quarta-feira, outubro 31, 2007

Kill Your Idols - This Is Just The Beginning


Boa noite amigos!, estou de volta pra falar um pouco do que sei de música
Ao falar de NYHC muitos pensam em Agnostic Front, Gorilla Biscuits e Cro-Mags, mas pra mim, falar de NYHC é falar de Kill Your Idols, mesmo anunciando seu fim em 2006, com 10 anos de estrada, a banda lançou muita coisa boa.
Os caras começaram em 1996, com letras "sentimentais" berradas na voz de Andy West, e 3 anos depois lançam o ótimo This Is Just The Beginning, que realmente, foi só o começo, 1 ano depois lançam o No Gimmicks Needed, mas em outro post falo deste.
O disco abre com a pesadíssima "Can't Take It Away", seguida do hino "Falling", com 16 músicas
Difícil é escolher uma, mas ao baixarem esse álbum, confiram com mais atenção a "I'm Still Here", que pra mim, é a melhor disparada, sem mais, post breve pra essa pancada do Kill Your Idols que fará falta nesse cenário tão crescente que apesar dos "Know It All" criticarem tanto, ainda acredito que só ta saindo coisa boa, clique aqui e confira!

Pura vida!, um abraço.

terça-feira, outubro 30, 2007

Misfits - Famous Monsters


Após a saída de Danzig e suas constantes brigas com Jerry Only pelos meados de 1983, o nome Misfits ficou inativo até 1995, quando Jerry conseguiu ficar com os direitos autorais para si. Obviamente não seria fácil achar uma vocalista que agradasse a gregos e troianos, mas as audições foram sendo realizadas. Entre os testes, diversos nomes conhecidos e desconhecidos apareceram, entre eles o de Peter Steele (Type O Negative). A idéia de Jerry era remontar os Misfits de uma maneira bem diferente, por isso que a vaga ficou com um cara que mal tinha ouvido falar da banda. Seu nome? Michale Emmanuel, mais conhecido como "Michale Graves". A idéia era fazer algo mais original, para evitar de ouvir o Danzig falar que o novo vocalista tentaria o copiar. A idéia deu certo, pois Graves tem uma interpretação bem diferente de Glenn. Apesar de querer algo mais feroz e violento, Jerry não conseguiu. Graves tem uma voz limpa, direta e eficaz, porém não tem agressividade e nem ousa lançar um "UOU" que foi marca registrada da banda nos primeiros álbuns, como, por exemplo, no clássico Earth A.D.
Famous Monsters é de 1999, é o segundo disco da nova formação. Possui músicas legais e cativantes ("The Forbidden Zone", "Descending Angel"), outras excelentes ("Crawling Eye", "Helena 2") e até provocações a Glenn Danzig (leia a tradução de "Fiend Club").
São 19 músicas que o compõem, que agradam a alguns e são odiadas por outros. Eu gosto, escuto de boa. Creio que não possui a mesma pegada dos anteriores, mas é infinitamente melhor gravado e masterizado que qualquer material lançado por eles anteriormente.
Download.

segunda-feira, outubro 29, 2007

Nuclear Assault - Handle With Care


1989 foi um ano em que poucas pessoas davam importância às questões que envolviam o futuro do meio-ambiente. Aquecimento global, lixo nuclear, queimadas; poucas pessoas mesmo e quase ninguém da mídia dava importância a isso. Surpreendentemente, o Nuclear Assault deixou suas piadas e letras humorísticas de lado para abrir os olhos da humanidade a um futuro não muito distante. Não que isso não fosse feito antes, mas os discos eram ora sérios ora zoados. Handle With Care é uma obra-prima! Clássico absoluto do metal e hardcore ao mesmo tempo (crossover?), recheado de músicas nota 10 e com uma atitude radical! A capa e sua profunda ligação com o título, as letras, o clipe de "Critical Mass", o nível das composições. Para mim, sem dúvidas, esse é o melhor disco dos caras. Há um feeling matador, os rapazes conseguiram pôr nas músicas e em suas velocidades todo aquele feeling raivoso que havia preso dentro deles. Tudo isso está reunido aqui, para fraturar alguns pescoços. Nesse disco que houve a explosão total da banda, tanto que os álbuns seguintes não foram muito bem-sucedidos e incrivelmente a banda não perdeu estabilidade no cenário mundial. Ficou parada por algum tempo, de fato, mas existe até hoje. Muita gente criticou o último álbum do grupo, o Third World Genocide. Não entendo o porque! É um álbum ótimo... É, a galera parece que quer mais um Handle With Care. Só em sonho, filho! Isso aqui foi um momento único de inspiração.
Download.

domingo, outubro 28, 2007

Monster Magnet - 4-Way Diablo


Retomando as postagens de lançamentos de 2007, mais um álbum que meu surpreendeu, o sétimo álbum do quarteto Stoner de Nova Jersey, chamado de 4-Way Diablo. Na verdade, em disco o álbum ainda não foi lançado, mas como álbums vazando na net antes do seu lançamento é um realidade, há um bom tempo, a única coisa que temos a fazer é agradeçer. O Lançamento oficial foi marcado para dia 5 de Novembro e este é o segundo disco que sai pelo selo alemão SPV.
A faixa de abertura leva o mesmo nome do disco, e no geral são músicas que lembram muito o álbum que antecede este, o ótimo Monolithic Baby! e que garantem uma ótima audição. Para a produção o disco, Dave Wyndorf chamou Matt Hyde, o mesmo que fez o disco Powertrip, no intuito de conseguir o mesmo sucesso do citado antes, o álbum que a banda mais vendeu até hoje.
A receita continua a mesma, passando meio longe do "Metal" do Stoner Metal do início da carreira, o disco sôa como um rockzão com pitadas de Hard Rock e as melodias viajantes de Stoner Rock, tendo seu ponto alto em um cover dos Stones, "2000 Lightyears From Home", do disco mais piscodélico da banda, o Their Satanic Majesties Request, e que está rendendo comentários, positivos, em geral, assim como o disco, um disco que vai agradar muito os fãs da banda, mas nada muito acima da média e nada que possa arruinar o disco, apenas aquele sentimento de que faltou algo, ou que poderia ficar melhor, se fosse uma banda iniciante, poderíamos esperar algo surpreendente em um lançamento breve, porém, a banda de Wyndorf está quase comemorando seu 20 anos de estrada, e eu pessoalmente, acho que não vai mais muito além disso, ao menos não fez feio como o The Cult.
Para conferir, basta clicar na capa, que voltou a usar seu símbolo, deixado de lado no anterior, mas que não faz muito diferença, quando seus conteúdos são bem similares.

Pavement - Wowee Zowee

Passeando pelas ruas de Dublin, entrando em lojas de discos para ver o que andava tocando por essas bandas, entrei numa das maiores redes de lojas, a HMV, na qual tinha uma sessão que era algo do tipo "Indicações da Casa". Entre clássicos de Pink Floyd à Clash, consegui notar a presença de uma banda de proporções muito menores figurando entre os grandões, e que como as outras citadas, é um som que eu acho muito divertido, o Pavement, que estava com seus discos Wowee Zowee e Slanted e Enchated neste sessão, parabéns pela escolha.
Claro, essa era uma sessão na qual só fazia parte bandas de rock pop, mesmo que os caras achassem o Reign In Blood um dos melhores discos já lançados na história, ele não estaria lá. Justamente por isso que o Pavement dava o seu ar da graça em meio à uma grande quantidade de discos de Classic Rock, pois tocavam um rockzinho pé de chinelo com um apelo pop desprentencioso, e com isso conseguiram um carreira sólida e bastante crédito entre os fãs de rock alternativo nos EUA e ao redor do mundo. Eles se destacam como uma das mais influentes e criativas bandas que surgiu no underground americano no início dos anos 90.
Numa carreira de apenas 10 anos, este foi o terceiro disco da banda a ser lançado, também pelo selo Matador, e é tido por muitos como um dos melhores trabalhos da banda, o que é difícil de se escolher, com apenas cincos álbuns nas costas, sendo que todos eles são trabalhos impecáveis, porém o que faz Wowee Zowee se destacar dos outros é o seu experimentalismo, em relação aos outros discos.
Usando o seu rokzinho alternativo bunda mole de melodias cativantes e instrumental simples, se aventuraram com um pouco de country music, baladinhas acústicas, e dando espaço até para pitadas de punk rock e psicodelia, um tanto eclético, e por isso, na época, 1995, teve alguns reviews negativos, enquanto os fãs foram ao delírio. Hoje, qualquer um que trabalha na impressa, direcionada para a música, tem o Pavement como uma das maiores bandas da década passada, e falar mal deste disco, é pecado, e assim que a banda conseguiu esse status invejado.
Eu pessoalmente, acho que não é para tanto, é uma banda que eu gosto de escutar quando quero dar uma descanssada e acredito que não irá agradar boa parte de vocês, porém, lembrando novamente, o nosso lema é "Alternativa de Música", então fica dada a dica de um bom disco. Como de costume, clique na capa.

sexta-feira, outubro 26, 2007

Pink Floyd - Atom Heart Mother


"Atom Heart Mother é uma boa peça para ser mandada para o lixo e nunca mais ser ouvida por ninguém! ... Era um bocado pomposa, e não falava sobre nada." - Roger Waters, baixista/vocalista/compositor.
O Mr. Waters só poderia estar totalmente sob efeito de um ácido potente misturado com cocaína quando deu a seguinte declaração a uma rádio inglesa. Atom Heart Mother, de 1970, foi um álbum muito bem aceito pelos fãs e bem-sucedido na imprensa, pois chegou ao primeiro lugar de vendas no Reino Unido e disco de ouro nos EUA. Recheado de experimentalismo, psicodelia, passagens progressivas, lindas passagens de teclados feitas pelo Mr. Wright e até letras lindas (leiam a tradução de "If"), é um disco com a cara tradicional que o Pink Floyd tinha no final dos anos 60. Apesar da ausência de Syd Barret pelo uso abusivo de drogas (Nota: Há quem diga que ele foi demitido por problemas de relacionamento! Hahaha!), a banda continuou firme e forte. Para quem não curte a banda ou a proposta de som, a faixa título e primeira do disco pode ser uma severa tortura com 23 minutos! Já aos que curtem, aposto que é uma viagem agradável e boa de se curtir. A já citada "If" é uma música linda, com uma melodia de violão muito agradável tocada por David Gilmour, que, para mim, é um dos únicos guitarristas que conseguem botar feeling em som progressivo. Coladinha nela, "Summer '68" vem para mostrar o quanto a masterização e a mixagem desse disco foram felizes. Muitos instrumentos tocando ao mesmo tempo sem abafar um ao outro, coisa difícil para a época. É altamente agradável escutá-la, principalmente pelas vocais em dupla de Waters e Gilmour. "Fat Old Sun" lembra muito o que a banda fez no futuro, mais precisamente no clássico The Dark Side Of The Moon. Teclados marcantes e reflexivos, vocais suaves... Galera, tenho certeza que eles tomaram drogas relaxantes para compor essa. É fato que eles sempre faziam as coisas sob efeito de drogas, e é fato que houve uma época que o consumo de LSD da banda se igualava ao de um pequeno país, porém o curioso é que essas drogas parecem ter os favorecido. Para fechar o disco na mesma linha do início, "Alan's Psychedelic Breakfast" vem com 13 minutos que alternam entre várias passagens de vozes e efeitos. Refiro-me a mesma linha de tempo, pois são duas músicas bem diferentes. Prosseguindo, são apenas 5 músicas. Ah, mas essas 5 totalizam quase uma hora de som.
Quanto à capa, o dono da vaca ganhou pouco pelos direitos de imagem do animal, contudo a sua fazenda virou ponto turístico e a vaquinha apareceu em diversos programas de TV. Arrisco dizer até que essa capa foi plagiada algumas décadas mais tarde. Quer ver? Clique aqui.
Download do disco.

quinta-feira, outubro 25, 2007

Isis - The Read Sea


Isis é uma banda que anda fazendo um barulho imenso na mídia da música pesada, cada vez conseguindo mais espaço e mais admiradores, porém, contraditoriamente, a medida que eles fazem mais barulho na internet, seus últimos álbuns vêm perdendo o peso e estão se direcionando para o lado mais ambient e atmospheric da coisa, deixando meio esquecido seu lado destruidor.
Justamente por isso que The Red Sea está aqui, uma banda que está com todos olofotes direcionados, deve ter todo seu conjunto da obra reconhecido. Este é o segundo EP da banda, lançado em 1999, após Mosquito Control, um dos preferidos entre muitos fãs, e os dois apresentam a banda muito menos experimental e inteiramente baseada no Metal, Doom, Hardcore, e extremamente Sludge, influência clara dos Melvins, Godflesh e Neurosis, bandas quais eram muitas vezes comparados, pois mais ou menos nessa época, a banda começou a caminhada para o topo, onde ainda se encontram no meio da jornada.
Ultimamente ando vendo muito dessas bandas ganhando espaço em blogs e revistas especializadas, como um grande exemplo o Jesu, banda de Justin Broadrick (ex-Godflesh e Napalm Death) e Converge, banda de hardcore caótico (Mathcore?) figurando ao lado de grandes nomes do metal mundial. O som deste álbum lembro muito todos os citados à cima, com alguns elementos de cada, e o toque pessoal, The Red Sea é um disco muito porrado, recheado de gritos, peso e densidade, com guitarras dilacerantes e um pouco mais de estrutura que os álbuns subseqüentes, mas já apresentando as clássicas passagens musicais durantes as canções, que viraram marca registrada já da banda, é um álbum que eu recomendo mais para fãs da banda, ou do estilo, pois acredito que os últimos álbuns (Oceanic e In The Absense Of Truth) sejam melhores para aqueles que buscam um som mais acessível e até mais criativo que esse. Para conferir, clica na capa.

Fugazi - Repeater + 3 Songs


Mestres do Pós-Punk? Precursores do Rock Independente? Post-Hardcore de Base? Expressões e rótulos para classificar uma das bandas mais esporrentas de Washington não faltam, porém, nenhum delas consegue passar exatamente o som que a banda faz em apenas "duas ou três palavras".
Considerado um marco, seu primeiro lançamento, chamado de 13 Songs, uma compilação dos dois primeiros EPs em forma de Full Lenght, é considerado de Pós-Punk, porém nada ha ver com o mesmo estilo que bandas oitentista inglesas pseudo góticas faziam, como o The Cure ou o Echo & The Bunnymen. O Pós Punk do Fugazi é um som bem mais calcado no Punk-Rock, trazendo muito da energia de quem viveu esse momento, com uma vontade de experimentar algo novo, momento onde surge um dos quartetos mais importantes de Washington.
O LP Repeater foi lançado no ano de 1990, ano de mudança no cenário musical Mainstream, e ainda no mesmo ano, em forma de cd, saiu Repeater + 3 Songs, o mesmo disco, porém, como sugere o nome, com 3 canções adicionais, que seguem na mesma linha do disco anterior.
Canções de ritmo simples e de encaixe perfeito, baixo e bateria fazem um cozinha criativa e ao mesmo tempo sem muita frescuras, que se completam com as guitarras terroristas de Guy Piccioto e Ian Mackaye, os quais se revezam nos vocais, que é um das marcas registradas da banda.
Misturando algumas músicas instrumentais, como de costume, com outras de letras muito bem sacadas, com o grande talento lírico de Mackaye, esse é um disco recheado de músicas enérgicas, intensas e nervosas. Sempre que eu escuto Fugazi, eu me imagino andando de Skate, pelo maneira que as músicas são executadas, sincronizam perfeitamente com embaladas profundas ao mesmo tempo que dão um gás enorme. Mais um disco impecável da banda, clica na capa e faz o download.

Prostitute Disfigurement - Left In Grisly Fashion


Só de ler o nome da banda já fica evidente que trata-se de um metal realmente pesado, totalmente impiedoso e sem frescuras. Vinda dos países baixos, mais precisamente da Holanda, a banda faz um som composto por bateria extremamente rápida e empolgante, bases de guitarras geralmente simples com alguns solos, vocais guturais - de porco e rasgados - e segue por aí. O único problema é o volume do baixo, que não se sabe ao certo por que tantas bandas de death moderno não dão o devido valor. É difícil para um baixista acompanhar a velocidade dos demais instrumentos, mas não precisavam 'excluir' o cara na masterização/mixagem.
Formada em 2000, em menos de um ano já tinha bastante material escrito e o primeiro álbum, Embalmed Madness, foi lançado em 2001, com uma prensagem limitada de 500 cópias que se esgotaram velozmente. Feito isso, mais 500 foram prensadas e o resultado foi o mesmo. O mais interessante de tudo é que a bateria foi programada em um computador, por isso precisaram urgentemente de um baterista para tocar ao-vivo.
Depois de conseguir o baterista, lançaram outro álbum em 2003. Left In Grisly Fashion, de 2005, é o terceiro e sem dúvidas um dos melhores. Após o lançamento, realizaram grandes turnês e ainda realizam shows ao lado de nomes grandes como Deicide e Cannibal Corpse.
Alguém se lembra do Brodequin? Pois é na mesma linha, só que melhor produzido e com um trabalho mais refinado.
Típico CD que não merece muitas palavras, pois só de ouvi-lo já dá para perceber o quanto é bom e nota 10 naquilo que se propõe a ser: Brutal e empolgante!
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quarta-feira, outubro 24, 2007

Fozzy - Happenstance


Quem se lembra de quando postei o primeiro disco do Fozzy, aquela banda que (quase) só fazia covers? Todo mundo curte ouvir e/ou tocar um bom cover, mas nenhuma banda sobrevive só disso. Baseados nisso, os americanos liderados pelo pro-wrestler Chris Jericho decidiram lançar seu segundo álbum num esquema "meio a meio". A partir daí começava a aparecer a verdadeira personalidade da banda, com sons próprios marcantes e puxados para o heavy metal. Os caras não pecaram, poque, logo após a intro "Whitechapel 1888", vem "To Kill A Stranger", som próprio da banda com uma bela linha vocal de Jericho e um trabalho marcante das guitarras. É uma ótima maneira de mostrar ao mundo para que se veio. A princípio, o som fica bem calcado no heavy metal, contudo sem 'frescuras' - e isso é essencial. As outras próprias são a faixa título (Os vocais duplos deixaram uma sonoridade agradável) e "Crucify Yourself" (sabe-se lá como conseguiram encaixar vocais guturais nesse som, mas ficou lindo).
As demais canções são covers de Black Sabbath, Accept, Iron Maiden, Scorpions, Judas Priest e W.A.S.P.
No álbum seguinte, All That Remains, a banda deixou os covers de lados e começou a compor de uma maneira mais leve. Diferença bem notável e que os beneficiou, sem dúvidas. Atualmente, parecem estar em processo de composição de material novo. Tours e shows rolam direto, porém a banda está longe de virar um nome top do metal.
Happenstance é um álbum bom, dá para escutar os sons próprios da banda e dar uma bela relembrada com os covers. O que está esperando? Caso tenha ficado interessado, é só baixar clicando aqui.

terça-feira, outubro 23, 2007

Taj Mahal - The Natch'l Blues


Taj Mahal (nome artístico de Henry Saint Clair Fredericks) é um músico multi-instrumentista e cantor natural dos EUA. É considerado pelos fãs "especilizados" de blues como um dos maiores nomes da história, contudo, na minha opinião, pelo menos ao ouvir esse disco, me pareceu um músico bem normal com canções normais. The Natch'l Blues é seu segundo álbum, talvez por isso. Teve as atividades musicais iniciadas bem cedo, certamente por influência dos pais. Seu pai era pianista, compositor e criava arranjos para músicas de jazz, já sua mãe era cantora de gospel. Antes de virar profissional, chegou a graduar na faculdade de Agricultura. Nessa época, formou sua primeira banda. Após isso, formou outra banda que gravou um single e um disco, mas ficou tão insatisfeito que decidiu seguir a carreira solo - sábia escolha, pois Taj é um dos músicos americanos mais consagrados, tendo, inclusive, participado do vídeo Rock and Roll Circus, dos Stones. Seu primeiro disco foi um auto-intitulado lançado no mesmo ano desse aqui em questão. O sucesso foi alcançado só no álbum seguinte, e as influências de Taj variavam. Apesar da base ser o blues, ele absorveu muita influência de seus descendentes negros e acrescentou elementos de reggae, country, gospel e demais estilos em menor grau.
Continua vivo e cada vez fazendo mais sucesso. Com uma carreira construída por mais de 20 discos, pares de Grammys e títulos como o de "Artista oficial de Massachusetts", só me resta a certeza de que vai agradar mais a algum de vocês do que a mim.
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segunda-feira, outubro 22, 2007

Peccatum - Lost In Reverie


Só pelo fato de lançar um cd cujo qual possui as 3 primeiras faixas totalmente distintas, o Peccatum já me chamou atenção. Escutei-o inteiro, de uma vez só, e percebi tanta influência de estilos que não sei classificar. Dizem por aí que trata-se de uma banda de "avant-garde metal", mas e daí? Que diferença faz? Pra mim é algo bem original, e isso que importa.
A banda iniciou carreira em 1999, formada pela cantora Ihriel, seu marido Ihnsahn (da lendária banda de black metal Emperor), e seu irmão Lord PZ. Todos naturais e residentes na Noruega.
Lançaram 2 full-lenghts e um EP antes desse álbum. Lost In Reverie é calcado principalmente numa temática gótica, bem como em vocais líricos e teclados sombrios da mesma vertente. O mais intrigante, é que esse clima pode ser bruscamente quebrado por uma bateria rápida e massacrante, sem folga nos 2 bumbos, e uma rifferama de guitarra que varre tudo que estiver pela frente. A música clássica (influências de Mozart e Beethoven) também está presente em altas doses, tão altas que levam o ouvinte a uma época muito distante da que vivemos hoje. Definitivamente, as músicas possuem uma progressão assustadora e tende a agradar ou odiar, mas isso depende só do ouvinte. O tempo de duração das músicas é notável, porque nenhuma possui menos de 6 minutos. Provavelmente - ou certamente - é o álbum que mais possui a cara da banda, ou seja, do núcleo da banda. Lord PZ saiu antes do lançamento desse disco, então, por isso, Ihriel e Ihnsahn fizeram o álbum "meio a meio" e ainda o produziram no estúdio, bem como lançaram por conta própria.
Em março de 2006, desmancharam a banda para seguirem em trabalhos solos, mas continuam casados. Os motivos não são esclarecidos, todavia eu creio que foi pelo fato de ser um tipo de som impossível de executar ao-vivo e que não rende dinheiro só no CD, pois, como sabem, quase ninguém arrisca comprar algo que não conhece e pagar uma nota preta por isso.
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sexta-feira, outubro 19, 2007

Despised Icon - The Healing Process


O reconhecimento de uma banda nem sempre é algo positivo. O Despised Icon é uma banda que começou sua carreira em 2002, com um álbum chamado Consumed By Your Poison. Esse disco é uma das obras mais diferentes que conheço! Vocais completamente indecifráveis, gritos de porcos no abate, gritos agudos, instrumental complexo a ponto de ser quase indecorável e imemorizável; cara, é uma loucura total! Até certo tempo atrás eu não era tão ligado no som, todavia escutei diversas vezes com atenção e agora acho simplesmente demais. Após lançar esse mesmo CD, eles tiveram um enorme sucesso no seus país de origem (Canadá) e começaram a se expandir pelo mundo. Essa expansão exige da gravadora uma certa pressão em cima da banda, que tem que começar a deixar o som de uma maneira mais "aceitável" pelo público em geral. Jamais pense que o Despised Icon começou a fazer música pop, pois está longe disso, porém o metal insano que era praticado foi um pouco remoldado, tornando-se, assim, mais correto e sério. Os vocais ficaram bem entendíveis, no geral. A gravação bem melhor, completamente limpa e sem erros. Não que antes houvesse algum erro, mas quem escutar os dois discos com atenção perceberá a diferença. Quanto às músicas, eu acho que perderam muito do feeling que a banda passava. Essa é a minha opinião, mas se você chegar na galera que curte hardcore e death metal mais sério, com certeza eles irão preferir esse álbum.
The Healing Process, de 2005, é o segundo de 3 álbuns que a banda lançou até o presente momento. Nesse ano, lançaram The Ills Of Modern Man, um CD bem mais pesado. Apesar de não continuar sendo uma maravilha, o Despised se destaca perante as outras bandas por possuir dois vocalistas; um para os gritos agudos e outro para os guturais e pig squeals. O baterista é sensacional e frenético, tanto que foi convidado para tocar em diversas bandas de death metal dos EUA. É um tanto quanto triste ver que tem gente que nunca escutou o som dizer que "não curte" porque "é deathcore".
Apesar de rótulos a parte e opiniões divergentes, para conferir esse CD é só clicar aqui.

quinta-feira, outubro 18, 2007

Flotsam And Jetsam - Doomsday For The Deceiver


J.R.R Tolkien, considerado um grande autor de livros épicos, disperta atenção de muitos músicos, para fazer canções à respeito, desde os tempos de Led Zeppelin, até metaleiros atuais, e principalmente por bandas de metal melódico e épico, claro que não se restrigem somente a eles, pois Flotsam And Jetsam é um banda Thrash Metal que tirou seu nome de um dos capítulos do Senhor dos Anéis.
Formado em 1983, em Phoneix, Arizona, em uma época dourado para o Thrash Metal, conseguiram lançar seu primeiro disco apenas em 86, na segunda onda de bandas de Thrash Metal, porém com um som Thrash bem inicial, muito parecido com o que o Slayer fez em seu primeiro trabalho. Eu aconselho vêementes este disco para aqueles amantes do Thrash Metal Americano oitentista clássico, para aqueles que dificilmente não conhecem a banda.
A banda não é um dos grandes nomes do estilo, mas ganharam bastante reconhecimento após o baixista da banda, e principal letrista do grupo, se mudar para o Metallica, após a morte do genial Cliff Burton. Isso mesmo, essa foi a primeira banda de Jason Newsted, um dos baixista que eu aprecio muito, não muito pela sua habilidade com as quatro cordas, mas sim seu jeitão e seu modo de tocar. Sinceramente, eu sou um desses que conheci a banda dessa maneira, e não tive muita vontade de correr atrás de outros materiais, mais era por curiosidade sobre o trabalho anterior do cara, e que não decepcionou.
A banda tem uma baita pegada, com ótimos riffs, e peso moderado, com fortes influências de Heavy Metal clássico, o vocal lembra muito a paródia do H&R, Detonator, extremo agudão em boas doses, não sou muito fã desse estilo de cantar, mas no som da banda, se encaixa muito bem. Me lembrou muito os discos do início da carreia do Anthrax, como Spreading The Disease e Fistfull Of Metal. Este álbum saiu pela Metal Blade e é considerado um dos grandes discos de Metal, com ótimas músicas como a épica faixa-título de mais de 9 min. mostrando o lado técnico e habilodoso da banda, que felizmente, não beria a chatisse ou então alguma porradas como "Iron Tears" e a faixa de abertura "Hammerhead", resultando num Metal veloz e agressivo com algumas passagens meio Power Metal.
Em suma, é um disco muito legal, principalmente para aqueles que gostam do trabalho de Jason ou que queiram aprofundar o conhecimento no Thrash Metal oitentista, clique na bela capa e faça o download.

Virulence - A Conflict Scenerio


Não é de hoje que o death metal troca slaps, escalas, ritmos alternados, arranjos alternativos e demais elementos musicais com o jazz. Até aqui no nosso humilde blog, há algum tempo, já foram postadas bandas que fazem isso. Tivemos o recente Painkiller, com seu free-jazz e grindcore; também o Dillinger Escape Plan, com seu hardcore levemente mixado com jazz, blues e demais estilos. Busco sempre aprofundar meu conhecimento musical, pois é algo que gosto e chego até a encarar como profissão (recentemente fui "contratado" pelo hornsup.net). Nessa busca, encontrei o Virulence, sendo classificado como "a banda mais ousada em experimentalismo com o death metal".
Naturais de Boston, EUA, os americanos fazem um som realmente plausível e inovador; único, para ser sincero. Claro que não sou o cara que conhece todas as bandas para dizer isso, todavia no meu conhecimento é inovador. São doses praticamente iguais de jazz técnico com death metal e hardcore. Meio complicado de resenhar, muito difícil de tocar e mais ainda de criar. É o melhor estilo de jazz na minha opinião, pois não é guiado pelo saxofone. Obviamente, curto também o jazz levado pelo sax, porém acho que os demais instrumentos ficam limitados. No jazz executado por essa banda, todo mundo se quebra tocando! São escalas rápidas e complicadas no baixo, compassos difíceis na bateria e lindos harmônicos nas guitarras. Agora tente imaginar a banda tocando isso quando, do nada, alterna para um blast-beat somado de bases sujas e carregadas na guitarra, sem esquecer, é claro, do "bree" seco do vocalista - técnica vocal um tanto quanto rara. É um álbum que me agradou da primeira até a última música, portanto, recomendo sinceramente.
Quanto ao nome da banda, chegou a ser usado pelo atual Fu Manchu de 1987 a 1990.
Quer conhecer e apreciar esse surpreedente trabalho? Se sim, só clique aqui e siga as intruções.
Jazz Metal de primeira linha! Hahaha!

quarta-feira, outubro 17, 2007

Circle Of Dead Children - Human Harvest


Sabe por quê o nome da banda significa "círculo de crianças mortas"? Porque um dos membros teve um sonho no qual via um círculo cheio de bandeiras de vários países de todos os continentes. E o que isso tem a ver? É que abaixo de cada bandeira havia uma criança morta de cada nacionalidade.
A banda foi formada em 1998. Logo após a primeira demo, que tem o mesmo nome da banda, conseguiram contrato com o selo Willowtip Records e lançaram o primeiro full lenght, um CD de goregrind total batizado de Starving The Vultures. Feito isso, a banda teve contrato com mais de 5 selos diferentes, retornando a Willowtip nos dias de hoje. Por diversos motivos, apenas 2 membros remanescem da formação original.
Human Harvest, de 2003, é o quarto cd da banda, e o que eu tenho a dizer sobre ele é: Podreira total! Mistura brutal de grindcore com death metal e até alguns leves toques de hardcore moderno. As músicas variam de aproximadamente 1 minuto a 30 segundos ou até menos (6 segundos, como é o caso de "White Trash Headache", e 10 segundos, em "Bring Her A Mushroom Cloud Pt.2 ). Lembra muito o excelente Cattle Decapitation dos velhos tempos com alguns pig squeals e uma gravação bem razoável e proposital. Nada bonitinho, apenas nos conformes para tornar os arranjos perceptíveis.
Destaque também para a faixa final, "Alkaline", com 11 minutos de duração, sendo que 7 desses são de puro silêncio e os 2 finais pura gritaria experimental de estúdio.
Download.

terça-feira, outubro 16, 2007

Die Kreuzen - Die Kreuzen LP


A primeira vez que eu vi o nome Die Kreuzen foi num disco do Napalm Death, chamado de Leaders Not Followers: Part 2, um ábum que eles fizeram apenas com covers das bandas que foram influência primordiais para formação do som da banda. No meio de tantas músicas eu vi Die Kreuzen com "I'm Tired" (Deste disco) e logo imaginei, pelo nome, ser uma banda de Thrash Metal Alemão como Kreator ou Sodom (Garanto que não fui o único).
Depois de algum tempo fui descobrir que Die Kreuzen eram mais uma daquelas bandas de hardcore punk americanos dos anos 80, porém eles vinha de uma parte diferente dos EUA, de Milwaukee, Wisconsin e faziam um som bem agressivo, uma mistura de Hardcore Punk com Metal, tocada de um forma viceral.
Como a localidade da banda é algo peculiar, a banda tratou de fazer um escracho logo de cara, o primeiro EP da banda lançado foi chamado de Cows & Beer, ou seja, as únicas coisas que existem naquele estado. Em 84, com um contrato com o selo indie, Touch & Go, eles lançaram este disco, o primeiro da carreira, que teve larga distribuição pelos EUA e na Europa, o que fez com que muito Headbanger, como o pessoal do Napalm Death pudesse ouvir esse híbrido entre metal e punk, que para mim ao lado do Discharge e Amebix, iniciaram o que muitas bandas posteriores fariam de forma muito mais extrema.
Se tu não sabe o que é Die Kreuzen, não se preocupe, era exatamente essa a intenção da banda, tentar fugir de estereótipos, pois ninguém sabia o que significava. Porém, atualmente isso já fico difícil, vivendo na era da informação, navegando descobri que Die Kreuzen, do alemão é um verbo que não temos em português, mas que siginifica "fazer algo híbrido", sacou agora qual é jogada né?
Mesmo sendo um híbrido, o som está longe de ser considerado algo como Crossover e afins, ele fica muito mais enraizado no Punk, pois as músicas tem andamentos de velocidades incríveis. Usando as palavras de Steve Albini, que eu vi em um review dele sobre o disco, "Keith Brammer faz sua guitarra soar como um mico leão dentro de moedor de carne e a voz de Dan Kubisnki canta de uma forma que parece um cano de descarga furado, um verdadeiro marretaço!" Quem sou eu para descordar? Falou e disse, são 20 músicas de 4 rapazes insatisfeitos com tudo.
Após esse disco a banda foi mudando seu som, como boa parte das bandas da época, guiando o som para um lado mais alternativo e experimental, mas aí esta o registro de um grande disco punk, para baixar, só clique na capa.

AP2 - Suspension Of Disbelief


AP2 não é nada mais nada menos que o "novo" nome adotado pelo Argyle Park para continuar seguindo carreira após o "final" em 1996. Começaram a fazer som em 1994 e seguiram até 2000, provavelmente pelo som ser muito underground. Não que seja extremo, mas é apenas desconhecido. O que pode ser conferido em Suspension Of Disbelief é, geralmente, um metal industrial que perambula por outras vertentes do rock e do eletrônico, como, por exemplos, o próprio rock e o eletrônico dark wave que ficou bem conhecido por bandas grandes como o Ministry e outras menores como o Circle Of Dust.
Mas não pára por aí, por mais que sejam minúsculos, podem ser encontrados até toques de música clássica e ambiente.
Em seu primeiro álbum, Misguided, a banda contou com uma enorme ajuda de Klayton (Celldweller) na produção e nos arranjos das músicas. Sem querer sair fora do assunto, mas Klayton é um grande músico multi-instrumentista que serviu de inspiração para diversas bandas, inclusive ao próprio Argyle Park. Um fato curioso é que a banda realizou apenas uma apresentação ao-vivo na época. Conhece a banda de white metal Stryper? Pois bem, o Argyle Park fez um cover de uma música que foi parar num tributo à banda. Sim, a banda é cristã. Não fica evidente em nenhum título de qualquer música (pelo menos na fase do AP2), muito menos no estilo de som. Se for posto em uma igreja, afastará os fiéis sem dúvida alguma, a começar pela rifferama rápida e empolgante que é tocada no começo de "Heroin Hate". As músicas, na maioria, chegam a ter um andamento progressivo. Não interprete isso como uma referência a firulas e acrobacias impossíveis, porque estou falando de algo que alterna de maneira rápida para o oposto. Exemplo: De pesada e rápida a música fica lenta e chapante, com teclados pesados e efeitos de sintetizadores muito bem postos com efeitos de estéreo.
Talvez pela ascenção e demora do Celldweller em lançar material novo, ouvintes sedentos por mais som do estilo (como eu) começaram a procurar bandas parecidas e, coincidencialmente ou não, a gravadora do AP2 relançou Suspension Of Disbelief em Julho deste ano.
Se você gosta de som assim, que explora chegar ao limite do eletrônico de maneira coesa e sincera, não perca tempo e faça o download.
Produção de luxo e resultado muito bom, todavia algumas músicas enjoam rápido.

segunda-feira, outubro 15, 2007

Sephiroth - Cathedron


Existe, no mínimo, 4 bandas com esse nome espalhadas pelo mundo.
Hoje falarei aqui sobre a mais macabra de todas elas, a banda do Sr. Ulf Söderberg. É realmente muito escassa a quantidade de informações que circula sobre a banda na internet, talvez por se tratar de um som bem fora dos padrões comuns que agradam às grandes massas. Estou falando de dark ambient, ou seja, música ambiente sombria e osbcura; assustadora, realmente muito.
Cathedron, de 1999, é o primeiro de dois trabalhos oficiais lançados pelo nome Sephiroth. Ulf lançou diversos outros álbuns nos anos anteriores, pelos nomes de Nattljus, Tidvatten e Vindarnas Hus. Não faço a mínima idéia de como esse cara viva, ou talvez até faço, mas é difícil de acreditar. Talvez sua vida seja baseada em amargura, decepções, tristezas e falso conforto. Morar na Suécia é outro fator decisivo. Ao escutar Cathedron, principalmente no escuro, tive calafrios e lembrei das situações mais desconfortáveis da minha vida em questão de relacionamentos. A começar por "Wolftribes" e o seu ventinho que é quebrado bruscamente pelas batidas tribais, imaginei coisas que não podem ser descritas aqui, pois certamente alguém me passaria atestado de insanidade mental. A faixa título, uma espécie de música conceitual, pois é dividida em 4 partes, arrepia os cabelos do braço. Há dias que gosto e preciso disso. Muitos podem até discordar e dizer que não se trata de música. Seja lá o que considerarem, isso tem feeling de sobra - algo que conta pontos. Sábado descobri uma espécie de mentira... Na verdade, era algo oculto. Não um segredo, mas algo que não poderia ser escondido. Houve uma espécie de sentimento de traição dentro de mim, algo realmente muito desconfortável, e "Abyssanctum" é uma música que chega perto de retratar isso. Claro que a raiva existe também, algo que essas batidas tribais passam direitinho ao desenhar uma execução em meus pensamentos - não da pessoa que meu causou tal sofrimento, mas sim de uma pessoa ruim, pois não sou ruim. Trilha de filme de horror, com convicção.
Quer viajar? Baixe e escute com atenção, de preferência sozinho(a).
Até a arte negra tem sua beleza, pois quando se viaja escutando música, mesmo que for uma bad trip, percebe-se o quanto a música é bela.
Download.

domingo, outubro 14, 2007

Meat Puppets - Mirage


Como pode uma banda mudar tão drasticamente? Os Puppets surgiram no início dos anos 80 como tantas outras bandas de punk-rock nos EUA e ao longo da década foram adicionando novos elementos e moldando o som, saindo daquele som reto e rápido, para o uso de elementos da música Country, Folk e Piscodelica. Inúmeras foram as bandas que começaram da mesma maneira, mas durante sua existência, cada uma caminhou para um lado, formando assim o circuito underground e bandas de rock alternativo americano, ao meu ver, uma das épocas mais frutíferas dessas bandas. (Leia-se Hüsker Dü, Replacements, Minutemen, R.E.M. entre outras)
Os Puppets há tempos tem sindo uma das minhas preferidas, desde que eu escutei o segundo disco da banda, uma mistura perfeita entre Punk-Rock com Country Rock, que acabou sendo chamado de CowPunk, quanto babaquice. Entre lançamentos de EPs, exeperimentações, turnês através dos EUA, eis que no início 87 eles lançam Mirage, o quarto disco da banda. Como a capa já nos dá uma idéia, esse é com certeza o trabalho deles mais baseado na psicodelia e experimentação, usando sintetizadores para adicionar uma textura diferente no som junto com uma bateria perfeita, parece até ser bateria de teclado.
Esse disco é um dos preferidos, junto com o quinto disco da banda, o Huevos, que foi lançado no mesmo ano. O início desse disco para mim que é marcante, com a faixa-título de abertura seguindo por "Quit It", faz arrepiar os cabelos do meu braço. Tem também o groove de "Get On Down", a melódica e de ótima refrão "Leaves", a country rock "Confunsion Fog" e "Liquified" fechando o disco, uma música com guitarras sujas num punk-rock maluco com o vocal do irmão Curt Kirkwood mais desafinado do que nunca, mostrando de onde algumas bandas Grunges tiraram suas influências.
Álbum de quando a banda estava no seu auge, musicalmente falando, pois acho que grana os caras nunca ganharam muito, grande parte da discografia foi lançado pela SST, selo independente, e quando conseguiram contrato com major, fizeram alguns discos meia boca e se acabaram se separando, resultando numa reunião esse ano com direito a cd, chamado de Rise To Your Knees, que sinceramente, não agradou muito. Pra curtir Mirage, clica na capa e faz o download.

sexta-feira, outubro 12, 2007

Saint Vitus - Born Too Late

Formado em 79, no ensolarado sul da Califórnia, o Saint Vitus surgiu para fazer um som bem diferente que a mulecada andava fazendo naquela época e algo bem inusitado e que eu acho até engraçado: Fazer Doom Metal na Califórnia.
A banda começou com o nome de Tyrant, mas logo mudaram o nome para Saint Vitus, vindo da música "Saint Vitus Dance", do Vol. 4 do Black Sabbath, que ao lado do Pentagram eram a grande influência para o som da banda. A banda consistia em 4 membros, guitarrista Dave Chandler, baterista Armando Acosta, baterista Mark Adams e o vocalista Scott Reagers, amigos de longo data e a grande admiração pelo Heavy Metal setentista como fator comum, que foi o motivo para a formação da banda.
Só em 84 eles conseguiram lançar o seu primeiro disco, auto intitulado, pelo selo Californiano SST, que é sinônimo de boas bandas. Porém a banda nunca conseguiu grande reconhecimento, e isto vale até os dias de hoje, na época os caras mal conseguiam tocar nos EUA, normalmente para platéias de 30-50 pessoas. Em 87, como forma de tentar reverter essa situação, a banda mudou de vocalista, outro Scott, Scott "Wino"Weinrich, que era frontman do Obsesed (banda do mesmo nível e estilo do Saint Vitus). Neste ano eles lançaram o disco Born Too Late, considerado o melhor trabalho dos Californianos.
O som da banda é fundamentado principalmente no Sabbath, riffs ultra demorados e densos, que nunca quebram para uma arrancada de ritmo, cada acorde é uma martelada e as músicas parecem que não irão acabar nunca, não por serem compridas, mas por serem executadas, com muita força e bem lentamente, soando como uma nostalgia setentista. O som também é marcado por solos sem muito sentido e um vocal forte que certas vezes até se assemelha com o do Ozzy. Mas nem só de Sabbath que a banda vivia, neste disco há um cover de "Thirsty And Miserable", do Black Flag, talvez a banda mais importante para o Hardcore Americana, que também tinha grande influência do Sabbath, e claro, era a banda do dono da gravadora.
O nome do disco passa exatamente essa idéia, uma banda que está na época "errada", que todos olham para eles de maneira estranha, pois eles iam na contramão de tudo aquilo que se fazia na época. Mas justamente aqueles que riam, eram aqueles tinham noção de onde a banda chegaria: Lugar algum. Porém, eles nunca imaginariam que o som deles iria ser usado como base para novas bandas e tido como ídolos para alguns. O som da banda se assemelha muito com o do Melvins, porém sem tanto experimentação, e junto com eles foram o alicerce para o Grunge e Stoner Rock, dois estilos que costumam beber muito da água do Doom Metal, de melodias pesadas e melancólicas (aka L7, Monster Magnet, Kyuss, Nirvana).
Como é de esperar, se tu gosta de Sabbath, é bem provável que irá pirar no som dos caras, pra conferir é só clicar na capa.

quinta-feira, outubro 11, 2007

Misfits - Earth A.D. & Wolfsblood


Até semana retrasada, nunca tinha escutado Misfits com a devida atenção. Havia escutado alguma coisa por cima e nem tinha me animado a correr atrás de material (apesar das inúmeras oportunidades surgidas). Me arrependo muito disso, porque, depois que escutei esse álbum aqui em questão, percebi o quanto é empolgante e original o som dos caras.
Estava na casa da minha namorada, e há tempos sabia que ela é grande fã da banda - por sinal, pintou uma bela camiseta dos moços -, até que achei a discografia no pc, e, entretanto, não exitei em escutar. Cacete, que surpresa agradável! Logo na primeira música, a ótima "Earth A.D.", já fiquei empolgado com os gritos nervosos de Glenn Danzig e companhia. O instrumental é aquele tipo punk rock composto por 3 acordes e linhas carismáticas, mas anda sobresaindo no meu gosto por ser bem mais pesado que o de qualquer banda punk da época. E a porrada não pára, pois em "Queen Wasp" e "Devilock" (essa última se refere ao visual da banda, uma espécie de "Elvis Presley" versão zumbi) a banda continua a surrar seus ouvidos com as letras terroríficas. O mais legal desse disco, é que quase todas as músicas foram coverizadas por outras bandas em décadas ou anos depois. "Death Comes Ripping", por exemplo, foi coverizada pelas drag queens satânicas do Cradle of Filth. Já os tios do Metallica, por vez, pegaram as músicas que mais curti no disco: "Green Hell" e "Dye Dye My Darling". Galera, eu recomendo de olhos fechados! Quem não tiver vontade de cantar algum desses sons, ou de sair pulando e chutando tudo e todos ao redor quando tocar "We Bite", bem... Atire-se de cabeça de cima de um viaduto!
Esse disco foi lançado em 1983, e o mais impressionante é que soa bem até hoje, servindo de base e influência para qualquer banda do estilo. Até bandas que não são do estilo têm admiração pelos Misfits e por Danzig, como, por exemplos, Bleeding Through (fazem covers e algum membro tem tatuagens) e Nergal, líder do Behemoth, que deixou explicitamente claro em uma entrevista que li que é "grande fã de Danzig".
Agora, resta a mim escutar os discos que faltam (escutei grande parte aqui já, Famous Monsters está a caminho), e a vocês, baixar esse aqui.
Download.

terça-feira, outubro 09, 2007

Fu Manchu - Start The Machine

Surgido no finalzinho dos anos 80, o Fu Manchu é um dos grandes nomes do Stoner Rock. Começaram misturando som pesado com psicodelia, com um som bem harcore, grande influência das bandas nativas da terra da banda: Califórnia. Assim como todas as bandas deveriam ser, o Fu Manchu veio através dos anos aprimorando muito a sua maneira e o estilo de fazer seu som, tendo hoje um identidade própria.
Na medida que a banda ia evoluindo foram deixando de lado um pouco as letras "idiotas" e um pouco da influência de Space Rock setentistas, e no final dos anos 90, investiram pesado na sua própria sonoridade dentro do Stoner, com um som extremamente enérgico, cheio de groove e riffs rock'n'roll.
Apartir do disco The Action Is Go, um divisor de águas, lançado em 97, a banda começou a ganhar um reconhecimento dentro do circuito underground americano e com os seus cds posteriores como o California Crossing de 2001, ganharam terreno e firmaram seu nome entre muitas outras bandas do estilo e hoje figuram entre as mais importantes quando o assunto é Stoner Metal.
Start The Machine foi lançado em 2004 e apresenta justamente esse estilo adotado pela banda nos últimos discos, um rockzão encorpado, com riffs vicerais, no maior estilão Hard-Rock, distorçido na última e com muita energia. É um som simples mas de efeito, som fácil de tocar e é esse o lance mágico do som deles, quando tu escuta, dá uma puta vontade de tá ali tocando junto, pois a gravação é impecável, cada instrumento super audível, escutar esse disco com Headphones no último volume é o mesmo efeito de uma injeção de adrenalina direto na veia! Além do lado porrada do disco, os caras não esqueçeram o seu lado Stoner, "Out To Sea" é uma canção típica de rock setentista, de ritmo leve e melodia viajante, mas que se perde no rastro de pedradas como "Hay", "Written In Stone", "I Wanna Be" e "Make Them Believe".
Se eu fosse vendedor de disco e tu viesse pra mim e pedisse:
-Quero o disco mais empolgante que tu tem aí pra vender.
Então, toma, pega esse Start The Machine que tu não vai se arrepender, sonzeira fudida.
Mas como a gente ainda não vende discos, fica no download, clica na capa e escuta esse puta disco, e se por acaso tu achar esse disco pra vender, me avise. Download.

segunda-feira, outubro 08, 2007

Anthrax - Persistence Of Time

Se há uma coisa engraçada que eu acho sobre o Anthrax, é que normalmente quando se fala sobre a banda, algo que sempre se comenta é que eles são uma das 4 maiores bandas de Thrash Metal de todos os tempos, ao lado do Metallica, Slayer e Megadeth. Mas alguma vez quando se fala sobre as outras bandas se toca nesse assunto? Hum.. dificilmente.
Além de engraçado, acho um lance estranho, pois com certeza, entre as quatro, eles são a menos conheçida, parece que a banda vive na sombra das outras, que não tem seu devido reconheçimento, nunca conseguiram um hit como "Enter Sandman" ou "Symphony Of Destruction" ou o status que o Slayer tem no mundo do metal, não sei se é pelo fato de eles virem de outra região que a das outras ou pelo não interesse da mídia, pois se for pelo seu trabalho, a banda merecia estar em uma posição muito melhor, pois uma banda que lança um disco como Among The Living, merece todo o crédito possível.
Persistence Of Time foi o quinto disco do quinteto nova iorquino, lançado em 1990, época em que o estilo estava perdendo muito o interesse por parte do público. O disco saiu após o bom State Of Euphoria, e que mostrava uma banda um pouco diferente, pois o Anthrax ficou conheçido por ser uma das únicas bandas de Thrash Metal que escreviam letras com humor, e com esse disco eles inverteram o jogo, e fizeram um álbum muito mais sério, tanto pela parte lírica, quanto a parte musical, com músicas mais longas e técnicas.
Essa seriedade pode ser vista logo pela capa, que pra mim tem certa ligação com o quadro de Salvador Dalí, Persistência da Memória, esse lance da paisagem apocalíptica e relógio, nunca li ou ouvi algo a respeito, mas para mim, essa influência fica meio clara. As músicas tem uma progressão maior, passando por várias fases e mostrando bem o lado técnico da banda, que nos outros álbuns era mais concentrado na pancadaria. Pancadaria? Por falar nisso, apesar de muitas músicas terem duração maior que 5 min., é um dos álbuns mais agressivos, com batidas rápidas, riffs cortantes e um baixo encorpado, compõe o último disco com participação do vocalista Joey Belladona.
Após esse disco, a banda mudou para o vocalista John Bush, e inaugurou um nova era pra banda, não querendo ser muito tr00, é uma fase que eu não sou chegado muito, como o disco Stomp 442. Hoje em dia a banda anda nessas frescuras de bandas que já deviam ter acabado, fazendo reuniãozinhas, Best Of, e showzinhos para ganhar uns trocados, um meio de ganhar de dinheiro que eu não acho muito honesto, assim como o The Cult (Eu sei que não tem nada ha ver, mas foi lago que me deixou estramamente brabo) uma banda que anda na mesma onda e acabou de lançar um disco, material desprezível, que após uma audição, foi reto pra lixeira. Mas como o papo aqui é Anthrax e a Persistência do Tempo, clica na capa e te diverte com mais um ótimo disco de Thrash Metal.

Black Sabbath - Sabbath Bloody Sabbath


Após ser submetido a duas cirurgias no pé, tive que ficar em repouso por, no mínimo, 6 dias. Deitado lá, pela manhã, sem nada para fazer, era obrigado a permanecer com o pé imóvel. Me sentia tão mal, e (talvez) por isso que me lembrei da letra de "Sabbra Cadabra": "Me sinto bem, eu me sinto tão bem..." - Claro que foi irônico, mas por que não? Pensar em coisas ruins só pioraria.
Felizmente, algumas pessoas se importaram comigo - agradeço muito a elas - e fizeram visitas ou desejaram melhoras. Outros, por outro lado, não deram a mínima. É foda isso, porque é gente que se considera "amiga". Nessas horas que se enxerga a realidade, e nessas horas que cai bem escutar uma música como "Sabbath Bloody Sabbath".
Fica até repetitivo dizer que o Black Sabbath é uma banda de importância extrema para o rock/heavy metal e que influenciou 90% das bandas de metal que surgiram na seqüência. Não é nenhuma novidade também que eu aprecio a música deles desde os meus 12 anos de idade, portanto, sem mais delongas, vamos ao que interessa: O disco!
Considerado como clássico e indispensável para a maioria dos fãs da banda, Sabbath Bloody Sabbath carrega consigo grandes "hits" da época (algumas são contempladas até hoje), como as já citadas logo acima, a linda instrumental "Fluff", a memorável pelos riffs "A National Acrobat" e também "Killing Yourself To Live", música dotada de uma letra muito bem feita.
É o típico disco que nem precisa escrever muito para o leitor saber o quanto é bom, pois, quando ele virar ouvinte, perceberá sozinho.
Hoje em dia, estou numa época em que quase só escuto sons velozes, ou seja, de thrash pra cima; fico, geralmente, no grindcore. E o que isso tem a ver? Tem a ver que não tenho mais paciência para escutar Iron Maiden e derivados, mas Black Sabbath continua caindo bem. Não na mesma proporção de alguns anos atrás, mas indiscutivelmente agradável, pois, acredite, o riff de "Sabbra Cadabra" me faz viajar e pirar loucamente! Hahahahaha!
Download.

sábado, outubro 06, 2007

Down - Down III: Over The Under


O que começou como apenas um projeto paralelo para todos integrantes, hoje para mim, é uma das melhores bandas de Southern Heavy Metal, não só por ser uma super banda, como o membro mais notório, Phil Anselmo, e outos integrantes, não menos importantes, do Crowbar e Corrosion Of Conformity, grandes nomes dessa cena musical. O que faz do Down ser para mim uma das melhores no estilo é como o primeiro disco deles, um álbum meio descompromissado conseguiu reunir um número enorme de músicas fodas!
Eis que em 2007, após 16 anos de banda, com direito a pausa dos membros e reforma, sai o terceiro disco do quinteto que reside em Nova Orleans, no estado da Lousiana, Estados Unidos. Até aqueles que têm memória fraca podem muito bem se lembrar, foi justamente nesta cidade, onde aconteceu o pior desastre pelo furacão Katrina, em 2005, que arrasou a cidade, destruindo boa parte das casas e levando várias vidas, que tomou proporções mundiais, e mais questionamentos sobre o governo norte americano, sobre a indiferença sobre uma cidade onde concentra grande população negros.
Isso tudo já dá uma raiva e revolta enorme para a banda compôr músicas, porém foi ainda somado mais a angústia e pesar de Anselmo sobre a perda do ex-companheiro de Pantera, o eterno Dimebag "Diamond" Darrel, pois como todos sabem, os caras estavam brigados por um bom tempo, após o fim do Pantera, então esse foi o combustível usado para fazer um dos cds de música pesada que é para mim, fácil-fácil, um dos destaques deste ano, muito bem recebido pelo público e pela crítica.
O som deste disco segue na mesma linha dos outros, com um Southern Rock com toque de Doom Metal e Stoner Rock, com um peso incrível (Rex Brown no baixo) e riffs matadores, do Blues até Sabbathicos, combinados com o vocal incofundível do Phil, que vai desde o rasgado estilo The Great Southern Trendkill, até vocais arrastados, mas na maioria, apresenta sua voz no timbre normal, limpo e grave. Sonzeira pra balançar a cabeça mesmo, clica na capa e confere.

quinta-feira, outubro 04, 2007

Vandals - Peace Thru Vandalism

Vandals, dentro de todo o cenário punk, para mim e para muitos, e com certeza a banda mais besta que já existiu até hoje. Punk-Rock era som para expressar o seu ódio contra o sistema, governo, política, enfim, protesto em geral, que depois, deu lugar para problemas pessoais e psicológicos e acabou se tornando até um meio de expressar os sentimentos e que hoje é extremamente mal visto (Sabem muito bem do que eu falo).
Então, por que os Vandals são tão imbecis? Bom, já expliquei no outro sobre as origens da banda, surgidos no início dos anos 80, num dos maiores berços do Hardcore Punk americana, a Califórnia, porém a banda optou por fazer um som na mesma linha mas com letras cheias de humor, de idiotice mesmo, e não o humor ácido e irônico que os Kennedys usavam.
Em 82, com a formação ainda original, eles foram a primeira banda a ser contratada pelo selo Epitaph, e lançaram o primeiro EP, que é exatamente esse, chamado de Peace Thru Vandalism. Esse disco foi o primeiro registro do som que os Vandals inauguravam, um punk-rock intenso, com letras de humor envolvendo assuntos sérios ou não, usando a música como um veículo para a diversão e o sarcasmo. Um disco com apenas 6 músicas, na maioria retratavam experiências vividas pelos membros da banda, como "Wanna Be Manor", sobre os menores que não podiam entrar nos shows Punk (Já passei por isso), "Pirate's Life", experiência muito interessante do ex-baterista e atual baixista Escalante, uma volta no Piratas do Caribe na Disney após usar LSD. Há Também "Urban Struggle", música que conta as brigas que eles enfretavam na época, e que incrivelmente ganhou até presença em rádios, e "Legend Of Pat Brown", a música que eles tocam no filme Suburbia, de 84, um filme que todo o fã de Punk-Rock americano oitentista deveria ver.
Bom, o som da banda nessa época era bem mais crú, rápido e sem muita frescura, mas claro, com avacalhações, como um cover de Elvis e uma leve riff de The Good, The Bad and The Ugly. Bem diferente do som da banda atualmente, que é totalmente polido e engraçadinho, muito por causa da mudança de vocalista, Peace Thru Vandalism foi o único disco gravado com o vocalista original e membro fundador, Stevo, e hoje contam com Dave Quackenbush, e nos últimos discos fizeram alguns discos meio fézes. Pra quem ta afim de conferir o som inicial e enérgico dos Vandals, clica aí na capa.

segunda-feira, outubro 01, 2007

Butthole Surfers - Locust Abortion Technician


Há muito tempo atrás, havia um preconceito enorme sobre bandas que misturavam Punk-Rock com Metal, e hoje em dia é algo tão comum, que nem chama mais a atenção, mas é claro, há quem não goste, gosto é gosto, não é? Mas então, você acha que punk-rock com metal e rock psicodélico seria uma boa mistura? Bom, o Butthole Surfers são uma das bandas que tentaram, apesar de serem tachados com o rótulo genérico de Rock Alternativo, o que não deixa de ser errado, ou então, algo que encaixa melhor, como Noise Rock.
Formado em 81, no Texas, o BH Surfers já deu suas caras aqui anteriormente, com o disco Electriclarryland, de 96, o disco mais popular da banda e o mais acessível. A postagem desse álbum foi proposital, com o intuito de divulgar primeiro o material mais "Simples", para depois, como usei o termo para responder um e-mail, "Fuder com o cu do palhaço". Coincidências com a capa a parte, recebemos esses dias um e-mail de um leitor do Blog, chamado Danilo, que contribui com 2 links, de álbuns diferentes da banda. Por irônia do destino, já tinha "programado" para postar este disco, o qual foi enviado por e-mail, então, primeiro gostaria de agradeçer pela atitude, e segundo, quem quiser fazer o mesmo, pode me mandar um e-mail.
Bom, Locust Abortion Technician, foi lançado em 86, e tem uma musicalidade que segue mais ou menos na linha que o nome do álbum leva: Doidera! Gravado inicialmente no estúdio caseiro da banda, com uma fita de 8 faixas e apenas um microfone, a banda precisou botar pra fora toda sua criatividade, e claro, com auxílio de muitas drogas (Alucinógenas, é lógico), conseguiram gravar a fitinha na qual seria editada depois e que viria ser um dos maiores e mais curiosos trabalhos da banda, que este disco.
Desde o início, a bizarrice come solta, com um cover debochado de "Sweet Leaf" do Sabbath, chamado aqui de "Sweet Loaf", continuando com a louca "Graveyard", que aparece duas vezes no disco, também tem a "pop" "Human Cannonball", a erudita "Kuntz" e totalmente noise "Hay", numa "suruba" de sons. Maluquices por parte dos cabeças Gibby Haynes e Paul Leary, este disco marca a volta da segunda baterista, Teresa Nervosa. Isso mesmo, segunda baterista, imperciptível ao ouvido, mas alucinante aos olhos, quando em shows (Procure por vídeos no YouTube para ter uma idéia, pois claro, algo que o BH Surfers ficou muito conheçido, foi seus shows nada convencionais). Além da volta de Teresa, a banda teve outro "upgrade", que foi a estréia do baixista Jeff Pinkus. Enfim, acertou em cheio, um grande disco para estréia, e talvez um dos melhores trabalhos da banda. Pra conferir, clica na capa e foda o cu do palhaço!