quinta-feira, agosto 30, 2007

Manowar - Louder Than Hell


O que falar dos caras que se auto-rotulam de "Os Reis do Metal"? Bom, na minha opinião, o que há para falar deles, é que, nos últimos anos, eles falaram demais e fizeram pouco, principalmente após esse Louder Than Hell em questão. Nunca foram os "reis do metal", por sinal, isso sequer existe, é apenas uma jogada de marketing que funciona muito bem quando se trata de fisgar o público que está começando a conhecer o mundo pesado do rock. Quem são eles? Os adolescentes de 12 a 15 anos, é claro. Tudo é tão novo e surpreendente, é natural que, para se enturmar, todos queiram dar aquele ar de que conhecem algo realmente bom, ou como diria a linguagem popular: "Fodão". Aí é que entra o Manowar, com suas frases exageradas e suas atitudes "trues" em relação ao mundo do heavy metal. Todo mundo quer ser "true", ninguém quer ser "poser". Os fãs de Manowar - digamos que 90% - parecem que não enxergam a verdadeira palhaçada que o Manowar faz, ou melhor, as poses. Não existe uma irmandade dentro do metal, não existe um reino e muito menos batalhas de aço. O Manowar prega (isso mesmo, PREGA) tudo isso em seus shows, que geralmente parecem mais uma palestra, porque músicas são poucas, levando em consideração o tempo usado por Eric Adams (vocalista) para falar sobre o símbolo do Manowar, que não é um " \,,/ ", e sim um sinal de cruzar os braços... Argh!
Mas como músicos, os caras eram muito competentes. Sempre fazendo um heavy metal com traços de hard rock - por mais que eles neguem, é evidente a percepção ao escutar músicas como "Fighting The World" -, eles conseguiram fixar o nome na cena mundial, talvez mais pela falação, mas seja pela música ou não, ela é boa, demais em alguns discos. Esse aqui é meu preferido, apesar de ter uma fórmula bem simples. Difícil não gostar de linhas instrumentais como a de "Return Of The Warlod", não cantar refrãos como o grudento e animador de "Brothers of Metal", apreciar a balada "Courage", pagar um pau pra letra de "The Power" (leia a tradução clicando aqui), ver que "Today Is A Good Day To Die" é uma instrumental de quase 10 minutos muito bem feita ou não admitir que Scott Columbus é realmente um baterista muito filho da puta para manter os 2 bumbos inquietos o tempo todo em "Outlaw".
Outros álbuns bons são o narcisista Kings of Metal e o conceitual e épico The Triumph Of Steel. Nem procure os álbuns recentes, não passam de enrolação - na minha modesta opinião, é óbvio.
Baixe e curta, mas não se rebaixe a ponto de acreditar ou apoiar as ATITUDES deles.

terça-feira, agosto 28, 2007

Bad Religion - The New America

Alguém se lembra da época de como era usar computador em 2001/2002? Época que todo mundo usava internet discada e pra baixar música era só de uma em uma. As músicas em MP3 estavam começando a se popularizar e deixar de lados os CD's, surgia aí uma maneira de se escutar música, agora no computador. Pois então, começei falando nesse assunto pois foi mais ou menos nessa época que eu consegui esse disco, pois ele foi lançado em 2000, e um dos primeiros que eu ripei para meu computador. Eu devia estar na 6ª série, e tava começando me interessar cada vez mais por punk-rock, e como desde aquela época, perdia muito tempo no computador, era onde eu escutava música, e ali eu ripei todos os cds para MP3 e baixei as primeiras músicas pelo AudioGalaxy (Quem lembra desse puta programa?) ou Napster.
The New America é o cd que eu mais escutei da banda, com certeza, e já fazia um tempo que eu não botava ele pra tocar, mas semana aconteceu alguns acontecimentos estranhos. Após eu voltar do enterro do meu vô, me surgiu uma música na cabeça, quando me dei conta era "1000 Memories", desse álbum, então fui ver a letra, e me espantei: "You were the one, you were my everything (...)Then one day, when you went your own way...". Bom, não sei com qual intenção ou pra quem Greg Graffin escreveu essa música, mas essas passagens da letra fizeram lembrar meu vô, senti um espanto quando li a letra. Depois disso, passei quase a semana escutando The New America, e como se não fosse o bastante, na sexta-feira, na festa do aniversário, eu ganho de presente esse cd, porra, vai entender...
Mas The New America é quase sempre mal visto por quase todas pessoas, pela crítica, por maioria dos fãs, e até pela banda, pois na maioria dos seus shows, quase não tocam nenhuma música do álbum. É um cd de músicas bem mais acessíveis, mais calmas e não tão intensas, mas de melodias e de ritmos incríveis, e sem quase nada das letras de cunho político, como de costume, na maioria são letras pessoais, pelo momentos que o vocalista e compositor da banda Greg Graffin passava, e mesmo assim, é um dos discos que tem as letras mais fortes da banda. Esse foi o último disco lançado pela Atlantic, que ele assinar no lançamento de Stranger Than Fiction, e o disco que marca o início da volta pra banda do guitarrista, membro fundador e dono do selo Epitpah, Mr. Brett, que se integrou definitavamente no lançamento seguinte, The Process Of Belief, outro álbum que eu tenho, até o lançamento do maravilhoso e recente New Maps Of Hell.
Eu pessoalmente, adoro esse cd e me sinto muito agradeçido por ter ganho ele de presente, toda a vez que eu escuto faz me lembrar do meu tempo de guri e por isso, senti muita vontade de postar, de escrever um pouco dessas babaquices pois Bad Religion é uma das bandas que faz me arrepiar cada vez que eu escuto. Pra conferir, clica na capa.

Agnostic Front - Something's Gotta Give


"Agnostic Front é o hardcore! Old school to new school, are you my friend or foe?"
A descrição da maior comunidade do Agnostic Front, no orkut, resume de forma simples e objetiva qual é a proposta da banda.
Bases empolgantes, arranjos criativos, vocal inconfundível de Roger Miret, coros no melhor estilo de guerra e sempre com letras dotadas de conteúdo - o principal pilar para construir o hardcore.
Something's Gotta Give, lançado em 1998, mostra o Agnostic Front bebendo na linha anos 80, mas com uma produção já atual à época. É nesse CD que está um dos grandes hinos do hardcore, a excelente "Gotta Go!", que é uma música para quebrar tudo num show, para cantar do começo ao fim e pirar nos solos de guitarras que, apesar de serem simples, dão uma surra feia nos daquelas bandas de "metal progressivo mãe olha como eu toco bem e faço pirueta desnecessária"! Hahahaha! Claro que até curto um som progressivo, mas penso que, às vezes, os caras pegam pesado demais. Simplicidade e objetividade são coisas simples e que agradam em alto grau! :D
Nesse CD está também um cover de uma banda Iron Cross, com a música "Crucified", simplesmente matador! As demais músicas são na mesma linha, não deixam pedra sobre pedra, não deixam a empolgação cair e provam porque o Agnostic Front é uma banda respeitada por todos e que sobrevive às décadas sem perder o espírito.
Dizer o que mais? Os caras são os pais do hardcore nova yorkino, os ídolos das bandas que vieram a surgir depois e aqueles que fazem o som para esgaçar no volume máximo e bater cabeça!
Download.

sexta-feira, agosto 24, 2007

Slayer - Haunting The Chapel


Se hoje fosse 1984, certamente meu review seria só elogios e promessas a respeito do Slayer. Hoje estamos em 2007, muita coisa já aconteceu de 1984 para cá, e muita coisa mudou também, pois o tempo não pára, muito menos as mentes humanas. Claro que não é errado elogiar esse EP nos dias de hoje, mas eu devo dizer a vocês que é obrigatório escutá-lo com ouvidos de anos 80, e isso é muito retórico quando se tem em mãos materiais recentes, como, por exemplo, o maravilhoso Christ Illusion, de 2006.
Para a época, Slayer era uma das bandas mais extremas do mundo. Gosto bastante das composições do EP, mas não nele, entendem? É que eu acho a gravação um tanto quanto 'velha' demais e as músicas são executadas até que de maneira lenta se comparadas ao que eles fazem hoje em dia ou em ao-vivos como no viciante Live Undead.
"Aggressive Perfector" e "Captor Of Sin" possuem linhas viciantes, e "Chenical Warfare" um belo trabalho de bateria, sem esquecer das letras inteligentes anti-religião.
No ano seguinte, a banda lançou o álbum Hell Awaits. Slayer estava sendo considerada como a melhor banda da época, e foram intimados a tocar no Combat Tour de 1985, juntamente com Exodus e Venom! Show realmente muito foda, baixei no e-Mule e recomendo, ainda mais que pesa só 700 mb. Porém, em 1986, o mundo tremeu mesmo. Slayer lançou a pérola do thrash mundial, um álbum que não parece ser oitentista, músicas que soam muito bem até os dias de hoje. Quem gritou REIGN IN BLOOD, acertou em cheio! :D
Creio que nem devo escrever mais nada, porque Slayer não se escreve, se grita: "SLAAAAAYEEEER", pois é A melhor banda de thrash metal, sem um pingo de dúvida - e olha que isso é quase unanimidade por parte de quem realmente se aprofunda em conhecer o estilo.
Download.

MC5 - Back In The USA

MC5, abreviação de Motor City 5, foi uma baita banda e de grande importância pra gerações de rockeiros, mas que não tem o devido reconhecimento. Surgido em 64, em Detroit, a banda foi importante pois assim como os Stooges, tocavam o que chama de protopunk, dando a base para o que seria depois conheçido como Punk-Rock.
Sempre quando se fala em MC5, se fala em Stooges, mas o que poucos sabem é que o MC5 surgiu antes deles, mas nem por isso conseguiu o mesmo reconheçimento que a outra banda. Ao invés de quarteto, o MC5 era um quinteto e ao invés de ter um vocalista iguana, tinham um garoto branco com um afro (Black Power) que gritava feito um louco, chamado Rob Tyner. Ao lado dele, tocavam os amigos fundadores da banda e guitarristas Wayne Kramer e Fred "Sonic" Smith, com Michael Davis no baixo e Dennis Thompson na batera.
Com um som mais agressivo que o pessoal estava acostumado a escutar na época, o MC5 ficou conheçido na área de Detroit e depois nos Estados Unidos pelos seus shows enérgicos e seu envolvimento com movimentos de esquerda. Por falar nisso, o MC5 foi uma das primeiras banda e botar a boca no trombone e descer o pau na política, seja nas letras de músicas ou durante o shows, ou até mesmo fora, não importava o lugar, a banda sempre mantia a atitude rebelde.
Logo no início do blog eu postei o primeiro disco deles, o ao vivo Kick Out The Jams, que até hoje é considerado o trabalho mais afudê deles, porém na época, eu era mais imbecil que hoje e quase não escrevi nada, bom, não sei se isso é bom ou não, mas pra mim fica a impressão que o post também não ganhou merecido respeito que eu tenho pela banda, por isso estou tentando me redimir hoje, com Back In The USA, segundo disco de uma discografia de três álbuns em uma carreira de mais ou menos 8 anos, mas que influênciou gerações de Punks e até Metaleiros.
Esse é o segundo disco da banda e o primeiro gravado em estúdio, Back In The USA saiu em 1970, mesmo ano do Fun House dos Stooges e mostra um MC5 um pouco mais calmo, um cd que tem até direito a balada, como é o caso de "Let Me Try" e até cover de clássicos do Rock'n'Roll como "Tutti Frutti" do Little Richard e a faixa título do Chuck Berry, mas que tem sempre espaço pro rock enérgico como "Call Me Animal" e "Teenage Lust".
Pra provar um pouco de Proto Punk, clica na capa.

quinta-feira, agosto 23, 2007

Down - NOLA

Down é um aquelas Supergroups formada por músicos que já haviam uma certa bagagem no mundo musical. Formado em 91, pelo integrante mais conheçido, Phil Anselmo, Ex-Pantera e Superjjoint Ritual, nos vocais, Pepper Kenan, do Corrosion Of Conformity e Kirk Windstein do Crowbar nas guitarras, Todd Stranger no baixo e Jimmy Bower na batera, os dois do Crowbar também.
Os integrantes da banda são todos do sul do Estados Unidos (Justamente é esse o nome do disco, NOLA: News Orleans, Louisiana) e fazem um som que lembra bastante as Southern Heavy Metal Bands, como o Pantera, resultando em um Thrash Metal com vários elementos de Sludge e Doom, juntando num som meio Stoner com uma puta influência de Black Sabbath, principalmente do Master Of Reality, que mistura riffs potentes com peso e algumas canções meio instrumentais e lentas.
Esse é o primeiro disco da banda, e saiu só em 95, após eles terem gravado várias demos e até hoje já vendeu horrores. A banda se reuniu em 2001 pra gravar o disco Down II, mas que não teve grande aceitação e ficou meio de lado, até porque Phil e Bower estavam mais preocupados com o Superjoint do que o Down. E como esse é o ano de grandes lançamentos, como já comentamos, a banda já divulgou que mês que vem está saíndo o DownIII, mas provavelmente deve ter vazado na net, com sempre, mas por enquanto dá pra ficar curtindo esse puta cd.
Já estavam fazendo pedido desse cd faz um bom tempo e eu prometi que iria postar, então pra cumprir a promessa, ta aí uma baita discão, eu pessoalmente curti bastante. Pra tirar suas conclusões, clique na capa, e prove a fúria do som sulista americano.

quarta-feira, agosto 22, 2007

Massive Attack - Mezzanine


Música eletrônica já não é mais um tipo de música que surge no Fukt com longos intervalos de tempo, há algum tempo que eu e o Julio estavam trazendo alguns artistas que combinam a música eletrônica com outras vertentes ou apenas, fazem bom uso dela.
O Massive Attack é uma banda de som eletrônico, que faz um som chamado de Trip-Hop, ou o som de Bristol, da Inglaterra, berço de muitas bandas que seguem esse mesmo estilo. O que seria Trip-Hop? Essa definição é meio intuitíva, som evoluído do Hip-Hop, da batida eletrônica, para um som de viagem, podendo se tornar até uma Bad Trip, dependendo do momento.
O Massive Attack foi uma das bandas que conseguiu elevar esse estilo a um reconheçimento mais mainstream, porém teu um culto de fãs mais diversos, ao contrário do culto de fãs "indies" como do Portishead e da Mega-ícone indie Björk, que soube absorver bem o som. Mezzanine foi o terceiro cd da banda, e foi lançado em 98 e ficou marcado pois a banda disponibilizou alguns meses antes do lançamento, o disco inteiro pra download no seu site, então a banda é nossa amiga, pode baixar sem problemas.
É a primeira música deste disco que é uma das músicas mais conheçicas da banda, chamada de "Angel" que ganhou cover de banda como Sepultura e The Dillinger Escape Plan (Postado há alguns dias), então, se você é um metalhead, não tenha medo ou exite em baixar, pois o som da banda é excelente. Também ficou famosa por aparecer em uma série de filmes, como por exemplo, os mais notáveis Matrix e Snatch, e uma das cenas mais marcantes do filme, quando Mickey (Brad Pitt) enche a cara após o velório de sua mãe. Massive Attack é o verdadeiro som pra trilha sonora, som carregado e cheio de sentimento.
Não digo a música é pra relaxar, pois eles conseguem fazer algumas melodias com um clima denso e pesado que deixa o ouvinte meio nervoso e é isso que eu acho legal no som deles, meio dark, meio ambiental, com um vocal sempre limpo e calmo, ótima pedida pra você que tem a mente aberta e tá afim de curtir outro tipo de som. O download, é autorizado, então clica na capa e te diverte.

Descendents - Enjoy!


Descendents, uma banda de muita importância para o cenário HC-Punk Americano dos anos 80 mas que nunca teve um grande reconhecimento. Pra quem não sabe, os Descendents surgiram na mesma época em que Black Flag e Social Distortion, e durante toda a década dos anos 80 permaneceram na ativa e influênciaram muito do pessoal que curtia o som na época e que hoje tem banda.
Têm muita gente que diz que o Descendents são influência primordial para bandas que viriam depois a serem conhecidas como banda de pop punk ao emocore, motivo? Na época em que a banda surgiu, as Hardcore Bands tocavam um Punk rápido, ríspido e nervoso, o que não é muito diferente dos primeiros discos deles, porém se diferenciavam pois eram das poucas bandas que falavam de coisas cotidianas e de relacionamentos, basicamente, ao invés de ficar pregando anarquia ou protestando.
Em 82, eles lançaram o primeiro álbum, e talvez o melhor trabalho deles, o disco Milo Goes To College, e hoje é considerado um dos grandes discos do estilo. Esse cd que eu tô postando, Enjoy, foi o terceiro da banda, que saíu em 86, com um Descendents reformado, mas que contava com os membros principais Milo Aukerman e Bill Stevenson, que continuam até hoje e são o núcleo da banda.
Enjoy foi um disco que não agradou muito a crítica, e isso você pode ver em qualquer Site ou Revista especializado em música que Enjoy sempre é um dos discos que ganha notas baixas, mas ao contrários dos críticos, esse disco foi feito para quem gosta da banda, e esses sim, assim como eu, podem dizer que esse disco é muito massa. Com certeza é um álbum bem mais obscuro e experimental que os anteriores, como a primeira faixa, que leva o nome do disco, é uma barulheira sem nexo mas que logo depois passa para um cover dos Beach Boys: "Wendy", uma das músicas mais bonitas do disco, que mostra o som clássico da banda: Ritmo rápido e muita melodia, com a voz inconfundível e carismática de Milo.
Assim como "Wendy", há outras música que seguem no mesmo estilo e também são um dos destaques: "Cheer" e "Get The Time", que seguem na mesma linha das músicas melódicas. Mas fora essas, há músicas bem diferentes, como uma experiência com o Thrash Metal em "Hurtin Crue" ou uma música só com peidos dos integrantes da banda em "Orgofart" e até uma música de 7:00 minutos chamada de "Days Are Blood", que é uma música com clima denso e que lembra bastante os discos que o Black Flag gravava nesta época, músicas lentas e com elementos metálicos, mas que são muito legais, ótimo pra quem quer conheçer um outro Descendents. E pra baixar, basta clicar na capa.

terça-feira, agosto 21, 2007

Circle Of Dust - Brainchild


Circle Of Dust foi uma banda americana de metal industrial/electronica darkwave surgida um pouco antes da metade dos anos 90 e liderada por uma figura que já assumiu e ainda assume várias personalidades fictícias. Essa pessoa, eu a considero como uma espécie de gênio musical, pois viciei subitamente em seu último trabalho desde que conheci o mesmo. Esse cara é o Klayton, do Celldweller, e, por sinal, eu só vim a conhecer Circle of Dust por causa do Celldweller. Achei o som deles tão bom e versátil que me obriguei a achar bandas parecidas. Klayton chama-se Scott Albert, mas usa também o nome de Klay Scott. Na época do CoD, usava vários nomes para "formar a banda toda", mas fazia o trabalho praticamente sozinho.
A princípio, é muito difícil de entender a história da banda, porque houveram várias mudanças de nome, relançamentos de álbuns sobre outros nomes, remixes, sub-divisões... Enfim, muita coisa desnecessária de comentar, já que o som é brutalmente rico em elementos diversos que rendem um bom texto e uma boa audição.
Lançado em 1994, creio que o disco possui uns elementos bem futuristas. Arranjos eletrônicos, samples de filmes de terror, telejornais, entre outros e fusões inteligentes de teclado com contra-baixo fazem uma bela combinação com as guitarras sujas, pesadas e metálicas, sem esquecer, é claro, da bateria bem realista e usando e abusando dos 2 bumbos. Os vocais de Klayton são recheados de efeitos robóticos, coros desumanos, partes suaves e sussuradas ou simplesmente con uma sonoridade fora do padrão. A masterização e a mixagem também são boas, mas hoje em dia não causam tanto "auê", pois a diferença entre a produção de hoje e a de 13 anos atrás mudou muito; Hoje, tudo é muito mais evoluído. Mesmo assim, não soa ultrapassado em momento algum, e garanto que rende uma boa diversão se tocado numa "acid rave"! ;D
Recomendado para todos que curtem tal proposta ou que tenham vontade de conhecer. "Cranial Tyrant" é a música que mais me empolga, mas "Enshrined" quebra tudo também. Apesar de muita gente acusar a banda de ser uma cópia do Ministry, creio que não é bem por aí.
E você, o que acha? Baixe aqui e forme sua opinião.

segunda-feira, agosto 20, 2007

Terror - Lowest Of The Low


O Terror é a melhor banda de hardcore dessa "nova escola" ou "nova safra". Afirmo isso sem dúvidas, pois é curtindo o som deles que eu me empolgo mais; que eu sinto a adrenalina no corpo; que eu vejo o quanto é bom curtir o verdadeiro hardcore.
Apesar da discografia não ser tão extensa (3 álbuns completos e outros materiais), todos os álbuns são muito bons. Dentre estes, Lowest Of The Low, de 2003 (relançado depois em 2005, se não me engano), é o mais pesado! A masterização é suja e grave, deixando uma mistura entre o old e o new school, soando realmente bem agressivo. As músicas são simples e carismáticas, me prendem muito à audição. Quando coloco o CD, roda do início ao fim e com muito prazer.
Gostos são contraditórios, arrisca alguém baixar e dizer "Nada demais!", ou outro alguém dizer "Cacete, é a melhor banda que já ouvi!". Nenhuma dessas reações me surpreenderão, pois eu não duvido nada do que esse som é capaz. Quando o Terror vem pra São Paulo, pancadaria e mosh-pit é o que não faltam no show! Aliás, parece até que eles gravaram um DVD por aqui. >:D Estava falando com um amigo meu que mora aqui, estamos pensando seriamente em ir ao próximo show do Terror! Não pela pancadaria, pois eu não curto isso, mas sim pela parede sonora que é.
Minha paixão é o álbum One With The Underdogs (depois de fazer um sexo literalmente 'hardcore' com a minha namorada que também curte sons assim, então ;X), mas curto muito esse outro também. Aqui vocês poderão conferir, além dos sons do álbum, algumas faixas ao-vivo gravadas no Japão, um cover do Dag Nasty e a primeira versão de "Out Of My Face", música que foi regravada no Underdogs.
xDownloadx.

domingo, agosto 19, 2007

Chainsaw Disaster - Disaster


Primeiro de tudo: Incrível o fato de que essa sonzeira toda é criada por apenas dois brasileiros de Minas Gerais! Eles são André Presto (vocalista) e Douglas (guitarrista, programador de bateria, produtor, engenheiro de som... Vixi, o cara faz quase tudo! Hahahaha!). É mais impressionante ainda o fato de que a bateria soa muito realista. Como é o caso de toda banda que possui bateria programada, a ausência de viradas é um pouco notável, mas o som é absurdamente realístico e a programação não tem um deslize. Melhor que muita banda 'humana'.
Quanto à proposta de som da banda, arrisco dizer que é até um tanto quando inovadora: "Brutal deathcore experimental"! Sim, pois o som é bruto demais, bruto mesmo; sólido; ora rápido ora cadenciado (Hardcore de Nova York, manja?) e com algumas partes experimentais, a começar por alguns efeitos na voz. Mas não confunda, quando você achar que eles gravaram um abate macabro de porcos e colocaram no som, não é bem isso. Esse abate é real, não possui efeitos e sabe de onde é? Das pregas vocais do André! Hahahahaha! Eu falo direto com ele via MSN, o rapaz é gente boa, e é viciado em bandas que usam e abusam de pig squeals, ae ele curtiu tanto que decidiu fazer uns também. Só que esse pig é macabro mesmo, parece desumano! ;O
A banda não possui nem meio ano de vida, mas a divulgação foi tamanha que o myspace e o purevolume já registram milhares de execuções. Garotas já escreveram o nome da banda nos seios e vários gringos já pagam O pau pros caras! E eles merecem, eu apóio também.
"Disaster" e "Screams and Suffering" quebram tudo, mas o destaque maior vai para "Iraq (Welcome To The Hell)", com uma ponte lindíssima, surpreendente e totalmente inesperada.
Se ficou com vontade de conhecer, baixe essa demo - de nome só, porque, musicalmente, está muito profissional - clicando aqui.

sexta-feira, agosto 17, 2007

The Dillinger Escape Plan - Plagiarism


Uma das notícias mais comentadas durante os últimos meses entre fãs (e não fãs) do The Dillinger Escape Plan, é que a banda lançará um álbum completo esse ano. Aliás, os caras já lançaram pela net vários vídeos de produções e gravações de sons novos, o que deixou os fãs mais alienados, pois, tratando-se dos mestres do mathcore, coisa normal e igual a milhares de outras é que não vem. Se você escutar todos os álbuns com atenção, verá que cada um possui uma particularidade, mesmo tendo várias semelhanças. Esse som quebrado, imprevisível, experimental, algumas vezes harmonioso e caótico que esses rapazes tiram dos instrumentos e da garganta de Greg Puciato, me faz pirar e dizer que o The Dillinger Escape Plan é uma das melhores bandas que já tive a oportunidade de escutar.
Ano passado, lançaram esse EP aqui, talvez só como aperitivo, pois música inédita não há. Há uma versão de rádio para "Unretrofied", do álbum Miss Machine, e uma ao-vivo de "The Perfect Design", do mesmo álbum. Mas então, vocês devem estar se perguntando: "Eles lançaram um EP com duas músicas?". Não. As demais 4 músicas são covers e eu duvido que alguém chute alguns dos nomes. He, tente imaginar o Dillinger coverizando Justin Timberlake, Nine Inch Nails, Soundgarden e Massive Attack. Não tem como imaginar, não?! Pois é, você só compreenderá baixando.
Um fato curioso é que esse CD só está disponível para comprar on line, via iTunes.
Bem interessante, mas eu achei que as músicas seriam um pouco modificadas, e não foi isso que aconteceu, pois estão com todos os traços das originais. Para ser sincero, eu nem conheço todas as originais, mas não tem nada com cara de TDEP aqui! :P
Download.

quinta-feira, agosto 16, 2007

Avenged Sevenfold - Sounding The Seventh Trumpet


Não lembro ao certo como meu vício por A7X nasceu, mas eu me lembro de quando eu conheci a banda. Foi meio que ao acaso, pois tinha um carinha no MSN falando que tava todo mundo reclamando do último CD deles, que não tinha a ver com os primeiros e etc... Fato normal, então, por curiosidade, decidi baixar duas músicas, uma do álbum mais recente e outra de um mais antigo. Escutei. A primeira impressão que tive, foi a de que "um novo Metallica" estava surgindo. Grande engano meu! A7X não é um novo Metallica, eles são simplesmente Avenged Sevenfold, uma banda muito original e que eu viciei com o tempo! Talvez tenha pensado em tal coisa pelo vocal de M. Shadows que, em algumas passagens, lembra James Hetfield. Enfim, viajei...
Sounding The Seventh Trumpet é o primeiro álbum dos rapazes, lançado em 2001, época na qual os integrantes possuíam apenas 18 anos de idade! Eu realmente tiro o chapéu pra eles, pois já faziam um som bem adulto para a idade e experiência que eles tinham. Para quem ainda não conhece, dá para dizer que o som é uma mistura de intrumental heavy metal, vocais ora death ora 'emo', alguma influência de hardcore e, no último álbum, muito hard rock.
O nome da banda foi tirado da bíblia, baseado na história (estória, pra mim) de Caim e Abel. Pelo que eu entendi, após Caim matar Abel, ele teve de viver exilado e o cara que matasse Caim deveria vingar alguma coisa sete vezes. Avenged Sevenfold = Vingado 7 Vezes. Na música "Chapter Four", do álbum Waking The Fallen, existem outras referências a esse caso. Diversas outras letras foram inspiradas na bíblia, tais como "Beast and the Harlot", do City Of Evil.
Quanto aos nomes artísticos, quem não conhece arrisca pensar que trata-se de uma banda de black metal. "Portões Sinistros", "O Reverendo", "M. Sombras", "Zacky Vingança" e "Joãozinho Cristo". Segundo os próprios, a intenção da banda é apenas fazer músicas para divertir as massas.
Falando em divertir, qualquer cd deles é diversão e entretenimento na certa, pois todos possuem aproximadamente uma hora ou mais.
Atualmente, a banda anda em fase de finalização das composições das músicas para um novo álbum, que talvez será lançado nesse ano ou no próximo.
Recomendo todos os álbuns, mas principalmente os dois últimos. Não que esse seja ruim, pois está longe disso! Uma das melhores músicas deles está aqui, uma que eu escuto sempre e que possui um refrão lindo como a minha namorada; "Darkness Surrounding", chama-se ela. A lindíssima balada "Warmness On The Soul" também é desse cd.
Download.

quarta-feira, agosto 15, 2007

D.R.I. - Dealing With It

Já faz um bom tempo desde a última vez que um disco dos Dirty Rotten Imbeciles foi postado, lá em fevereiro, pelo Júlio, o clássico Dirty Rotten LP, e desde lá nunca mais disponibilizamos nada.
Como boa parte do pessoal sabe, a banda é dividida em duas fases, a primeira, tocando um Hardcore Punk bem extremo e mal gravado e a segunda e mais reconhecida, do mistura do Punk com Metal e a definição, conhecida como Crossover, batizada por eles mesmo, no álbum de mesmo nome: Crossover.
Curto pra caralho as duas fases, mas a postagem de hoje se trata da primeira, e Dealing With It é o segundo álbum da banda, lançado em 85, gravadi ainda no Texas, porém nessa época a banda já residia em San Francisco na Califórnia, e alguns elementos metálicos já são possíveis de serem notados em meio as 25 músicas do disco, que é basicamente músicas retas, tocadas de maneira absurda, instrumental rápido e tosco, assim como o vocal de Kurt, impossível de se acompanhar.
Esse álbum foi marcado também pelo fato de a banda não ter uma baixista fixo, que foi gravado algumas pelo Mikey Offender dos Offenders, e as que ele não sabia, quem gravou foi o guitarrista Spike Cassidy. Nessa epóca início de carreira, o D.R.I. se fudeu até conseguir uma formação fixa, a começar pelo irmão de Kurt Brecht, o Eric Brecht, que era baterista e logo caiu fora, e assim é até os dias de hoje, arrumar baterista e baixista para o D.R.I. é coisa difícil.
Então pra finalizar, como o Julio costuma dizer, quando o disco é curto e grosso, o post também, então cala boca Felipe e passa logo o link pro pessoal:
-Pessoal, o link ta na capa, baixa aí e pula no Mosh!

Despised Icon - The Ills Of Modern Man


A propósito, a moral de algum lançamento é surpreender; sejam positivamente ou negativamente, os lançamentos sempre surpreendem e geram aquele 'bafafá' entre os apreciadores/odiadores da banda em questão.
Despised Icon lançou esse CD aqui nesse ano, faz algum tempinho já, mas nunca tinha me animado a baixá-lo, até porque eu escuto direto um CD deles que eu nem curtia tanto, o Consumed By Your Poison, pois, na época, os vocais de porco - popularmente conhecidos como "pig squeals" ou "breee-breee-breee" - soavam muito saturados às orelhas da minha pessoa, todavia sempre apreciei e valorizei muito o instrumental dos caras, rico em elementos bizarros e passagens de technical death metal e mathcore requintadas com uma tonalidade meio termo, ou seja, nem muito pesada nem muito leve.
Na obsessão por downloads, a necessidade de baixar, no mínimo, um cd por dia, para sempre ir renovando os ouvidos, sempre conhecer mais bandas e etc; decidi baixar esse, pois vi que as opiniões eram bem divididas. Alguns dizem que é o melhor, outros dizem que é o pior da banda, mas não vi, sequer, uma pessoa dizendo que ficou mediano. Só com essas informações, concluí que o material deveria ser analisado com calma. Foi o que fiz. Escutei-o com calma, mas não escutei todo, pois ultimamente minha vontade de escutar Avenged Sevenfold e Poison The Well cresceu como o índice de analfabetismo do nosso país.
Tá cansado de ler, né? Eu sei que escrever dessa forma parece chato aos olhos anônimos, então, para evitar mais amolação, digo que achei o CD mediano. Num contexto geral, é interessante. Já ouviu a fusão do technical/brutal death metal com o hardcore de Nova York? Não? Não é de hoje que isso existe, pois As Blood Runs Black e All Shall Perish já fazem tal feito, mas o Despised Icon não era TÃO assim, eles eram bem mais technical death/grind, e agora eles soam muito "nova yorkinos". As bases, os coros, o peso, tudo isso remete ao HC de New York. Alguns "breee", a tonalidade gutural 90% do tempo e algumas passagens mais trabalhadinhas, remetem ao death. Deathcore, filho! Queira ou não, criaram tal estilo. :D
Download do CD.

terça-feira, agosto 14, 2007

Butthole Surfers - Electriclarryland


Butthole Surfers, banda americana formado em 81, em Santo Antônio, no Texas, que toca o que podemos chamar de rock alternativo: Uma mistura entre Punk Rock, Metal, Noise Rock e Piscodelia (Fortemente influenciado pelo uso de drogas). São também muito conhecidos pelo forte humor negro, seja nas letras, nome de músicas ou discos, e também pelo nome da banda...
A banda foi fundada por Gibby Haynes e Paul Leary, os dois membros que estão até hoje, junto com o baterista King Coffey, que entrou em 83. Neste época a banda tocava um som sujo que ia do hardcore até um rock psicodélico, que chamou a atenção de Jello Biafra, em uma das viagens da banda pelos solos Californianos. Rendeu à banda um show com o Dead Kennedys e T.S.O.L. e um contrato com a Alternative Tentacles, que foi uma das primeiras bandas a serem lançadas pelo selo.
Durante todos os anos 80, eles foram se consolidando como uma das grandes bandas da cena underground americana, influênciando muita gente como Kurt Cobain, Soundgarden e Red Hot Chilli Peppers. Com discos cada vez mais experimentais, noise, e estranhos a banda virou algo somente para fãs, assim como o Sonic Youth e os Melvins fizeram, discos anti-música, no qual só aqueles fãs mesmo curtiam.
Com nem tudo é pra sempre, durante os anos dourados do rock alternativo, a banda saíu da cena independente (Touch And Go) e se rendeu à industria sonográfica (Capitol). Eis que em 96, sai o sétimo disco da banda, que mostra claramente o resultado do contato com uma gravadora major, mas isso eu não vejo com mal olhos, como alguns magrões indies que acham que só o que é independente é bom.
Electriclarryland, brincadeira com o disco Electric Ladyland do Hendrix, de longe se parece com os discos do início da carreira, e justamente por isso que ele tá aqui, para o pessoal que não conheçe, pode ouvir um som mais acessível, e foi o único disco a ter um single que emplacou: "Pepper", um som que saiu em filmes como Romeu+Julieta e Fuga de Los Angeles, mas que no Brasil está longe de ser algo conhecido, na verdade, esse é o som mais fraco e chato do disco.
Mesmo sendo um disco acessível, quando se trata de Butthole Surfers, isso é de se duvidar. Há músicas de ritmos difíceis de serem assimilados, há muita sujeira nas guitarras, elementos eletrônicos e doses de punk-rock, um prato cheio pra quem está afim de conhecer uma baita banda. Pra isso, basta clicar na bela capa.

Janis Joplin - At Woodstock


Janis Joplin foi uma das primeiras mulheres a cantar com uma voz extremamente agressiva! Não consegui achar outra maneira de começar o post, pois, quando se escuta Janis Joplin, a impressão é bem essa. Porra, essa é mais uma pessoa que teve uma morte muito prematura, pois renderia mais ótimos frutos caso vivesse mais alguns anos. Cara, por mais que você ache sem nexo (ou com pouco), eu acho que a Janis influencia essa mulherada que grita pra caralho hoje em dia em bandas como Walls of Jericho e Bloodlined Calligraphy! >:D
Extremamente famosa por sua participação no festival imortal de Woodstock, em 1969, Janis virou um nome imortal do blues, e não só por isso, pois tinha a voz já citada e várias de suas músicas são memoráveis, como, por exemplo, "Me and Bobby McGee". Não é minha preferida dela, nem é uma que eu gosto tanto, mas, quando o assunto é Janis, todos falam desse som.
Começou a cantar na universidade, junto com alguns colegas, por influência dos artistas que cresceu escutando. Janis era radical, vivia de maneira largada, consumia muitas drogas. Após se mudar do Texas a San Francisco, seu vício aumentou.
Cantou com diversas bandas, nenhuma durou muito tempo, mas a maioria deixou, no mínimo, um álbum de lembrança. Esse aqui, como pode ser percebido, foi gravado no festival de Woodstock, porém só foi lançado décadas depois.
Morreu de overdose de heroína, aos 27 anos. :´(
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segunda-feira, agosto 13, 2007

Assück - Anticapital, Blindspot e Misery Index


Assück foi uma das principais bandas da cena extrema norte-americana no final dos anos 80 até o final dos 90, juntamente com os grinders do Terrorizer. Aliás, Assück segue na mesma linha de som, só que um pouco mais extremos, executando um grindcore puro bem na linha inicial, sem nenhum intuito comercial, totalmente radical. Aliás, por falar nisso, o conteúdo das letras do Assück é totalmente radical! Protesto nu e cru, 100% violento, muito anti-capitalista (leia os títulos dos cd's) e tudo mais de "podre".

Bateria socada e veloz - porém muito consciente -, guitarras sujas, baixo pesado e vocal gutural feitos por quem tinha nervos à flor da pele e cabeça cheia do mundo. Li que, às vezes, as pessoas os classificavam como "os muleques do hardcore tocando death metal". Percebe-se certas semelhanças com death, mas, no geral, é o mais puro extremismo do hardcore!

Aqui, vocês poderão baixar três discos como se fosse um, para conferir bem a proposta dos caras. Eu recomendo! o/
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sexta-feira, agosto 10, 2007

Napalm Death - Smear Campaign


Quando vê, o Napalm Death é uma das poucas bandas que, hoje em dia, não possui sequer um membro da formação original, mas que continua quebrando tudo e seguindo em frente com os mesmos ideais de início de carreira.
Apesar de terem passado por várias fases, do grind ao death voltando ao grind e depois ao death, e assim indo, eles sempre foram extremos! Fato esse que os leva a serem um dos nomes mais conceituados e respeitados da música pesada mundial.
Adorados por punks a headbangers, esses caras são um dos poucos nomes que eu e o Lipe compartilhamos em grande escala. Curto uma porrada de bandas, e ele também, mas Napalm nós dois curtimos, e muito! :D
Smear Campaign, lançado em 2006, é o último trabalho do Napalm Death, e olha que tem gente dizendo que ele só perde para o Scum. Difícil, realmente muito difícil fazer comparações, até porque são dois estilos completamente diferentes. Enquanto naquela época era tudo largado e despreocupado, fosse em composição ou produção, hoje em dia é tudo mais aprimorado e caprichado. Dou preferência à fase nova, mas curto todas.
Os pontos fortes desse CD, na minha opinião, são os vocais (alternando muito entre os guturais e os rasgados, em alguns momentos os dois são fundidos e o resultado é maravilhoso) e o peso da bateria com a sujeira das guitarras.
Empolgante, destruidor e tudo mais. Resumindo: Uma bomba napalm na sua mente!
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quinta-feira, agosto 09, 2007

Melvins - Bullhead

Assim como o Sabbath, o Melvins é outra banda que bate cartão direto aqui, então pra não perder o costume, chegou a vez de mostrar a banda mais no início da carreira, ao contrário dos outros discos, que já eram pós-efeito Nevermind.
Apesar da banda ter surgido no início dos anos 80, Bullhead, é o terceirto cd da banda, que vêm do estado de Washington, nos EUA, e foi lançado em 91, quando as bandas de rock alternativo estavam começando a aparecer para o mundo.
Apesar de capa ser uma imagem tão bonitinha, o interior dela revela algo bem diferente: Ao contrário das músicas dos primeiros discos e Demos da banda, este terceiro álbum é de um Melvins bem diferente, um disco de apenas 8 músicas, carregadas de peso, guitarras sujas no maior estilo Sludge, com compassos lentos e pesados, que cria um atmosfera meio Doom, ao até Drone, e tentar classificar o disco fica até meio difícil. Aqui fica que evidente aquela célebre frase "O som do Melvins é tão lento e tão pesado que faz o Black Sabbath parecer uma banda pop", saca?
Logo de cara, a música de abertura é "Boris", uma canção de quase 10 min, onde Buzz Osborne exorcisa todos seus demônios, cantando com uma raiva absurda, em meio a uma bateria de ritmo lento e chapado, cheio de quebradas e breakdowns, podendo ser considerado um Doom Metal, com andamento lento e guitarras repetitivas, é considerados por muitos, uma das melhores faixas, não só do disco, mas da carreira inteira. (Inspirados nessa músicas, uns japas resolveram fazer uma banda de Drone Doom com o nome de Boris e que é bem conheçida no Underground). Então, já passado quase 30% do disco com uma música, há várias outras músicas afudê que seguem na mesma linha.
Pra conferir mais um trabalho dos Melvins, clica na capa rapá.

quarta-feira, agosto 08, 2007

Muddy Waters - Hard Again


Não apenas um dos maiores nomes do blues mundial de todos os tempos, mas sim um dos maiores nomes do blues mundial em um de seus melhores discos! :D
Hard Again é, sem dúvida, uma pérola do estilo! Existem milhares de discos, bandas e cantores de blues, mas Muddy Waters sempre destacou-se por possuir algo a mais, fazer um som acima da média e ter uma voz inconfundível e conquistadora!!!
Há alguns meses, postei um ao-vivo dele, o Muddy "Mississippi" Waters Live, no qual faz um show ao-vivo com mais duas lendas do estilo. Alguém se lembra? O imortal Johnny Winter (apelidado de "Véio Albino" pelo Lipe) e o mestre da gaita de boca, ninguém mais ninguém menos que James Cotton. Acho simplesmente um disco fenomenal, pois a vibração do público é enorme ao ouvir a maravilha que esses caras tocam. Como vocês que acompanham o blog devem saber, sou um grande fã de death, grind e música extrema em geral, mas nunca abro mão de um bom blues ou rock. Escuto de vez em quando - com exceção de Johnny Winter, que é sempre -, entretanto, quando escuto, é com muito prazer.
Aqui no Hard Again, ouvimos um blues clássico, ora pesado ora clean, mas nunca perdendo uma atmosfera contagiante e agradável. É aquele tipo de som que te obriga a sentar numa mesa e tomar uma cerveja ou fumar um cigarro escutando, porque, sem isso, fica uma espécie de "falta" na mente. Para mim, pelo menos, é bem assim o sentimento. Escutar durante a noite, no verão, olhando o céu negro é massa também.
Não citarei faixa alguma, pois será injustiça! Recomendo baixar porque vale a pena, do início ao fim. Recomendado para todas as idades e pode ser apreciado sem moderação.

Black Sabbath - Master Of Reality

Essa semana eu tinha decidido que iria postar mais um disco do Sabbath, e o disco que tornou-se meu preferido, resolvi procurar o que a gente já postado de material da banda e me deparei com uma porrada de discos, muitos álbuns mesmo, mas quando se trata de Sabbath, nunca é de mais, ainda mais quando se trata do disco Master Of Reality.
Bom, falar da importância do Sabbath aqui é meio que descenecessário, pois a gente sempre fala em quase todos os posts o quanto o som do Sabbath mudou a música e a vida de muitos, mas enfim, Master Of Reality, foi o terceiro disco a ser lançado pela banda com a formação clássica ainda: Ozzy, Iommi, Bill e Geezer, no ano de 71 e foi o primeiro a ser gravado fora de seu país natal, a Inglaterra, trocaram por Los Angeles, não sei por qual motivo, mas posso garantir que foi uma ótima escolha, pois o resultado final meu filho, é de tirar o chapéu.
O que é muito interessante deste disco, foi que na época, Tony Iommi estava com seus dedos fudidos e para aliviar a tensão das cordas e diminuísse a dificuldade de tocar as seis cordas, Iommi afinou sua guitarra em C#, que deu uma nova sonoridade pras músicas, um som mais sujo e baixo, que virou a marca registrada do disco, assim como o "Aham Aham Aham" no início de "Sweet Leaf" e também do CD. Eu li muito pela internet que esse fator da mudança de tom no cd, foi, e ainda é, um grande influência para bandas de Stoner Rock e Sludge, que fica bem evidente quando se escuta Melvins ou Down, tanto nos riffs, quanto no andamento das músicas, as vezes lentas e bem marcantes.
O disco não tem muito tempo de música, são apenas 8 músicas, e pouco mais de meia hora de som, porém não é qualquer barulho ou estrume musical, tratam-se de músicas imortais, como a já dita, "Sweet Leaf", a pesadíssima e empolgante "Children Of The Grave", que é um dos sons mais pesados que a banda ja fez, continua a tremer o chão até hoje. Também a clássica "Lord Of This World" e "Into The Void", com uma introdução extremamente Doom e as duas instrumentais "Orchild" e "Embryo" escritas por Iommi, completam a maravilhosa tracklist.
Se tu ainda não tem, faz o favor, clica na capa e te diverte.

terça-feira, agosto 07, 2007

Turbonegro - Apocalypse Dudes

"É como se você misturasse a guitarreira dos Stooges, com a simplicidade dos Ramones, junto com a energia do Black Flag com um leve toque de Alice Cooper, você teria o resultado do Turbonegro".
Até que não foi das piores essa minha comparação besta que foi feita há um bom tempo atrás, em Dezembro do ano passado, a última vez que o Turbonegro deus as caras por aqui, porém eles foram uma das primeiras banda a aparecerem no início do blog, que chique hein?
Pois então, Apocalypse Dudes é o quinto disco deste Noruegueses, que felizmente não acabaram formando uma banda de Black Metal ou afim, como somos acostumados a ver bandas Escandinávias. Pelo contrário, o Turbonegro faz um som "próprio", uma emulação das bandas ditas no início, e como tem gente que gosta de Strokes, Turbonegro faz a mesma jogada: Pega suas influências, dão uma recalchutada e fazem parecer atuais, e sabe, o resultado do Turbonegro é muito bom!
Foi com esse cd que a banda conseguiu botar seu nome no mundo, após vários discos no underground Europeu, e um "Deathpunk" mal gravado, com a entrada do guitarrista Euroboy, fizeram esse disco sensacional e foi o primeiro na trilogia do Apocalypse, junto com Scandinavian Leather e Party Animals, a fase mainstream da banda, e com certeza, a melhor fase da banda: Música pra chutar o balde!.
Não tenho mais o costume de dar destaque para músicas, mas "Prince Of The Rodeo" e "Are You Ready (For Some Darkness)" são músicas que tu tem que escutar meu jovem, e pra isso é só clicar na capa
Vai lá jovem, clica na capa e faz o download.

Rotten Sound - Exit


Nos dias de hoje, é até um tanto quanto inevitável que qualquer banda de grind não absorva várias influências de Napalm Death do início de carreira, Nasum ou Extreme Noise Terror.
Os finlandeses do Rotten Sound seguem na mesma linha de som e postura, todavia é injusto demais chamá-los de uma cópia das já citadas acima. Uma audição mais cuidadosa, entretanto, revela as particularidades da banda, como, por exemplos, as linhas de guitarra bem técnicas, os arranjos cuidadosos, os bumbos inquietantes e a gravação meio termo, ou seja, pende para a tosqueira em alguns momentos, pende para o lado cuidadoso em outros.
Dispostos a gritar sobre problemas sociais (conformismo por parte da população, descaso dos governantes...) e males da humanidade (ganância, racismo...), Rotten Sound é mais uma banda que eu prezo muito pelas letras.
Começaram a carreira em 1993 e continuam tocando o terror pela Europa até os dias de hoje. Possuem na discografia uma caralhada de EP's, splits e alguns full lenghts. Exit é o último material completo, lançado em 2005, todavia, ano passado, lançaram um EP chamado Consume to Contaminate.
O fato mais estranho de tudo, é que o baterista Kai Hahto era de uma banda de metal épico. Por mais que pareça impossível, o cara é um demônio no Rotten Sound, extremamente veloz. Excelente escolha a dele, creio que está utilizando seu talento para música boa.
E vocês, para ouvirem essa porrada, é só clicar aqui. Recomendo de olhos fechados àqueles que curtem som veloz, ríspido e pesado.

segunda-feira, agosto 06, 2007

Misery Index - Dissent


Muito interessante esse EP conceitual que os americanos do Misery Index lançaram em 2004.
A princípio, na primeira faixa, que possui uma melodia cadenciada e bem marcante, arrisca alguém nem imaginar que o mais impiedoso deathcore (ou grind) está prestes a ser executado, pois é na segunda música que eles chegam quebrando tudo com suas misturas de hardcore simples e passagens de death com letras de pura consciência aliadas à gravação primorosa que os acompanha desde o álbum Retaliate!
Os caras são mais ou menos de esquerda, mas flertam muito com o anarquismo e criticam violentamente a sociedade moderna. Por essas e outras que eu os considero uma banda de deathcore, porque essa postura forte de protesto e revolta é 100% hardcore! Basta lembrar de nomes como Circle Jerks - uma das primeiras bandas de hardcore - para perceber as semelhanças líricas. Claro que aqui é tudo mais "sério", pois os caras do Misery Index não ficam de ironias ácidas, deboche e etc...
O nome Misery Index possui duas inspirações: A primeira é o nome do último álbum de uma banda de grindcore chamada Assück (postarei em breve) e a segunda é uma espécie de indicador econômico que mede os índices de miséria mundiais.
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sexta-feira, agosto 03, 2007

Amon Amarth - Versus The World


Primeiro de tudo: Trabalho lindo, marcante e que merece um espaço na coleção de originais. Na minha, pelo menos, já tem um lugarzinho vazio aguardando o CD que eu comprarei assim que possível.
Bom, é estranho o fato de esse CD ser o antecessor do excelente Fate Of Norns e soar muito melhor produzido e caprichado que o mesmo. Quando escutei, pensei de cara algo como: "É, tá bem mais cuidadosa a produção! Essa gravação tá bem mais 'decidida' e firme, entretanto os sons não são tão bons, mas acontece...". Aí, lendo sobre a banda, descobri que realmente era o oposto. Não sei o que deu na mente dos caras para os trabalhos soarem assim, um tanto quanto distantes. De qualquer maneira, é mais um ótimo trabalho desses rapazes da Suécia.
Para mim, Amon Amarth é um tipo de exceção entre as inúmeras bandas de death e heavy metal. A princípio, se você analisar só o instrumental, é algo que beira o metal melódico, porém com um sentimento incrível. Odeio metal melódico! Não suporto Angra, Blind Guardian e inúmeras bandas desse estilo, pois o som é 0% atraente aos meus ouvidos. O Amon Amarth trabalha muito com essas melodias, de fato, mas não lembra nenhuma dessas bandas, apesar de seguir na linha estética. E junto a tudo isso, há um vocal bem death metal, de tonalidade forte e agressiva. Essa junção que eles fazem me agrada em cheio, somadas às letras de conteúdo viking e mitológico. Letra é algo que eu realmente prezo em uma banda. Posso escutar uma banda que aborde qualquer assunto, desde orgias vomitórias até pagamento de dízimo e entrega da alma para Jesus, mas se o assunto também for de meu interesse - como no caso do Amon Marth, Nile, entre outras -, já é um motivo a mais para curtir o som.
O fato que mais impressiona no som deles, é que eu viajo mesmo escutando. As linhas de guitarras são lindas, marcantes, limpas e pesadas ao mesmo tempo; possuem uma pitada épica que remete ao passado mais longínqüo dos vikings, e eu sinto isso, mesmo sem ter vivido lá. Como? Não sei! Isso é simplesmente um dos motivos pelos quais a música é algo que está sempre 100% envolvido na minha vida. Se estou triste, escuto música! Se estou alegre, escuto música! Se estou conversando com alguém, o primeiro assunto é música. Meu futuro? Quero algo ligado à música. Como faço sexo? Ouvindo música. Onde conheci minha namorada? Em um show da minha banda. Porra, se eu for falar sobre tudo que tem ligação com a música, vocês vão cansar de ler e o post desviar-se-á um pouco do assunto principal. Curto muito as linhas de todos os instrumentos, mas esses guitarristas merecem um mérito maior, pois são marcantes demais. Dia desses que passaram, estava escutando "For the Stabwounds in Our Backs" e comecei a lembrar de fatos remotos, coisas de 5 anos atrás, coisas que eu poderia ter feito de uma maneira diferente. É algo que gela no peito, muito difícil de expressar com palavras e até em frente a alguém. Essas guitarras... Elas falam por mim, talvez até por vocês.
Simplesmente fenomenal! Preciso dizer mais algo? Baixem clicando aqui, e sejam testemunhas de que quero que a trilha sonora do meu funeral seja "And Soon the World Will Cease to Be", desse mesmo disco. Caso não for possível, que ponham "Where Death Seems To Dwell" e queimem meu corpo para jogar as cinzas ao mar.

quinta-feira, agosto 02, 2007

Lançamentos 2007 - Bad Brains, Madball e Meat Puppets

Bad Brains - Build A Nation

Para muitos, assim como eu, quando fiquei sabendo que o Bad Brains havia lançado cd novo, eu realmente fiquei chocado com a notícia, pois durante toda a carreira da banda, foi inúmera as vezes que a banda se separou e agora, já com bastante idade, voltam fazendo o mesmo som do início da carreira e que foram pioneiros: Hardcore Punk com Reggae. Este é o oitavo disco de toda a carreira da banda, e foi produzido por um grande fã e amigo de longa data, Adam Youch, ou MCA, dos Beastie Boys (Que também lançaram disco novo esse ano), para comemorar 30 anos de banda. É um álbum regular, que lembra os primeiros discos, com Punk Rocks rápidos e pegados e algumas intersecções de Reggae, que são o ponto alto do disco. Com gravação excelente, é um cd que não chega a empolgar muito, mas vale a pena dar uma conferida, só um clique na capa.


Madball - Infiltrate The System

Após o maravilhoso Legacy, de 2005, como eles mesmo dizem no site: "The King Of NYHC Are Back". O Madball é um das bandas que eu mais gosto do nosso Hardcore atual, apesar de eles virem desde o final dos anos 80 tocando horror com seu som rápido, porém nos seus últimos álbuns, a banda adotou muitos elementos metálicos no som, como a maioria das bandas de NYHC atuais fazem, que chega ficar idêntico ao Metalcore. Mas isso não precisa ser necessariamente algo negativo, pois o álbum dito antes, Legacy, é a prova de que essa mistura pode resultar em um disco muito bom, só que Infiltrate The System, continua na mesma linha, não mudou nada, e não me agradou muito. A produção ficou a cargo de Zeuss, famoso por trabalhos com Shadows Fall, Hatebreed e Throwdown. Pra quem é fã do gênero, pode ser um ótimo disco, mas eu particularmente, não achei nada de mais. Download na capa.


Meat Puppets - Rise To Your Knees

Talvez esse era o álbum que eu mais esperava neste ano, após ver muito cd novo com músicas legais de algumas bandas com mais tempo de estrada, quando fiquei sabendo que os irmãos Kirwood estavam de volta ao estúdio era só alegria, mas como esse post esta rechado de "poréns", esta parte não poderia ser diferente. Rise To Your Knees era a esperança, de nós fãs, poder ouvir mais um álbum como Too High To Die, que foi o último disco bom antes de a banda afundar e se separar novamente. Na verdade, não é um álbum ruim, porém falta um pouco de sujeira, o Country-Folk-Acústico predomina as canções e claro, a minha espectativa de um grande disco atrapalhou bastante na hora da audição, porém algumas pessoas me disseram que gostaram e nenhuma reclamou, e agora, vai saber? Se quer tirar suas próprias conclusões, clica na capa.

Napalm Death - Harmony Corruption


Quando aquela mulecada do vilarejo de Meriden, em Birmingham, na Inglaterra, fundou o Napalm Death, a proposta nem era muito de serem uma banda, pois eles se interessavam num estilo que era totalmente incomum, algo que, por ali, nem existia mesmo. Grindcore, meu(minha) caro(a). O tal estilo, considerado por muitos como "anti-música" não rendia trocado algum, mas, mesmo assim, os caras decidiram ir em frente, pois eram contra o sistema. O que tinham a perder?! Nadar contra a maré é perigoso, mas eles tiveram muito mais que força de vontade e venceram. Os caras tinham talento! :D
"Não força! Músicas de 20 segundos e com uma gritaria desordenada, qualquer um faz!". Talvez... Mas o que o Napalm veio a fazer a partir de seu terceiro full-lenght, esse maravilhoso Harmony Corruption - que não está aqui por acaso, pois é foda mesmo! -, definitivamente não é para qualquer um!
Se você duvida, clica aqui para ver quantas referências já foram feitas a eles então! ;)
Harmony Corruption foi criado e lançado em 1990. Foi nesse play que o Napalm deixou o grindcore puro de lado para investir mais em algumas doses de metal; death, principalmente. As músicas de 30 segundos foram esquecidas, as letras extremamente curtas também, e tudo começou a ficar mais trabalhado e inteligente, tanto em letras como em música. Isso não foi à toa, pois a formação da banda havia mudado, tendo músicos mais sérios e experientes na mesma. Os nomes? Não sei, me desculpem. "Sinceridade é o que há" - Segundo a minha namorada. Esse disco também rendeu uma turnê mundial que passou até pela nossa terrinha, fazendo shows com o Sepultura e o Ratos de Porão.
Mas como nada são rosas eternas (ai, que gay!), o baterista Mick Harris saiu da banda dando lugar a Danny Herrera, um baterista totalmente desconhecido até o momento passado. Com essa formação, gravaram Utopia Banished, voltando às raízes do grind.
Mas e dae? O que importa aqui é essa porrada sonora no sensível ouvido da sua mamãe! E recomendo escutar as faixas "Circle Of Hypocrisy" e "Suffer The Children" no volume máximo, porque, repito, som assim não é qualquer um que faz! Death metal, hardcore, grindcore, metal extremo, enfim, tudo isso é Napalm!
Longa vida a eles, e semana que vem vai estar no ar o último lançamento, Smear Campaign.
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