sexta-feira, setembro 28, 2007

Nile - Amongst The Catacombs Of Nephren-Ka


Há tantas coisas para falar sobre essa magnífica banda chamada Nile que eu fico até sem saber direito por onde começar. Pois bem, vou pela grande influência da banda: Egito Antigo.
A cultura que surgiu há milhares de anos antes de Cristo, sempre é estudada quando estamos no primeiro ou segundo grau. Nunca me aprofundei muito no assunto, mas, quando conheci o álbum Annihilation Of The Wicked, e ouvi aqueles sons épicos e surreais, meu interesse cresceu muito. Primeiramente, comecei a ler todas as letras e pesquisar sobre os personagens contidos nelas. Tudo é baseado em estudos feitos pelo líder, guitarrista e vocalista Karl Sanders (um gênio). Baseando-se em lendas, papiros, escritas nas paredes e descobertas arqueológicas, Karl escreve as letras de todos os cd's. Como ele consegue tirar sons de arrepiar a espinha, bem, isso é um mistério.
Aliado a Chief Spires (vocais, contra-baixo) e Pete Hammoura (vocais, bateria), Karl fundou o Nile em 1993. Amongst The Catacombs Of Nephren-Ka, de 1998, é o primeiro CD da banda. Há começar por ter músicas cantadas no idioma egípcio, a banda já mostrava certa originalidade. Com a incorporação de elementos de música oriental, bem como instrumentos e elementos típicos (cítara, percussões, vocais), o Nile mostrou que muita pedra ainda ia rolar. Se fosse fazer uma resenha a fundo do álbum, a leitura acabaria se tornando cansativa, pois o material é extraordinariamente rico. Isso não é desculpa ou encheção de lingüiça, pois quem baixar o CD poderá conferir a aula musical e cultural que a banda passa. Mesmo assim, me sinto na obrigação de dizer que "Ramses Bringer Of War" passa um clima macabro com seus teclados e batidas, algo que realmente cairia bem de trilha sonora de um filme que retratasse a guerra na era do Império Egípcio. "Kudurru Maqlu" é uma instrumental com vocais femininos que remete muito ao que Karl foi fazer no futuro, em seu trabalho solo. No último álbum, Ithyphallic, a música "The Infinity Of Stone" tem uma estrutura semelhante. "Die Rache Krieg Lied Der Assyriche" tem vocais no estilo grito de guerra medieval, outros no estilo "pôr do sol em filme épico", percussões em ritmo de marcha. Cacete, essa ae arrepia os cabelos do meu braço! "The Howling Of The Jinn" é uma das mais brutais, e, incrivelmente, consegue misturar vocais femininos no estilo oriental, ou seja, limpos e marcantes. Uma banda que faça som assim, garanto, nunca escutei. Behemoth possui também elementos de música oriental, principalmente da egípcia, mas não chega a soar tão profundo assim.
Recomendado a todos que curtem som pesado, rico e trabalhado, mas principalmente àqueles que querem ser surpreendidos por algo bem inimaginável.
Download da pérola.

quinta-feira, setembro 27, 2007

Destruction - Sentence Of Death


Os alemães (visualmente) terroristas do Destruction começaram a carreira nos anos 80 (1982) e até hoje seguem espalhando o thrash metal pelo mundo. Sentence Of Death, de 1984, foi o primeiro material "pra valer" lançado pelo grupo, porque, antes disso, chegaram a lançar uma demo chamada Bestial Invasion Of Hell.
Se o objetivo era chamar a atenção, com certeza eles conseguiram. Além de serem notáveis pelo visual, o Destruction começou quebrando tudo com esse álbum. Já na intro, que está grudada na faixa "Total Desaster", há uma rifferama de guitarra suja e rápida, que perde a sua velocidade com o tempo e, quando você menos esperar, na hora que tudo parece acabar, "BUUUUUM"!!! Uma bomba explode e começa "Total Desaster", com seus riffs totalmente hardcore, empolgantes e criativos. O vocal de "Schmier" (apelido do baixista Marcel Schirmer), é sujo e não tem muita técnica nem habilidade, porém é o tipo de voz que se encaixa perfeitamente com o som, compreende? Principalmente se você ler a letra, que é blasfêmia pura. Os gritos "possuídos" deixam um clima bem massa durante o som. O solo de guitarra é para quebrar tudo, o guitarrista Mike se puxou nessa aí. Na seqüência, "Black Mass" mostra um lado da banda mais influenciado pelo heavy metal. Os riffs são típicos do estilo, e essa música é legal também, mas não tem nada de tão grandioso como a seguinte, a clássica "Mad Butcher". Esse som serviu para batizar um outro álbum da banda e foi regravado diversas vezes, inclusive no recente CD Thrash Anthems. Som típico pra deixar o pescoço com lesões durante um show ou "headbang caseiro". A gritaria macabra de pessoas agoniadas abre "Satan's Vengeance", outro som que mostra o lado anticristo da banda. Hoje em dia, eles se preocupam mais em falar de temas do cotidiano, como guerras e violência. O álbum Metal Discharge deixou isso bem claro. Para fechar a bolacha (quem não se lembra dos carinhosos apelidos dos discos de vinil?), "Devil's Soldiers" não deixa a menor dúvida de que a banda tinha tudo para seguir em frente; e seguiu. Os outros álbuns lançados fizeram o sucesso mundial aparecer. Apesar da recaída nos anos 90, hoje em dia eles seguem firme tocando pelos maiores festivais de metal - Wacken, por exemplo - e com formação nova. Marc Reign, o baterista, veio com sua juventude para trazer a pegada destruidora de volta. Ao lado de Kreator e Sodom, Destruction é o outro pilar do Trio Alemão.
Sentence Of Death, alguns anos após o lançamento, foi re-lançado junto com Infernal Overkill, portanto, se você procurar o original, de fato, só achará "2 em 1". Mais que bom isso, né?
Download.

Naked City - Radio


John Zorn, musicista americano multi instrumentista é para mim, ao lado de Frank Zappa, os músicos de Avant-Garde que são mais conheçidos pelo público geral. Mentes insanas que alidas com a música fizeram trabalhos pra lá de estranhos e que dispertaram a atenção de muita gente.
Naked City foi um dos seus primeiros projetos, onde o cara era o líder e compositor da banda, e era responsável também pelo Sax. Com um line-up de rock tradicional, contando com bateria, baixo guitarra e vocal, a banda experimentou em todos os elementos musicais possíveis, mas a base para toda essa loucura é o Jazz.
O mesmo que o Julio falou do Painkiller, Jazz clássico, guiado pelo sax, porém, muitas vezes o som toma um rumo inesperado para o lado do Surf Music, para a música clássica, legal não? Mas o mais é legal é quando eles misturam tudo isso com grindcore, heavy metal ou com pitadas de punk-rock, tudo na base da improvização. O mínimo que se tem a dizer, é o resultado é um tanto quanto bizarro, mas é um som extremamente delicioso para as orelhas.
A banda teve pouco tempo de vida, surgiu em 88, e já em 83 resolveram parar, pois Zorn gostaria de experimentar outras coisas, musicalmente falando, é claro. A banda teve o fim em 93 e durante o tempo de vida da banda, eles lançaram 7 discos, que tal? Esse disco, Radio, foi lançado no último ano, e foi o sexto da banda. Eles ainda tiveram uma reunião em 2003 em um festival de Jazz, que são uma parcela dos admiradores da banda, ao lado de muitos headbangers, como fãs de Napalm Death e Carcass, e o mais óbvio, entusiastas de música experimental, como os projetos do Sr. Mike Patton, Mr. Bungle e Fantômas. Falando no Patton, que todo mundo aqui, ou pelo menos boa parte, sabe que eu sou fãzaço do cara, mas claro, não dá pra dizer amém a tudo que ele faz, mas enfim, ele e o Zorn são grandes amigos e já fizeram inúmeras músicas juntos, inclusive, Mike Patton já foi o responsável pelos vocais em alguns shows do Naked City.
Radio é um disco extremamente legal de se escutar, com quase 20 músicas, nas quais você não sabem quando começam e quando chegam a seu fim, devido as estruturas complexas, claro, se você estiver prestando a atenção no seu player, não fica tão difícil. Mas o lance é loucura total, quase sempre como base de Jazz, o som é recheado de gritos esquizofrênicos, alternância drástica de ritmos, do grind ao ambient, e um sax desenfreado e infernal acompanhando toda a loucura, com fortes influências de música de Cartoon.

quarta-feira, setembro 26, 2007

Splitter - Avskrackande Exemplar


Falta de originalidade é um problema freqüente em bandas de grind. Por se tratar de um estilo bem reto, é natural que as bandas soem parecidas. O Splitter, da Suécia, sofre desse mal. O grindcore do grupo lembra muito o dos conterrâneos do Nasum, em várias partes do trabalho. Apesar de alguns toques mais diferenciados e da sujeira explicitamente maior, acaba lembrando sim. Deathbound, da Finlândia, é outra banda que sofre do mesmo. Mas se você aprecia um bom grindcore, isso não é problema. O som da banda é altamente competente e nota 10 naquilo que se propõe a ser: Caótico, esquizofrênico, veloz, sujo, etc.
Avskrackande Exemplar, lançado esse ano, traz 21 pauladas, digo, músicas gritadas em sueco com aproximadamente 32 minutos de duração total.
A banda é muito underground, portanto, não há como saber muito da mesma e nem se encontra muita info na net. O que sei, é que eles possuem um mais EP na discografia, bem como alguns splits e mcd's. Nas fotos da banda, um dos integrantes usa uma camiseta do Rotten Sound.
A banda foi formada em 2003 e, como várias outras, surgiu de uma brincadeira.
Atualmente, encontram-se em turnê pela Holanda. Dei uma olhada no site oficial e, pelo que percebi, eles estão sem shows para alguns dias do mês que vem. A banda procura desesperadamente um lugar para tocar antes de ir à Áustria.
Baixe o cd e, se curtir, contrate-os.

Sonic Youth - Goo


Só faltava mais um disco para completar a trilogia "Pop" do Sonic Youth, e justamente por isso que faltava, tá vendo essa capa aí do lado? Se você é fã da banda, já deve ter cansado de ver, mas se não é, é a melhor opção pra começar.
Goo é o sexto álbum desses Nova Iorquinos, lançado em 1990, então, é aquela velha história, alt rock em alta, a banda assinou contrato com a gravadora milionária de David Geffen, e esse foi o primeiro disco a ser lançado. Motivo? Por que motivos? Eles sabem o que fazem.
-Ai, que grosso que você é!
-Ah, bom, desculpa, então vou te explicar. O álbum anterior, Daydream Nation é uma obra de arte, feito pela banda, hoje, super reconheçido, porém na época, por um selo independente, a banda quase não tinha distribuição dos discos, se pondo no lugar na banda, faz sentido.
-Ah, mas em uma major eles deve ter mudado o som, não é?
-Hum, não. Apesar de ser ao lado de Dirty e Daydream Nation os discos mais "Pops" da banda, a musicalidade continua aquela de sempre. Algumas músicas são mais acessíveis, como "Kool Thing", com participação do rapper Chuck D, do Public Enemy, em uma conversa emblemática, por muito tempo foi a música que alguns ouvintes casuais costumam ouvir, hoje em dia, não sei mais, acredito que não.
Tá, chega desse lance de post em forma de conversa, era só uma forma de fazer um post, como a música "Kool Thing", sacou? Então, continuando, neste álbum, a banda pegou tudo que já haviam feito nos ábuns anteriores e resolveram lapidá-los perto da perfeição. Tudo está aqui, distorção, sujeira, non-sense, melodias e muito ruído e claro, as letras doidas do casal Kim e Thurston. "Tunic (Song for Karen)" por exemplo, é uma das músicas que mais me chamam atenção, não pela musicalidade, mas sim pela letra, é uma homenagem a Karen Carpenter, baterista e cantora da banda Carpenters, sobre sua anorexia: Na música, cantada em primeira pessoa, Kim imagina uma Karen no céu, tocando bateria e fazendo novos amigos como Elvis Presley e Janes Joplin. (Karen é uma grande influência para muitas cantoras que viriam a seguir, como Madonna, algo que eu vou explicar em um post a seguir, fiquem atentos.)
Por enquanto, já são três discos do SY, o bastante para fazer você pirar, nos próximos posts sobre o quarteto (Agora quinteto) nova iorquino, vou começar mostrar o lado mais noise/experimental e de vanguarda desses doidos. Digo doido, pois tive a oportunidade de poder ver eles pessoalmente, peguei o mesmo vôo que eles para Dublin, porém não cheguei perto, os caras realmente me assustaram. Ah, quer saber, clica na capa e baixa logo essa bagaça.
P.S.: Após escutar muito SY, Felipe está começando a ter sérios problemas mentais. Ou não. Foda-se!
This is Non-Sense, se ligou? Cala essa maldita boca Felipe!

terça-feira, setembro 25, 2007

Rattus - Levytykset 1981-1984


Rattus é uma banda de punk/hardcore vinda da Finlândia. A história da banda ficará por conta do Felipe, em outro post, pois eu me dedicarei exclusivamente a falar dos 4 álbuns que constituem esse box.
O primeiro é Uskonto On Vaara, onde a banda tocava um punk bem tosco e pesado. A gravação é meio largada e o vocal soa bem estranho, mas músicas como "Sotahullut" e "Epäjumala" empolgam bastante. Alguns pequenos solos de guitarra, que são simples e funcionais, dão mais gás ao som. O material é todo escrito e cantando em finlandês, portanto, não há como ter sequer uma noção do conteúdo. Mas pela capa (e pelo estilo de som), dá para imaginar que a banda fale sobre anarquia e estilo de vida punk.
WC Räjähtää, na minha opinião, é o melhor de todos os materiais aqui em questão e talvez o melhor álbum do Rattus. O estilo continua sendo hardcore, porém bem mais veloz que no álbum anterior. Um pouco mais limpo também, de fato, mas com uma pegada absurdamente mais empolgante e firme. O vocal, se não me engano, foi substituído, porque é bem mais limpo. Se não foi isso, ele apenas mudou um pouco o estilo de cantar. Parece-se até com Dead Kennedys, em algumas passagens. Falando neles, o Rattus ia abrir vários shows para eles, mas devido a uns rolos (coisa de organizadores sacanas), o fato não ocorreu. Algum tempo depois, Jello Biafra ficou triste e irritado ao saber da notícia, pois não soube antes que a banda ia abrir para eles. Jello disse que o som da banda era "excelente" e que teria sido muito bom fazer tour com eles. Voltando ao álbum, esse possui linhas de contra-baixo que chegam a lembrar muito o crossover, devido à velocidade e agilidade com as quais é tocado. O som é realmente muito contagiante, dá vontade de sair correndo pela casa e chutando tudo! Como o Lipe diz, "é pra chutar o balde"!
Rajoitettu Idinsota é o EP que foi lançado na seqüência, com uma produção mais cuidadosa e com mais peso, principalmente na bateria. O som continua empolgante para cacete, e logo na primeira faixa, "Keppiä Ronaldille", dá para conferir uns coros furiosos e solos de guitarra despreocupados de virtuosismo e dotados de feeling. A capa apresenta a explosão de uma bomba, então, por dedução, o EP deve fazer críticas severas ao armamento nuclear, à guerra, e derivados.
No disco que fecha o box, Rattus On Rautaa, o som é bem mais light e sem muita velocidade. O estilo é mais ou menos um "ska", legalzinho até. Músicas como "Turhaa Valitusta" até têm certa velocidade, mas nada que se compare à energia passada pelas músicas do já mencionado WC Räjähtää.
Dia 11/10, a banda tocará em Sapiranga, Rio Grande do Sul. A cidade onde eu resido, fica ao lado. É claro que eu vou ao show, e com certeza comprarei alguns cd's por lá.
Download.

Asesino - Cristo Satánico


Pensei, pensei e acho que a melhor definição para este último disco é: Pancadaria Musical com ótima gravação. É aquela velha história que tô acostumado a ouvir o Julio falar, quando uma banda de Death ou Grind, enfim, algo brutal, resolve gravar um disco e para fazer isso, capricha totalmente na produção.
Bom, a proposta do Asesino, desde o início foi essa, após Dino Cazares largar o Brujeria, resolveu fazer o mesmo tipo de som, porém de maior qualidade. O Brujeria, pra quem não sabe foi um super grupo que começou tocando grindocre toscão em espanhol e tal (Pra maiores informações clica na link anterior, ou vai no google). Em 2002 eles lançaram o primeiro disco, o ótimo Corridos de Muerte, que para mim, está na lista dos melhores disco de música pesada, realmente, acho um ótimo disco, pois você consegue distinguir todos os intrumentos, o som tem graves e agudos, tudo muito bem feito para o tipo de som, chamado de Deathgrind.
Muito se especulou nesse longo intervalo até o lançamento do tão esperado Cristo Satánico, como novos integrantes e participações especiais, até que em Julho do ano passado foi lançado oficialmente este disco, o segundo álbum do grupo, que já tinha vazado na net, e algumas informações já tinham sido passadas pelo myspace da banda, sobre as participações especiais da banda. O line-up que gravou o disco e continua em turnê ainda é Dino Cazares (Asesino) na guitarra e vocal, seja o gutural ou o rasgado agudo, Tony Campo (Maldito X), baixista do Static-X, no baixo e na bateria Emilio Marquez (El Sadistico).
Este álbum apresentam os mesmos elementos que o álbum anterior, que ficou conheçida como a sonoridade da banda, riffs macabros, batera sempre veloz e muito peso e sujeira por parte do baixo, tudo com letras em espanhol, no estilo Narco Satánico. Sobre as participações, na música "Regressando Odio", o primeiro som após a introdução, temos Andreas Kisser (Sepultura) na guitarra e Jamey Jasta (Hatebreed) nos backvocals. Duas novidades neste disco, uma que foi 2 covers do Brujeria: "Missas Negras" e "Matando Güeros", mas felizmente, no estilo Asesino de tocar. A outra novidade, é a música "Y Tu Mamá También", um som totalmente estranho, comparado com o resto, começando com os riffs macabros clássicos na banda, acaba se tornando um certo "New Metal Asesino", se tem como imaginar isso, com um refrão com vocal melódico, resulta em uma música diferente, mas bem legal até, principalmente pelo parte lírica.
Enfim, um disco pra quem curte uma desgraçeira bem gravada, clica na capa e te diverte.

segunda-feira, setembro 24, 2007

7 Seconds - The Crew


Música anos 80, quando muitos ouvem falar isso, se lembram na hora de teclados, baterias eletrônicas e sintetizadores, não é mesmo? Claro, a música popular nessa década era fortemente constituído por essas tendências e até Artistas da década passada ousaram provar dessa tendência para fazer, quase sempre, músicas toscas, mas tem suas raras exceções.
Mas eis que para outros, os anos 80, pelo menos até a metade, foi a era dourada para o Hardcore e Punk-Rock Americano, que é base para muita gente até hoje. Se você é visitante aqui do Blog, sabe muito bem, há inúmeros exemplos de bandas, do conheçido Hardcore Americano Oitentista, ou o termo mais popular Old School. 7 Seconds é outra exemplo de outra grande banda da velha escola do Punk Rock, formado em 1980 pelos irmãos Kevin Second e Steve Youth em Reno, Nevada, um local onde não ouvimos falar muitos sobre bandas do gênero, como Califórnia, Washington ou Nova Iorque. Esse é um lance extremamente legal sobre o movimento Punk na época, pois em todos os cantos haviam bandas de Hardcore surgindo, mas que não receberam tanto reconheçimento por estarem fora desse eixo. São bandas extremamente importante como os Texanos do MDC ou D.R.I. ou o Poison Idea de Portland, independente do lugar, existiram inúmeras bandas que adotaram a causa, não era só música, era atitude! (Existem outras inumeras bandas, é lógico, mas se fosse pra citar todas, ia desviar bastante o release).
Bom, a diferença do 7 Seconds para as outras bandas é que você pode falar deles no presente e não apenas no passado, pois a banda continua na ativa, e são considerados uma "Lenda viva", o último disco foi lançado em 2005 e tem o mesma energia, característica principal da banda. The Crew foi o primeiro disco da banda, e saiu só em 84, antes disso a banda ralou muito, gravou demos, EP e o diabo a quatro, até conseguirem o lançamento de um álbum, não apenas um álbum, um clássico para o estilo. The Crew caracteriza bem o som da banda, Punk-Rock rápido, com muitos backvocals e ôôô's, com letras de sXe positivistas e contestadoras, batera tum-pá-tum-pá e vocal melódico, ótimo convite pra pular no Moshpit.
A banda foi uma das principais integrantes do Youth Crew, grupo sXe ao lado de Youth Of Today e Gorilla Biscuits. Enfim, uma grande banda que teve e tem pouco reconheçimento, comparado com colegas da mesma época, justamente por isso que a banda está aí, disponível para download para ter o reconheçimento que merece. Download? Aquele clique na capa.

Between The Buried And Me - Colors


É com uma intro lindíssima de piano e vocais no melhor estilo Pink Floyd que o Between The Buried And Me abre seu novo CD, ou melhor, sua nova obra-prima.
O metal progressivo, matemático, técnico, alternativo, ou seja lá qual for o nome que as pessoas dão à "salada" inexplicável de estilos que o quinteto americano da Carolina do Norte executa com competência, está realmente muito surpreendente. A princípio, o material parece ser conceitual. Ainda não tive a oportunidade de ler as letras, todavia as músicas estão ligadas uma à outra, do começo ao fim. É tudo tão bem feito que mal dá para perceber quando troca de faixa, e devido à mistureba de elementos no som, às vezes chega a parecer que está tocando outra música, mas não, é a mesma.
Fiquei impressionado com a riqueza de estilos. Vocês encontrarão aqui músicas que passam por um feeling mega-extraordinário de música egípcia/árabe até algo que se assemelha a um bizarro infantil com vocais bizonhos e tecladinhos bestas. Também, pudera, né? Com músicas de "10" e "13" minutos dá para experimentar de tudo. Muitos classificam a banda como "metalcore" - isso é um erro. Se o som for classificado somente assim, muita gente deixará de ouvir, e muita gente ficará braba a ponto de dizer que não é metalcore. Obviamente existem diversas passagens que remetem ao NYHC, com bases pesadas, cadenciadas e repetitivas, mas o som não se limita a isso. É simplesmente inexeplicável! A melhor definição para o som deles é "estilo próprio".
Com outros cd's, como o excelente Alaska, o BTBAM despertou a atenção da cena mundial. Com esse novo álbum, não só despertarão como ganharão mais reconhecimento. Admito que até eu, que não gosto de escutar metal progressivo por achar "muito firulento", adorei esse álbum. Os caras fizeram tudo de uma maneira atraente, algo que prende à audição do começo ao fim. Se você é uma pessoa, digamos, eclética, que escuta de Behemoth a Pink Floyd, tem tudo para viciar no álbum também. Amantes do som progressivo, mergulhem de cabeça! Àqueles que curtem tocar coisas impossíveis, ouçam com atenção, tranquem-se no quarto e passem horas tentando tirar "Ants of the Sky".
O disco só deve ser lançado daqui um ou alguns meses, mas já vazou na net há algumas semanas. Dizem que essa versão pode não ser definitiva, então, se realmente não for, não há como imaginar isso "mais pronto". Estou com medo! Hahaha!
Se levada em consideração a proposta, merece nota 10, pois é bom demais naquilo que se propõe a ser. Se levar em consideração meu gosto, dou nota 8 por não gostar de músicas extremamente longas.
Download.

domingo, setembro 23, 2007

Painkiller - Guts Of A Virgin


Isso é que eu chamo de som insano! Já ouviu alguma banda que toque jazz e grindcore ao mesmo tempo? Não? Pois o Painkiller é a banda que eu trago para lhe apresentar.
Formada no início dos anos 90 pelo ex-baterista do Napalm Death, o memorável Mick Harris, pelo saxofonista John Zorn e pelo baixista Bill Laswell; insano e experimental é o mínimo que pode se dizer sobre a música do conjunto.
Quando eu digo jazz, tô falando do clássico aquele, na linha John Coltrane, praticamente guiado pelo sax. É claro que aqui o John ficaria, no mínimo, chocado, provavelmente diria que isso é uma ofensa ao jazz, mas enfim...
Um saxofone desenfreado, tocado de maneira livre e bizarra é acompanhado por uma bateria que alterna entre as bases de tempo quebrado do jazz e os blast-beats do grindcore com um contra-baixo extremamente sujo que chega a parecer uma guitarra. Pra loquear mais, vocais agudos e rasgados com muito efeito! Tenho certeza absoluta que os caras do Pig Destroyer foram influenciados pelo Painkiller, pois os vocais chegam a soarem idênticos em algumas passagens.
Guts Of A Virgin é o primeiro material do grupo, que seguiu na ativa até 1995, quando acabou. Nos álbuns seguintes, foram acrescentados elementos de dub e música ambiente. Mas esse final não foi definitivo, pois há rumores não confirmados de que um novo álbum de estúdio está para sair.
A banda contou também com a ajuda de muita gente famosa nos outros álbuns, como, por exemplo, o Sr. Mike Patton e uns japas sobre os quais eu nunca ouvi falar antes.
É música diferente e legal, gostei muito de conhecer. Em breve postarei outros álbuns deles ou de bandas do estilo, porém, por enquanto, você só pode conferir esse. Então, filho(a), não perde tempo e vai baixando.

sexta-feira, setembro 21, 2007

Amon Amarth - With Oden On Our Side


Os suecos do Amon Amarth chegaram ao sexto álbum com esse With Oden On Our Side, lançado em 2006.
O metal baseado em composições melódicas e cheias de feeling, sempre com letras sobre mitologia viking e livros/obras de Tolkien, foi o ponto forte da banda. Em álbuns como Versus The World e Fate Of Norns, dá para sentir algo excepcional na atmosfera criada. A banda é conhecida popularmente como "viking metal", todavia o vocalista Johan Hegg disse em uma entrevista que eles são apenas "death metal com letras vikings" e que não consegue imaginar vikins tocando um som assim. "Creio que eles só batiam em escudos e bongos, algo assim..." - Disse ele.
Não sei se é conseqüência do tempo ou se os caras realmente quiseram remoldar o som, mas esse último álbum aqui perdeu muito do feeling e ganhou muita velocidade, principalmente na bateria. Esses andamentos de deixar os 2 bumbos soando e dar uma batida por segundo na caixa não era típico deles, e sim de bandas de metal melódico que não me agradam. Os ritmos de marcha ou mais cadenciados - que são de enorme presunção em músicas como "Pursuit of Vikings" - foram praticamente esquecidos. A produção ficou bem moderna, soa muito "limpa", se é que posso dizer assim.
Não preciso dizer que o álbum não é o que eu esperava, né? Apesar disso, "Asator" é uma música que tem um refrão legal e uma bela linha de guitarra. "Under The Northern Star" possui riffs lindos, mas a masterização desse CD parece não ter favorecido muito. O vocal ficou excelente, bem definido e marcante. "Gods Of War Arise" é a música que mais lembra as antigas e, portanto, é também a melhor do CD.
São 9 faixas que compõem esse bom álbum. Repito: Deixa a desejar, a meu gosto, se comparado aos materiais antigos. Não vou escutar tanto como os outros, e deixo explícito aqui que é pela sonoridade - não pela popularidade da banda ou algo do gênero.
Mas cada pessoa tem uma opinião, não é? Forme a sua baixando o álbum aqui.

Slayer - Seasons In The Abyss


Quem se lembra do velho Nostradamus? aquele senhor que já morreu, faz tempo, mas que ficou bem conheçido alí em 1999, quando sua previsão para o final do mundo estava prestes a acontecer. Bom, eis que na virada do milênio, o máximo que aconteceu foi o "Bug do Milênio", apenas uma erro dos programadores, não sei se eles acreditavam na mesma previsão, mas se o mundo tivesse acabodo naquele dia, com certeza, os nossos últimos minutos na terra teria sido ao som do Slayer, com toda certeza, o capeta ia pôr pra rodar algum dos discos de sua discografia, eu ousaria dizer que seria, ou Reign In Blood, ou Seasons In The Abyss, pôr ter a mesma atmosfera apocalíptica.
Então, pra qualquer conheçedor do gênero, ou não, é quase sempre unânime a resposta para o melhor trabalho do Slayer: Reign In Blood. Uma das maiores maravilhas do mundo metálico catequizado pelo Demo, um show de habilidade musical brutal, com muito sangue e cruzes viradas. O disco foi sucesso de crítica e dos fãs, e fez mais outros admiradores, e estavam todos sedentos por material novo, como a banda não é boba, Jeff Hanneman disse que eles resolveram fazer um disco mais lento, pois se fizessem qualquer som rápido, seria na hora comparado com o disco anterior, eis que lançaram o "estranho" (na minha opinião) South Of Heaven, um disco com boas músicas, e que fez com que a banda tirasse uns trocos, já que tocar Thrash Metal não é o melhor jeito de ganhar dinheiro no mundo musical, pelo eras assim, pois há pessoas que discordam disso hoje em dia.
Após uma turnê não muito matadora e um disco de ouro, em 89 o Slayer voltou para estúdio para a gravação de seu próximo álbum, e agora poderiam descer o sarrafo, fazer um disco extremamente rápido, pesado e barulhento, e claro, foi isso que eles fizeram. Seasons In The Abyss, é para mim um dos melhores trabalhos da banda, e o que eles fizeram foi chutar os groovezinhos e mid-tempo do álbum anterior e recuperar toda a vigorisidade do clássico de 86, por isso, é pedrada atrás de pedrada.
O disco começa num chute só, com "War Ensamble", um dos clássicos do disco, com um riff de introdução emblemática, é um som pra fuder o cu do palhaço! O destaque foi para o disco inteiro, mas se você gosta de clássicos, ainda têm "Hallowed Point" e "Dead Skin Mask", uma das músicas mais macabras e cabulosas do disco, inspirada na história do serial killer Ed Gein, que já expliquei de quem se trata anteriormente, mas o final dessa música é de arrepiar! Ah, não posso terminar sem também falar da música que leva o título do cd, a maior música do disco, que tem uma super composição, cheia de progressão e arranjos macabros, sem dúvida, não haveria maneira melhor de fechar o disco.
Em 1990, o disco foi lançado, e a banda saiu em turnê de festivais co-capitaneando junto com Megadeth, Suicidal Tendencies, Anthrax e Testament, nos EUA e pela Europa, e com abertura de uma banda iniciante na época: Alice In Chains. Essa turnê trouxe para os fãs um grande presente e uma grande perda. A parte boa foi o lançamento do ótimo ao vivo Decade Of Agression, que até eu, que não sou muito fã de ao-vivos, tirei o chapéu, um álbum duplo gravado em diferentes cidades da Califórnia e do Reino Unido. A má notícia, foi que o contribuidor de longa data e um dos maiores nome da bateria, Dave Lombardo, largava a banda, para voltar em 2006 com o ótimo Christ Ilusion.
Outro detalhe que eu acho legal deste disco é a arte da capa, muito parecida com a utilizada no último disco da banda. Falando em capa, já que perdeu tanto tempo lendo isso tudo, clica nela e faz o download e não perde mais tempo, download obrigatório para Headbangers ou apreciadores de música rápida e pesada!

quarta-feira, setembro 19, 2007

Hatebreed - Supremacy


É Jamey Jasta mandar aquele gritão na intro de "Defeatist" para o instrumental entrar com toda velocidade e você perceber como Hatebreed é foda!
Também não é à toa, porque a banda existe desde 1993 e tem em seu currículo alguns dos melhores álbuns de hardcore que foram lançados nos últimos anos. Quais são eles? Perseverance e The Rise Of Brutality. Esse último citado, é uma paulada na nuca! Sem dúvida alguma é o melhor álbum deles, na minha opinião, mas isso não vem muito ao caso, pois Supremacy não deixa nada a desejar.
Jasta tem um vocal inconfundível e os cd's da banda sempre possuem muito peso e arranjos metálicos, fatos que levam a discussões intermináveis sobre a banda ser NYHC, metalcore, moshcore, etc; desnecessárias, pois, no fundo, independente de rótulo, o que muda no som da banda? Nada! Agrada tanto a headbangers como 'hardcorers'. "Destroy Everything" está aqui para provar isso.
O modo como a banda iniciou sua carreira é um exemplo de força de vontade. Gravaram uma demo de 3 sons que saíam vendendo nos shows pela região, até conseguirem um bom número de fãs e começar a ter o merecido reconhecimento. O álbum Satisfaction Is The Death Of Desire, que foi lançado por uma gravadora menor, foi essencial para despertar o interesse por parte dos grandes nomes. Até hoje, foi o álbum mais vendido pelo selo.
Não muitos anos depois, já começaram a tocar com bandas grandes do porte de Slayer, Deftones e Napalm Death.
Uma notícia triste, é que no dia 13 de Setembro de 2006, o ex-guitarrista Lou "Boulder" Richards suicidou-se aos 35 anos de idade. Richards tocou nos já citados álbuns Satisfaction is the Death of Desire e Perseverance. Jasta deu a seguinte declaração para o Punknews.org sobre a morte de Richard: "Como muito de vocês já sabem, e nós sentimos muito em saber, nosso ex-guitarrista Lou "Boulder" Richards faleceu ontem. É muito triste que ele não pode ver nenhuma outra maneira de controlar seus demônios. Esperamos que finalmente ele tenha encontrado paz. Nossos corações estão com os de Vera e seus amigos e família."
Jasta também é apresentador do programa "Headbangers Ball", da MTV2.
Escute também "Spitting Venom" para ter certeza de que o som deles é altamente empolgante.
Download.

PS: Atendendo a um pedido, re-upei o álbum Desperately Insensitive, do Cripple Bastards.

Beastie Boys - Check Your Head


Após o sucesso do disco Paul's Boutique, o segundo disco do grupo, lançado no final dos anos 80, deixaram os fãs sedentos por material novo e que tivesse a mesma qualidade, eis que em 92, os magrões lançam Check Your Head, um dos grandes discos da década passada, não só de Hip-Hop, mas da música em geral. Como são sempre rotulados como Hip-Hop, este disco traz de volta toda a energia do BB em forma de música, e pela primeira vez, gravando com seus próprios instrumentos (Por esse motivo, que a capa é a banda com seus cases).
É exatamente essa a parte boa do disco, não se restringiram em apenas fazer seu Hip-Hop de samples e rimas, viajaram no Jazz, no Funk, no Soul, Arena Rock, Folk Rock, com Bossa Nova e o Pop, mais ao menos o experimento que andaram fazendo nesse último disco, totalmente instrumental. O disco foi o primeiro a ser gravado no próprio estúdio da banda (G-Son), na Califórnia, e o primeiro a sair pelo selo próprio da banda, Grand Royal, que havia sido criado a pouco tempo, e de propriedade de todos os membros da banda (Em 2001 fecharam as portas).
Bom, passado todas as informações do disco, gostaria minha própria impressão, a cada vez que eu escuto esse disco. Seguinte, conselho pra quem for baixar, escute com fones de boa qualidade ou com o som bem alto. O lance do disco ter instrumental de verdade, e poucos samples faz desse cd uma ótima experiência, pra escutar os graves dos grooves, ao prestar atenção nos mínimos detalhes das guitarras funkeadas ou na batida da batera esperta e os sons maravilhosos dos teclados. São 20 músicas, que eu particularmente, adoro escutá-las enquanto estou andando de ônibus, carro, ou até mesmo a pé, dentro da cidade, é o verdadeiro som de centro urbanos.
Enfim, os Beastie Boys são uma das banda que estão na ativa que eu mais admiro, e que têm uma grande culto de fãs que conquistaram através de muito tempo de trabalho. E esse é um disco primoroso, escuta aí "Gratitude", "P.O.W.", "Groove Homes" ou a punk-rock "Time For Livin'", que são músicas afudes, que dou destaque maior do que os singles "So What'cha Want" e "Pass The Mic". Que saber? Clica na capa logo e não perde tempo, principalmente para aqueles frequentadores openheads do blog.

terça-feira, setembro 18, 2007

Destroyer Destroyer - Littered With Arrows


Você tem cabeça fraca? Se a resposta for "sim", não escute esse CD.
Destroyer Destroyer é caoticagem infernal vinda direto de Oklahoma, Estados Unidos, para causar fortes dores de cabeça com seu som que mistura grindcore com experimentalismo e mais algo que não possui nome.
Resumindo, é uma gritaria desenfreada com guitarras sujas, pesadas e descontroladas somadas a um sintetizador aterrorizante e mais uns graves anormais que podem te deixar louco, filho!
Sua mãe lhe xinga quando você escuta rock? Não há dúvidas de que ela cortará seus testículos fora quando pegar você ouvindo isso aqui.
Sua irmã curte Simple Plan? Orra, prenda-a no quarto e largue a faixa "A Golden Technique" no volume máximo.
Seu pai acha que você fuma droga? Bom, depois de te pegar ouvindo Destroyer Destroyer ele terá certeza - mas você não precisa fumar para isso.
Está com visitas indesejadas no quarto? Não há dúvidas de que esse CD serve para espantar pessoas alheias.
Mas se você curte som pesadão e caótico, rapaz, esse CD é o presente do ano para você!
Alguém se lembra dos holandeses maníacos do Machinist? Pois bem, Destroyer Destroyer segue na mesma linha, só que aumentado umas 9³. ^^
Falar mais pra que? A audição lhe conta o resto (se você agüentar tudo).
Download.

PS: Essa não é uma resenha negativa.

Circles Jerks - Golden Shower Of Hits


Durante todo este tempo de blog, mais de um ano aí neste hobbie super divertido, uma das bandas que se tornou preferência da casa foi Circle Jerks (Carinhosamente apelidados de "Gonha Boys"). Group Sex é um disco forrado de clássicos, rápidos e crús, que tá seguidamente em nossas playlists, justamente por isso que tô postando mais material deles, pro delírio da galera que curte Hardcore de base.
Formado em 79, em Hermosa Beach, Los Angeles, logo após o vocalista Keith Morris largar o Black Flag e criar sua própria banda, junto com o guitarrista Greg Hetson, que também toca com o Bad Religion, até os dias de hoje e o baixista Roger Rogersons. Com diferentes bateristas, essa banda gravou 3 cds clássicos, com seu som fortemente influênciado por Ramones e Sex Pistols, misturando mais a agressividade da galera do Surf e Skate do Sul da Califórnia e mais o humor escrachado da banda, resultaram em três clássicos do Hardcore: Group Sex, Wild In The Streets e Golden Shower Of Hits (A banda gravou mais cds após estes, mas eu considero estes como essênciais).
Este aqui, foi o terceiro da banda, lançado em 83, e apresento os elementos principais que todos fãs amamos, como, músicas rápidas, vocais doidos (Keith Morris é para mim um dos melhores no estilo) cheios de humor, guitarras gritantes, e ritmos frenéticos da cozinha do Circle Jerks. Comparado com os outros discos, tem uma qualidade de gravação de dár inveja nos outros, em questão, a gravação deixou os instrumentos bem claros, e não tirou a sujeira da banda. Algumas mudanças, como um disco que não tem clássicos consagrados como os outros, mas são músicas fudidas, como a faixa de abertura "In Your Eyes", 0:41 segundos para apavorar o ovinte.
Algumas outras mudanças são a presenças de músicas mais longas, que o normal para banda, como "Under The Gun", "Rats Of Reality" e "When The Shit Hits The Fan" (Lindo nome), que tem em média 3:00 minutos. Esta última música trata-se de uma música acústica, que é a única porcaria do disco, levando-se em conta a parte musical, quanto a letra, uma das melhores. Enfim, um puta discão, faz o download clicando na capa.

sábado, setembro 15, 2007

Shelter - Attaining The Supreme

Como o Julio mesmo disse, "Sempre que possível atendemos aos pedidos da galera. Pedimos desculpas pelas demoras e pelos não realizados, mas realmente é foda conseguir tudo". Shelter é um pedido bem velho, mas demorou até eu achar material deles, apesar de eu já ter ouvido falar muitos sobre a banda, está meio escasso material da banda na internet, acabei achando este disco em um dos meus discos de backup.
O Shelter surgiu após o final da banda Youth Of Today, grande nome do Hardcore oldschool sXe Nova Iorquino. Ray Cappo que era o líder da banda, e um dos fundadores do selo Revelation Records, começou se interessar pelo movimento Hare Krishna, e após uma viagem para India, onde virou devoto, trouxe toda a ideologia e montou o Shelter como uma banda, que passasse essa ideologia, junto com o sXe que já era adepto. Em 1990, com ex-colegas do Youth Of Today e outros membros da cena de NY surgia o Shelter.
Um pouco distante do Youth Of Today, Shelter é uma banda que tocar um Hardcore mais melódico e não tão agressivo quanto a banda anterior de Cappo, que também deixou de lado seu vocal gritado e começou cantar de forma mais polida, e as vezes é até engraçado, logo que eu botei a tocar esse disco, não reconheçi que era a voz dele, de tão drástica a mudança, na minha visão, é lógico. É aí que surge um dos rótulos mais bestas que eu já vi dentro Punk-Rock e derivados de Core: Krishna Core, pra classificar bandas que tocavam Hardcore com letras de ideologia Krishna, como o Cro-Mags, banda importantíssima na cena Nova Iorquina, que resolveram por optar a ideologia, ao lado de outros como 108. Eu disse rótulo besta, não por causa da ideologia, que pelo contrário, acho bem interessante, mas separar as bandas só por causa disso? Cada um, cada um...
Então, Attaining The Supreme foi lançado em 1993, e apresenta um hardcore melódico bem legal, logo na minha primeira audição não me prendeu a atenção, mas após mais algumas escutadas, achei um disco bem legal. Antes de conheçer, eu esperava por algo como H2O, ou alguma mistura de Hardcore com música Indiana, mas nenhuma das alternativas estavam corretas, apesar de este disco ter a última música no estilo. Enfim, disco pro nosso amigo que vinha pedindo há algum tempo, clica na capa e faz o download.

sexta-feira, setembro 14, 2007

Lamb Of God - New American Gospel


Sempre que possível atendemos aos pedidos da galera. Pedimos desculpas pelas demoras e pelos não realizados, mas realmente é foda conseguir tudo. Bom, Lamb Of God foi pedido 666 vezes, então, por isso, me obriguei a arrumar um CD e postar.
Primeiramente, a banda não é cristã. Apesar do nome ser "Cordeiro de Deus" e o título do CD ser "Novo Gospel Americano", tudo não passa de ironia e sarcasmo - e dos bons, por sinal.
O som da banda é aquele meio indefinível de sub-gênero, por isso eu digo que é metal. Pesado, sujo, gritado, caótico, veloz, cadenciado, ou seja, é uma salada metálica que serve muito bem como trilha sonora de um mosh-pit. Falando nisso, Lamb Of God chega a ser mais famoso pelo seu "Mosh Wall Of Death" do que pelas suas músicas. Clicando no link vocês podem ver o que é isso, mas eu explicarei àqueles que não querem ou não podem ver o vídeo: O vocalista manda a galera se dividir em duas fileiras, enquanto a banda vai tocando uns instrumental. Em seguida, diz que no "4" as fileiras devem ir uma em direção à outra, correndo, para haver um grande choque. Eu acho isso muito foda! Apesar de ser uma imbecilidade, tem gente que gosta de apanhar e tem gente que gosta de bater; quem não curte, simplesmente vai para trás e já era. Organizar isso num show é massa também, eu já fiz e digo que é muito satisfatório ver a galera se pegando assim sob influência do som.
Mas sem sair fora do assunto, New American Gospel é o segundo CD da banda e foi lançado em 2000. Não dá pra entender muito do que o vocalista grita, mas as letras são sobre política e principalmente de questionamentos à religião. A banda foi formada em 1991 e chegou a se chamar "Burn The Priest", mas mudaram logo para o nome atual. Apesar disso, o primeiro cd da banda, lançado em 1998, chama-se Burn The Priest.
A influência de Pantera é gigantesca, portanto, se você gosta de Pantera, tem tudo para curtir o som dos caras. Não chega a ser bom como o Pantera, mas dá para curtir. Como eles costumam dizer, trata-se do mais puro metal americano! Apesar do som ser bem pesado e não possuir elementos comerciais, a banda já ostenta grande popularidade mundial (milhares de fãs) e já tocou nos maiores festivais de música pesada do mundo (Ozzfest, Download, Hellfest...). O recente DVD chamado Killadelfia já ganhou platina. Bom, e é fato que eles não irão parar por aí, porque, ano passado, lançaram Sacrament, um CD que foi bem aceito.
É difícil falar sobre eles, para mim, pois, até baixar esse CD aqui, eu tinha escutado uma ou duas músicas deles e bem por cima.
Não percebi nada de extraordinário no som, mas gostei. Baseado nisso, digo que esse não é aquele CD que todos vão amar, mas vai agradar em menor ou maior grau.
Download.

quinta-feira, setembro 13, 2007

Celtic Frost - To Mega Therion

Boa parte dos posts do Fukt são sobre bandas de metal, seja lá qual for sua subdivisão, ou rótulo, independente disso, o bom metal sempre esteve presente aqui, desde o início, então como foi falado em início, o post de hoje é sobre uma das mais importantes bandas do estilo na Europa, o macabro Celtic Frost.
A banda surgiu em 1984, após o sepultamento da banda Hellhammer, banda de pouco tempo de existência, mas de extrema importância também para o death e black metal. Thomas Gabriel Fischer (Tom Gabriel Warior) era o vocalista e foi o fundador do Celtic Frost, em Zurique, na Suíça, junto com outros integrantes do Hellhammer e no mesmo ano lançaram o primeiro álbum, chamado Morbid Tales e fizeram algumas turnês pela Europa. Em 1985 eles gravaram essa maravilha chamado de To Mega Therion, um disco clássico para o estilo Black/Death pois a banda fez algo inédito: Um disco de Metal com elementos de música clássica e justamente por isso alguns jornalistas e críticos resolveram classificar o Celtic Frost como uma banda de Vanguarda para o Metal, chamando de Avant-garde Metal.
Bom, se você escuta bandas de Black ou Death e nunca escutou nada do gênero da velha escola, vai achar que é uma piada, mas para época, esse disco foi uma das coisas mais brutais já lançadas, e para mim, ele continua sendo um disco com músicas muito cabreiras. Assim como o Metallica e Exodus têm sua importância para o Thrash Americano, o Celtic Frost e o Venom são as principais bandas para o gênero na Europa, um cenário onde as banda costumam ser mais extremas e mais obscuras.
Mas To Mega Therion não é apenas um disco de Death Black Metal tradicional, ele quebrou barreiras, é impressionante escutar músicas como "Dawn Of Meggido" (Minha preferida) e "The Ursurper" (Preferida do Julio), e perceber que foram feitas a mais de 20 anos atrás, pois a adição dos elementos de música clássica, combinados com uns vocais femininos pra lá de macabros deixam as músicas mais Dark e mais obscuras, enfim, influência primordial para bandas de Metal Sinfônico e para tudo que viria depois dentro do estilo.
A banda teve seu fim decretado em 93, quando Thomas Fishcer criou uma banda de Metal/Industrial chamado Apollyon Sun, que foi seu trabalho durante os anos 90, até que em 2000 remontou o grupo e ano passado lançou material novo, intitulado Monotheist, um disco que teve o intuito de buscar o espírito da gravação dos discos To Mega Therion e Into The Pandemoniun, tido como os melhores trabalhos da banda, sendo os mais pesados e intensos discos da banda.
Para provar esse clássico, basta clicar na capa.

Killswitch Engage - Alive Or Just Breathing


Os americanos do popularmente conhecido como "Killswitch" e escrito abreviadamente para "KsE", são muito competentes no que fazem: Música. Independente de como classifiquem o som deles, não há dúvida de que existe um enorme conhecimento da causa em suas composições, que sempre nos mostram algum tipo de trabalho interessante, seja maior nas guitarras, na bateria ou nos excelentes vocais do ex-vocalista (na época desse CD era vocalista) Jesse Leach.
Alive Or Just Breathing foi o disco que lançou o KsE para o mundo. Clássicas como a empolgante, furiosa e linda - adoro o modo como eles juntam os sentimentos nas músicas - "Fixation On The Darkness" e a extremamente marcante "My Last Serenade" estão presentes aqui.
Existem características que eram bem perceptivas no som deles, traços que tornavam a banda facilmente identificável. O vocal é poderoso, manda uns guturais e uns rasgados muito competentes; na bateria, uso de batidas alternadas e 2 bumbos. As guitarras, felizmente, ainda são criativas e usam e abusam de harmônicos artificais. Aqueles famosos gritos, manja? Pura influência de Pantera, a meu ver.
CD muito bom, considerado como clássico do "metalcore" (se bem que eu não aceito esse rótulo para bandas na linha do KsE).
Atualmente, a banda não possui a mesma pegada desse disco - creio que nunca mais conseguirão. O vocalista atual não é tão bom assim, tanto que a maioria dos fãs prefere a fase antiga. Alguns por pura imbecilidade, dizendo que a banda virou modinha, porque apareceu num filme do Jason Sexta-Feira 13 boquinha de cemitério... Freddy VS Jason, eu acho, não tenho certeza; outros, por achar que a banda vendeu muitos discos; alguns outros, por questão de gosto.
Nesse ano, realizaram uma enorme turnê e tocaram com nomes bem diferentes, como os 'esfomeados por velocidade' do Dragonforce. Isso se deve ao fato de que são companheiros de selo.
Na ativa desde 1999, deve a gente respeitá-los e curtir o som.
Download.

quarta-feira, setembro 12, 2007

Sahara Hotnights - What If Leaving Is A Loving Thing


As moças carismáticas do Sahara Hotnights ficaram 3 anos sem lançar um disco novo, desde o maravilhoso Kiss & Tell. Esse fato não foi devido à falta de criatividade ou coisa assim, porque eles ficaram foi sem gravadora, durante um árduo tempo. Em 2006, se não me engano, largaram a demo "Visit to Vienna" no Myspace, e como a música foi bem escutada e aceita, arrumaram uma gravadora/selo para distribuir esse CD aqui, que é de 2007.
What If Leaving Is A Loving Thing nos mostra uma mudança enorme no som das garotas. Essa mudança é uma divisora de águas na carreira delas, pois estão perdendo fãs e ganhando novos. Em alguns casos (como no meu), elas conseguiram manter alguns, mas poucos. Felizmente - muito, por sinal - elas não viraram "Avril Lavignes" da vida. A diferença é que o som está bem suave, perdendo muita da influência do punk e do garage rock, que foram enormes nos dois últimos álbuns. O que predomina aqui, bom, eu não sei dizer bem... É uma espécie de som alternativo. Não chega a ser um alternativo bizarro, está longe disso. Digamos que é um alternativo normal, mas não chega a ser popular. Ah, cacete! Tem músicas que parecem com a Madonna dos anos 80, só que com gravação atual e uma guitarra leviana. Eitaaa... Isso não está dando certo. Independente do que você pensar sobre a minha resenha, eu recomendo fazer o download e formar a sua própria opinião.
O som é mais leve, possui alguns riffs de guitarra memoráveis, é agradável de curtir, enfim, é um belo trabalho. Não é o que os fãs mais esperavam, mas é legal. Creio que elas não são mais garotas, estão virando adultas, e dizem que os adultos mudam muito. Bom, outro motivo para essa mudança, é que ficar tocando sempre a mesma coisa enjoa. Se eu, que tenho uma banda que ensaia uma vez por semana e vem fazendo uns 3 shows por mês, fico meio enjoado dos sons que tocamos, imagina uma banda que faça turnês gigantes, 3 a 4 shows por semana... É, gente, vida de músico é assim.
"Cheek to Cheek" e "Getting Away With Murder" são as melhores, na opinião deste humilde redator que aqui lhes escreve. As outras músicas são boas, não chegam a ser excelentes, mas não há sequer uma ruim também.
Desejo fortemente que agora elas ganhem mais reconhecimento por parte da mídia. Se virar modinha (é difícil, mas vá lá...), não dou a mínima. Quero mais que ganhem rios de dinheiro e dominem as rádios ou canais de TV, porque, sinceramente, tá faltando coisa boa nesses meios de comunicação, e elas são excelentes.
Download.

terça-feira, setembro 11, 2007

Hüsker Dü - Warehouse: Songs and Stories

Já faz um bom tempo desde a última vez que um álbum dos Hüskers foi postado aqui no blog, então que sirva como uma forma de homenagem, pois este ano faz 20 anos que a banda acabou e também 20 anos que este último disco foi lançado, um álbum duplo, que leva no nome uma forma nova da banda gravar: Alugando um armazém pra escrever e tester os materiais ao invés do modo clássico, de escrever e testar as músicas ao-vivo.
E não é só essa a mudança da banda, como eles recém tinham trocado a SST pela Warner, muitos fãs na época pensaram que a banda iria se vender, mas lançaram Candy Apple Grey para provar o contrário, que continuavam com o mesmo espírito, porém estavam mais maturos e escrevendo e fazendo músicas diferentes, mas não muito, do que nos álbuns anteriores e uma clara diferença: Uma produção de deixar todos os outros álbuns no chinelo.
Bom, talvez esse seja um dos pontos para muitos dos fãs terem virado a cara para esse disco e ter sido aclamado pela crítica, até hoje. Lógico, está longe de ser um disco ruim, pois a banda nunca fez isso, mas as vezes quando eu escuto ele, parece que as músicas estão perdidas dentro do disco, mas vale muito a pena quando chega em músicas como a power-pop "Could You Be The One" e "You're A Soldier", uma música que se não tivesse a produção que teve, com certeza poderia figurar entras as pérolas do New Day Rising.
Mas nem tudou foi mudado, como os compositores, continuou sendo Bob Mould e Grant Hart os grandes escritores da banda, que apesar dos críticos babarem os ovos deles neste disco, sempre achei as composições dos dois fantásticas, e claro, nunca escrevendo juntos. E como eu disse no início, se há para homenagear são esses dois rapazes, que foram responsáveis por boa parte da mudança na música underground com o disco divisor de águas Zen Arcade, mostraram para os jovens revoltados uma outra forma de fazer Hardcore.
Apesar de serem dois letristas de mão cheia e músicos não tão habilidosos, mas com grande qualidade e criatividade, principalmente foram os pivôs para o fim do trio de Minneapolis, no mesmo ano do lançamento deste disco. Já com bastante tempo de estrada, tava crítico a situação entre os dois e como sempre, o problema clichê de drogas, juntando com a tensão que a banda estava por falta de criatividade resultou no suicídio do manager da banda, David Savoy, que já não aguentava trabalhar daquela maneira e depressão, vai entender, mas acabou que a banda ficou sem saber pra onde e correr, e seus shows de divlugaçao de Warehouse... eram Jams de seqüências do disco até que eles resolveram dar um fim e cada um ir pro seu lado. Acabava aí a trajetória de uma das bandas mais geniais e importantes para o rock underground americano, mas que deixou maravilhosos trabalhos, como esse que você pode conferir clicando na capa, após ler toda essa baboseira deste grande fã do Hüskers.

As I Lay Dying - An Ocean Between Us


Há poucos meses atrás, eles prometeram que o álbum novo seria diferente, pois estavam muito cansados de seguir na mesma linha do Shadows Are Security. Torci para que o AILD viesse a tocar brutal death metal (por mais que fosse absurdo), e o que aconteceu? É lógico que eles não viraram brutal death metal, mas deram uma boa encorpada no som e uma leve remoldada no estilo.
Tim Lambesis está mandando guturais mais fortes, Jordan Mancino está mais agressivo e afinou sua bateria com mais peso, Nick Hipa e Phil Sgrosso conseguiram criar melodias e riffs melhores que as do álbum anterior - mas distantes das extremamente marcantes de Frail Words Collapse. O surgimento de solos ficou caliente (ai que loOoOoOca), tem uns bem legais. Quanto ao baixista novo, Josh Gilbert, não senti muita diferença em relação a Clint Norris. Bom, os backin' vocals estão melhores, muito melhores, e talvez seja ele quem cante, porém não sei ao certo.
O CD começa com uma lindíssima intro, a faixa "Seperation". Creio que já começaram muito melhor que em qualquer álbum, pois uma boa intro dispensa comentários. Já nas duas seguintes faixas, juro que pensei que estava escutando um Dry Kill Logic mais pesado, porque o estilo é o mesmo. Algum tempo depois, em "Within Destruction", eu percebi que a pegada da banda ficou mais forte, tanto que eu realmente curti esse som. É que, para mim, AILD é aquela banda que eu escuto mas não me prende muito, entende? Mas esse som ali realmente é de tirar o chapéu. "I Never Wanted", com os vocais graves rolando ao mesmo tempo que os agudos harmônicos, ficou linda. Por sinal, é uma música um tanto quanto extensa. É perceptível a quantidade de músicas maiores que eles fizeram nesse disco; fruto, na minha opinião, de um amadurecimento.
E o disco segue com boas músicas, mas ainda falta algo no som deles. Não sei explicar, e é óbvio que gostos e opiniões são diferentes, portanto, não fico assustado se aparecer alguém aqui me xingando porque eu não falei "a verdade" sobre o álbum. Se bem que esses xingamentos são coisas de tr00, e tr00 não curte AILD, porque é cristão, e tr00 odeia cristão, e... Ah, esquece, "Wrath Upon Ourselves" começa quebrando tudo e é uma das músicas mais pesadas que eles já fizeram. Recomendo pra quem quer curtir um som pesado e harmonioso, não caindo extremamente para nenhum dos lados, e sim ficando em um bom equilíbrio.
Download.

segunda-feira, setembro 10, 2007

Cattle Decapitation - Homovore


Tente imaginar uma banda tocando um power violence instrumental com cobertura de um vocal death agudo/rasgado e rosnado/grave. Some isso a algumas letras de humor e anti-seres humanos. Feito isso, pegue uma banda nos primórdios de carreira e com liberdade para fazer bem o que quer. Conseguiu? Parabéns, esse é o Cattle Decapitation em sua fase mais "correta".
Homovore é o segundo full-lenght dos caras, e é possivelmente o que mais tem a cara da banda. A energia e a atitude estão captadas nesse material, meio tosco, mas entendível. Não que hoje em dia o som seja ruim ou que eles se venderam, tudo está muito longe disso. O que acontece, é que agora eles são da Metal Blade, uma gravadora mais séria e que não costuma lançar bandas que tenham um disco com mais de 10 músicas na média dos 30 segundos. Hoje, as músicas são mais extensas, a gravação é infinitamente melhor e a composição é muito mais trabalhada. Adoro isso! Já disse e repito, Karma.Bloody.Karma é um dos melhores cd's que escutei na vida! :D Portanto, isso não é uma crítica negativa. Gosto de todas as fases da banda, mas foi nos primórdios que eles eram mais radicais - decidir o melhor, cabe só a você.
São 16 músicas que compõem este álbum. Títulos como "Joined At The Ass" e "Open Human Head Experiments with Bleach Laquer and Epoxy" mostram bem o lado humorístico e anti-humano do vocalista/letrista Travis Ryan, que tem o trabalho de gravar, no mínimo, 2 vocais diferentes e juntá-los em quase todas as músicas.
O som não é tão pesado quanto aparenta. É goregrind, manja? Grindcore com letras nojentas. É a mais pura energia do punk extremo somada a um vocal death metal, obtendo resultados que são uma porcaria a alguns ouvidos e uma maravilha a outros.
Quer curtir? Clique aqui.

domingo, setembro 09, 2007

Pelican - The Fire in Our Throats Will Beckon the Thaw

Pelican foi formado em 2001, em Chicago, Illinois, após o fim da banda Tusk, que tocavam uma mistura de Napalm Death com Naked City. Atualmente, a banda se mudou para Los Angeles, assim como seus conterrâneos do Isis, banda que tem algumas semelhanças e curiosidades. A banda vem da mesma cidade e com um som bem parecido, influênciados pelo som do Neurosis e alguns elementos do Isis, banda de Aaron Turner, cabeção e vocalista, que é o dono do Selo Hydra Head, que contratou o Pelican e já lançou três full-lengths.
A banda é formada por 4 integrantes e se diferencia por não terem um vocalista. Tocam um som bem atual, e que anda sendo bem comentado ultimamente, o tal do Post-Rock, ou Post-Metal: Classificações dadas por jornalistas ou críticos, para poder encaixar bandas em algum padrão. Bom, acho que é algo necessário em alguns casos, mas no caso de Pelican, a banda com certeza está acima dos rótulos, e isso acontece raramente. Tentar descrever o som que a banda faz é algo quase impossível com palavras, músicas de lindas melodias, progressivas e de andamento complexo, longas, com doses de peso e partes lentas, atmosféricas, aquele lance manjado de influências de Doom Metal com Sludge. Mas a parte interessante do Pelican é a ausência total de letra e vocal, explicação da banda:
1."A banda não é instrumental por escolha, a gente só não consegue pôr vocais em nosso som e conseguir deixar legal", bem, quando tu escutar, vai perceber que não faz falta letras ou vocais, basta fechar os olhos que a música entra na sua mente, e isso serve como a letra, pois tu interpreta como quiser, e essa é mágica do Pelican.
2."Quando uma banda tem uma vocalista, se tem muitas limitações. Se tivessemos um cara monstruoso gritando na nossa frente, seriamos considerados metal, se tivessemos um jovezinho na nossa frente cantando, seriamos considerados emo, então assim ninguém consegue nos fixar em um termo" Inteligente resposta do baterista Larry Herweg, quando perguntado sobre o porquê de serem uma banda instrumental.
The Fire in Our Throats Will Beckon the Thaw é o segundo disco da banda, lançado em 2005, e foi muito bem recebido pela crítica e principalmente pelos fãs, quem realmente deve gostar dos trabalhos. Este disco conta com apenas 7 músicas, todas de longa duração e de incríveis melodias, num ótimo atmosférico viajante. Na maioria são canções que estão relacionadas com a natureza, como vemos nos nomes como "Last Day Of Winter", "Autunm Into Summer", "Aurora Borealis" e "March To The Sea" (Música qual recebeu um EP, com o mesmo nome, que conta com uma versão extendida de mais de 20 minutos). Realmente, escrever sobre esse disco é apenas para dar uma idéia geral, você pode interpretar como quiser, basta clicar na capa e fazer o download desse lindo trabalho.

sábado, setembro 08, 2007

Job For A Cowboy - Demo


Se eu conhecesse só essa demo, nunca imaginaria que os rapazes do JFAC chegariam tão longe. E chega a ser estranho, porque, apenas um ano depois, o som ficou infinitamente mais atraente e brutal.
As demos podem ter 2 propósitos: Ou elas já começam quebrando tudo, para impressionar; ou, mais dificilmente, mostram um trabalho não tão espetacular, mas que tendem a proporcionar bons frutos mais no futuro.
O caso do JFAC foi mais difícil. Eu não diria que eles viriam a lançar uma pérola como o EP Doom. Porra, esse EP é um dos melhores materiais dos últimos tempos, na minha opinião. Músicas trabalhadas, criativas, empolgantes, surpreendentes, insanas, ou seja, Job For A Cowboy era uma maravilha! Os rapazes tinham (e ainda têm) tudo para ser uma das melhores bandas da atualidade, mas perderam o seu diferencial no CD que lançaram este ano, o triunfante Genesis. Foi bem sucedido, sem dúvidas, os números nos mostram isso; mas, a meu ponto de vista, o som deles ficou igual ao de muitas bandas. Perderam a identidade! Minha opinião. Há quem diga que é uma maravilha, melhor que o EP, enfim... Essa demo é bem crua, tem alguns riffs legais e tal, mas nada que me empolgue a escutar direto.
Estou no aguardo, sedento por material novo dos caras.
Confira essa demo meio sem sal clicando aqui.

quinta-feira, setembro 06, 2007

Extreme Noise Terror - A Holocaust In Your Head


Muito se deve à cena americana pelo surgimento do hardcore, bem como se deve muito à cena inglesa pelo possível surgimento e pela multiplicação do grindcore. Diversos nomes de peso são de lá, e o Extreme Noise Terror (popularmente conhecido como ENT) é um deles. Não só um deles, mas sim um dos primeiros e, por isso, um dos mais importantes, sem dúvida.
A Holocaust In Your Head é o primeiro disco completo do grupo, sendo lançado assim que a formação ficou estável. Antes disso, tiveram dezenas de outros músicos - Mick Harris, ex-baterista do Napalm Death, foi um - e sempre foram notados pelo uso de dois vocalistas simultâneos. É incrível o fato de este disco ter resultado em duas turnês gigantes, uma no Japão e outra na Europa, já que bandas assim não ganhavam "nem pra cachaça", ainda por cima com o estilo começando a crescer.
Punk extremo, grindcore, crustcore, hardcore, fastcore... Nenhum estilo desses é completamente adotável ao som deles, pois eles conseguem englobar tudo isso dentro destas 14 músicas que tornam esse disco um clássico aos fãs da sonzeira rápida, agressiva, crua e protestante. Aliás, como é obrigatório, as letras são de puro prtesto político e social, cantadas de maneira ora limpa ora agressiva, mas sempre muito empolgantes! >:D
Curte som assim? Baixe agora!
Não curte? Vá escutar My Chemical Romance, seu orelha sensível.

quarta-feira, setembro 05, 2007

Nine Inch Nails - Downward Spiral

Eu nunca dei muita atenção para música industrial, achava massante e barulhento, achava mais barulho do que música, achava que o eletrônico não devia se misturar com rock e esse tipo de coisa. Mas quando se abre a mente, se expande os horizonte, e quem conseguiu fazer isso foi o Ministry: Uma versão eletrônica de Motörhead. Bom, daí em diante começei a prestar atenção nesse estilo, mas nenhuma banda conseguiu chamar minha atenção como Nine Inch Nails.
Da primeira vez que eu postei NIN aqui, o som deles tinha me deixado tão perturbado que acabei escrevendo um release bem estranho, não que os outros sejam grande coisa, mas, eu notei que o som refletiu diretamente em mim naquele instante. Trent Reznor, cabeção líder e dono da banda nunca foi uma pessoa muita certa, ou mentalmente saudável, e é justamente isso que ele faz com a música, passa toda a angústia, depressão e raiva para o ouvinte em canções fudidamente cheias desse tipo de sentimento e acaba entrando na tua mente.
Downward Spiral é um álbum conceitual, que mostra o caminho de um jovem que se vê perdido na vida, mostrando sua visão sobre temas como religião, sociedade, sexo e uso de drogas, que boa parte do tempo acaba se confundindo com a vida do baixinho, que estava no ápice de seu vício por alcool e drogas e claro, profundamente afundado em depressão. O que chama a atenção nessa histórinha é a forma que ela é abordada e como foi constituida: As letras se encaixam perfeitamente no som, cada música pode ser escutada e interpretada separada e a capacidade de fazer um disco dessa maneira e ainda conseguir um hit: "Closer" uma música pra lá de controversa que ganhou um clipe mais controverso ainda, e foi editada para poder ir pras rádios.
E como em toda boa história, se tem um bom fim (Pelo menos deveria ser), e o baixinho Reznor fez isso com uma maestria invejável, seja o desfecho de forma literal ou de forma musical. Após tudo que o personagem passou, e depois tudo o que ouvinte enfrentou, um pesadelo, dor e sofrimento em forma de música, a história termina quando ele decide terminar com um suicídio, e a última música, "Hurt" (Canção que ficou extremamente conheçido no vozerão do Sr. Johnny Cash, gravado pouco antes de sua morte), quem canta é sua alma, alertando sobre o que ele fez, mas que agora já não tem volta, genial não?
Pois é, esse disco é considerado por muitos como um clássico da música atual, mesmo sendo lançado em 95, se mantém em boa parte das listas de "Melhores Discos" e não é por acaso. Grande trabalho, a mistura perfeita entre rock, loucura e musica eletronica. Pra baixar, só aquele clica na capa, e vá escutando até eu postar o último disco, Year Zero, que saiu esse ano.

Art Of Trance feat. Natacha Atlas - Persia


Em primeiro lugar: Fica declarado, a partir de agora, que isso aqui não é simplesmente música eletrônica, muito menos aquelas que ouvimos aos montes por aí.
Pois bem, Art Of Trance é o nome que o músico, artista, dj, e tudo mais relacionado à arte de produzir, criar e mixar músicas, Simon Berry utiliza para lançar seus trabalhos de trance progressivo.
Aqui em minha cidade, o que mais escuto é a mulecada falando: "Odeio música eletrônica!", "Psy trance é o caralho!", "Techno é palha!". Realmente é muito triste ouvir isso, principalmente pelo fato de que esses muleques referem-se a esses estilos quando vêem alguém se achando com um carrinho sintonizado na Jovem Pam. Raciocine comigo: A Jovem Pam toca REALMENTE esses estilos? Não. Queria eu que todos eles tivessem a oportunidade de conhecer Art Of Trance, Acid Junkies, Celldweller ou Atari Teenage Riot para pensar bem antes de falar mal de música eletrônica. Tudo é questão de saber separar! Água e óleo são líquidos, mas você bebe água ou olho? Apesar de serem líquidos, não são iguais. O mesmo acontece no ramo da música eletrônica, uma pena que a maioria conheça apenas o "óleo".
Art Of Trance faz músicas longas e viajadas - tenho um cd dele que a menor música tem 6 minutos -, utiliza de recursos muito futurísticos e cria estruturas muito complexas; por isso, não é algo que você vai decorar na primeira vez que ouvir, porque a viagem vai longe. Apesar de ser focado principalmente no trance, Simon absorve grandes influências de música ambiente (semelhante ao Biosphere), todavia sabe deixar o lado empolgante falar mais alto. Possui 4 full-lenghts (passando de uma hora, todos eles) e diversos lançamentos menores.
Quanto a Natacha Atlas, é uma cantora belga muito versátil, exerce sua função com várias influências de músicas do oriente-médio e africanas. Possui uma voz linda e bastante técnica. Não é famosa, porém deixa muita cantora mainstream no chinelo.
O que resulta da união desse grande músico com essa belíssima cantora? Meu(minha) caro(a), o resultado é esse mini-cd intitulado de Persia. Possui apenas uma música e um remix da mesma, mas já é o bastante. Essa música, batizada de "Persia", possui 7 minutos e uma estrutura maravilhosa. As bases eletrônicas de Simon fundem-se às linhas vocais surpreendentes de Natacha para formar um som que eu nunca havia escutado igual!
Muito agradável de se escutar e recomendo àqueles que queiram conhecer um som eletrônico e muito bem feito, sem esquecer, é claro, dos que já conhecem e queiram aprofundar o conhecimento.
Download.

terça-feira, setembro 04, 2007

Dio - The Last In Line


Peço mil perdões a todos vocês pelo erro cometido ontem, de postar o link para download do CD do Dio no post das garotas do Sahara Hotnights. Não sei bem qual foi o descuido, se não me engano, estava upando os 2 em janelas separadas e me confundi na hora de pegar o link pronto, só percebendo o erro hoje. Desculpas denovo, e isso não se repetirá. Agora está tudo consertado.

Ronald James Padovana, aka Ronnie James Dio, é uma figura que, ao contrário da maioria dos outros vocalistas e músicos lendários, permanece com uma voz poderosa e intacta às gerações que se passaram. É muito agradável escutar seus últimos trabalhos, poder ver que o anãozinho simpático continua cantando e escrevendo do jeito que gosta sobre as coisas que mais gosta, e que droga nenhuma, seja cigarro ou bebida, deu a ele um prazer maior do que o de cantar.
Após cantar em dois gigantes, Rainbow e Black Sabbath, Dio decidiu seguir "carreira solo". Na verdade, o nome Dio não está ligado diretamente à pessoa de Ronnie, pois ele sempre deu créditos aos músicos nos discos e cd's, inclusive falando que Dio é o nome da banda, e não seu nome de artista solo. O início da banda Dio não poderia ser melhor, porque começaram lançando o álbum Holy Diver, um disco recheado de músicas excelentes e considerado por muitos como uma pérola do rock/heavy metal - inclusive por mim.
The Last In Line é a segunda maravilha lançada pela banda, em 1984, trazendo logo de cara a explosiva "We Rock" e, na seqüência, a faixa-título, que tem uma linda intro de guitarra e vocal. Porra, tentar resenhar música por música de qualquer trabalho do Dio será mecânico, pois não há palavra que redija o feeling desse baixinho com sua voz indefinível e única. Eu vou ser franco com todos vocês, não tenho mais paciência pra escutar heavy metal, sabem? Mas Dio é um som que eu escuto e gosto, assim como Black Sabbath. Com certeza são bandas do estilo que ficam acima dos rótulos.
Nada mais a dizer, apenas baixe e aprecie.

U2 - The Joshua Tree

Assim como a organização ultra secreta que patrocina o Fukt nos deu um mega show para presentear um ano de Blog, também investiu em um dos contribuidores, e o escolhido foi eu. Me mandaram para a Irlanda onde estou terminando meu treinamento de Inglês, pois acredito que eles estão com a intenção de tornar o nosso Blog em uma negócio internacional.
Mas é isso, não posso passar mais informações sobre.
Então como o primeiro post aqui, nada mais justo que a banda que representa este país por todo mundo, o U2. Eles são como o Cristo Redentor ou Carnaval no Brasil, boa parte das pessoas quando houvem falar da Irlanda, lembram de Slane Castle ou do U2. E como não poderia ser diferente, quando eu peguei o taxi para a base secreta na qual estou hospedado, adivinha qual foi a primeira banda a tocar na rádio?
Pois é, além disso, a banda está recebendo um prédio aqui em Dublin em homenagem à eles, e ontem passeando aqui, achei uma loja chamada U2 Collectable Inside, com artigos da banda, singles, miniaturas, discos autografados, camisetas, canecas, putz, de tudo, até cd deles tinha lá, e dentre eles, uma variedade enorme de The Joshua Tree.
Bom, esse disco é com certeza um dos melhores trabalhos da banda, eu escuto U2 desde pequeno, por influência do meu pai e posso dizer: Esse é o melhor trabalho deles. Não só eu, e não só pelo fato de ser fã, mas há números e reviews que dizem o mesmo. Dá uma olhada na wikipedia sobre este disco só pra ter uma idéia.
Lançado em 87, foi o motivo pelo qual o U2 é tão conheçido mundialmente hoje, com singles como "Where The Streets Have No Name" e "With or Without You" ganharam as rádios e canais de video clipe. E como se não fosse bastante, há outros dois hits como "I Still Haven't Found What I'm Looking For" e "Bullet The Blue Sky". Acredito que isso já seria o bastante pra vender uma porrada, mas o que o U2 fez não foi só isso, ao invés de só "encher lingüiça" no resto do disco, os caras fizeram mais um monte monte de músicas legais como "In God's Country" ou "Exit", que não tem o mesmo reconheçimento pelo público geral, mas são músicas principais da banda, que são executadas em alguns Shows.
Bom, a partir deste cd que o U2 virou de uma banda de Rock para uma banda Pop, pois a quantidade de ouvintes casuais triplicou com este disco, superando o número de fãs de verdade, e isso segue até hoje. Eles são o tipo de banda que agrada todo mundo, botar U2 pra tocar é como comprar Coca-Cola, vai agradar todo mundo (Claro pessoal, isso sempre tem suas excessões, nos dois casos).
Após escrever bastante, vou deixar vocês para baixar o disco clicando na capa e se divertir ao som dos Irlandeses mais famosos do mundo.