segunda-feira, março 31, 2008

Vomitory - Primal Massacre


Vomitory é uma banda de death metal oriunda da Suécia. Segundo os próprios membros, possui forte influência de Sodom, Venom, Slayer e Napalm Death. Surgiram no final de 1989, na mesma época que nasci, ou seja, eles têm 18 anos de estrada.
Sete álbuns são os frutos de todos esses anos, sendo que o mais recente é de 2007. Primal Massacre, de 2004, é o sexto da carreira. A sonoridade desse álbum entra em contradição com as palavras da banda, já que não há nenhum traço notável de influência alguma das bandas citadas acima. O que encontramos aqui é um death metal mais carregado de sujeira do que de peso, viariando bastante de faixa a faixa no quesito velocidade, ora marcante ora igual a milhares de outras bandas, e nessa linha segue. Como não conheço outro álbum além desse, peço a quem conheça que indique outro que possa ser melhor.
"Primal Massacre", "Stray Bullet Kill" e "Retaliation" são os petardos do álbum. Em suma, não há músicas ruins, mas a maioria fica na média ou um pouco além. Para resumir bruscamente, dá para dizer que é um álbum legal de conferir, mas nada essencial. Atendendo ao pedido...
Download.

Jerry's Kids - Is This My World?


  Já é de costume associar sempre a costa oeste americana com o surgimento do Hardcore Americano, e não é por menos, inumeras bandas vêm a cabeça, como Black Flag, Circle Jerks e Bad Religion, e assim esconde outras relíquias que a terra do Tio Sam tinha para apresentar durante os anos 80.
  O Jerry's Kids começou justamente com essa mentalidade, sua primeira gravação foi em 82, na "famosa" coletânea This Is Boston Not LA, ao lado de outros nomes da cena hardcore de Boston, do calibre de Gang Green e The Freeze, que executavam um som mais raivoso que o "convencional", algo que lembra muito o Poison Idea, de Oregon.
 Is This My World? foi o primeiro disco, propriamente dito, que saiu um ano depois, em 83, pelo selo X-Claim, que foi fundado pelo guitarrista do SSD, mas que não pertencia a ninguém (isto é ser punk!) e que existe até hoje, mas sem funcionamento. Esse é um daqueles tesouros secretos que o Hardcore Americano tem para oferecer, muita velocidade, vocais ríspidos e letras de protesto, com gravação porca e produção mínima, um "luxo".
   Nesse disco, a banda já havia mudada a formação: o guitarrista Dave Aronson e o vocalista Bryan Jones, saem da banda, deixando espaço para Ricky Jones (irmão de Bryan) assumir o vocal e continuar no baixo e passam a tocar em quarteto, com Chris Doherty (do Gang Green) nas guitarras. Mais tarde, com a onda do Crossover, a banda começou também a se meter com o Metal, o que não é algo ruim, mas esse é um registro do puro Hardcore, em sua forma bruta, escuta "Break The Mold" e "Vietnam Syndrome" e tenta ficar parado: Não há como, filha da puta!

sexta-feira, março 28, 2008

EC8OR - World Beaters


EC8OR (com a pronúncia inglesa de "Ecator") é uma dupla alemã cujo som pode ser descrito como digital hardcore. Para variar, é mais uma banda que se envolveu com o selo de Alec Empire e que possui grande semelhança com o Atari Teenage Riot. De fato, quase todas as bandas lembram a criadora do estilo. Prova disso são as que já deram as caras aqui. Quer outro exemplo? Lolita Storm. Sem querer desviar do assunto, eu sei que existem outras bandas de digital hardcore que não lembram muito o ATR (Ambassador 21, por exemplo), mas com a postura e sonoridade deles, lhes digo que a maioria das bandas realmente lembram.
World Beaters é um dos 5 álbuns que a dupla lançou entre o ano de 1995 (época em que surgiu) até 1999. A sonoridade é suja, experimental e até caricata. Pegamos, por exemplo, os vocais de Gina. Parecem-se com aqueles de desenhos animados japoneses, bem de boa. É um CD legal, mas não há nenhum toque extra, nenhuma música que empolga muito. Espero que seja apenas nesse álbum, pois não conheço os outros.
Hoje em dia, cada um dos membros está envolvido com seus projetos. A última apresentação do grupo foi em 2005. Pelo que li, não possuem mais contrato com a Digital Hardcore Recording, justamente por algumas tretas ideológicas com o senhor Alec.
Repetindo: Legal de conferir, mas nada excepcional.
Download.

ATUALIZAÇÃO:
- Reupado o disco Beneath The Shadows, do T.S.O.L.

Garage Fuzz - Turn The Page.. The Season Is Changing

"Abril de 1991. Ensaiávamos em um quarto pequeno e quente na cidade de Santos, escutando Hüsker Dü, Celibate Rifles e The Saints. Era o início de uma banda que, com duas semanas e meia de existência, já faria sua primeira apresentação ao vivo."

É quase sempre com esse texto que a parte da biografia da banda é completa nos poucos sites que tratam da banda, entretanto, só essa parte da influência,   já nos dá uma idéia bem paupável do que se trata, quando ainda não se escutou o trabalho dos magrões lá de Santos.
Sendo hoje, uma das mais importantes bandas de Punk-Rock/Hardcore (como preferir) nacional, são uma das poucas que continuaram vivas após 15 anos na vida independente. Com som característico e inconfundível, de um punk-rock mais guiado pelas guitarras, influência de guitar-bands anos 90, muita energia e melodia pra fuder, se encaixam nos mais diversos rótulos; desde skate punk até emo/post-hc, passando por hardcore melodico, mas como "todo mundo" diz: "O que importa é a música", então vão se fuder.
 Turn The Page... foi o segundo disco que a banda gravou, isso, lá em 99, pela Onefoot Records (o primeiro disco foi lançado pela multinacional Roadrunner). Nesse disco, a música é mais direcionada para o Post-HC e o emo de bandas seminais como Embrace e Fugazi. Falando em Fugazi, neste mesmo ano, o Garage dividiu palco com eles, além de outras bandas internacionais, algo como Sick Of It All, Shelter e Down By Law, entre outras. Que tal?
  Hoje, esse disco é uma raridade, assim como o primeiro disco da banda (Relax In Your Favorite Chair), e não existe mais nenhum site que tenha esses discos para venda, por isso que resolvi fazer uma exceção, e disponibilizar o disco, para mostrar um ótimo trabalho, nacional, para ajudar e divulgar muito mais, para aqueles infelizes que ainda não conhecem. Abaixo, vai o link do Trama Virtual, onde tem o lance do Download Pago, que a cada música baixada, a banda ganha uns centavos, então, se gostou do som e quiser mais algumas, tu também vai ta ajudando a banda.

Links:
Site Oficial (atualmente fora do ar)

ATUALIZAÇÃO:
-Reupado o novíssimo disco do R.E.M., chamado Accelerate (2008).

quinta-feira, março 27, 2008

Buried Yesterday - Only Salvation For Us


Buried Yesterday é uma banda bem nova, vinda de Curitiba, Paraná, - por sinal, a cena anda forte por lá! - que toca um som bem massa na linha de death metal melódico e bruto ao mesmo tempo com traços de hardcore da cena de NY.
Completando seu primeiro ano de vida nesse mês, a banda já tem certo reconhecimento (merecido, convenhamos) e lançou esse EP. Podemos caracterizar a sonoridade como algo bem parecido de bandas gringas à la The Black Dahlia Murder e Job For A Cowboy, e até com algum toque bem parecido de Avenged Sevenfold (na passagem limpa, principalmente). E antes que alguém fale algo, vale a pena ressaltar que isso é plenamente normal em bandas novas, pois apenas o tempo dá a liberdade aos músicos de crescer e achar o caminho próprio. Francamente, os guris têm talento para isso, sim! Resta aguardar. Mesmo assim, as músicas são boas e empolgam bastante! Encontramos belos trabalhos de guitarras em dupla, bateria com pedal duplo comendo, baixo gravezão soterrando tudo nos breakdowns e vocais extremamente rasgados e/ou guturais profundos. A fórmula é excelente, falae?!
E quem mora em SP terá a chance de ver os rapazes e outras bandas um dia antes do show do Black Dahlia Murder. Por falar nisso, dizem que a banda tem uma performance de palco bem explosiva, mas, pelo que vi no youtube, não dá para perceber tanto assim. Os vídeos são meio escuros, mas beleza...
Por se tratar de uma banda nacional, não teria o link para download, como todos aqui devem saber; mas, porém, todavia, de qualquer maneira, a própria banda disponibilizou tudo para download e você pode conferir clicando aqui.

Links:
Comunidade no orkut.
Fotolog.
Myspace.

quarta-feira, março 26, 2008

Meat Puppets - Forbidden Places

  Todo mundo sabe que o início dos anos 90, foram os "anos dourados" do Rock Alternativo. Bandas underground recém nacidas apareciam para o mundo e as mais importantes, que vinham desde uma década anterior fazendo história, começaram a ganhar mais atenção.
Como boa parte das bandas do selo SST, os Puppets se entregaram para uma gravadora major, mas nem tão capitalista assim como Sony e afins - a escolihda foi a London Records, que é até mais desconhecida que selos indies como SubPop ou Touch and Go (eu ainda acredito que eles assinaram com eles, pois o ZZ Top, ídolos dos irmãos Kirkwood, lançavam discos pela London)
O Primeiro disco foi este, Forbidden Places, lançado em 91, um cd bem massa, com o estilo clássico da banda, que não perde nada para alguns discos da fase SST (muito melhor que o antecessor - Monsters, de 89).
  Enquanto a banda ganhou "fama", sendo convidado para tocar ao lado de Cobain e cia, no seu acústico, tocando três músicas ("Oh Me", "Lake Of Fire" e "Plateau") do clássico Meat Puppets II, em termos de venda e popularidade, esse disquinho foi meio desastrazo e passou em branco. Hoje está até fora de catálogo e dificílimo de achar, exatamente por isso que foi feito pedido dele. 

Retturn - Sounds Of An Empty Gun


Está aí um belo exemplo de música boa e, infelizmente, desconhecida. Apesar de estarem há mais de uma década na estrada, os paulistas da banda Retturn são minusculamente conhecidos - pelo menos aqui no Brasil. Mesmo sendo este o terceiro CD da banda.
O que eu tenho a dizer: Isso mudará, sem dúvidas, pois a qualidade deste álbum está nas alturas e em todos os quesitos. A começar pelas composições, que só podem ser frutos de mentes que passaram a adolescência curtindo Pantera e Sepultura. Depois, pelas letras que são um exemplo de tapa na cara, na veia do verdadeiro hardcore. Por fim, a produção que deixou tudo com uma sonoridade muito boa, valorizando todos os instrumentos da banda e deixando com muito ênfase as alternâncias vocais, que passam de um limpo agressivo a berros agonizados. Tudo muito acima da média e empolgando em todas as faixas!
Fiquei realmente impressionado com esse álbum! É mais uma das provas que temos bandas que não deixam nada a desejar se comparadas às gringas. Vale a pena ressaltar que os rapazes moraram alguns anos na Holanda, vivendo apenas de música. Aí é que está o segredo de fazer um álbum tão bem feito: Amor à música! Sem muito mais o que dizer, corra atrás do original, pois eu certamente farei isso!

Links:
Myspace.
Perfil no orkut.
Comunidade no orkut.

terça-feira, março 25, 2008

Little Richard - Here's Little Richard


Little Richard, ao lado de Chuck Berry, Jerry Lee Lewis e Elvis Presley, pode ser considerado como o precursor do rock and roll. Apesar da semelhança sonora que todos esses músicos tinham, cada um apresentou também suas individualidades, e Little Richard destacou-se por sua voz grave, forte, característica dos negros americanos, e também por dar alguns gritos agudos e exaltados. Músico multi-instrumentista, está na ativa até os dias de hoje, ostentando enorme respeito e popularida no mundo inteiro, sem esquecer que já tem seus 75 anos de vida.
Ele começou sua vida musical quando era bem novo, na época em que cantava numa igreja. A influência cristã continua até hoje, mas em termos de influência, a maior influência é ele mesmo. Isso mesmo. Ele é um artista original! Certo dia, Elvis chegou a ele e disse: "Você é o maior!". Bob Dylan escreveu em um livro que queria tocar como Little Richard. Outros que dizem ser influenciado por ele são John Lennon e Paul McCartney (Beatles), John Fogerty (Creedence Clearwater Revival), Mick Jagger (Rolling Stones), Jimi Hendrix, David Bowie e muitos outros.
Além disso, é consagrado com muitas honras e prêmios. A lista é imensa! Se você tem interesse em saber, clique aqui.
Esse é o primeiro álbum dele, lançado em 1957. É um som bem contagiante, dançante, empolgante. Certamente nota-se traços que vieram a ser aperfeiçoados por outras bandas, mesmo que tardiamente. Escute "Tutti Frutti", "Long Tall Sally" e "Ready Teddy" para apreciar os primórdios de todas as variantes extremas do rock que existem hoje. Pode parecer até sem noção, mas é a verdade! E por mais que o tempo passe, esses artistas antigos não envelhecem. Creio que seja um som que sempre vai ser adorado, mesmo que por uma minoria.
Download.

segunda-feira, março 24, 2008

Maroon - When Worlds Collide


Vou classificar a sonoridade do Maroon em um único estilo: Música muito boa! Devido aos diversos estilos aqui presentes, mesmo que apenas em discretas pinceladas, não vale a pena dizer "é metal!", "é hardcore" ou "é metalcore". É música das boas e. - Viu o ponto final?
A banda foi formada na Alemanha, em 1998. São considerados como uma banda vegan/straight edge, devido às letras e à postura da banda durante essa primeira década de existência.
Começaram com uma demo no ano de 1999 e, apenas um ano depois, lançaram o primeiro álbum. When Worlds Collide é o 4º da carreira e foi lançado em 2006. Pode ser resumido em poucas palavras que, apesar de serem poucas, expressam o feeling do álbum de uma maneira bem melhor do que outras milhares de palavras. Quais? Vocais agressivos; Belíssimos solos de guitarras e breakdowns cabulosos. Essa é a alma do álbum, galera. E alguns sons são realmente muito surpreendentes, como, por exemplos, "Annular Eclipse" (tem a participação de um vocalista de metal melódico, e, por incrível que pareça, o resultado ficou bom) e "There is something you will never erase" (só pode ter participação especial de Roger Miret, do Agnostic Front. Se não é ele, imitaram bem!).
Vale a pena conferir! Download.

sexta-feira, março 21, 2008

All Shall Perish - The Price Of Existence


Já que hoje é Sexta-feira Santa e o mundo pára para louvar a Jesus e ao Criador, vou postar um CD que fala sobre a realidade desse mundo supostamente amado por Eles.
The Price Of Existence, segundo álbum do All Shall Perish, é um material digno de nota 10! E seria completamente injusta qualquer outra nota, mesmo que fosse um 9, pois os rapazes evoluíram do último CD para esse - e de uma maneira bem incomum. A começar pelo instrumental, aumentado ao cubo em todos os quesitos e estilos do primeiro álbum Hate, Malice Revenge, seguido pelas letras bem mais violentas e, por final, a produção classe A, que deixou o álbum com uma sonoridade cativante. Se antes era uma mistura mais ou menos normal (diga-se parecida com outras bandas) entre hardcore moderno e death metal, agora é de technical death metal, brutal death metal e o hardcore mais pesado ainda! Alguns solos épicos e lindos dão um toque a mais, deixando uma atmosfera muito boa pairando no ar. Esse, sim, é um álbum do All Shall Perish que dá saudade e vontade de escutar! E não cito nenhuma música como destaque, pois eu aprecio o álbum do começo ao fim sem pular faixas. E como ele é de 2006, é bem provável que esse ano eles nos presenteiem com mais uma porrada sonora.
Além de a música ser muito boa, passa uma mensagem. Uma mensagem que quer dizer “abra seus olhos, veja os problemas do mundo e resolva as coisas por você mesmo!”. Você espera por um Jesus ou Deus para resolver seus problemas? Eu que não!
Download.

quinta-feira, março 20, 2008

R.E.M. - Accelerate


 Só pela atitude da banda, esse álbum devia estar aqui, mas a banda além de ter feito uma ótima jogada, ainda nos presenteou com um disco que não escutavamos a tempo, com rock com Guitarras!
  Ok, vamos explicar o que se passa: Desde a turnê do último disco, a banda ja andava experimentando sons novos, para um suposto novo álbum. Em 2007, começaram a gravação, na Irlanada, no estúdio de um dos produtores mais conceituados hoje em dia, Jacknife Lee, que gravou também o último do U2, Snow Patrol e Bloc Party. O últimos discos da banda, andavam meio mal vistos, e de sonoridade, indefinidade, então resolveram, simplificar o processo, investindo no vigor do power pop orientado pelas guitarras, e em 9 semanas de gravação e 10 dias de mixagem, a bagaça estava pronta.
  Nada de novidade até então, e nada de novo o método de divulgação, uma página na internet com vídeos e tal, mas então eles resolvem soltar o disco sobre licensa artística livre, ou seja, antes do disco estar disponível em forma física, a banda não precisa se preocupar em eliminar todos os links de download dele. Achei bem interessante a iniciativa, apesar de não são serem os primeiros a fazer isso, gera todo um buzz em volta da notícia, e até aqueles que não gostam ou que não conhecem, vão atrás pra ver do que se trata, ponto pra eles.
  Realmente, eles não são os primeiros a fazer isso, pois a criatividade da banda não é mais o ponto alto. Após mais de 25 anos de carreira, fica até difícil de esperar algo "novo", mas devemos sempre lembrar da importância da banda, da circulação do rock alternativo dos anos 80, até sua popularização nos anos 90, mas sem voltar no tempo, esse disco ficou BOM, posso afirmar com as três letras em maiúsculo.
 Até agora, não sei se foi a atitude da banda, ou se foi todo o processo de criação que me grudou tanto no cd. É um álbum curto,  apenas 11 músicas que passam velozmente, mas ao mesmo tempo, ficam grudados na cabeça, melodias e ritmos nota 10. Não sei se é a euforia ou se, no fundo, o disco vale tudo isso, então vai lá, forme tua opinião. Download (Totalmente Legal)

Twisted Sister - Stay Hungry


O Twisted Sister é uma banda de rock. Caso você goste de se aprofundar em sub-gêneros, dá para mencionar que é uma banda de "glam rock"/"hair metal" e todo o escambau que não tem um puto a ver com a música, e sim com o visual, já que as bandas não tocam rock ou metal com o cabelo. Mesma história do Kiss, sabe? Rótulos idiotas a parte, a banda foi formada em 1972 e alcançou grande sucesso de maneira rápida. Rápida após estar completa e lançar um álbum, para ser mais exato. Isso em 1982 com Under The Blade.
Em 1983, lançando You Can't Stop Rock'n'Roll, deram um salto para fora do undeground. Com algumas leves pitadinhas de heavy metal, conseguiram causar grande polêmica e dividiram fãs do estilo. Tudo isso com muito glamour, batom, calça de couro enfiada na bunda e tudo mais. Por mais que eles parecessem gays, o som era feroz - à época - e pesado, e foi aí que todas essas bandas do estilo acertaram em cheio no marketing. Se hoje você vê bandas com visual "emo" (não vou discutir isso não, pois dá para entender) tocando música pesada, como, por exemplo, Dance Club Massacre, saiba que nos anos 80 não era diferente. A única diferença era a extravagância puxada para o lado feminino, e não o sentimentalismo de hoje.
Mas foi apenas em 1984 que chegou esse clásico Stay Hungry. Dotado de hits como "We're Not Gonna Take It" (se você nunca ouviu, eu lhe pergunto: de que planeta veio?), a empolgante faixa-título, e também "I Wanna Rock". Só essas aí já valem a audição, mas tem ainda "Burn In Hell". É aquele rock com a guitarra solando furiosamente, com o vocal agudo e um tanto quanto cortante e a bateria simples e cativante. Indispensável!
Atendendo a um pedido e fazendo o favor de apresentar a quem não conhece, tá aqui o disco.
Download.

quarta-feira, março 19, 2008

The End Of Six Thousand Years - Isolation


"Uns com tão pouco e outros com tanto..." - E outros com mais ainda, como é o caso dos italianos do The End Of Six Thousand Years.
Esse quinteto chega quebrando tudo e despejando um inteligente mix de extremos no primeiro full-lenght da carreira, lançado agora após um split EP em 2006 com os americanos do Embrace The End.
O estilo do grupo é bem progressivo e abrangente, com muitos traços do death metal melódico e até uma e outra passagem de atmospheric sludge, lembrando um pouco nomes como Cult Of Luna e Isis. A viagem dos caras é tamanha, que aqueles que têm um ouvido mais atento certamente irão notar traços de hardcore e outros derivados.
É um bom álbum, mas percebe-se que os rapazes têm talento para fazer melhor. Apesar do imenso trabalho, carece de músicas mais memoráveis, daquelas que grudam na mente e não saem mais. Além das instrumentais primeira e última faixa, que são lindas e com melodias marcantes, a única música que surpreende mesmo é "In Sleepless Silence", pois tem 7:30 minutos de um andamento arrepiante. As demais ficam como meras coadjuvantes, e isso não é um bom sinal. Espero sinceramente que haja um próximo disco, pois a banda só tende a evoluir.
Download.

Rise Against - Revolution Per Minute


Pensa para você, o que é ter fama? O que é ser conhecido? Para alguns, ter fama é nadar em piscinas de champagne, limpar o rabo com notas de dólares e tudo mais. Ser conhecido para alguns, é consequência de trabalho sério e uma oportunidade de poder passar suas idéias, onde se encaixa o Rise Against. (Claro que existe aqueles outros que fazem de tudo para evitar a tal "fama")
 Esse papo furado de introdução deve-se ao curto tempo em que uma banda se formou e conheceu alcançar um patamar invejável. Se alguém lembra, o Rise Against já deu as caras por aqui, com o seu primeiro disco em uma gravadora major, o Siren Song Of The Counter Culture, ótimo álbum, que deixou a banda mais conceituada ainda - e o principal fator que espanto todos, é que a banda foi formada apenas 1999.
 Agora vamos a algumas considerações, pois a banda não foi formada por novatos e sim músicos que já tinham experiência, que se juntaram após o fim de uma banda importante do cenário de Chicago, o 88 Fingers Louie e outro menos importante, chamada Baxter, que deu origem para o The Lawrence Arms.
  Tendo mais claro as "origens" do grupo, vamos ao ponto em que a banda começou sua decolada, a sua obra chamada Revolutions Per Minute. Lançado de forma independente, pelo selo Fat Wreck Chords, de propriedade de Fat Mike, da banda NOFX, é um grande mix entre canções sócio-políticas e relacionamentos, com toda aquela mensagem positivista do hardcore. Produzido por Bill Stevenson (ex-Black Flag e Descendents e produtor de mão cheia), é um disco furioso, com aquela velocidade do Hardcore Punk e a melodia do Hardcore Melódico, uma forma meio batida, mas que sôa de maneira original, nos riffs cabulosos, no baixo distorcido, batera fuderosa e os vocais inconfundíveis de Tim Mcllrath.
  Até hoje, esse disco, permanece em minha opinião, como o trabalho mais fino do grupo, forrado de músicas cacete, como a primeira "Black Masks And Gasoline", uma aula de como se fazer música empolgante. Também temos "Dead Ringer", "Broken English", "Torches"  e os singles "Like The Angel" e "Heaven Knows". O único ponto fraco, é o cover escroto de Journey, em "Anyway You Want".
  Após todo o boom gerado por esse disquinho, ele passaram para uma major, que foi dito logo de cara, mas a intenção da banda, não é a de ser a opção 1 dos famosos, e sim, de passar sua mensagem para o maior número de pessoas, mesmo que sua músicas tenha que mudar de alguma forma, mas sempre se mantendo fiel as ideologias; veganismo, filosofia política e problemas de meio ambiente.
 Como já foi dito, "é modernizar a mensagem que já foi passada por bandas como Minor Threat", porém numa musicalidade diferenciada, mas talvez com a mesma energia. Para mim, um dos melhores discos no estilo. Download.

terça-feira, março 18, 2008

Pitchshifter - www.pitchshifter.com


O Pitchshifter é uma banda inglesa que surgiu no final dos anos 80 e passou por diversas fases. Originalmente estabilizada sob o nome de "Pitch Shifter", lançaram alguns álbuns bem na veia do metal industrial da época, ou seja, com bastante peso, samples macabros, vocais urrados e tudo que tem direito. Isso fez com que eles viessem a se tornar uma banda muito respeitada na cena underground do Reino Unido. Mas em 1996, após "enjoarem" do estilo, mudaram o nome para "Pitchshifter" e...
Em 1998 foi lançado www.pitchshifter.com, primeiro álbum da nova fase do grupo, que chegou causando estardalhaço. A postura da banda foi completamente modificada. Os vocais ficaram limpos, as guitarras mais agudas e estridentes, e as linhas de bateria bem cheias de drum and bass, trip hop e techno rápido. Tal atitude ocasionou a perda de alguns fãs e o ganho de outros.
Esse álbum é uma pérola! É uma das melhores fusões de rock com industrial que eu já ouvi na minha vida! A começar por "Microwaved" (guitarras viciantes, refrão grudento), depois por "W.Y.S.I.W.Y.G." (mais guitarras viciantes, vocais clonados de James Hetfield, bateria veloz) e "Please Sir" (certamente a que possui a melhor linha de bateria programada), sem esquecer a última faixa, a "Free Samples", que, como diz o nome, são samples e batidas isoladas. Se você é como eu, que gosta de editar e criar músicas no computador, certamente achará a música bem útil.
Pitchshiter também já colaborou em estúdio com Jello Biafra (vocalista dos Dead Kennedys), John Stanier (baterista do Helmet), Dave Jerden (produtor do Alice In Chains e Offspring) e com um tal de Machine (produtor do White Zombie). Na lista de remixes, constam bandas como Biohazard. Já na lista de turnês, constam Metallica, Black Sabbath, Bad Religion, Iggy Pop, Fugazi, Pantera, Ministry e mais uma porrada. Tiveram músicas inclusas em filmes e jogos de video-game, como Test Drive 5 e Twisted Metal III. É, não é pouca coisa!
Download.

segunda-feira, março 17, 2008

Annotations Of An Autopsy - Welcome To Sludge City


Hoje em dia a originalidade é um fantasma que assombra qualquer banda iniciante. Se pegarmos estilos relativamente novos, a situação fica mais crítica ainda. Imagine, então, um estilo jovem e uma banda jovem. Se ela conseguir soar original, parabéns! Caso contrário, mais empenho.
O AOAA, baseado em tudo isso, ficou em um meio termo. Adeptos de um som absolutamente brutal, muito calcado em death metal e hardcore moderno, os caras fazem muitas coisas já clichês, como uso e abuso de pig squeals incompreensíveis, breakdowns exorbitantes de tanto peso, passagens mais velozes e técnicas, e por aí vai. Mas e qual a novidade? Nenhuma, em parte. Apenas acréscimos de toques mais voltados ao death old school, meio na linha do Immolation, com arranjos técnicos e inesperados, na contra-mão da maioria das bandas modernas. Apesar disso, a produção é absolutamente séria. Sem soar velha ou abafada e sem soar tosca e feia.
Welcome To Sludge City é um ep, lançado em 2007, como aperitivo para o full-lenght Before the Throne of Infection, previsto para o dia 15/04/2008. Nos apresenta uma intro e 3 músicas, todas na mesma linha, ou seja, se curtir, curtiu; se não curtir, não curtirá. Simples. Não se pode emitir uma opinião extensa, a única coisa a se fazer é esperar o CD completo, já que este material é só uma prévia. Mas, pela prévia, já está bom.
Absolutamente recomendado àqueles que curtem Waking The Cadaver, Salt The Wound, Suffocation e derivados.
Download.

sexta-feira, março 14, 2008

Nikola Sarcevic - Lock Sport Krock


Seria totalmente clichê começar com um "Não é de hoje que vocalistas de bandas grandes, costumam mudar um pouco o som e entrar em carreira solo", mas de qualquer jeito, esse disco não foge da regra.
O nome estranho, é de origem suéca, Nikola Sarcevic é vocalista de uma banda bem conhecida entre nós jovens, o Millencolin (Que tem álbum novo marcado para lançamento 07/04), banda de punk rock estilo californiano feito na europa, no mesmo estilo das outras bandas da Burning Heart, como os Satanic Surfers e No Fun At All, popular entre os skatistas, mas que hoje desfrutam de péssima popularidade, devido a mudança drástica de som, do punk ska rápido e cheio de melodia pra um pop punk chicletão e enjoado, aquela mesma frescura que outras bandas fazem de querer rotular o som apenas como "Rock", pica pra eles.
Deixando pra trás a minha bronca com a banda do cara, Nikola Sarcevic entrou em estúdio pra gravar seu primeiro disco solo em 2003, logo após o final da turnê de Home From Home, disco bem meia boca. A proposta em Lock Sport Krock passa bem longe de sua banda, e investe basicamente no folk rock, de instrumentação acústica e cheio de arranjos bonitões e tal. Violões, gaita, harmonica, orgão, piano, percussão e tudo mais, músicas de andamento lento e cheio de feeling, muito bem construídas e executadas.
Nikola Sarcevic não foi o primeiro a se arriscar nesse tipo de música, vocalistas de outras banda do estilo já se aventuraram no folk rock, como o Greg Graffin do Bad Religion, Joe Cape do Lagwagon e Tony Sly do No Use For A Name, mas nenhum deles, na minha opinião, bate esse disco. Então, talvez tu já deve tá achando que esse é um disco perfeito, mas não, eu acho um grande ponto fraco que é as letras, pois como o inglês não é sua primeira língua, fica um clima de "eu já ouvi isso antes", pois na maioria são músicas "românticas", ou de coração partida, de um ponto de vista bem cínico, mas pra quem ta estudando inglês, é uma boa pedida, pois a pronúncia do cara é muito boa, e nesse clima acústico, tu nem precisa de um encarte pra entender as letras.
Por sorte, esse projeto não é como de muitos outros, que apenas tiram um "xerox" de sua banda, essa variado de som rola muito bem, e me lembro até hoje, quando peguei esse disco pela primeira vez, logo que foi lançado, acho que nunca esperaria um disco desse tipo desse cara, um álbum fácil de curtir, totalmente sincero e gostoso de ouvir, melhor pedida pra escutar após um dia cansativo. Vai querer? Aqui então.

quinta-feira, março 13, 2008

Hate - Morphosis


O Hate é uma banda polonesa que já tem mais de uma década de estrada. Baseado nisso, lhes digo que eu esperava bem mais desse Morphosis, 7º álbum oficial do grupo. A começar que os caras estavam há 3 anos sem lançar e chegam com um CD de apenas 7 faixas - sendo que uma é a intro de 30 segundos - e com 38 minutos, onde que as duas melhores músicas soam como um híbrido de Behemoth mais polido, vocês já podem ter idéia do porque da decepção. Antes fosse apenas isso, mas não é. Mais da metade do álbum é preenchida por músicas que possuem andamentos mais medianos, ou seja, não tem velocidade absurda e nem muito cadenciada, e isso realmente soa sem sal aos ouvidos. Menos mal que "Omega" e "Catharsis" são muito boas e dignas de notas altas. Porém, como todos devem saber, duas músicas não fazem um álbum, e por isso ficou mediano. Interessante que eles adotaram alguns samples industriais e passagens com efeitos eletrônicos, mas nada muito presente. É melhor os caras se empenharem mais, pois lançando um disco assim eles continuarão sendo muito desconhecidos pelo público mundial, não conquistando nem metade da popularidade dos conterrâneos do Behemoth ou de bandas que praticam a mesma linha de som. Vale a pena conferir, mas não recomendo a você ter esse álbum na coleção de originais.
Download.

quarta-feira, março 12, 2008

Waking The Cadaver - Perverse Recollections Of A Necromangler


Isso é um exemplo de banda animal. Não pense que isso é uma gíria antiga tentando expressar "foda"; pense que estou falando no sentido literal da palavra. Hoje em dia o famoso "breee" vocálico já é comum, mas o Waking The Cadaver tende a se diferenciar e crescer perante as outras bandas não só pelo seu "breee" profundo, mas sim pelos seus "grruuuh" e outros sons típicos de sapos, grilos e criaturas desconhecidas. São timbres desumanos e atípicos entre indivíduos da espécie.
Perverse Recollections Of A Necromangler foi lançado em 2007 e causou polêmica. Primeiramente, eles haviam lançado uma demo com duas músicas desse álbum. Meses depois, mais sons foram divulgados, e, então, com reconhecimento e popularidade consideráveis ou até excelentes (para uma banda do estilo...), gravarm o álbum. Depois que vazou, deu gente reclamando que o vocal ficou feio demais, outros falaram que quem quer vocal bonito tem que escutar Angra, e por aí goi. Na minha concepção, quanto mais podre ficar, mais tem a ver com a banda, e isso foi o que aconteceu aqui. O vocal ficou completamente horroroso! Parece que o vocalista conseguiu enficar o microfone goela abaixo, pessando pelas tripas e ficando parado dentro do estômago em processo de digestão. Nada é compreensível! Se você não gosta de vocais bizarros, passe longe. Apesar disso, que até nem chega a ser um ponto negativo, o instrumental é bem competente. Altera entre velocidades absurdas típicas de death metal/grindcore com breakdowns comuns do hardcore de NY. A fórmula está bem popular hoje em dia, é verdade, mas vale a pena conferir essa banda.
Waking The Cadaver é uma das mais legais e bizarras dentro do estilo! Pra quem curte um som literalmente animal, aqui está um prato mais que cheio - um daqueles que transbordam.
Download.

terça-feira, março 11, 2008

Lolita Storm - Girls Fucking Shit Up


Lolita Storm tem (ou tinha) tudo para repuxar os antigos fãs de Avril Lavigne que se achavam malvadões e rebeldes. As 3 garotas malvadas chegam quebrando tudo com um DJ, todos vindos do Reino Unido, e estão pouco se fodendo para tudo - por isso que podem pegar os tais projetos de rebeldes, já que eles estão maiores e viram que Avril Lavigne não passa de marketing.
Em resumo, o som da Lolita Storm é todo computadorizado, com exceção dos vocais frenéticos. O estilo é techno hardcore, ou digital hardcore, pois, no fim, dá no mesmo. Baterias de gabba, speedcore, breakcore, hardstyle e o escambau, são anexadas a barulhos, linhas de guitarras punk simples e tão distorcidas que mal dá para entender quais são as notas, e por aí vai. Alguns samples engraçadinhos e/ou bonitinhos também dão as caras para reviver aquele clima de deboche do HC antigo, algo que me lembrou muito alguns sons dos Dead Kennedys. Se você não sabe do que estou falando, tente imaginar uma banda na linha do Atari Teenage Riot, só que menos séria. Aliás, os vocais lembram muito o hardcore antigo. São cantados em coros, bem gritados, e passam enorme empolgação. É surpreendente que elas conseguiram gravar mais um álbum depois desse, porque, além das músicas serem na maioria iguais, as apresentações ao-vivo do grupo costumavam durar menos de 10 minutos. Mas como o senhor Alec Empire é muito gente boa, cedeu mais espaço às garotas em seu selo.
Por falar nelas, você tem grande chance de pegá-las caso for um cara malvadão, pois, como se poder ler nos títulos das músicas, elas declaram "He's So Bad I Luv Him" e também "Hot Lips - Wet Pants".
Malvadas, debochadas, amantes de sexo gratuito e adoradoras de rapazes malvadões que consigam manter uma ereção - essas são as Lolitas. Som empolgante e - já que estamos num post sem frescuras - bom como boceta.
Download.

segunda-feira, março 10, 2008

Itsari - Imperial


Os cariocas do Itsari chegaram quebrando tudo em 2008 com esse CD que foi lançado no final de 2007. Após 5 anos sem lançar, ou após 5 anos do álbum de estréia, os rapazes chegam com força total para aniquilar o tempo passado com uma mistura muito competente de hardcore moderno, vertentes do metal e até pequenas passagens de bossa nova.
Imperial é um CD violentíssimo! Dotado de uma produção extremamente suja e pesada, tende a agradar aqueles que curtem um som ríspido e sem frescuras. Seguindo uma forma nada tradicional, genérica ou manjada, o álbum apresenta músicas ora repetitivas ora meio progressivas, com vocais agonizantes, gritados e sofridos, com as guitarras ora preenchendo tudo com suas notas em sétima (aquelas agudas e com sonoridade caótica; as mesmas que eram proibidas na Idade Média por serem satânicas) e ora fazendo power chords nervosos, ou breakdowns e até melodias lindas e leves em ritmo de bossa nova. Pensa que o baixo fica oculto como na maioria das bandas? Não, o baixo é mais um grande destaque, sempre soando muito, mas muito pesado mesmo. Não menos importante que tudo, a bateria consegue incrivelmente acompanhar tudo isso com batidas alternadas, pedal duplo, ritmos típicos do hardcore da velha escola e até brutais e longos blast-beats. Os destaques em termos de faixas ficam para “Córrego Seco” (caótica demais), “Gang of Dogs” (longa e mais surpreendente de todas) e “Grisáceo” (a mais empolgante, pena ser um tanto quanto curta).
Pode não empolgar e prender a audição em todas as músicas, mas com certeza surpreende em todas. Itsari é uma das bandas nacionais que prometem fazer mais sucesso no exterior do que aqui. Fique de olho! Lembre-se disso.

Links:
www.itsari.com.br
www.myspace.com/itsarisuicide
www.tramavirtual.com.br/itsari
www.purevolume.com/itsari
www.fotolog.com/itsarisuicide

domingo, março 09, 2008

Dub Trio - Another Sound Is Dying


Em um tópico criado sobre o ano de 2008 em nosso grupo de discussão no last.fm apareceu um comentário de um ex-participante do blog, e quem insistem em dizer que eu e ele somos a mesma pessoa, o Felipe cabeça de Ovo, falando sobre o novo álbum do Dub Trio:
"O Dub Trio também lançou disquinho novo, chamado Another Sound is Dying, ficou bem mais pesado que os outros, mas gostei, se alguém pudesse disponibilizar pro pessoal, já que teve outro disco da banda."
Além disso, eu mesmo já havia prometido esse disco, quando postei o álbum New Heavy da banda. Bom, pra quem não sabe conhece a banda, eles são um trio (dããã) que faz uma mistura bem excêntrica entre Noise Rock, Post-Rock, Punk Rock e logicamente, o Dub.
Another Sound Is Dying é o terceiro disco do grupo, e é o primeiro a ter distribuição pela Ipecac, em forma de CD, pois em vinil, eles continuam a parceiria com a ROIR. A parceiria da Ipecac começou quando eles trabalharam no single "We're Not Alone" com Mike Patton, que como não podia ser diferente, deu as caras nesse discão também, no primeiro single "No Flag", pois o resto do disco todo é instrumental, como de costume.
A diferença mais notável desse disco para os outros é a influência metálica, seja nos riffs guitarrísticos alá Melvins, ou no próprio peso descomunal que foi gravado, comentado logo de cara pelo Felipe. Em uma tentativa de fazer um disco mais acessível, ás músicas que sempre extrapolavam os 6 minutos, foram diminuídos para uma média de 4 minutos e assim, adicionaram muito punch à essas canções.
Another Sound Is Dying é uma continuação de um trabalho muito bem executado, com a mesma idéia e a mesma proposta, porém não sôa nenhum pouco como uma "continuação" dos outros discos, como a maioria das bandas procuravam fazer, mas veio pra provar como a banda é competente e original, mais um grande discão, esses rapazes realmente merecem um reconhecimento maior. Começe por aqui.

sexta-feira, março 07, 2008

Death Angel - Killing Season


Como o Death Angel é uma banda oitentista e acabou nos anos 90, é bem provável que a maioria da galera aqui não conhece, já que nunca postamos nada deles. Eles retornaram em 2004, mas esse disco não está aqui, portanto, cabe a mim dar uma pequena introdução sobre a banda. Ela foi formada na época onde o thrash metal começava a explodir, e o melhor: Nasceu na Bay Area, área de clássicas bandas e local onde o público era muito grande. Lançaram 5 álbuns antes de acabar em 1990. Em 2001, voltaram a ativa no Thrash of the Titans (show beneficiente a Chuck Billy, vocalista do Testament), e a partir daí não pararam. E hoje, em pleno 2008, os caras estão bem como nos mostra Killing Season. Em suma, é um mediano álbum de thrash metal muito mesclado com heavy metal, e é aí que está o grande e único erro. Thrash Metal deve ser como diz o nome, ou seja, surrado, socado, agressivo. Não entendo o porquê de ficar inserindo melodias bonitinhas e firulas típicas do heavy metal, bem como vocais cheios de vibratos e técnicas. Creio que deveriam buscar o thrash naquela raiz bem punk/hc, mas tá difícil alguém fazer isso hoje em dia da forma como fazia Slayer e Sodom nos anos 80. Algumas músicas até empolgam, temos como exemplo "Carnival Justice", que é dotada de certa pegada e arranjos de difícil execução. A masterização ficou excelente, pois deixou as guitarras com forte tonalidade e a bateria com bastante peso. Álbum mediano e pode ser até decepcionante àqueles que esperam um retorno do Thrash Metal de antigamente. Porém, a quem curte heavy metal, esse deve ser um disco ótimo e pesado.
Download.

quinta-feira, março 06, 2008

Technical Itch - Diagnostics


Technical Itch, como já foi dito em outro post, é um músico adepto de uma sub-vertente do eletrônico chamada "darkstep", onde o som é caracterizado por linhas de bateria acompanhadas de um baixo e vários samples/efeitos obscuros, sombrios ou experimentais.
Após inúmeras audições deste Diagnostics e do recente EP Death Jazz, constatei que as linhas de bateria, no geral, são coadjuvantes. O que realmente leva prioridade e destaque no som são os samples e efeitos. Eles podem ser sons indecifráveis, vozes com efeitos ou teclados medonhos, e por aí vai. É caracterizado por músicas longas, a maioria passa dos 6 minutos de duração. Sinceramente, recomendo escutar com fones de ouvido, pois assim cada detalhe lhe será revelado. As baterias podem ser repetitivas e até artificais - são eletrônicas, considere - mas, felizmente, passam muito longe daquele som manjado e besta que a maioria das pessoas classifica como eletrônico. Eletrônico é um rótulo muito complexo e existem diversos sub-gênereos, portanto, não fique limitado a crer que eletrônico é só aquele "tuts tuts tuts" enfiado no seu ouvido abaixo pela maioria das rádios FM.
Diagnostics, lançado em 1999, possui 12 músicas e 1 hora e 3 minutos de duração. É um álbum que gostei bastante. As músicas mais velozes (em termos de execução) foram as que mais me agradaram. Aquelas onde há uma ligação com o real, ou com algum fato conhecido, como "Roswell" (dispensa explicações), despertam a criatividade do ouvinte. No meu caso, os barulhinhos futuristas criaram a imagem de um disco voador. Só para deixar claro, eu não usei drogas, mas escutei no escuro.
Amantes de música alternativa devem mergulhar de cabeça. Curiosos e sem preconceito, idem. Esse é um dos poucos sons eletrônicos com feeling que eu conheço. E você? Baixa ou não baixa? Download.

quarta-feira, março 05, 2008

The Casualties - For The Punx

The Casualties é uma banda de Punk Rock/Street Punk, como preferir, fundada em 1990 em Jersey City, no estado de New Jersey. Suas principais influências são GBH e The Exploited. Eles vieram com a "missão" de trazer de volta a "era de ouro" do punk rock (que eles acreditam que acabou em 1985). For The Punx é o primeiro full album do grupo, lançado em 1996, que tem como líder o vocalista Jorge (colombiano ou equatoriano, não lembro qual a nacionalidade dele) que está presente desde o nascimento do grupo. Mas, tirando a baboseira de lado, vou falar do som dos caras. Posso definir ele, basicamente, como um soco no estômago, Jorge berra letras de cunho social/político, acompanhadas de guitarras sujas, rápidas e uma bateria insana e berros coletivos, punk as fuck. As letras falam basicamente de "punx", violência e da "working class", ah, claro, falam do sistema também, sempre ele. Este álbum é incrível, todas as músicas com muita energia e muita raiva, que transparece através dos berros roucos de Jorge. O cd já abre quebrando tudo com "For The Punx", seguida pela belíssima levada (?) de "Ugly Bastards" (talvez a minha preferida do cd), passando por outros bons momentos... Ah, sei lá, foda-se, todas músicas são um murro na orelha. Apesar de toda a pose de punks revoltados e das suas "fantasias" de rebeldes, eles são considerados, por muitos, "traidores do movimento", principalmente devido ao sucesso comercial que o grupo veio adquirindo com o tempo (eles estão até na trilha sonora de algum Tony Hawk), somado pela sua presença na Warped Tour de 2004. O último álbum deles, lançado em 2006, Under Attack, foi produzido por Bill Stevenson e gravado no seu estúdio também, mas isso não significa que o som dos caras perdeu peso, de maneira alguma. Eles possuem um DVD (Can't Stop Us) lançado em 2007, que retrata uma recente turnê deles pelo México e Japão, que é, por sinal, um material muito legal. Uma cena que me marcou no DVD foi o momento que, durante um show, um punkloucomexicano chamou eles de “capitalistas” devido ao fato do ingresso para o show não ser de graça(!), Jorge, prontamente, chamou o indivíduo no palco para explicar que todos na banda têm família e que precisam de dinheiro para se manter. Achei uma atitude bacana, dar a chance de palavra, mas foda-se. Eles estiveram de passagem pelo Brasil em Outubro de 2007, li resenhas de que o show dos caras foi cheio de energia e memorável. Infelizmente não pude estar presente para pogar com os punksloucosbrasileiros. Apesar disso li, que a banda não foi muito simpática com o público, uma pena. Enfim, chega de baboseira e levante o moicano, ou o spikey hair, enquanto você baixa o álbum clicando aqui.

terça-feira, março 04, 2008

Baby Gopal - Baby Gopal


Aqui na casa, tem um rótulo que achamos bizonho e até meio fora da casinha. Não é a primeira vez que ele aparece por aqui, pois já postamos um álbum do Shelter. Por falar nessa banda, o Baby Gopal tem profunda ligação com ela. É, leitores, "krishnacore" é o nome do estilo dessa banda que eu trago aqui mais para atender um pedido. É um tipo de hardcore com letras hare-krishna, mas nesse caso aqui o hardcore ficou bem oculto.
Pelo que sei, esse é o único álbum da banda e foi lançado em 1997. Antes que alguém pergunte, a ligação do BG com o Shelter se deve ao fato de a vocalista Sri ser esposa do Ray Cappo. Se você não sabe quem é, clica no hyperlink do Shelter e adquira mais conhecimento à sua vida. O som é uma tentativa meio frustrada de fazer um hardcore bem leviano (parece ironia...) com toques de música pop da escola britânica e efeitos, muitos efeitos. Certas passagens vocais tem uns lances que tentam dar um ar atmosférico, bem como a guitarra quando tocada sem distorção. Olha, parece frescura, mas a banda parece querer atingir uma sonoridade "dos deuses" com isso. As letras são fundamentais para isso, pois, se você prestar atenção, verá que músicas como "Shiva" e "Tofu" possuem tais tentativas que acabaram meio frustradas - talvez por isso que a banda não durou muito. É legal que a vocalista possui um enorme conhecimento cultural e até domina a voz, mas, realmente, não é o bastante para agradar.
Após o bom recebimento da cena local na época do lançamento, a banda seguiu fazendo shows e tocando em algumas rádios, mas desintegrou-se logo logo e a vocalista Sri partiu para a carreira solo. Pelo que podemos deduzir, sua carreira solo foi tão boa quanto com a do Baby Gopal, hoho!
Download.