mais fizeram sucesso no primeiro disco. Na seqüência, This Is Love, This Is Murderous, de 2004, trouxe algo muito mais brutal e maduro, fazendo a banda ganhar seu reconhecimento mundial. Eis que, ano passado, os caras voltaram com mais esse disco e o resultado foi surpreendente! Manteram a boa linha, só que agora com refrãos mais marcantes, execução mais precisa, vocais mais graves (e outros mais melódicos) e o teclado com um destaque muito, mas muito maior!
Eu fiz questão de comprar o CD original, que além de ser excelente possui um encarte belíssimo e mais uma espécie de "segunda capa", um lançamento realmente matador a nível de Brasil. Quem não comprar, pelo menos sabe o que está perdendo.
E no meio de tanta coisa boa fica até difícil achar destaques, pois a banda se puxou muito na composição dos sons, sinceramente. Mas creio que "os detalhes fazem a diferença", então escute com atenção as músicas "Dearly Demented" (tem a participação especial de Nick 13, vocalista do Tiger Army, mas eu jurei que era Anthony Kiedis, do RHCP oO ) e "Line In The Sand" (balada como eles nunca haviam feito antes, simplesmente lindíssima). As outras estão muito boas, então nem falo mais nada! :]
Infelizmente eu tenho que comunicar que semana passada o guitarrista Scott Danough deixou a banda. O BT não vai acabar, mas a mudança será altamente perceptível! Só espero que seja para melhor, né? Torçam comigo, pois se a banda ir mantendo a linha eu fico até muito ansioso com o futuro.
Download.

sábado, abril 14, 2007

Karl Sanders - Saurian Meditation


Faltam-me conhecimentos lingüísticos e culturais para fazer uma resenha decente e
a nível dessa grande obra feita por Karl Sanders.
Para quem não sabe, Karl Sanders é guitarrista do Nile, banda de death metal brutal e técnico com algumas passagens épicas. Entretanto não fique pensando que você vai encontrar um trabalho metálico por aqui, pois a música executada nesse CD é algo muito distante do metal, algo muito distante mesmo, algo que deve ser apreciado com calma e atenção.
O metal surgiu, aproximadamente, alguns 1980 anos depois de Jesus Cristo, e o estilo que aqui é executado existe há milhares de anos ANTES de Jesus Cristo. Creio que seja um dos primeiros estilos musicais a serem criados.
Provavelmente todo mundo aqui já cursou ou vai cursar o primeiro ano do Ensino Médio, e lá eu e vocês estudamos sobre o Egito Antigo e as primeiras civilizações do Planeta.
Sim, você vai encontrar aqui um trabalho que retrata fielmente a música egípcia da Antigüidade! Uma obra genial e totalmente épica tocando esse estilo que foi, praticamente, dizimado pelas outras culturas que se infiltraram no Egito e pelo tempo, o mesmo tempo que é capaz de tornar coisas imortais é capaz de destruí-las num piscar de olhos que para nós pode ser uma eternidade, mas a ele nunca será algo, pois ele é infinito.
Karl Sanders não é um humano qualquer, creio que ele talvez nem seja um ser humano, ou então ele é um ser humano muito avançado dos outros. No Nile, Karl compõe todo o material de guitarras e letras, canta e ainda toca teclado. Aqui ele toca quase todos os instrumentos. Os de cordas, pelo menos, eu tenho certeza que são executados por ele, tais como violões, cítaras, banjos e guitarras. Alguns desses, como a cítara, por exemplo, foram instrumentos criados pelos próprios egípcios, e são também alguns dos primeiros instrumentos musicais a serem criados pela humanidade.
Eu, particularmente, sou aficionado por cultura egípcia, apesar de ser leigo no assunto. Penso que foi uma das mais (se não a mais) rica civilização que já viveu na Terra, pois os caras fizeram coisas que muita gente não consegue explicar até hoje, muito menos refazer, pirâmides são um exemplo disso.
Mas sem se desviar muito do CD, existem aqui muitos outros instrumentos, tais como flauta, teclados e diversos estilos de percussão, sem esquecer dos vocais no estilo de "coros épicos". Cara, falar sobre esses vocais é algo muito difícil, pois não tem como dizer como eles são através de palavras. As vozes de "espíritos" também, não que eu creia em espíritos, mas essas vozes realmente parecem de almas vagando solitárias e sofrendo por aí. Chego a me arrepiar quando escuto isso! :O
Sinto-me na obrigação de resenhar todas as músicas, porque são dotadas de um material muito rico e extremamente raro nos dias de hoje! Este CD é muito mais que uma obra-prima, é algo que está acima de ser 100% compreendido por um humano, e não me surpreenderei se alguém falar "Este CD é um porre! Não consigo escutar uma música inteira" ou se outro alguém falar "Julio, nunca ouvi algo parecido! Concordo com tudo que você disse!".
A primeira faixa chama-se "Awaiting The Vultures", é uma música ambiente bem dark! Imagino-me caminhando em um templo escuro e cheio de inscrições na parede, iluminado apenas por algumas tochas que existem no decorrer do caminho. O ritmo hipnótico do violão me assusta, e as vozes de fundo parecem-se com alguns espíritos a me rodear e dizendo "Não avance, não há retorno!", mas, mesmo assim, eu insisto em prosseguir, e vou indo até chegar à segunda música, "Of The Sleep Of Ishtar", que não é tão sombria, é algo mais calmo, faz eu me sentir como se eu estivesse saído do templo. Para ser sincero, tive uma ascensão e agora caminho pelas nuvens numa noite estrelada, observando o rosto dos faraós desenhados pelas estrelas. A linha vocal é linda, ela me leva diretamente a ver a imagem da Deusa íris, e, em seguida, o solo de flauta é algo tão lindo e marcante que não existem palavras que descrevam como eu me sinto ao escutá-lo. Os solos de guitarra me fazem lembrar bruscamente de todas as coisas que eu deixei de fazer na minha vida, também muitas coisas erradas que eu fiz, muita gente que eu machuquei por motivos bestas e diversas outras coisas que não precisavam ser como hoje são. A linha de cítara é como a flauta, ou seja, não há como explicar. Essa música possui 9 minutos e meio de duração, mas, para mim, passam tão rápidos que nem parecem serem 9.
"Luring The Doom Serpent" é uma das músicas que mais tem ligação com o título, pois o modo como a cítara é executada lembra muito o som de uma serpente que está prestes a atacar, balançando aquelas espécies de "chocalhos" que só algumas espécies possuem. Os tambores são hipnóticos, e as vozes de espíritos aparecem novamente, parecem os escravos do faraó vagando por aí e sofrendo eternamente.
“Contemplations of the Endless Abyss“ é composta apenas por vozes e ventos, parece até cena de filme épico! Me lembrou muito o jogo God Of War, nas partes em que o herói Kratos está dentro dos templos entrando em contato com diversas divindades do além.
“The Elder God Shrine” criou a cena de um ritual em minha mente, um ritual em homenagem a algum deus com muita bebida, fornicação e escravas fazendo aquelas danças pra lá de sensuais. As percussões são bem rápidas e intensas, os instrumentos de cordas fazem um trabalho excepcional e os coros cantam algo, provavelmente, no idioma egípcio ou árabe. Uma guitarra distorcida aparece incrivelmente para fazer uns riffs sujos e um solo estridente, tornando essa uma das mais surpreendentes do CD.
“Temple of Lunar Ascension” traz novamente um clima de ambiente bem dark, parece um ritual de sacrifício, com percussões bem lentas e umas vozes bem graves, digo que até soam muito mórbidas. Os instrumentos de cordas fizeram eu me lembrar de um jogo que eu joguei muito no Playstation 1, o Yu-Gi-Oh!, que também tinha muito conteúdo egípcio.
“Dreaming Through the Eyes of Serpents” me espanta com a sua tonalidade, a música parece estar sendo tocada dentro de uma pirâmide cheia de ecos, é um som que faz vir em minha mente a imagem de várias pessoas num estado avançado de meditação, todas sentadas e iluminadas pelas tochas e cheirando uma espécie de incenso. Como essas coisas aparecem na minha cabeça eu não sei explicar, mas é realmente essa a imagem que vejo quando escuto a música.
“Whence No Traveler Returns” começa só com instrumentos de cordas, um fazendo uma base e outros 2 solando, algo realmente muito lindo e uma prova da versatilidade e feeling de Karl. Um teclado faz um fundo meio macabro, fazendo algo totalmente a surreal; a beleza suave com o medo pesado e obscuro.
“The Forbidden Path Across the Chasm of Self-Realization” me faz ter a visão de uma pirâmide totalmente retirada no deserto, algo que pode ser a salvação um homem que caminha lentamente, totalmente torturado pelo sol e quase morrendo de sede. Ela parece estar próxima, mas quanto mais ele caminha, mais ela se afasta, até que ele cai e morre, enquanto vem à noite para esfriar tudo de vez. Essa música tem também uma narração em inglês, algo bem diferente e que ainda não havia sido usado.
Para fechar o CD, "Beckon the Sick Winds of Pestilence" vem com umas percussões que também não haviam sido usadas e umas vozes altamente terroríficas! Às vezes até dá para confundi-las com o barulho de uma ventania, mas são realmente apenas vozes. A guitarra de Karl Sanders chega gritando, parece com uma daquelas almas que caminham sem destino apenas para sofrer. Com um efeito que deixa ela dobrada, a percussão vai perdendo o volume até que ficam apenas as guitarras soando de forma assustadora juntamente com alguns pratos para acabar ao som dos teclados.
Sobre o título do disco, segundo o que li na net, foi uma idéia que Karl teve enquanto passeava com seu filho no zoológico. Observando atentamente todos os animais, Karl reparou que alguns répteis (o Saurian vem daí, pois os répteis são uma espécie de "saurinos") estavam totalmente imóveis, paralisados, sem ao menos piscar, como se estivessem num estado de transe e meditação profundo. Coincidencialmente ou não, a música executada nesse CD pode servir como base para uma boa meditação.
Também segundo o próprio Karl, essas músicas ele compôs para relaxar, geralmente quando estava em casa e longe da correria das turnês do Nile.
É um CD que, assim que possível, estarei comprando original.
Detalhe: Demorei mais de 2 horas para escrever esse post.
Então, meus caros, escutem essa grande obra feita por esse gênio multi-instrumentista e cultural clicando aqui.
Ps: Escutem com calma e atenção, de preferência dediquem toda a atenção somente à audição desse CD.
Esqueça MSN, Orkut, problemas caseiros, escola, faculdade e etc...
Boa audição!