sexta-feira, fevereiro 29, 2008

Chainsaw Disaster - Demo 2008


Essa banda vai ser orgulho nacional em breve - memorizem isto. Os mineiros da Chainsaw Disaster começaram como uma dupla, fazendo realmente apenas os vocais e as guitarras. O resto era programado no computador. Felizmente, eles tiveram uma explosão muito grande na internet e, com isso, surgiram interessados em assumir os postos do que era programado. Hoje, a banda está completa e já chega quebrando tudo com essa nova demo de duas músicas.
Apenas com o título de Demo 2008, o material está sendo divulgado e foi liberado para download. Lembro que a primeira demo deles ultrapassou os 700 downloads por aqui, e olha que foi postada em Agosto de 2007. Acha pouco? Então escuta o breakdown apavorante de "Death Sentence". Porra, é até inexplicável! Apesar de o nome ser "demo" e só possuir duas músicas, a qualidade é muito profissional, bem como as composições. O estilo pode ser definido como uma mistura entre technical death metal e o hardcore mais extremo possível. Ficou bom demais!
Atualmente, a banda está se preparando para realizar shows. Dizem fontes experientes que em Dezembro deste ano vai rolar uma mini-tour pelo Rio Grande do Sul com eles, Sistema de Mentiras e Ensloved. Fique preparado!
Myspace.
Comunidade no orkut.
Download.

quinta-feira, fevereiro 28, 2008

Slayer - God Hate Us All


Toda grande banda encara em uma fase de sua carreira uma má fase, seja por tentar novas experiências, troca de integrantes ou falta de inspiração, mas é quase unanimidade, alguns exemplos como Maiden ou o próprio Slayer, conseguiram reverter esse processo, enquanto Metallica e Anthrax são exemplo de bandas que não conseguiram retomar a boa forma.
Após o lançamento do ótimo disco Divine Intervention, um álbum com um sonoridade bem diferente, entraram em um processo de queda de produção: Em 96 a banda resolveu gravar Undisputed Attitude, um disco apenas de covers de bandas punk, apesar de ser um dos discos que eu mais ouço deles, deixaram os fãs de molho, sedentos por material novo, criando uma baita expectativa, eis que em 98, surge Diabolus In Musica, que para a maioria, é um dos piores materiais já feito pelo quarteto, pois andaram se aventurando na musicalidade Nu Metal. Eu sinceramente acho um disco bem meia boca e acho um ponto fraco da carreira.
Mas como o Slayer nos dá mais alegria do que decepção, a banda largou da parceria de longa data de Rick Rubin, e com o produtor Matt Hyde se mandaram pra Vancouver, no Canada, no estúdio do cantor mela cueca Bryan Adams. Para se sentir em casa, o pessoal desligou as luzes, encheram de velas, incensos, caveiras, pornografia pelas paredes, e algumas bandeira com a Crimson, a caveira do Misfits. Com todo esse climão macabro, 80% das letras foram escritas por King, saindo daquela atmosfera fictícia, boa parte das músicas são de cunho crítico, contra as religiões e contra o homem, em assassinatos, vingança e auto controle, aproximando a música com a realidade.
Deus Odeia Nós Todos parece um nome totalmente anti-cristo, mas não é, e quem diz isso não é eu, é o próprio Kerry King:"O nome do disco está mais ligado ao nosso dia-a-dia. Um dia você está vivendo sua vida e no outro é acertado por um carro ou seu cachorro morre, você se sente como se Deus te odiasse pra valer". Tom Araya também deixou seu recado sobre o título em documentário sobre o título: "Deus não odeia... mas é um nome bom pra caralho pra se pôr em um disco". Seja você Cristão, Ateu ou Anti-cristo, esse é um ótimo disco para se ouvir.
Numa retomada de inspiração, God Hate Us All é um dos discos mais extremos que a banda lança em anos, esse extremo está relacianado com a velocidade e brutalidade que a o grupo alcança em algumas canções, ou até o outro extremo, em canções lentas e pesadíssimas, com andamento arrastado. Araya está gritando mais do que nunca, mas não é apenas gritos, as linhas vocais passam uma agressividade e algo mais para o ouvinte, sem contar a abuso do bumbo duplo Paul Bostaph (que saiu antes do final da turnê, por problemas de saúde para dar lugar ao eterno Dave Lombardo), que deu um peso incrível, sem contar músicas como "Warzone" e "Here Comes The Pain" em que King gravou pela primeira vez com uma guitarra de sete cordas.
Fora todos esses fatores que se envolveram em todo o processo de gravação do disco, um dos mais importantes foi a mixagem e masterização, que deu um toque a mais, se tornando um disco bem crú e brutal. Vejo alguns fãs que torcem o nariz a esse disco, mas ignorar músicas como "Disciple" e "Warzone" é ignorar parte do legado atual da banda. Falando em "atual", após esse disco, o Slayer ainda nos deu mais um ótimo presente; Christ Illusion em 2006 provou tudo que o grupo era capaz e ainda tinha gás. Pra quem tem vontade de escutar esse discão, aproveita e faz o download e deixa tua opinião caso não conheça.

Salt The Wound - Carnal Repercussions


Como diria um grande amigo meu, esse CD é um belo exemplo de "rock brabo"! Os moleques americanos do Salt The Wound chegam com um visual bem skatista, maloqueiro, mano do rap e etc, talvez proposital, justamente para chocar o ouvinte com seu deathcore impiedoso que destoa completamente do visual.
Após a faixa de introdução e a segunda que é um tanto quanto séria, o clima remete à podreira moderna, exatamente na mesma linha de bandas como o Job For A Cowboy "antigo". Sabe o que é isso? É pig squeal (breee-breee-breee) até o talo, breakdowns cabulosos, passagens de technical death metal, passagens de hardcore veloz e - o que pode fazer o diferencial - solos de guitarra em alguns sons.
Adeptos também de uma produção, digamos, 4 estrelas, onde tudo é ótimo mas não fica 100% clean, o CD é para foder com alguns pescoços. A sonoridade é esmagadora! Consegue ser suja, mas não abafa nenhum instrumento. A única parte que poderia ter sido editada com mais cuidado é a do contra-baixo, pois o mesmo só fica destacado nos breakdowns ou nas notas mais moídas, isto é, mais grind. Tirando isso, é realmente plausível.
Mas nem tudo são elogios. Pode estar muito competente e soando bem, sendo que até possui um diferencial (os solos), mas é exatamente a mesma coisa que muitas outras bandas estão fazendo, como, por exemplos, Whitechapel e Suicide Silence. Peca na originalidade, é fato.
Como esse é o primeiro CD dos caras, resta uma grande esperança de que tudo amadureça e ache o caminho próprio. Sinceramente, é só isso que falta. De resto, está ótimo! BREEEEEEEEEwnload!!!!!

quarta-feira, fevereiro 27, 2008

Alesana - On Frail Wings Of Vanity And Wax


Alesana é uma banda americana de screamo/emocore muito conhecida e adorada (ou odiada) por fazer um mix bem surpreendente de vocais extremamente limpinhos, melosos, chorados com rasgados profundos e guturais extremamente graves. É aquele típico som que ou você curte muito ou odeia, sem exceções. Quem é mais "conservador", se é essa a melhor palavra a ser utilizada, nem deve se dar o trabalho de escutar. Quem gosta de coisas mais modernas, deve escutar. Falando em tempos modernos, esse som é tão moderno que eu até creio que é o estilo de som que vai ganhar o mercado nos próximos anos. Sabe a tal cena emo tão comentada há tempinhos atrás? Pois bem, creio que todo mundo já está cansado disso, inclusive os ditos "emos". Bandas como Alesana serão as responsáveis por trazer esse clima de volta, só que beeem mais efervecente, já que existe uma ou outra pitadinha de som realmente pesado nas músicas. Não se surpreenda se, em questão de meses, um "emo" vier a retrucar as ofensas de um "headbanger" com argumentos do tipo "Cala a boca! Eu escuto músicas com vocais guturais e você escuta heavy metal leve e melódico!". E sabe mais? Ele estará falando a verdade, sim.
Sem se desviar muito do assunto principal que é a música, On Frail Wings Of Vanity And Wax foi lançado em 2006 e é o segundo material da banda. Foi com esse disco que eles alcançaram o sucesso mundial e a atenção da crítica. No ano passado, a banda teve um boom no Brasil. Até realizou 2 shows onde em ambos os ingressos foram todos vendidos, ou seja, lotaram. O mais legal é que a banda foi formada em 2004. Para tão pouco tempo na ativa, eles estão mais do que muito bem. E se você ainda tem alguma dúvida de que o mix é extremo, escute "Pathetic Ordinary" (tem uma passagem que soa igual à banda de grind See You Next Tesday) e "This Conversations Is Over" (essa já lembra o horrível e enjoativo New Found Glory). O disco possui bons e maus momentos. As músicas menos choradas são as melhores, apesar de algumas estarem bem divididas e soarem bem, como "Tilting The Hourglass". Essa última citada até possui um andamento bem progressivo, que mostra que, apesar do som confuso, os músicos são competentes. Por falar neles, a banda é formada por um vocalista que só grita, um guitarrista que toca e canta como uma mulher, outro guitarrista que também toca piano e mais o baixista e o baterista.
Depois de toda essa conversa que vai gerar polêmica, resta a você decidir se baixa ou ignora a chance. Download aqui, caso escolha a primeira opção.

terça-feira, fevereiro 26, 2008

Disfear - Live The Storm


Crustcore por si só já é um estilo muito energético, veloz e empolgante, principalmente por utilizar-se de D-beats e/ou blast beats na bateria. Rock, o pai de todos os outros gêneros de música pesada que surgiram durante as décadas passadas, dispensa comentários, pois também possui níveis elevadíssimos de energia. Tente imaginar uma banda tocando Crustcore com Rock? Conseguiu? Então imagine isso ao cubo. Vamos raciocinar juntos: Crustcore + Rock = Crustrock³ = Disfear, nesse novíssimo Live The Storm. O quinteto sueco se dedicou muito nesse 7º álbum, como mostram as 10 faixas ensurdecedoras. Parece até que os caras se trancaram num estúdio e passaram meses escutando Crustcore de várias bandas, Agnostic Front e Motörhead. É um som que mescla claramente o estilo dessas duas grandes bandas citadas acima. O resultado, como dá para deduzir, é excelente. Assim como as composições, a sonoridade incrementada ao álbum é digna de elogios. Sujeira e peso existe em um nível ótimo, sem deixar o som pender para qualquer um dos lados, ficando exatamente no meio. Audição obrigatória a qualquer fã de qualquer um dos estilos ou bandas mencionados. E se você não conseguir ou não quiser escutar, pelo menos já sabe o que estará perdendo. Ai, meu pescoço!
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segunda-feira, fevereiro 25, 2008

Rolling Stones - A Bigger Bang


Mais de 40 anos de estrada e apenas leves sinais de fadiga. Essa descrição, atualmente, só pode ser referida aos Stones. Alguém sabe de mais alguma banda que tenha a mesma experiência e que faça shows como verdadeiros garotinhos juvenis?
Apesar desse álbum ser recheado de algumas baladas ("This Place is Empty", por exemplo), a chama do rock empolgante e simples é encontrada em "Rough Justice" e "Driving Too Fast". Keith Richards, Mick Jagger e companhia não poderiam deixar de lembrar das raizes, e é com "Back Of My Hand" que o blues come solto. Sonzeira típica daquele barzinho onde se bebe, fuma e joga-se sinuca.
A Bigger Bang foi lançado em 2005. É um bom exemplo para ser mostrado a todos que acham que o rock acabou, pois prova o contrário. É ótimo para mostrar também a alguém que tem a cara de pau de chamar The Strokes de rock. Francamente, isso dispensa comentários. O álbum rendeu uma turnê mundial e gigantesca, passando inclusive aqui pelo Brasil, mais precisamente em - como disse o querido Mick - "Copacabá-na", no Rio de Janeiro. O show foi de graça e atraiu aproximadamente 1,3 milhão de pessoas!!! Tocaram duas horas de velhos clássicos e músicas novas. O show foi transmitido ao-vivo pela Rede Globo a todo Brasil. De algumas das filmagens desse show, sairam partes do DVD que a banda lançou na seqüência, com o mesmo nome desse CD.
Resumidamente falando, é um álbum muito bom. Tem baladas, tem músicas empolgantes, tem rock, blues e tudo mais. Tem as mais comerciais também. Não tem a mesma força de um Sticky Fingers, lógico, mas Stones é Stones, uma banda realmente clássica e que se solidifica a cada década que se passa.
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sexta-feira, fevereiro 22, 2008

Dahlia's Tear - My Rotten Spirit Of Black


Suécia, país frio e nebuloso. Dark ambient, música obscura e deprimente. Dahlia's Tear é um projeto da Suécia e que faz dark ambient. Se você procura por uma trip sonora, sorria! Acaba de encontrá-la aqui, neste registro.
"Comece fechando os olhos e esqueça de sua existência. Em seguida, é provável que você leia cartas suicidas de fantasmas sem vida. Você quer morrer, mas a morte não vem tão fácil! Não pode ser em outro momento, tem que ser agora. A situação fica crítica, insuportável. 6,5..4...3... Controlar... Descontrolado. A despedida do espírito podre de escuridão é o fim!".
Pelo nome das músicas originalmente ordinais, essa é a mensagem que o álbum passa.
Claro que cada pedacinho dessa mensagem possui uma longa duração. Mas de que importa o tempo? Sejam 3 ou 9 minutos, essa viagem pode ser um grande pesadelo. Feche as cortinas, desligue as luzes e fique escutando o álbum através de fones de ouvidos. Vá em frente, aparentemente é só música - ou ruídos, sons estranhos. Você tem auto-controle? Caso a resposta for "não", não prossiga. Meu caro leitor (ou leitora), a chave para esse mistério está em você mesmo. Eu sei o que você está pensando agora, mas não pense em mais nada. Respire fundo. Relaxe. Concentre-se. Clica aqui, faz o download e vai preparando o quarto. Encare o desconhecido, encare seus medos. Diga-me, depois, se você não se sente melhor, mesmo provando o gosto do desconforto.

quinta-feira, fevereiro 21, 2008

Genghis Tron - Board Up The House


Sem dúvida alguma, essa é a melhor banda que eu já ouvi em termos de "programação de instrumentos". A bateria é tão real (nas partes grind) que parece ter sido gravada por um humano. Isso conta muitos pontos a favor, porque por mais que existam outras diversas bandas que programem bem (2 O'Clock Girlfriend, por exemplo), a maioria soa artificial. O contra-baixo também é fruto de programas para computadores e/ou sintetizadores. Nesse novo álbum, o Genghis Tron marca por incorporar novos elementos. Passagens de um eletrônico normalzinho alternam para um grindcore furioso que, de repente, já passa por um Atmospheric Sludge (tipo Isis atual) e retorna a algo eletrônico. A riqueza de estilos é tamanha que encontra-se também passagens de Doom Metal e música ambiente. O único problema é que isso ocorre praticamente em todas as faixas e, por tal fato, o álbum acaba soando chato e irritante com o tempo, mesmo possuindo diversos adjetivos benignos. Possui músicas realmente plausíveis, tais como a linda "Recursion" e a pesada "Endless Teeth". É legal, mas não fica muito acima da média. Na ativa desde 2004, a banda ostenta grande popularidade, e prova disso é a sua página no Last.fm. Com esse novo álbum, vamos ver o que acontecerá.
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quarta-feira, fevereiro 20, 2008

Mondo Generator - A Drug Problem That Never Existed


Para quem é fã das Rainhas, ou Drag Queens, como preferir, da Idade da Pedra (que não é o meu caso), o nome Mondo Generator sôa familiar. Para quem é fã do Kyuss (que É o meu caso), o nome sôa mais familiar ainda. "Mondo Generator" é uma das músicas do álbum clássico do Kyuss, chamado Blues For The Red Sun, escrita pelo baixista da época, Nick Olivieri, que é a figura responsável por essa banda aqui. Com o fim do Kyuss, Josh Homme e Nick Olivieri formaram o QOTSA, como banda principal e o Mondo Generator como um projeto paralelo.
Contraditoriamente, a primeira das bandas a gravar um registro foi o Mondo Generator, logo em 97, um EP chamado Cocaine Rodeo, mas só ganhou lançamento em 2000, mesmo ano em que o aclamado Rated R era lançado e um ano seguinte, em terras tupiniquins, no mega festival Rock In Rio, Nick Olivieri era preso por ter tocado nú durante o show de sua banda. Foi bem nessa época que o QOTSA começou a ganhar culto de fãs cada vez mais maior, e no embalo do sucesso de Song For The Deaf, Nick Olivieri comandando Brant Björk (Fu Manchu e Kyuss), Dave Catching (QOTSA) e Molly McGuire, gravou o primeiro full lenght do grupo, em 2003, entitulado A Drug Problem That Never Existed, via Ipecac.
Perto de todos os outros lançamentos do selo Ipecac, de propriedade de Mister Patton, acredito que A Drug Problem That Never Existed pode ser considerado um dos lançamentos mais "normais", tendo em vista que esta gravadora é um reduto para todos aqueles artistas não convencionais, que ganham carta branca para usar toda sua maluquice, criando "músicas".
Sem coleiras para segurar seu poder de destruição, o Mondo Generator destila altas doses se Punk Rock tosqueira, com o peso do Stoner Metal e guitarreiras infernais Hard Rock, num clima totalmente arruaceiro, mensagem explícita em "Here We Come", a segunda faixa do disco, após uma intro-vinheta que vem das "mais profundeza dos inferno". Boa parte das músicas foram inspiradas no momento que Nick passava em sua vida; morte do seu pai, separação e o abuso de drogas e a outra parte das músicas já haviam sido gravadas em projetos anteriores, como o Desert Sessions e o Dwarves.
O cd ainda tem a participação de várias músicos convidados, como o próprio Josh Homme (que um ano depois chutaria Olivieri do Queens), Mark Lanegan do Screaming Trees e vários outros brothers de Nick de sua época de Dwarves. Um disco de música simples e crúa, som desbocado e mega divertido, alternando entre músicas viajantes e outras pauladas na nuca. À pedidos... Download.

Cult Of Luna - Cult Of Luna


Quando se fala em Cult Of Luna, logo se pensa em "atmospheric sludge", "post-metal", "doom metal", "progressive metal" e mais um amontoado de rótulos que tentam definir o som do grupo. Nomes como Isis também surgem. O curioso é que, ao menos nesse primeiro álbum, a proposta da banda é bem hardcore. Apesar de as músicas longas já estarem presentes, a tonalidade dos intrumentos, bem como riffs e vocais, remete a um clima de hardcore moderno. Às vezes, o instrumental é tão carregado e os vocais tão urrados que beira um grindcore, só que cadenciado em vez de hiper veloz. É relaxante ouvir as partes limpas e atmosféricas, pois a pesada é realmente muito pesada. Apesar de ser um pouco escasso em termos de equilíbrio, o material é rico em termos de "ingredientes para uma trip". Por favor, não interpretem errado. Essa não é uma banda de hardcore. Prosseguindo, o álbum chega a soar conceitual, pois possui faixas interligadas que vão formando essa viagem de aproximadamente 1 hora e 16 minutos. Quando eu falo do equilíbrio, falo do ligamento entre agressividade e clima ameno numa mesma música. No geral, ou predomina a harmonia ou a brutalidade. A linda e viciante "Sleep" é a única que conseguiu manter muito bem o equilíbrio que me agrada. Mas se você for analisar bem a idéia do "post-qualquer coisa", é simplesmente modificar o tradicional, soando bem fora do comum que predomina no estilo, seja em duração, estrutura e etc. Lindo álbum! Recomendado àqueles que gostam do estilo ou que tenham curiosidade em conhecê-lo.
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ATUALIZAÇÕES:
- Upada a versão masterizada do Ire Works, do DEP. Clique aqui.
- Liberado o EP completo da Sistema de Mentiras. Clique aqui.

terça-feira, fevereiro 19, 2008

Electric Wizard - Dopethrone


Electric Wizard é uma banda Inglesa, formada em Dorset nas levadas de 93 e podem ser consideradas uma das bandas mais "famosas" do Doom Metal. Mas como alguma banda de Doom pode ser famosa?
Na real, acho que não há nenhuma banda de Doom Metal que entre nesta de "famosa", até porque não tem como uma banda desse estilo musical totalmente anti-social se tornar "popular", mas o Electric Wizard até que se sai bem, e é um dos grandes nomes, pode se orgulhar do fato de ser "conhecidinha" (pelo público geral do Metal e não para os fãs do estilo Doom).
Se eles tem esse reconhecimento, eles devem isso a 2 discos, um chamado Come My Fanatics... de 97 e este, chamado de Dopethrone. Lançado em 2000 e extremamente bem aceitos pela mídia especializada e pelos admiradores do som, a banda largou de mão do arroz com feijão das bandas tradicionais de Doom e conseguiu moldar o seu próprio som, bebendo da fonte do Stoner e do Sludge.
Logo que se põe essa bagaça a tocar, já fica claro que este é um dos discos mais pesados já feitos na história, os primeiros acordes de "Vinum Sabbathi" podem explodir facilmente alguns alto falantes "pé de chinelo". Após o choque, não tem como não ficar impressionado também com a maneira que a voz de Jus Oborn foi gravada, numa mixagem totalmente atípica, parece que o cara está em sua pior bad trip.
Guitarreiras densas e riffs que ainda tentam se desprender da cartilha Sabbathica aliado a um baixo fudidamente pesado, pra dar sustento a toda essa viagem musical é a fórmula usada nas 9 músicas, que tem o costume de extravasar as durações de músicas normais, e passam quase sempre dos 6 minutos. Ocultismo, bruxaria, pessimismo, filmes de terror, misticimos, insanidade e tudo o que for relacionado à esse lado mais negro do ser humano pode ser encontado aqui, temperado com muita erva e bongs, este disco já foi considerado como um dos melhores trabalhos do Doom Metal, igualando-se a banda como Candlemass, Cathedral e Pentagram, mas como não sou um grande conhecedor nesta área, posso garantir por experiência própria que é um disco excelente. Download.

Hate Eternal - Fury & Flames


Primeiro veio a notícia de que em 2007 o Hate Eternal lançaria. Depois, em questão de semanas, soube-se que Alex Webster (baixista do Cannibal Corpse) tocaria no CD inteiro. Já dava para ver que o álbum não ia ser apenas mais um entre outros. Francamente, Hate Eternal também não é mais uma entre tantas outras bandas. Primeiro porque Erik Rutan já tocou no consagrado Morbid Angel e é dono de um estúdio, bem como produtor. Com essa formação de peso, nem havia como imaginar o que aconteceria. Por algum motivo, o disco só está sendo lançado hoje (19/02/2008), mas os mais ligados poderam conferir antes no que vazou na net. Antes de expor minha sincera opinião, gostaria de dizer que esse material é de audição obrigatória a qualquer fã do estilo. Se você for um desses, e se - melhor ainda - for um dos que gostam de uma bela discussão sobre metal, pode ir escutando e comece a conversar com os fãs da banda, que estão bem divididos.
Fury & Flames é o melhor álbum da banda até o momento. Mesmo aqueles que descordam de mim devem, pelo menos, admitir que em termos de gravação supera todos. Baixo pesado (finalmente), guitarras carregadas, bateria totalmente audível e guturais compreensíveis. O que mais me surpreendeu é que o disco é marcado por porrada atrás de porrada, e não é porrada gratuita. Os arranjos, meus caros e assíduos leitores, são merecedores dos mais diversos elogios. Há bastante criatividade, solos épicos, passagens marcantes (o que está em carência na maioria das bandas hoje em dia) e empolgação de sobra. Estou escutando desde que baixei! E fica injusto destacar faixas, mas "Hell Envenom" é a perfeita música de introdução para este petardo, que é uma verdadeira demonstração de fúria na velocidade das chamas se espalhando. O resto fica para vocês tirarem as próprias conclusões.
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segunda-feira, fevereiro 18, 2008

Brain Drill - Apocalyptic Feasting


Finalmente foi lançado o primeiro CD do Brain Drill! Mas sabe o que mais surpreende além das músicas inexplicáveis? É o fato delas soarem iguais às do EP, inclusive essas mesmas do EP estão incluídas aqui. Sabe o que isso significa? É que foi tudo gravado na mesma época. Esse tal EP, The Parasites, já foi postado aqui e obteve só elogios. A jogada dos caras foi muito inteligente. Gravaram um álbum completo e decidiram lançar primeiramente só 6 músicas em forma de EP. Após o estrondo e passados 2 anois, lançam o CD. Creio que poderiam ter ao menos modificado a masterização, ou alguma coisa sequer, pois o disco acaba sendo uma continuação do EP. Mas chega de lero lero, vamos ao assunto principal. Mantém (dãããã) a mesma linha de técnica e velocidade absurdas! Confesso que após certo tempo escutando eu percebi que carece de certo peso, ainda mais porque o desumano Marco Pitruzzella grava numa bateria eletrônica, ou seja, uma bateria que não possui uma sonoridade igual a de uma bateria normal. É possível que com uma bateria normal fosse impossível acompanhar essas linhas de guitarra. Se você toca o instrumento, vai notar isso bem mais rápido que eu. Todavia isso não é motivo para desmerecer a banda, pois ao-vivo os caras não decepcionam. Os destaques ficam para as novas "Sadistic Abductive" e a faixa-título do álbum, que é um verdadeiro exemplo de que anos de prática rendem, sim, a semi-perfeição.
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domingo, fevereiro 17, 2008

Slint - Tweez


Slint foi um quarteto americano que teve uma duração de 6 anos e 2 discos lançados, e hoje são uma das bandas ícones dentro do underground, do rock independente, mais especificamente do Math Rock e Post-Rock...
- "..e comé que pode ser verdade uma porra dessas, hein Batiman? Me explica essa porra"
"É simples comissário", esses quatro magrões de Kentucky, resolveram formar uma outra banda após o final de sua primeira, a Squirrel Bait, grupo da segunda onda punk americana. Além de criatividade e talento, o grupo contava com a ajuda de um dos mestres da música underground, sir Steve Albini (pra quem não sabe ele era o mentor do Big Black e produtor de alguns disquinhos como Surfer Rosa e Head).
Tweez foi o primeiro álbum deles, gravado em 87 e lançado apenas em 89, lançado pelo super selo Jennifer Hartman Records (?). Como álbum de início, ele mostra os primeiros passos da banda que chegaria ao ápice no segundo e último disco, o clássico Spiderland, mas sem comparações, vamos falar do que nos espera em Tweez.
Abusando do termo Math Rock, são músicas que carregam muito pouco de estrutra comum, seja no ritmo, voz, letras e nome de música. Como é de esperar, é um baita Noise Rock, som tenso e aquela neurose do Hardcore, em meio à uma neblina de guitarras dissonantes, de som áspero e sem velocidade demarcada. Outro aspecto marcante é o uso dos "vocais", que na maioria das vezes é trocado por diálogos, falas e barulhos no lugar de um vocal, propriamente dito.
Se as músicas não são muito "normais", o nome delas não podiam ser diferentes: Das 9 músicas, 8 delas, os títulos foram tirados do nome dos pais de cada integrante, ex.: "Ron", "Carol", "Kent", com exceção da última música, "Rhoda" é o nome do cachorro do baterista Britt Walford. Após o lançamento de Spiderland pela Touch And Go, a banda conseguiu relançar esse disco novamente pelo novo selo, mas isso só em 93.
Para aqueles que gostam de música experimental, música barulhenta, intensa e honesta, essa é uma boa oportunidade. À pedidos... Download.

sábado, fevereiro 16, 2008

Beastie Boys - Ill Comunication


Beastie Boys é aquela banda que a maioria provavelmente deve conhecer, famosos por seus clipes "paródia" e suas músicas de rap, eles são uma banda que foram além do óbvio.
Desde os primeiros lançamentos, o grupo tinha a mania de experimentar novas misturas e entrar em terrenos nunca visitados, mudando a maneira de fazer as coisas. O Exemplo clássico é o disco Check Your Head, em que a banda resolveu gravá-lo com instrumentos reais e assim meter os mais diversos estilos musicais.
Ill Comunication, o quarto disquinho dos Beastie Boys, de 1994, não foi diferente, e explorou essa mistura com a mesma ousadia. Não fique impressioando ao escutar punk rock, jazz, funk, soul e música latina em meio a um álbum de Hip Hop. Aí que surge a dúvida, isso é rap mesmo? Para os especialistas em rótulos e estilos músicais, essa bagaça é chamada de Hip Hop Alternativo ou pode entrar na categoria subjetiva do Rock Alternativo.
Mas na real, quem se importa com isso, quando o som é feito de maneira sincera e com muita qualidade. Com a produção do contribuidor de longa data, Mario C, Ill Comunication virou um clássico da música alternativa dos anos 90 e garantiu os Beastie Boys como um dos grandes nomes. Vai me dizer que tu não te lembra do clipe de "Sabotage"? Os tiras anos 70 no maior estilo "Hermes e Renato". Esse single, junto com "Get It Together", "Root Down" e "Sure Shot" garantiu platina tripla e botou os Beastie Boys na boca do povo.
Swing, gingado, groove e irreverência? Download.

quarta-feira, fevereiro 13, 2008

Screaming Trees - Dust


O Screaming Trees foi uma das bandas surgidas em Seattle e arredores, porém a banda nunca ganhou a mesma fama dos companheiros como Alice in Chains, Soundgarden e Nirvana. A fama pode ser que não veio por culpa da própria banda, quando eles lançaram o disco Sweet Oblivion em 92, o disco mais famoso e campeão de vendas da banda, pecaram na hora da divulgação, com poucos shows e muito tempo sem gravar.
Aí que chega o ano de 1996, o Grunge já estava sumindo da mídia quando eles resolvem lançar material novo, esse chamado Dust. É uma pena falar desse disco em tais circunstâncias, pois se ele fosse lançado 2 ou 3 anos antes, com certeza, o grupo seria igualado à Pearl Jam e cia.
Deixando de lado esse papo de "fracasso", uma coisa é certa: Dust é um puta de um disco. Marcando o último full lenght de inéditas da banda, a distorção e a sujeira que sempre marcou a banda entra em mistura com Hard Rock, Blues e Folk, e as clássicas doses de Piscodelia, que garantiram o rótulo de Neo-Psicodelia. Longe de ser uma mera continuação do álbum anterior, que rendeu várias cifras, a banda trocou de produtor e fez um disco muito mais consistente, ou entra palavras: Bem melhor. Refletindo nos trabalhos solos do vocalista Mark Lanegan, esse discasso ganhou bastante influência dessa experiência e ganhou o uso de cítara e teclados, elevando o som a um outro nível e deixando pra trás todo o passado da banda, de pouca produção, para ser o trabalho definitivo.
Com dois singles de sucesso moderado ("All I Know" e "Dying Days") a banda fez uma turnê que durou quase dois anos, contando com Josh Homme como guitarrista de suporte, após o fim do Kyuss e antes de criar o Queens. Após a turnê, em 2000 a banda oficializou o seu fim e depois disso, nunca mais se ouviu falar, mesmo assim, ainda existe que admira a banda.
Download.

terça-feira, fevereiro 12, 2008

Nile - Black Seeds Of Vengeance


Dia desses, quando estava a chegar em casa, deparei-me com um livro sobre a minha cama. A cidade do sol - dizia na capa. A figura do deserto amarelo com laranja em destaque e as duas mulheres caminhando com a burqa me deu a clareza de que tratava-se de um livro que fala sobre a cultura oriental. Estava correto. O livro fala mais precisamente sobre a vida no afeganistão. Comecei a ler, mas faltava algo. Tive a idéia de ler escutando Karl Sanders, que faz um som totalmente oriental. Apesar de relembrar fielmente o Egito, caiu bem também ao Afeganistão, pois assim pude entrar completamente na estória, embalado pelo som hipnotizante. É surpreendente como o guitarrista do Nile tem o dom de tirar "melodias orientais" de qualquer instrumento de corda. Como já foi dito, em seu trabalho solo as músicas são suaves. No Nile é diferente. Aqui a brutalidade come solta, e não é por isso que o clima oriental fica esquecido. Aliás, o Nile veio antes de seu trabalho solo, como todos vocês podem conferir em Amongst The Catacombs Of Nephren-Ka. Um álbum extremo em vários sentidos. Músicas extremamente pesadas, misturas extremamente diferentes e, como conseqüência, uma audição extremamente surpreendente e agradável. Black Seeds Of Vengeance sucedeu este álbum em termos de material inédito. Sem tantos elementos de instrumentação egípcia, o álbum pende mais para o death metal puro. Não por isso que os demais atrativos foram escondidos, pois há diversos riffs, solos e teclados que arrepiam os cabelos do braço, numa atmosfera totalmente oriental. Simplesmente impiedoso! Recuso-me a citar uma faixa sequer. Essa tornou-se uma das minhas bandas preferidas de todos e tempos e creio que ela possui apenas álbuns excelentes. Recomendo sinceramente. Dois anos mais tarde, In Their Darkened Shrines foi lançado e, resumidamente falando, é mais uma pérola. Na seqüência, Annihilation Of The Wicked (com mudança na formação) veio para consolidar o nome de vez na cena mundial. Ano passado, Ithyphallic foi lançado e manteve a linha de qualidade. Agora completamos a "discografia" da banda aqui. Sirva-se à vontade! Nunca vi fã reclamando de algum álbum, nunca vi alguém criticando o som do Nile. Percebe? A banda realmente é boa. E mais: Tem significado em suas letras, que passam a mensagem da milenar cultura egípcia.
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segunda-feira, fevereiro 11, 2008

Flying Donuts - Last Straight Line


Flying Donuts é uma banda que eu conheci ao acaso e acabei gostando bastante. Muito desconhecida pelas terrinhas tupiniquins (como é engraçado se referir à república de bananas assim, ou o Brasil, como queiram), é bem provável que continuem assim, pois já são 6 anos de lançamentos e minúsculo reconhecimento, além de 12 anos desde a criação.
O punk/hardcore do grupo, que possui até uns gritões rasgados de screamo (se bem que são bem escondidos e geralmente tampados por outros normais), é altamente competente e memorável em minha mente. Passa até por um momento que lembra as primeiras bandas de emocore, que era o hardcore com letras emotivas em vez de protestantes e o escambau que todo mundo deve saber. Possui linhas de guitarra bem fortes, que deixam o som rechado de presença - o ponto mais forte do CD. Já deram as caras por aqui, num split com uma banda bem meia boca, a Second Rate. Injusto que os donuts voadores ficaram em segundo plano, porque o som deles é muito superior. Antes disso, eles lançaram esse álbum aqui, em 2002, que é o primeirão deles. É mais que importante destacar que trata-se de um material independente. A qualidade da gravação é surpreendente, e as composições são ótimas para uma banda iniciante. Infelizmente não há muito o que falar, pois o próprio site dos caras anda bem desatualizado. Espero que o power trio ainda esteja na ativa, pois o som é massa mesmo.
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domingo, fevereiro 10, 2008

Camper Van Beethoven - Telephone Free Landslid Victory


Logo que inauguramos a segunda administração deste blog, a primeira coisa que fiz foi botar um disco deste maravilhosa banda de nome tão ridículo: Camper Van Beethoven. A banda sempre viveu no underground e nunca teve a pretensão de sair de lá, até mesmo quando ser alternativo era moda. E é por opções deles, fazer uma grande mistura de folk, ska, surf e country com o velho espírito punk do DIY e da vida independente, até porque uma banda dessas conseguir contrato com uma major, é de uma em um milhão, com suas excessões.
Este é o primeiro disco do grupo, e foi batizado com mais um ótimo nome: Telephone Free Landslide Victory. Com a formação original, este é considerado um dos trabalhos mais completos do grupo e segundo os críticos, nunca foi superado, apesar de eles terem outros discos primorosos, que levam a assinatura de Greg Lisher nas guitarras, um baita guitarrista que não participou deste disco. Originalmente foi lançado em 85 e carrega uma combinação de canções cantadas e outras instrumentais, explorando várias musicalidades; grande vantagem de se ter um violinista talentoso na banda.
Num clima meio garageiro, as músicas folk-punk são uma celebração à contra cultura americana dos EUA, as letras absurdas se referem aos punks, skinheads, skatistas e hippies que habitavam este mundo paralelo chamado underground. Na parte musical, o disco inteiro passa um clima meio esquizofrênico, combinando a guitarra do mentor David Lowery e o violino e teclado de Jonathan Segel para criar as mais diversas melodias de world music, passando pela mexicana, grega, leste européia e western espaguete Ennio Morricone style, tudo levado por uma batida ska folk punk, que tal?
No final do disco ainda sobra espaço para o mais puro hardcore oitentista americano com "Club Med Sucks" e "I Don't See You"". Têm também famoso cover country de "Wasted" do eterno Black Flag, e talvez o som mais conhecido da banda: "Take The Skinheads Bowling", que saíu no filme (documentário) Tiros em Columbine, do Michael Moore. Se tu acha que a proposta é meio absurda, confira esse discão, vai ver que é possível fazer isso tudo, recomendado para fãs de Dinosaur Jr., Meat Pupppets e Butthole Surfers, pois o CVB faz uma mistura de todos esses e mais.
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sábado, fevereiro 09, 2008

Sonic Youth - Sonic Nurse


Continuando onde Murray Street deixou seu experimentalismo, Sonic Nurse, de 2004 foi uma revitalizada para a sonoridade da banda, com o claro potencial de se reinventar, pois o Sonic Youth é o tipo de banda que tu nunca pode esperar algo previsível, a grande façanha de surpreender e fazer bonito, realmente, esse é um dos melhores trabalhos do grupo no novo milênio.
O termo mais correto para esse disco seria "reintegrar", ao invés do "reinventar", até porque eles não precisam fazer isso de novo e de novo. Após todo o pavor e paranóia que foi gravado Murray Street em meio a uma Nova Iorque pós 11 de Setembro, Sonic Nurse foi um disco responsável por pôr a banda de volta nos eixos, soando menos melancólica e com um pouco mais de vida, e por isso é quase inevitável não fazer comparações.
Em algumas músicas, o espírito dos discos clássicos foram restaurados, isso é visto logo de cara em "Pattern Recognition", um rockzão encorpado entulhado de riffs e feedbacks malucos até o talo, finalizando em uma destruição total, ou em "New Hampshire", uma música que poderia figurar tranqüilamente na playlist do Daydream Nation.
Apesar de ser um discão só com musiconas, digníssimas de nota, não há nada de novidades nelas, e até é entendível, tendo em vista tudo que a banda já fez. Se não há nada de novo, compensa-se na qualidade; ritmos melancólicas embassadas pelo barulho das guitarras - com a entrada definitiva de Jim O'Rourke no álbum anterior - abriu um leque enorme de possibilidades de novas texturas, distorções e toda aquela estrutura avant-garde/no wave embalada por uma melodia quase pop.
Para aqueles que gostam e (acham que) conhecem arte, a capa do disco foi pintada pelo renomado (?) pintor Richard Prince e se não fosse a wikipedia eu não teria menor idéia sobre isso, mas agora posso morrer muito mais tranqüilo. Falando na capa, tu pode baixar esse disco clicando nela.

sexta-feira, fevereiro 08, 2008

Meshuggah - Contradictions Collapse


Para o pessoal que lida com o metal mais caótico, Meshuggah deve ser um velho conhecido, porém, eles nunca tinhan dado as caras por aqui. Apesar de ser muito conhecido pela massa, esses suécos tem papel importante dentro de diversos gêneros que contenha o termo "metal".
Num breve resumo, a banda foi formada no final dos anos 80, numa cidade no norte da Suécia, chamada Umeå. É comum tentar associar o nome da banda com a linguagem nórdica, da origem da banda, porém engana-se quem faz essa associação, o nome da banda foi tirado do hebreu, que significa "louco".
Tirando todas essas informações que tu encontra em uma volta rapidinha na wikipedia, Contradictions Collapse foi o primeiro full lenght lançado pela banda, via Nuclear Blast, apenas na europa (sendo lançado em 98 nos Estados Unidos, com o EP None). O som deste play é extremamente distante do som atual e o qual ficou conhecido, aqui o lance puramente Thrash Metal: Extremamente influenciados pelo Metallica, é até possível comparar a voz áspera de Jens Kidman com a de James Hettfield. A semelhança não pára por aí não, os riffs guitarrísticos lembram muito a época de ouro do quarteto americano, mas com uma mixagem muito mais crúa, marca registrada deste disco.
Como a banda é conhecida pelo progressive death metal, esse disco não poderia ser tão padrão assim... Há muito de influência do Jazz no som, principalmente nos solos de guitarras, que quebram totalmente o clima barra pesada. A bateria é outro elemento notável à distância, o também letrista, Tomas Haake, desce o sarrafo na bateria com os andamentos mais estranhos que podem haver, deixando a metrica totalmente de lado, que deixa uma boa brecha para fluir as linhas de baixo, pulsantes e sujas.
Como foi primeiro álbum, o som da banda foi sendo bem modificado através dos anos, mas Contradictions Collapse até hoje se mantém como um bom disco para os fãs do estilo, e é uma audição de valor. Download aos interessados.

Minus The Bear - Menos El Oso


O Minus The Bear é um quinteto de Seattle e lógico, não tocam Grunge. Formados em 2001, a banda foi formada por integrantes de várias outras bandas, de Indie Rock, Post-Hardcore e Mathcore, segue a lista: Kill Sadie, Sharks Keep Moving e Botch, a única que eu conheço.
O grupo trouxe algumas poucas características das outras bandas e pode ser considerada como Indie/Math Rock Experimental, para quem gosta de trabalhar com rótulos. É música leve, que vem do Indie Rock, mas com adamentos complexos e desconcertantes, mais alguns elementos eletrônicos, rifferama repetitiva e hipnótica, que explica o Math Rock com experimentações.
Menos El Oso é o segundo disco do grupo, lançado em 2005, e ainda é considerado o melhor trabalho entre os 3 lançados pelo disco. O nome do disco é tão idiota quanto o nome da banda, pois é a mesma coisa só a muda a linguagem, para o espanhol nesse caso. Sempre achei o nome da banda um dos piores que há por aí, e provavelmente, devem haver mais vítimas que viram as costas pra bandas com nomes imbecis. Pesquisando sobre a origem de tal mal gosto, descobri que é uma piada interna da banda, e que tem háver com um seriado oitentista chamado B.J. And The Bear.
Riffs estranhos, vocal limpo, ritmos fugindo do normal, mas tudo com beleza, se isso te interessa, faz o download, que eu garanto que não vai se arrepender.

quinta-feira, fevereiro 07, 2008

Full On The Mouth - Collide


Faz exatos 10 anos e 4 dias que esse CD foi lançado. Para alguns isso é ruim, pois podem estar soando bem velhos; para outros é ótimo, pois o tempo passa e a sonoridade continua boa. Essa segunda hipótese é a que se encaixa ao som do FOTM, esse trio americano que tocava uma mistura de rock com elementos de techno/industrial. É estranho que, apesar de fazerem música extremamente competente e atrativa, não alcançaram sucesso grande. Duas músicas deles foram parar num jogo de Playstation, o clássico Road Rash 3D, e foi a partir daí que algumas dezenas de brasileiros se interessaram em procurar mais sons deles - inutilmente, pois apenas as duas músicas do jogo foram encontradas na net, durante um bom tempo. Há pouco tempo atrás, alguns fãs criaram um myspace dedicado à banda, e adicionaram 4 sons, duas das que não haviam na net. Não foi o suficiente! Alguns desses fãs (como eu) começaram a varrer todos os programas atrás dessa raridade de CD, e eis que há meses atrás um brasileiro chamado Luis Eduardo conseguiu baixá-lo e disponibilizá-lo para todos através da comunidade da banda no orkut. Sou grato a ele, e agora compartilho aqui essa jóia com vocês.
Collide é composto por 12 músicas, até que bem variado no seu decorrer. Passamos pelo clima da mistura muito bem feita do techno com o rock ("Another", "People Mover"), pelas baladas ("Waiting" - linda e hipnotizante, "Habitual"), por algo um pouquinho mais comercial ("My Infection, "I Hardly Know Myself") e assim segue. São músicas muito legais, por isso que eu estranho que eles não fizeram sucesso. O que aconteceu de mais importante na carreira da banda é que eles abriram alguns shows para o Dream Theater e relançaram Collide em 2001, sob o nome de People Mover, com todas as músicas remixadas. Depois disso, simplesmente sumiram! Bom, sumiram em partes. A banda sumiu, mas o guitarrista Grant Mohrman anda trabalhando com uma pessoa bem conhecida. Quem? O talentoso Klayton, multi-instrumentista da banda Celldweller e colaborador em bandas como o Argyle Park, além de ter sido membro do Circle Of Dust e dezenas de outras bandas que exploram a sonoridade eletrônica mixada ao rock pesado/metal. Grant e o irmão Dwight (o vocalista) têm um estúdio chamado "The Method House".
Outro fato interessante é que um DJ chamado Omar Santana (bem conhecido lá fora) decidiu remixar a música "People Mover" e o resultado ficou ótimo. Essa música não faz parte do Collide, mas foi incluída aqui no arquivo como cortesia da casa.
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quarta-feira, fevereiro 06, 2008

Throwdown - Haymaker


Creio que Haymaker seja o álbum mais sujo e pesado do Throwdown e tenho certeza que esse é o álbum mais adorado pela maioria dos fãs da banda. Voltado diretamente à veia do hardcore, sem arranjos metálicos e soando simples, esse é o último álbum antes da fase Pantera da banda. Esse é um dos assuntos que mais gera polêmica entre os fãs, pois percebe-se claramente que Vendetta e Venom & Tears (principalmente) são tentativas claras de soar como Pantera. Não vejo problema nisso, pois Pantera é bom demais, mas os fãs que não curtem metal rejeitam ao máximo.
É estranho que a banda esteja na cena desde 1997 e não se encontre muita info sobre a mesma. Sabe-se que são sXe, que foi formada por membros do Eighteen Visions / Bleeding Through e que desfruta de certa popularidade - mas nada muito além disso.
Haymaker foi lançado em 2003. Particularmente, não vejo nada de excepcional nele. Para mim é mais um álbum entre tantos outros. Não empolga muito, tem músicas mais voltados à cadência, soa meio embolado... Mas já vejo várias pessoas vindo me contestar falando que "eu não manjo nada" e que "esse é o mais foda".
Se você gosta daquele hardcore moderno que é geralmente pesado e arrastado, com breakdowns, notas em sétima e tudo mais, vá de cabeça!
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terça-feira, fevereiro 05, 2008

Venom - Metal Black


"Grrrrooooohhhh!!! Ohhhh!!! Arrrf! Black Metal!" - Estava aí o início do black metal, no álbum e na música intitulados "Black Metal". Apesar do som ser um thrash metal dos bons, muita gente passou a classificar o Venom como o criador do black metal, justamente por terem todas as letras direcionadas a cunhos satânicos. O tempo foi passando e as bandas foram extremizando essa proposta, literalmente, tanto liricamente como musicalmente e até em termos de comportamento fora da arte. Já ouviu falar do Inner Circle? Aquele grupo liderado por bandas como Mayhem, Immortal e etc, que queimava igrejas e tocava o caos pela Noruega? Pois é, graças ao Venom! E eu não acho isso ruim, acho legal! Queimar igrejas? Yeaaahhh! Black Metal! Hahaha!
E 25 anos após o primeiro registro de estúdio eles retornaram mais fortes que em alguns álbuns dos anos 80. O melhor de tudo é que foi com a formação (quase) clássica. É, só tem o Cronos no vocal, mas isso é o que importa. Que belo presente, hein? Melhor que isso é o álbum, totalmente impiedoso. É um dos poucos registros do Venom que não é tosco, ou seja, possui uma gravação bem sólida e muita precisão na execução. Um assalto de puro thrash metal regado a letras satânicas, somado ainda há umas passagens bem voltadas ao hardcore. Difícil escutar sentado músicas como "Antechrist", "Blessed Dead" e a faixa-título. Possui uma ou outra que se sobresai perante as outras, mas nenhuma, absolutamente nenhuma música ruim ou mediana. E ae, acha pouco? Ô, inferno!!! Metal fucking black!!!
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segunda-feira, fevereiro 04, 2008

Tool - Undertow


Sempre que a expressão "primeira metade dos ano 90" é citada, somos remetidos diretamente ao tempo em que o rock alternativo era o maior buzz musical, alavancado com o efeito Nevermind. Essa conversa mole que algumas pessoas ainda insistem em falar serve apenas para ilustrar o ponto que eu quero chegar: De todas aquelas bandas que emergiram com o boom alternativístico, tenta lembrar aí alguns nomes que seguem até hoje como grandes nomes?
Pois então, tu pode tentar lembrar só mais quatro, pois vamos falar de Tool agora. Banda de Metal que surgiu no exato ano de 1990 em Los Angeles é um delas. Transitando facilmente entre o Metal e o Rock Alternativo o Tool foi uma das bandas que introduziu o rótulo que sempre atribuido a eles, o Art Rock, que pode ser facilmente trocado por Rock Progressivo, com o Metal, de forma extremamente original, que garantiu o futuro da banda.
Este é Undertow, primeiro disco da banda, lançado em 93, mas não o primeiro trabalho. Previamente o grupo lançou dois EPs, um auto-intitulado e outro chamado Opiate, já mostravam o que estaria por vir, mesmo com um som ainda não definido. Se os EPs contiam muito de Thrash Metal, Undertow mostrou a face oculta da banda e o som que seria explorado em trabalhos posteriores, abusando da veia progressiva.
Fortemente influenciados pelos Melvins, tanto quanto pela parte do peso musical quanto pelas experimentações, gravaram um disco com brilho técnico, musicalmente complexo e agressivo, nas diversas facetas da banda: Inteligente; emocional e bruto. Esse disco marca não só o início da banda, mas também o começo de uma carreira muito controverssa e muito bem sucedida; Faixas escondidas em números sugestivos, encarte insano (que garantiu o proibição em alguns pontos de venda), clipes pra lá de estranhos, letras tratando de temas como religião, teorias científicas, e todo o lado obscuro do ser humano.
Não é a tôa, que o Tool goza de uma das maiores e mais fiéis legiões de fãs ao redor do mundo, uma das bandas que carregou a bandeira do metal durante as febres do Grunge, Pop Punk e New Metal. Download.

Skold - Skold


Tim Skold, que prefere ser chamado apenas de Skold, é muito conhecido por ter sido baixista e guitarrista da banda de Marylin Manson entre os anos de 2002 a 2007. Até aí nada de excepcional (a meu ver), a não ser a sua versatilidade para tocar baixo e guitarra numa banda de nível internacional. Tocou também numa banda pouco conhecida chamada KMFDM, e em outra chamada Shotgun Messiah. O mais legal de tudo é o seu trabalho solo sob o nome de Skold, que pouca gente e conhece e muita gente deveria conhecer. Resumidamente falando é isso, mas há muita coisa a ser dita sobre esse músico que é foda! Pode não ter recebido o devido espaço nas bandas que tocou, principalmente na de Manson, mas seu álbum solo (esse aqui do post) é um exemplo a ser seguido.
Skold, lançado em 1996, foi todo gravado pelo próprio Skold. Baixo, bateria, guitarra, vocais, samples, efeitos - caralho, essa lista não acaba? -, mixagem, masterização e produção... Pára! Tudo foi efeito por ele com a co-produção de Scott Humphrey. Apesar de essa carreira solo só ter durado um ano, as músicas desse álbum foram parar em filmes e até em jogos de video-game, como no maravilhoso Twisted Metal 4, do PS1, diversos anos posteriores. Esse CD aqui é uma pérola do metal industrial! Eu fico abismado com a ousadia e o conhecimento do cara para fazer algo tão futurista em 1996. Escute esse em um rádio potente e sinta o poder dessa máquina na sua mente! A começar por "Chaos" (refrão grudento, excelentes efeitos e "uma pá de coisa"), outras músicas que merecem destaque são "Dust To Dust" (lembra outro nome do industrial, o Circle Of Dust), "Hail Mary" (uma espécie de morfina sonora), "P.A.M.F" (porrada nas orelhas!) e tem também... Chega! É injusto isso, pois, se continuar, acabarei falando de todas as músicas.
Se você curte um metal industrial, aqui está um disco que lhe agradará em alto grau.
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sexta-feira, fevereiro 01, 2008

The Smashing Pumpkins - American Gothic


Enquanto a volta da metade dos Smashing Pumpkins e lançamento do novíssimo Zeitgeist causou muito barulho na mídia, internet e na puta que pariu, tanto nas diversas opiniões, quanto ao som, barulho no sentido de peso; galera de boca aberta devido ao peso de uma banda que não era muito ligada a isso.
American Gothic é o novo EP da banda, lançado no primeiro dia do ano via iTunes, e ganhará uma versão física ainda este mês. O lançamento do EP veio bem na contra mão do último disco, de forma tímida veio chegando pelas mais diversas maneiras de compartilhação na internet, um disquinho de músicas que seguem dessa mesma maneira, de ritmo lento, instrumentação acústica e vocal envergonhado.
O EP é considerado uma extrensão do último disco, pois as quatro músicas "Rose March", "Again, Again, Again (The Crux)", "Pox" e "Sunkissed", já tinham sido gravadas na mesma sessão do Zeitgeist, e algumas delas já eram tocadas até antes desses lançamentos. Mas ao mesmo tempo que são uma extensão, trazem um som bem diferente. O que fica mais evidente é o vocal cansado de Billy Corgan, sempre que escuto, tenho a impressão de que acordaram ele as 5 horas da manhã e botaram a gravar esse disco. Os arranjos e a instrumentação são um ponto alto, o perfeccionismo e individualismo de Corgan ainda funciona, um pouco, na hora de tocar todos instrumentos e produzir tudo, até acrescentando arranjos orquestrais, meio desnecessários.
Num balanço final, o EP traz músicas apenas legais, longe do que a banda fez um dia, mas podem se tornarem extremamente viciantes, uma versão diferente de "Iris" do Goo Goo Dolls, prontas para serem tocados em alguma série estilo The O.C.

Elysia - Masochist


Tocar death metal extremamente pesado com toques mais cadenciados não é de hoje, pois o Immolation está na cena desde os anos 90. A tendência hoje em dia é fazer isso novamente, só que adicionando muitos breakdowns vindos do hardcore. Para ser exato, aqueles da cena de NY, caracterizado por bandas que são mais pesadas e, em alguns casos, mais lentas. Não que a Califórnia tenha uma cena leve, porque Terror é uma puta banda pesada e vem de lá. Fato é que cansado de seguirem o mesmo script, os americanos da Elysia decidiram mudar a atitude típica das bandas que surgem e tocam este estilo - mudaram as letras. O nome Elysia significa algo como Valhalla para os Vikings, ou seja, o lugar de descanço final dos guerreiros, porém na Mitologia Grega. Mas não é por isso que você já deve pensar que por aí vem mais um Manowar da vida, já que as letras são de cunhos realísticos (perdoem-me aqueles que crêem em mitos). Mas e ae, qual a diferença então? A diferença é que as letras são escritas geralmente em primeira pessoa, e essa pessoa possui a mentalidade de uma criança. O vocalista Zak Vargas que explica isso, e diz que algumas vezes as pessoas até confundem isso como letras pessoais sobre relacionamentos. Títulos curtos e grossos como "Maligancy", "Theocracy" e "Xenophobia" podem lhe dar uma vista mais direta ao centro do tema. Pode parecer algo legal, e fica mais ainda quando se descobre que Vargas tem 18 anos. Não obstante, outro membro da banda possui 16 anos. E se você quer mais uma banda onde os moleques tocam pra caralho, escute As Blood Runs Black, banda cujo baterista tinha 16 anos quando gravaram o primeiro CD.
É a alma hardcore incrementada à brutalidade sonora do death metal, soando muito extrema para todos os lados e agradando a uns. Eu gostei, mas falta algo para ficar viciante.