sexta-feira, maio 30, 2008

Biosphere - Patashnik


É interessante notar como vários artistas evoluem ou remoldam seus estilos de criar música com o passar dos anos. Se foi uma "evolução" ou uma "remoldada", dependendo do caso, é uma questão complicada de discutir. Casos a parte, no do Biosphere ocorreu uma grande evolução mesmo, junto com uma enorme remoldada, inquestionavelmente.
Vamos começar com Patashnik, segundo álbum de Geir Jenssen sob o nome Biosphere e lançado em 1994. Música eletrônica, ambient e experimentalismo são a alma do álbum, assim como nos outros (apesar do eletrônico não ser escancarado nos trabalhos mais recentes). Pois bem, Geir ainda era um pouco iniciante nessa época, pois não demonstrava a enorme criatividade e técnica que desenvolveu em outros álbuns. Patashnik não é um álbum ruim, ele é bom, mas os outros são melhores, pelo menos para quem opta por apreciar uma sonoridade mais atmosférica. Chegar ao centro da questão é complicado, pois estou tentando descrever há algumas linhas e pareço estar lhe fazendo ler em círculos. Na época, Geir trabalhou bastante com o ramo da eletrônica. Neste álbum temos várias linhas de bateria eletrônica, em velocidades normais ou bem aceleradas, e até uns hi-hats ou chipôs eletrônicos. Isso, somado às atmosferas, acabou deixando algumas músicas muito mecânicas e pouco propícias a uma surrealeza. Falando mais diretamente de dentro do álbum, ele começa com uma música sem pé nem cabeça. "Phantasm" tem absolutamente nada a ver com os materiais do Biosphere que foram aqui postados. Nela ouvimos uma linha chata e repetitiva de uns barulhos estranhos, com um sample de uma criança falando algo. Tirando essa horrível faixa que pode lhe deixar com um pé atrás sobre a qualidade do material, logo em seguida vem "Startoucher" e essa, sim, apresenta aquelas atmosferas de fundo, clima de suspense - porém agradável - e demais traços que dão vida à obra do Biosphere. O álbum é quase todo conceitual, e após ela ouvimos "Decryption". Esse som tem uns efeitos eletrônicos que têm sonoridades incomum, algo que parece não casar direito com o resto da música, e, portanto, dá para concluir que Geir era meio iniciante e colheria melhores frutos no futuro. Mas o futuro dependia do presente, e após esse som ele colocou "Novelty Waves", dotada de uma linha repetitiva e contemporânea de bateria, com mais uns samples de insetos noturnos, e sabe onde essa música foi parar? Na propaganda da marca de jeans Levi's, que lhe rendeu uma boa divulgação mundial. Mais uma vez, seguindo a linha conceitual, chega a faixa-título. É mais um som extremamente agradável e relaxante, mas é uma pena, contudo, que tenha baterias eletrônicas tão artificiais. Esse "problema" foi corrigido muito posteriormente, já que nos álbuns seguintes Geir parou de usar bateria, mas em Dropsonde há samples de baterias reais, e, portanto, acaba soando melhor. Interessante também escutar as relaxantes "Mir" (tem uma ótima atmosfera tranqüilizante e um lindo sample que lembra um sapo numa lagoa durante a noite), "Mestigoth" (apesar de ser curta, é mais um exemplo de atsmofera absurdamente linda com samples de sons de animais e insetos) e "En-trance" (fecha o álbum em grande estilo). Patashnik é, sem dúvidas, mais uma bela obra da mente criativa desse norueguês chamado Geir Jenssen. Apesar desses traços de eletrônica, acaba soando bem mais conectado ao que seria o ambient do que alguns outros artistas considerados como clássicos, como, por exemplo, Aphex Twin. Não desmereço Aphex Twin e nenhum outro, mas Biosphere incorpora a vida à música, ao contrário de outros que deixam tudo muito artificial e pouco real.
E caso você ainda não conheça, interesse-se, baixe e goste, ouça também o álbum Substrata, pois esse é um dos melhores álbuns de música ambient de todos os tempos, não apenas na minha opinião. Entretanto, se procura por um som assim e mais diferenciado, sem muita conexão com o que deveria fazer sentido, escute Shenzhou, um dos álbuns mais experimentais, numa análise geral.
Download.

quinta-feira, maio 29, 2008

Terror - The Damned The Shamed


Pode não parecer, mas tudo aquilo que Black Flag e Circle Jerks fizeram continua vivo. O hardcore veloz, sem peso, sujo e com letras nuas e cruas de puro protesto. Mas, afinal, quem mantém essa chama viva? O Terror, da Califórnia!
Desde o seu início, a banda detona hardcore furioso na veia antiga, sem o peso e as cadências das bandas mais modernas do estilo (Born From Pain, Hatebreed, Maroon). Sempre foi a essência da velha escola com algumas adaptações, como uma produção mais moderna e vocais agressivos. E foi nisso que rendeu um dos melhores álbuns de hardcore de todos os tempos, o One With The Underdogs. E hoje, em pleno 2008, eles continuam firmes e fortes levando o hc ao mundo, mas agora com pequenas mudanças que, a meu ver, foram fantásticas, e que na opinião dos fãs mais radicais foram horríveis.
Primeiramente, o fato de meter o pau na banda por isso é injusto e sem fundamento. Teve gente falando que The Damned The Shamed é ruim de doer. Os motivos? Tem algumas partes mais melódicas e muitos solos de guitarra. Tá, e daí? Ignorância pura! A começar por "Betrayer", a mais criticada, que, sim, possui uma parte mais lenta e melódica, muito bonita por sinal, e é algo que eles nunca fizeram antes. Se você ler a letra, entenderá o porquê disso. Qualquer tipo de traição desperta tristeza e raiva, não? Pois eles juntaram bem isso no instrumental. E as porradas? Estão aqui em enorme escala, da melhor maneira possível, resgatando o clima do Underdogs, soando absurdamente melhor que o último álbum até antes desse, o Always The Hard Way. E o porque é mais que explícito: Linhas vocais inteligentes, guitarras empolgantes, bateria socada com muito gosto, coros empolgantes e refrãos criativos. É escutar em alto e bom som para a adrenalina subir! Simplesmente um álbum a nível do melhor deles, ou seja, um retorno fenomenal à melhor época da banda. Condenar pelas inovações é coisa de bitolado! Convenhamos, lançar 4 CD's iguais (fora EP's e outros materiais) é coisa de quem não tem criatividade. E as partes melódicas são raras, apenas para ressaltar.
The Damned The Shamed tem tudo para ser um dos melhores álbuns de 2008, e com certeza já está entre os melhores do Terror. Se sair em versão nacional, compro tranqüilo e feliz. Mesmo sendo hardcore, que, como todos devem saber, é um estilo simples, o álbum soa memorável. Duvida? Me diz, então, se "Voice Of The Damned" e "Rise Of The Poisoned Youth" não são músicas que ficam grudadas na mente.
Download.

quarta-feira, maio 28, 2008

Ravi Shankar - Sound Of The Sitar


Eu disse que ele voltaria a passar por aqui, e aqui está: Ravi Shankar, o mestre indiano da Sitar. Novamente eu digo: Escutar um álbum completo desse músico é como viajar para longe sem sair de sua casa. É se sentir lá na Índia, no meio do calor, ao olhar o pôr do sol se avermelhando no horizonte, como se tudo que existisse no mundo fosse apenas você, o sol e a música. O ambiente
está completamente ao seu redor, mas não parece lhe afetar, pois a música penetra em sua mente mais que profundamente.
Sound Of The Sitar foi lançado em 1965 e é o oitavo álbum de Ravi (ele tem mais de 30 álbuns oficiais). Seu nome já descreve claramente o que conferimos aqui: O som claro, puro, lindo e único de uma sitar. Como possui várias cordas, passa também a impressão de que Ravi toca mais de um instrumento ao mesmo tempo. Suas melodias são tantas, que fica difícil memorizá-las. Suas músicas são progressivas, mas as progressões são lentas. Além de muito pouco ser repetido, algumas músicas são perfeitamente grudadas, e se você escutá-las na seqüência, nem perceberá as trocas. É um álbum de 40 minutos, mas esses valem por muitos, pois possuem alma. A alma indiana está presente no sitar de Ravi. Nunca fui à Índia, mas me sinto lá escutando suas músicas. Mais ainda: Relaxo, desconecto-me de tudo ao redor, tenho paz por momentos (coisa rara, ainda mais quando se vira adulto), medito, faço reflexões e ainda aprecio um homem a dominar um instrumento musical complicado. E acredite: Isso com apenas 4 músicas. Não há como deixar de citar também as passagens de percussão, que são velozes e com sons característicos. Parecem ser feitas de barro, ou de um material bem sólido, e dão uns gás extra aos dedos de Shankar, que é obrigado a solar na mesma velocidade, e até falar (algumas falas parecem ordens, ou um simples auxílio como um metrônomo verbal).
Se você procura por algo diferente, bonito e capaz de lhe transportar até um lugar onde você ainda não foi, baixe agora mesmo.

terça-feira, maio 27, 2008

Minus The Bear - Planet Of Ice


Planet Of Ice é o terceiro disco lançado pela banda de Seattle, Minus The Bear, ano passado ainda, e um baita trabalho. Vim conhecer a banda ainda ano passado, e prestei muita atenção no segundo disco deles, um que já foi postado faz um tempinho, chamado Menos El Oso, e o atual ficou meio de lado.
Bom, Planet... segue, quase que fielmente ao estilo do outro disco, mas com algumas músicas que dão mais vontade de ouvir que o antecessor, não que o outro seja ruim, muito pelo contrário, mas tem umas musiquinhas que tu é quase obrigado a passar pra frente. O Planet Of Ice também sofre deste mal, mas não tão grande, e numa briga entre os dois, a briga é feia e sinceramente, dá um empate bonito.
Pra quem não conhece o som da banda, esse é uma bela maneira de iniciar. O Minus The Bear (nome idiota) faz um indie rock com math rock, mas só isso, tá longe de "traduzir" o som. Riffzinhos estranhos, assim, como uns lances eletrônicos no meio, vocal maneiro, sem forçar a barra. O forte deles é a melodia, armoniosa e polida, hipnótica e viajante; a capa ilustra bem, mas de boa, que só escutando que tu vai ver como é.
É um som calmo, extremamente fácil de ouvir e de gostar, eu particularmente, gosto bastante. Tem gente que não gosta. E tu, vai ficar sem saber? Aproveita e faz o download, antes que aconteça como Menos El Oso e o badongo exclua o arquivo 2x em uma semana.

Norma Jean - Redeemer


Há pessoas que fogem de padrões e quebram conceitos. Algumas bandas também fazem isso, como no caso da Norma Jean. E aqui os conceitos são quebrados em dobro, já que a música não soa nada genérica e muito menos parece ter ligação com a religião dos rapazes, que são cristãos.
Redeemer, lançado em 2006, é o último álbum lançado até o momento. Suas composições são caóticas, fora de estrutura, árduamente gritadas, misturam até escalas de blues, possuem sujeira extra, têm coros de igreja (raros, felizmente), tocam riffs ou power-chords que soam como puro rock, porém com um som estranho; muitas notas em sétima, breakdowns diferentes daqueles que ouvimos todo dia por aí, títulos sem senso, e "por aí vai". Sentiu a infinidade de coisas que podem ser citadas e observadas no som? Muitas. Difícil imaginá-los como uma banda cristã, mas realmente são. "Redeemer" significa "redentor", e os álbuns antigos possuem nomes até mais sugestivos, como "Bless The Martyr and Kiss the Child" e "O, God, the Aftermath". Se estivéssemos vivendo há algumas décadas atrás, tenho certeza que a igreja os renegaria. Mas sem fugir do assunto, tudo aqui é muito fora do comum mesmo. Esse álbum pode ser considerado como um bom exemplo de mathcore, pois notamos certas semelhanças com algumas bandas, mas nada copiado. Por sinal, esse CD aqui é um belo exemplo de originalidade. Lembra, de fato, alguma coisa do The Chariot (foi formado por um ex-membro do NJ), do Poison the Well, Dillinger, mas são apenas semelhanças do estilo.
Gostei muito e recomendo aos amantes do indefinido, do caos, da beleza oculta e, principalmente, do chocante. E há boatos de que em Junho eles lançarão álbum novo. Fique ligado, pois se evoluir a fórmula desse aqui, mundos cairão. Download.

segunda-feira, maio 26, 2008

Eccentric Toilet - The Roar Of Cerberus


Engana-se quem pensa que na Tailândia só existe Muay thai, budismo ou mulheres usando aquele alargador de pescoço. E quando se escuta Eccentric Toilet, entende-se o porquê. A banda é oriunda de lá, e toca um som com influências de death metal, heavy metal e hardcore moderno. Algo que deve ser bem grotesco para os lados de lá, por isso que a banda acabou caindo quase só no gosto dos europeus e americanos.
The Roar Of Cerberus é a demo do grupo, que conta com 2 vocalistas, 2 guitarristas, tecladista, baixista e baterista. É até engraçado ver a foto deles, um bando de orientais sorrindo como crianças, e depois escutar esse som, que geralmente pende mais para o lado do mal do que à melodia. A princípio, é uma ótima demo. As composições são legais, a produção é legal, e a duração também. A primeira música, a longa e progressiva "Unheaven", passeia por todos os estilos que o grupo incorpora. Escutamos guitarras velozes, ora em dupla e melódicas, um breakdown, vocais guturais, vocais de porco, vocais limpos... Nossa! Os limpos soam meio estranhos. Sabe aquele jeito oriental de falar? Espichando os "n", com sotaque característico, com uma tonalidade engraçada para os "r" ou "h", sabe? Pois bem, eles são assim. Para nós é muito estranho escutar isso, e até caricato. "Good Thing Before I Die" já é mais experimental, pois possui riffs de black metal, teclado beeem viajado, poucos vocais limpos e etc. Fecha com "It's Too Late", mais na veia do hardcore, mas com um tecladinho bem aterrorizante.
É uma demo legal e, principalmente, diferente. Banda bem underground e que provavelmente continuará sendo, já que é a única do estilo, que eu conheço, vinda da Tailândia.
Download.

sábado, maio 24, 2008

Deicide - The Stench Of Redemption


Dentro do mundo do metal em geral, o Deicide sempre foi uma das bandas mais admiradas e polêmicas, sendo, inclusive, conhecida até por pessoas que não curtem metal extremo, devido às atitudes de seu vocalista e baixista, o famoso Glen Benton. Dentre essas atitudes, as mais polêmicas foram a da promessa do suicídio no palco e o crucifixo invertido que ele queimou em sua própria testa.
The Stench Of Redemption, lançado em 2006, é o oitavo álbum da banda, e também o melhor - na modesta opinião deste redator, logicamente. Por ser um álbum mais moderno, logicamente deveria ter uma produção moderna, e felizmente tem. A começar por não soar abafado como os álbuns dos anos 90, já subiu no meu conceito, logo na primeira audição. Depois, por contar com Jack Owen (ex-Cannibal Corpse) numa das guitarras e Ralph Santolla (foi fundador do Iced Earth, banda de metal melódico wannabe de guerreiros poderosos e malvados da era do gelo, mas que aqui detona um som bruto e nada melódico na guitarra) na outra, ambos executando trabalhos fantásticos de riffs em duplas, solos absurdamente apocalípticos, passagens beirando a maior velocidade possível, e por aí vai. Esse incrível trabalho de guitarras é somado ao gutural de Glen, que em certos casos é fundido com o rasgado, e mais a bateria brutal e completamente imparável de Steve Asheim, que por sinal também é o produtor dessa maravilha. Já são motivos suficientes para justificar o porquê desse álbum ser o melhor, né? Errado. Há muito ainda o que falar, a começar pela sonoridade suja, aliás, extremamente suja, mas que, mesmo assim, deixa todos os instrumentos perceptíveis. A empolgação que as músicas passam é tremenda, pois chego a me apavorar quando chega o refrão da faixa título ou versos com guitarras simples e velozes como em "Death To Jesus". Os caras foram muito espertos na tracklist, pois botaram paulada após paulada, uma melhor que a outra, e acabam com uma música bem diferente. Importante ressaltar que as poucas partes lentas possuem um feeling assustador, num clima realmente maligno e de tirania.
Esse álbum também é notável por estar rondado de fatos estratégicos de puro marketing, como o lançamento virtual de algumas músicas no dia 06 de junho de 2006 (6/6/6). A versão especial (não é a do download nesse post), que possui bonus-track, tem um cover do Deep Purple com a música "Black Night". A letra desse som foi reescrita por Glen Benton, que por sinal alega já ter visto um "Pé Grande" na floresta. Segundo ele, isso é sério. Tire sua conclusão e tente imaginar o que ele canta em "Black Night".
Resumindo: Ótimo álbum mesmo! Se você curte um bom som extremo, porém audível e inteligente, baixa logo ou compra. Download.

quinta-feira, maio 22, 2008

Pantera - Metal Magic


Difícil alguém ter conhecido o Pantera nessa época. Mais difícil ainda, creio eu, é encontrar um fã dessa fase da banda. Afinal, o que dizer dos primórdios do Pantera? Aquela época em que a banda tocava um hard rock bem com a cara dos anos 80, meio sujinho até, mas sem peso e até caricato. Época em que Dimebag Darrel nem se ousava a criar (e nem conseguiria mesmo) solos únicos, bem como seus riffs imortais. Phil Anselmo? Quem? Nem estava na banda ainda. Vinnie Paul socando tudo? Looonge disso!
Metal Magic, lançado em 1983, é o debut do Pantera. Observe a capa. O que é isso? No mínimo risível! Haha! Pois bem, as músicas são puro hard rock. Não são de jogar fora, manja? Mas escutando hoje em dia, chega a ser bem sem graça, a começar pela produção extremamente precária. As influências eram o hardão da época, tipo Van Halen. É engraçado que a produção foi feita pelo pai de Dimebag e Vinnie, o que pode ser o motivo deles terem mudado tanto alguns anos depois. Talvez fizeram como queriam, no futuro, quem sabe... Outra coisa: Rex Brown, na época, era "Rex Rocker"! Haha! Ok, chega de rir. Se bem que o visual dos caras merecia mais uma! Haaaaaaha!
Em suma, se você é fã de hard rock, confira o álbum. Se você é um curioso, confira também. Agora, por mais improvável que seja, se você não conhece Pantera, se enterra. Ok, brincadeira. Vá escutar The Great Southern Trendkill e aprecie uma bela violência sonora!
Download.

quarta-feira, maio 21, 2008

Eyes Set To Kill - When Silence Is Broken The Night Is Torn


Nem só de elogios e boas críticas são feitas as resenhas aqui no blog. Uma ou outra vez (raras por sinal) você já deve ter lido um post sentando o sarrafo em alguma banda, não? E a vítima da chacota, dessa vez, é o Eyes Set To Kill, banda notável por possuir uma mulher cantando e um homem gritando.
Por mais que a banda tenha se esforçado, por mais que a idéia seja inovadora, por mais que as mulheres da banda sejam comestíveis (piada de mau gosto, hein?) e diversos outros "por mais", nada, mas absolutamente nada mudará o fato de que esse CD é ruim. Por que? Pois bem, vamos a alguns dos fatos principais: 1 - Quebras de clima que acabam por quebrar a paciência. A música está sendo executada e tal, bem gritada e tudo mais, quando, subtamente, todo mundo pára para a guitarra ficar fazendo melodias manjadas e longas, que em seguida são soterradas pelo vocal chorado da vocalista. Detalhe: As mudanças não têm pé nem cabeça. 2 - Gritos feios. E o pior: Não são propositais. O vocalista se esgüela, tenta ao máximo gritar de um jeito técnico, mas acaba soando tão feio quanto aquele guitarrista do Alesana. 3 - Nada atraente. Não há um riff que grude na cabeça, um refrão que não seja apelativo, uma música memorável (a não ser pela chatice) e tudo mais. Chega, né?
Soube que andaram lançando álbum novo esse ano. Eu não me arrisco a correr atrás, mas, se você se habilita, diz ae se tá menos pior ou se por milagre tá melhor que esse aqui. Download? É por sua conta e risco. PS: Acha essa banda a mais fodástica do mundo e quer xingar? A janela de comentários está ali e deve ser utilizada.

terça-feira, maio 20, 2008

Between The Buried And Me - Alaska


Bandas de metal progressivo são chatas, fritadoras de escalas, quase sempre têm grande ligação com o metal melódico, não têm feeling e por aí vai, em aproximadamente uns 80% dos casos. BTBAM está entre os 20% restantes, que conseguem usar mais a agressividade e impor grande feeling, com arranjos inteligentes e tudo mais que é preciso para fazer música boa.
É uma das poucas bandas de metal progressivo, que eu conheço, que tem absurda agressividade em suas músicas. Tudo é um trabalho completamente imprevisível quando executado, mesclando bem o death metal, o heavy, levemente o melódico e também o hardcore, fazendo, assim, esse som que encanta muita gente.
Alaska é considerado como o melhor álbum deles, e isso pela maioria dos fãs. Não à toa. Suas músicas longas e incrivelmente trabalhadas conseguem prender à audição, algo que é bem raro quando se trata de bandas mais, como posso dizer, "firulentas". Isso ocorre porque as firulas do BTBAM não são manjadas, mas sim inteligentes. A maioria dos arranjos são de tirar o chapéu. Somada a essa magnitude, está a produção, destacando bem as duas guitarras, o baixo, a bateria, o teclado e o vocal, ou seja, a banda inteira. É escutar para se surpreender! Citar músicas é injustiça total, mas para vocês terem noção uma leve noção da progressão, leiam: "Alaska" começa com um solo de guitarra bem técnico, em seguida tem uma levada mais death e depois transita pelo hardcore moderno. "All Bodies" tem um infeliz refrão à la Manowar, melodias felizes e, na seqüência, um incrível tapa na orelha ocasionado por blast-beats. "Selkies: the Endless Obsession" tem uma incrível passagem de blues, lindos solos capazes de transportar o ouvinte e mais partes gloriosas. É aquele álbum que por mais que alguém tente descrever, não conseguirá.
Between The Buried And Me é uma banda que merece o espaço que vem conquistando, pois seus músicos são muito competentes e suas músicas são grandes obras. Hoje em dia, após o lançamento de Colors, isso está mais que evidente. Download da obra.

segunda-feira, maio 19, 2008

Impaled - The Last Gasp


Impaled é uma banda americana, da Califórnia, que sempre foi adepta do mais nojento e repulsivo goregrind. São extremamente notáveis por suas letras envolvendo acidentes médicos, patologia, insanidade, assassinato e tudo que tenha "gore" no meio.
The Last Gasp, de 2007, é o quarto álbum dos sanguinários. A capa é tão nojenta que eu fiz a fineza de nem botar link nela, apenas deixei-a armazenada no servidor para que você possa clicar e ver essa montagem feia, doentia, que dá vontade de regurgitar o feijãozinho do domingo. Mas o Impaled é uma banda de fatos ambígüos, já que por outro lado a sonoridade do grupo é audível. Nem sempre foi (ah, as demos, hehehe!), mas aqui é, e muito. A começar pela produção, que deixou tudo num volume muito legal. Sem querer desviar do assunto, mas vi uma propaganda numa revista que dizia (em inglês): "Esqueça o que você conhece sobre death metal, Impaled é matador!". Propaganda enganosa! As guitarras são sujas e não possuem peso, a bateria parece punk, o baixo também não é lá muito grave. Claro que todos apelam no merchandise, mas aonde quero chegar com isso? Quero dizer que esse álbum é goregrind dos bons, muito mais pra sujo que pesado, com influências do bom punk rock e derivados, e com poucos traços de death metal. As únicas características extremamente marcantes de metal são os solos (dignos de nota, por sinal) e os vocais rasgadões ou guturais.
Basta escutar a primeira faixa, "G.O.R.E.", ou "The Visible Man", que tem intro apenas de baixo e bateria para compreender. Quer empolgação? Escute "Sickness Is Health".
Para amantes de uma tosqueira maquiada, esse é um ótimo álbum. Agora, se você quer algo tosco e podre, vá escutar To Separate The Flesh From The Bones e não enche o saco nos comentários. Download.

sexta-feira, maio 16, 2008

Atreyu - Visions


É (um triste) fato que nos dias de hoje o Atreyu faz um som chato. Já vi até as revistas gringas e especializadas em música amaldiçoando os caras por causa do estilo de som. Até hoje me pergunto se a mudança brusca de som foi por opção dos caras ou por demanda da gravadora. Mas o que mais surpreende, é que no passado - passado mesmo, aproximadamente 10 anos atrás - os rapazes executavam um tipo de som muito diferente, algo que remetia a uma banda de hardcore iniciante e de garagem, e que buscava uma aproximação com o metal. Onde conferimos isso? Em Visions e, de certo modo, em Fractures In The Facade Of Your Porcelain Beauty.
Visions é o EP de estréia da banda, lançado em 1998 por um selo extremamente desconhecido, que hoje é considerado como uma raridade, pois, até na época, só era vendido em shows. Sua sonoridade é bem pouco produzida, e a qualidade das composições é similar às de uma banda amadora. E por mais que alguns se enganem, é aí que está um dos melhores materiais do Atreyu. Escutamos a banda tocando com gosto, pois o batera senta o pau com vontade, geralmente só no "tu-pa-tu-pa-tu-pa", o vocalista manda um gutural feio e bem gritado, o guitarrista prefere power-chords velozes e pesados a melodias, e por aí vai. Passa bem longe daquele som que os tornou famosos em álbuns como The Curse e A Death-Grip On Yesterday. É claro que gosto desses álbuns também, mas há momentos que a vontade de escutar algo menos profissional e certinho é maior. Logo na intro, com a música "As The Line Between Machinery And Humanity Blurs", são executadas batidas tribais, microfonias na guitarra, e vocais guturais. Algo meio macabro, mas que depois descamba para o HC (instrumental apenas, vale ressaltar) com vocais guturais. "Love Is Illness" é a melhor do EP! Linha instrumental empolgante e coros furiosos deviam deixar a adrenalina nas alturas durante o show. Gosto de todas as músicas aqui, mas é bom dizer também que o EP termina com "Dinosaurs Became Extinct (And You Are A Fossil)", som que mescla bem aquela linha californiana (veloz e com vocais limpos) com uma atmosfera mais brutal dos vocais gritados.
Uma lástima, uma pena, dá dó escutar Lead Sails Paper Anchor, o último álbum deles. Visions é bem único, já que no outro EP eles já foram remoldando levemente o estilo. Mas chega de conversa, baixa ae e curte uma banda fazendo um som sincero e diferente. Download.

quinta-feira, maio 15, 2008

Coldworker - Rotting Paradise


Após o infeliz final do Nasum, o baterista e multi-instrumentista Anders Jakobson fundou o Coldworker. Com apenas dois álbuns até o presente momento (Rotting Paradise é o segundo), a banda vem sendo descoberta aos poucos, principalmente pelos fãs do Nasum. Apesar de ter sido fundada em 2005, já demonstra um trabalho extremamente maduro e interessante, e logicamente isso se deve ao fato de possuir músicos experientes em sua formação.
Rotting Paradise é um belo exemplo da mistura perfeita entre o grindcore e o death metal. Sabe quando uma banda consegue juntar dois estilos com maestria e domínio completo, ou seja, quando sabe o que está fazendo? É isso que conferimos aqui. Com músicas recheadas de velocidade, notas moídas, vocais sem pausa e demais elementos de grindcore, somando os arranjos que somente quem tem muita técnica consegue executar, leves decadências de velocidade durante a execução, músicas com mais de 3 minutos e tons guturais no vocal, que como todos devem saber são elementos comuns entre as bandas de death, o álbum prende à audição e passa aquela vontade de ouvir novamente algumas das composições. Geralmente, isso se deve a arranjos simples, repentinos e rápidos, mas que fazem a completa diferença, porque, fala aí, quem não curte esperar uma virada da bateria sozinha, chegando do nada, ou uma parada geral para a guitarra mandar aquela linha de power-chords velozes e empolgantes? Todo mundo que escuta música com atenção gosta, fato. E esses ditos arranjos ocorrem por vezes em diversas das 12 músicas que compõem o álbum em seus 38 impiedosos miuntos.
Se você é fã de grindcore ou death metal, deve conferir esse CD, pois certamente lhe agradará. E se você é como eu, fã de ambos, não perca tempo e corra atrás do original, pois esse é digno de se ter na coleção de originais. Download.

quarta-feira, maio 14, 2008

Daïtro - Laisser Vivre Les Squelettes


Daïtro é uma banda francesa de emocore verdadeiro/screamo verdadeiro muito pouco conhecida aqui nas terras brasileiras. Arrisco a dizer que até pelo mundo não são muito conhecidos, pois a única fonte de informações seguras é o site da banda. Fora isso, não há nada realmente confiável.
A sonoridade é bem atraente, pois as músicas transitam por passagens rápidas de puro hardcore (quase um power-violence, por isso que alguns chamam a banda de emo-violence, porque é a mesma coisa só que com letras emotivas) a outras mais calmas e relaxantes. Ou quase isso. Enquanto o instrumental toca lindas e agradáveis notas, o vocalista se esgüela, grita a ponto de desafinar, algo completamente sofrido. Não há técnica de rasgado ou gutural, apenas o grito sofrido e insandecido, tipo uma banda que postei aqui esses dias, a La Quiete. Mas não pensem que o som seja similar. De fato, há semelhanças, e até quem curte Daïtro gosta de La Quiete, mas há, também, diferenças gritantes na sonoridade de ambas.
Laisser Vivre Les Squelettes é um bom álbum, mas tem hora para ser apreciado. Suas músicas, na maioria, são geralmente lentas e depressivas, com passagens que propõem ótimos momentos para uma reflexão. Um dos pontos mais interessantes é que o álbum é todo gritado em francês, o que acaba soando muito diferente aos nossos ouvidos. O francês parece uma língua delicada, não? Diria até que "estilosa". É lindo ouvir o cara gritando com elegância! E a duração das músicas também varia muito. Podem ter tanto 2 ou 3 minutos quanto 9 ou 10. Gostei e recomendo, principalmente para quem acha que emocore é Fresno e My Chemical Romance! Baixe e perceba a diferença gritante entre pop distorcido e emo.
Detalhe: Só achei a capa em GIF. Salve no seu computador que ela deve se mexer.
Download.

terça-feira, maio 13, 2008

Corrosion Of Conformity - Wiseblood


  Corrosion Of Conformity é uma banda de diversas faces, surgiram no auge do Hardcore americano, nos anos 80, entraram numa fase de mistura com o Thrash Metal, que logo depois ficou mais evidente, e logo após, passaram para um lance mais Heavy Metal, Stoner/Sludge, saca?
  Podemos dizer que eles têm dois disquinhos clássicos, Animosity, para galera do Crossover é uma jóia rara, e para o pessoal mais novo, o que vale mesmo é Deliverance, que inaugurou a fase Stoner, e é realmente, um baita discão.
  Wiseblood é dessa mesma safra, lançado em 96, é quase uma extensão do anterior, e já citado, Deliverance. Tem gente diz que ele não tem o mesmo brilho do anterior, mas isso, pra mim, é papo furado, só por que todo mundo paga um pau fudido pro outro disco, fazem esse ser desmerecido, por um motivo besta.
   Não há novidades de um pro outro, mas a "mesmice" garante a diversão da galera. Desde o início, com "King Of The Rotten", os malucos já te deixam meio por dentro, do que vai rolar dalí pra frente. Altas doses de riffs molengões e viajantes, bateria firme, um som parecido com o do Down (Pepper Keenan, guitarrista e vocalista do CoC, é um dos membros deste conjunto musical de rock pauleira do Mr. Anselmo), porém, um pouco mais alegre. Tem até lugar pra uma músiquinha mais porrada, a faixa 12, "Fuel", uma paulada na nuca, enquanto as outras seguem uma ordem, de groove e solos sacanas.
   Ainda em tempo, o disco leva o mesmo nome de um livro de uma autora Americana, sulista, logo, fazemos uma relação com o Southern Rock, que vêm dessa mesma região. Não li o livro, mas descobri na wikipedia (uau!), e que não muda em nada a audição. Já outra coisa que eu li na página é muito interessante, James Hetfield, que é bruxo da banda, faz uma participação em uma músicas "Mans Or Ash", uma músiquinha meia boca, porém, não foi creditado no disco, o mesmo que acontece no primeiro disco do Danzig: rolo de direitos autorais.
   Só pra ter alguma conclusão, pra ilustrar tudo o que eu disse: Esse é um disco injustiçado, ofuscado pelo sucesso do antecessor e meio bombardeado pela crítica, opiniões a parte, acho um baita cd, e garante a alegria da massa. Escute com volume alto, ou com o fone cravado no ouvido. Download.

Technical Itch - Raised By Evil / Demon


A cada álbum, EP, remix ou qualquer música que ouço e que seja fruto da mente de Mark Caro*, eu fico mais convencido de uma coisa: O cara sabe - e muito - bem como fazer um darkstep. Se você não recorda, já foram dadas explicações sobre o estilo quando postei os álbuns Death Jazz e Diagnostics.
Raised By Evil / Demon, lançado em 2006, possui apenas as duas faixas que levam o nome do EP. Saiu em CD e em vinil, tudo via Penetration Records (selo do próprio Mark Caro). "Raised By Evil" é um drum and bass aterrorizante, pois vai além disso. Os efeitos sombrios, tensos e assutadores são os mais elevados que eu já ouvi em alguma música dele. Apesar desse ser um material curto, conferimos tudo em grande excesso. É interessante ressaltar também que "Raised By Evil" possui uns sons aterrorizantes que são iguais (iguais mesmo, nem de longe é similar) a uns que aparecem na intro do game Resident Evil: Director's Cut, na parte do filme em que Joseph encontra uma mão morta segurando uma arma, pouco antes de ser atacado por um cachorro. Alguém mais lembra disso? Porra, Mark Caro ripou o áudio do game! Hahaha! Já "Demon" não é tão macabra, pois possui até uns samples de música ambiente, todavia esses não duram muito tempo, porque são soterrados pela bateria intensa. Há também uma voz macabra, limpa e grave, similar àquelas que ouvimos em deuses ou demônios de filmes. O baixo nesse som é pesadão, tão grave que acaba soando sujo. Vários dos efeitos despertam a curiosidade, o que é um ponto forte que me faz escutar várias vezes a música.
Disquinho bem legal! Recomendo a quem ainda não conhece, pois essa é a melhor forma de conhecer: Através de um material curto e considerado bom. E se você já curte (como é o caso de algumas pessoas que comentaram aqui, como o Mute e o Matias), mergulha de cabeça na piração do tio.
Download.
*Não confundir com o americano envolvido com o cinema.

segunda-feira, maio 12, 2008

High On Fire - Blessed Black Wings


   Era bem provavel que a parceria entre Matt Pike e Steve Albini não acabasse bem e é exatamente isso que aconteceu, neste disquinho muito fudido, chamado Blessed Black Wings, o terceiro disco do High On Fire, lançado em 2004.
   High On Fire é a banda que surgiu das cinzas da histórica banda Doom/Stoner Sleep, de onde vem o guitarrista, líder ,e hoje, vocalista da banda, Matt Pike, aquele citado logo acima. Steve Albini é um dos grandes nomes do underground, famoso por projetos inusitados como o Big Black, o Rapeman e o atual Shellac, mas também, por seu dom de produtor musical, de dar aquele toque de barulheira, doses de experimentação e deixar tudo sôando "bem". 
   Aqui o resultado não poderia ser diferente, juntando os magrões, com o ex-baixista do Melvins, Joe Preston, e o baterista Des Kensel, o cd sôa quase como um revival do Metal casca grossa dos anos 80. Largando de mão o som de sua banda anterior, o High On Fire tem mais ou menos a mesma proposta do Dave Grohl com o Probot, porém com muito mais identidade, ou diríamos, com identidade. Influências claras de Venom, Motörhead e Slayer, com riffs cabulosos pra caralho, em ritmos infurecidos, cozinha furiosa, caixa seca e pratos barulhentos.
   Alguns caracterizam como Stoner, já outros falam em Sludge, e não deixa de ser mentira em algumas passagens, mas eu chamaria mesmo de Metal Fudido. Fazia tempo que não escutava algo do gênero que tirasse realmente o fôlego; "Devilution" e seu ritmo destruidor; "Blessed Black Wings", faixa-título de riff sinistro, e "Anointing Seer", de clima meio Doom e bateria metralhando. Pra quem gosta dos estilos ditos acima, ou tá procurando um trabalho pesado de boa qualidade, vai de cabeça, altamente recomendado: Download.

Exhumed - Garbage Daze Re-Regurgitated


O Exhumed é uma banda americana que mescla bem o goregrind (o mesmo que grindcore, porém com letras sobre mutilação e derivados de sangue) com o death metal. Porém, neste post, a proposta é diferente. A intenção aqui é mostrar sons de bandas de rock, thrash, hardcore old school e semelhantes em versão grindcore/death metal. Mas como? Oras, com o Exhumed tocando.
Garbage Daze Re-Regurgitated é um álbum formado só por covers (alguns são dos mais inusitados, por sinal). Os caras pegaram músicas de bandas como The Cure, Metallica, Samhain, Led Zeppelin, Pentagram e Amebix (para não citar as mais desconhecidas) e fizeram versões sujas, pesadas, toscas e, é claro, com vocais guturais ou extremamente rasgados e muita, mas muita velocidade. Em resumo, é um álbum bem divertido! Muito legal conferir músicas de estilos bem diferentes ao da banda sendo executadas em versões adaptadas.
Álbum muito bom para conhecer a banda. Além disso, uma amostra de que há como modificar (quase) qualquer música. Download.

Nine Inch Nails - The Slip



"Obrigado por seu contínuo e leal apoio durante os anos - este é por minha cota"

Trent Reznor

Mais uma iniciativa brilhante do baixinho, e mais um disco lançado indenpendente, via internet. o Download pode ser feio direto do site da banda e não vamos colocar link em servidor.

Clica aqui, faz o cadastro, e receba o link do download em seu e-mail, podendo escolher o tipo de qualidade de arquivos, com direito a todo o material de arte gráfica e letras, em um pdf. Não é querer pelar saco, mas esse cdzinho ficou melhor que o Year Zero e quase tão legal quanto o With Teeth.

Acho que esse cd merecia estar em todos os blogs de MP3.

sábado, maio 10, 2008

Born Of Osiris - The New Reign


Como pode algo soar genérico e inovador? Surpreendente e normal? Concreto e abstrato? Cada vez mais eu fico crente de que (quase) nada é impossível dentro da música. E tudo isso aí são características do som do Born Of Osiris, banda americana que já existe há alguns anos, mas que antes se chamava "Rosecrance" (fora os outros nomes antes desse). The New Reign, debut dos rapazes, lançado em 2007, consegue fazer essa mistura surreal. Bases simples e genéricas, características do hardcore moderno (aquelas bem "tam-tam-tam-taram-tam", manja?), são fundidas a arranjos de outro mundo, técnicos e repentinos, inteligentes e sofisticados, realmente inovadores. Em todas as músicas há elementos que surpreendem, mas você também terá aquela sensação de "já ouvi isso antes", inclusive no próprio CD, pois esseé o único pecado do álbum: Bases muito iguais e repetitivas. Mas são essas partes normais que se juntam aos arranjos e passagens atmosféricas abstratas. Sim, leitor(a), passagens, porque a banda possui um tecladista. E como você pode supor pelo nome,a banda possui enorme influência da história e da cultura egípcia. A história está no nome e nas letras, e a cultura na música. Não há registro gravado (óbvio) da época em que o reino egípcio predominava sobre os povos, mas há sons e instrumentos que têm o poder de transportar o ouvinta àquela época, exatamente como conferimos em músicas como "Abstract Art" (a melhor e também a que arrepia os cabelos do braço com um teclado completamente único) e "Empires Erased". E se você notar certa semelhança com The Faceless, saiba que é pelo fato do guitarrista do The Faceless ter gravado as guitarras aqui. Ah, e o cara que produziu o Akeldama é o mesmo.
Born Of Osiris é épico, técnico, massacrante e inovador! Vale a pena conferir. Uma pena, contudo, que o álbum tem apenas 22 minutos.

sexta-feira, maio 09, 2008

The Tony Danza Tapdance Extravaganza - Danza II: The Electric Boogalo


The Tony Danza Tapdance Extravaganza... Hahaha! Logo de cara, antes mesmo de ouvir o som, eu já imaginei: Lá vem mais uma banda insana, provavelmente de mathcore. Só que para minha surpresa, não é só "mais uma banda insana de mathcore", e sim uma das melhores que eu já tive o prazer de ouvir.
A começar por terem muito peso nos sons (o que não é muito comum, já que a maioria das bandas investe mais em sujeira), os cowboys já ganham pontos. Depois, por irem a fundo
na exploração dos arranjos, ou mesmo de qualquer parte da música, com guitarras mega técnicas e caóticas, velozes e agudas, algo completamente irredigível! E veja bem, não são simples escalas, nem coisas que se ouve por aí todo dia. Passa longe, por exemplo, daquele som mecânico e sem feeling de um (eca) Dream Theater. E o resto dos instrumentos não ficam atrás. Bateria bem grind, oscilando também entre o hc moderno, contra-baixo gravíssimo, ousado até quando acompanha algumas bizarrices das guitarras. Enfim, é de tirar o chapéu! Porém, como era de se esperar, há um grande detalhe que remete a outras bandas. Sabe aquele vocal na linha The Acacia Strain, Hatebreed e derivados? Pois bem, é o que ouvimos aqui. Um vocal inquestionavelmente igual ao dessas bandas e de congêneres.
Danza II: The Electric Boogaloo, em suma, é um ótimo álbum. E é até engraçado, pois possui um enredo. Começa com uma intro de personagens conversando, que no meio do álbum reaparece, e que volta a dar as caras no final, com um massacre de serra elétrica dentro do bar (o núcleo da estória). E nessa faixa que encerra, escutamos um country de qualidade, com violão comendo solto naquele clima texano. O, beleza!
Download
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quinta-feira, maio 08, 2008

Destinity - The Inside


Destinity é uma banda francesa que se arrisca em inovar, de certo modo. Tocar heavy metal com vocais death e passagens sinfônicas de teclado (bem orquestrais; aliás, possui até uns coros nessa linha) não é novidade para ninguém, mas o modo como esse álbum foi produzido é uma novidade, sim.
A princípio, o instrumental é na linha do heavy, porém com a produção encorpada, acabou soando bem agressivo, sem cair naquela mesmice dos anos 80 que, hoje em dia, soa sem sal. O vocal principal é gutural e sujo, mas nos refrãos surgem coros de ópera. O melhor de tudo mesmo é a produção, com uma sonoridade bem original, dando aquela pitada extra ao álbum, já que as músicas não são lá grandes coisas. Não chegam a ser ruins, mas ficam muito na mediocridade. Possui certo trabalho e os músicos são competentes, mas falta algo que prenda mais à audição, pois lá pela quinta música você perceberá que o álbum em si é praticamente igual do início ao fim.
Inteligente e atual, mas sem músicas gloriosas, portanto não é aquele álbum que vai mudar a vida de alguém, ou sequer chegar perto disso. Simplesmente mais um entre muitos, mas com uma produção melhor. E levando em consideração que já é o 6º álbums dos caras, é difícil imaginar uma explosão mundial. Triste...
Download.

Bob Mould - District Line


Pra quem não sabe, ou não lembra, Bob Mould foi guitarrista e vocalista de uma das mais importantes bandas do underground, o Hüsker Dü, ao lado de Greg Norton e Brant Hart e nos anos 90, comandou outra ótima banda, chamada apenas de Sugar.
A carreira solo começou antes mesmo do surgimento do Sugar, em 88, logo após o fim do Hüsker, diz ele que ficou limpo e no mesmo estante botou a mão na massa, e iniciou as composições, do mesmo jeito que faz hoje: sozinho.
Uma de suas maiores virtudes é a habilidade de fazer melodias matadoras, desde o início da carreira vemos (ou ouvimos) isso, com um apelo pop disfarçado. Ao lado desse senso melódico incrível, está a vontade de sempre inovar e experimentar, e são esses doi elementos que ficam bem claros dentro da carreira solo desse careca sem vergonha.
Bem de boa, se ele quizesse fazer um disco pra vender horrores, era só ele arrumar uma gravadora um pouco maior que suas músicas fariam o resto, mas como isso é a última coisa que ele faria, fico me perguntando se essas experimentações são mesmo intencionais, ou apenas pra dar nós na cabeça de alguns. Durante os anos 90, quando o Alt Rock era Hype, passou a sua pior época, lutando contra o "Rock Alternativo" e mantendo a ética independente, mesmo não tocando o velho hardcore meloso.
District Line, lançado esse ano (pelo selo ANTI- de propriedade da Epitaph e sem previsão de versão nacional), já é o sétimo disco da carreira solo e até agora, um dos melhores trabalhos que eu ouvi. Com quase toda a gravação por conta de Mould, o disco sôa coeso, cada acorde no lugar certo, e claro, melodias destruidoras, um disco de Rock. Não é "de volta às origens", mas pelo menos, há várias guitar songs fudidas, de tirar o chapéu, com alguns ritmos meio alucinantes, com um pop meio "chiclézão", misturado com alguns elementos eletrônicos, e o melhor: Tudo na dose certa.
Pra não esquecer, como banda de apoio, Mould chamou Brendan Canty, ex-Fugazi para a bateria e Amy Domingues para tocar Violoncello, que eu não faço a mínima idéia de quem seja, mas é esperado alguma turnêzinha. Enfim, baita discaço, faz o download e diz ae.

quarta-feira, maio 07, 2008

Bloodlined Calligraphy - They Want You Silent


Essa é banda mais pesada que eu conheço cuja formação possui uma vocalista gritando horrores. E nem ousem vir aqui falar de Arch Enemy! Infelizmente, Bloodlined Calligraphy ainda é um pouco desconhecida, porém muito competente. Já deram as caras por aqui, no ano passado, quando postaram o álbum Ypsilanti, mas é hoje que vocês conhecerão o melhor álbum da banda.
Lançado em 2005, esse CD é um exemplo de hardcore moderno (com algumas notáveis pitadas de metal) que deveria ser seguido por outras bandas. Sólido e sujo, veloz e lento, com alguns vocais limpos e muitos gritados, e sempre empolgante. É aquela fórmula de NY, com muitos breakdowns e guitaras pesadonas, mesclada com a boa e velha fórmula da Califórnia, veloz e não muito pesada, ainda somando os arranjos metálicos e técnicos. Já começa quebrando tudo com "...Know When To Fold'em", música que apresenta, primariamente, o vocal limpo e, repentinamente, o extremamente gutural. "A Variety Of Damage", a segundona, já mostra o breakdown extremamente arrastado e pesado, com o vocal mais pesado possível, deixando muitos homens no chinelo. E o disco vai rolando com cada música mostrando uma particularidade. Todavia é meu dever fazer uma referência à música "Not Another Teen Love Song", pois é a mais marcante de todas.
Além de ser mais um tapa na cara de quem não acredita que mulheres possam ter um espaço na cena da música pesada, é também um álbum que quebra outros tabus, como "metal e hardcore não se misturam".
Download.

terça-feira, maio 06, 2008

HORSE the band - The Mechanical Hand


Quando ousadia, força de vontade, criatividade e outros adjetivos necessários para uma banda obter sucesso são juntados, não há outro resultado a não ser o merecido sucesso. E é por isso e pela originalidade que a HORSE the band é uma banda que vem obtendo uma enorme popularidade ao redor do mundo. Possivelmente os criadores do nintendocore (se não são, pelo menos mostraram o estilo para a maioria das pessoas), os rapazes são altamente notáveis por fazer uma mistura muito boa entre a maioria dos estilos terminados em "core" (hard, old e new school; math; post; alguns traços de grind...) com um teclado que executa igualmente a sonoridade 8-bits de video-games como o Nintendinho e o Super Nintendo.
The Mechanical Hand, de 2005, é o terceiro CD deles - ignorando a demo, EP's, DVD e tudo mais. Mostra a banda em um de seus melhores momentos, esbanjando criatividade em músicas progressivas e surpreendentes. Para deixar tudo ainda melhor, a produção é completamente 5 estrelas, deixando todos os instrumentos muito audíveis e com uma sonoridade única para cada um, de modo que você percebe claramente cada arranjo individual. O vocal altera muito entre o limpo e o gritado frenético, com uma interpretação muito expressiva e descontraída, às vezes até teatral, e isso combina muito com as passagens de video-game do teclado. Tudo muito original, de fato, mas não dá para deixar de falar do teclado. Galera, esse tecladista é muito bom. Escute "The House Of Boo", pois nesse som o cara faz igual aquela parte em que o Mario está dentro da casa fantasma. E vejam bem, não é sampleado, é tocado mesmo! Sem falar nas diversas passagens que o cara cria com a sonoridade 8-bit, pois nem tudo é cópia dos games. Melhor música do CD, disparadamente. É um clima simplesmente empolgante e nostálgico! Aliás, está esperando o que para conferir também algumas músicas como "Birdo" e "Octopus On Fire"? "Manateen" e sua passagem à la Side Pocket também é para emocionar.
HORSE the band merece a sua atenção. Bandas originais assim são pérolas nos dias de hoje. Altamente recomendado. Download.

segunda-feira, maio 05, 2008

La Quiete - La Fine Non È La Fine


Se você ainda tem aquele conceito inteiramente errado sobre emocore, aquele que está na mente da maioria das pessoas, graças às afirmações e informações erradas que a Mtv e os demais canais fornecem, faça a gentileza de baixar esse CD e escutar com atenção.
La Quiete é uma banda italiana de emocore verdadeiro ou emo-violence. Seu som é caracterizado desse modo por ser gritado de maneira desesperada (não há técnica de gutural ou rasgado, os gritos são literalmente gritados), possuir aquela sonoridade semelhante ao hardcore old school (muito sujo e pouco pesado), bateria frenética que executa até blast-beats, guitarras caóticas ou bem harmoniosas, e por aí vai. É um tipo de som que esmaga muitas bandas de heavy metal, pois é hardcore. A única diferença são as letras, que possuem conteúdo emocional em vez de protesto. E confesso que é até difícil achar informações e músicas deles na net, pois o som é totalmente underground. Com certeza passa longe de tudo que as pessoas costumam chamar de "emo" hoje em dia. Por falar nisso, esse rótulo está associado somente a coisas ruins, e isso é uma pena.
Baixe o álbum e mude sua opinião. Mas, por favor, não vamos começar a discutir sobre os álbuns que já foram postados aqui e chamados de screamo ou emocore e que não têm ligação com esse (Alesana, por exemplo). Não posso mudar o mundo. Às vezes tenho que usar uma linguagem que todos (ou a maioria) entendam. Espero que compreendam. Até breve! Logo logo postarei Daïtro, uma banda do mesmo estilo, porém vinda da França.

domingo, maio 04, 2008

Sleep - Sleep's Holly Mountain

Vindos da cidade de San Jose, a capital do Vale do Silício, na Califórnia, o Sleep, é considerado, hoje, como um dos mais importantes nomes do Stoner Metal, que foi muito bem desenvolvido no início dos anos 90, nessa região da América do Norte, e que reflete até hoje, na música pesada.
A banda nasceu a partir da cinzas de uma banda de nome estranho: Asbestosdeath, que tocava uma mistura de Sludge e Punk (e que tiveram a discografia relançada recentemente). Com a entrada do jovem Matt Pike, nas guitarras, trocaram o nome pra Sleep e em forma de um power trio fudido (Al Cisneros no baixo e vocal e Chris Hakius na bateria), lançaram este, Sleep's Holly Mountain, segundo disco, em 1993, via Earache Records.
Tido por muitos como um dos pilares do Stoner Metal, ao lado de outros clássicos da mesma época, Blues For The Red Sun do Kyuss e Spine Of God do Monster Magnet, estes cdzitos podem ser considerados como a base pra quase tudo que veio depois. Com forte influência do Doom Metal, as vezes parece que os riffs de Pike foram feito pelo Mr. Iommi, do Sabbath, e por isso, a banda era muito comparada com o Saint Vitus, outros seguidores ortodoxos do Black Sabbath.
As rifferamas pesadas e no estilo "monolítico", bem marcadas e lentas, deixam o disco com um clima meio mofado e nebuloso, talvez, devido a fumaça que a banda fazia, que ficam bem clara nas letras e principalmente, na capa (olha ali as folinhas de Cannabis). Junto temos, uma bateria sequinha, meio coadjuvante, altas doses de groove, devido ao peso destilado pelo baixo e a guitarra, e muita viagem musical.
A banda conseguiu uma base de fãs fiéis imensa, porém para os padrões de uma banda, que se encontra no underground do underground, e devido as atitudes anti comerciais (o espírito anti social fica claro no som), a banda entrou em colapso e outros passaram a frente. Felizmente, hoje Matt Pike tem uma das bandas mais afude do cenário de música pesada, que é o High On Fire, que misturou todo o clima Doom com velocidade e um pouco de agressão, e é considerado "Herói", dentro do circuito Stoner/Doom, mas não está nem perto de alcançar a popularidade de Josh Homme e Dave Wyndorf, assim como os dois estão longe de alcançar a mesma habilidade com as cordas de Pike. Download.

sexta-feira, maio 02, 2008

Iron Madness - Slaughter Shiver

Iron Madness é o nome artístico de Ziv Viner, músico/produtor de dark psytrance. É um artista bem novo cuja carreira também é iniciante, já que Slaughter Shiver, lançado em 2007, é o seu único álbum até o presente momento.
A sonoridade é simplesmente alucinante e carismática. Como pode-se supor pelo nome do estilo, efeitos macabros, samples de filmes de terror, atmosferas obscuras e demais elementos sombrios são fundidos à velocidade e o ritmo característico do psytrance, resultando em um som que tende a agradar tanto os fãs da música eletrônica até os que não gostam da mesma. Por ser bem o oposto daquelas melodias bonitinhas e alegres, a música acaba por prender mais à audição. Ao ser escutado em um aparelho de som potente, pode causar aceleração cardíaca e até desencadear calafrios e diversas reações. Particularmente, creio que é o tipo de som ideal para tocar numa festa rave. Fico imaginando o que acontece com quem toma um doce e começa a escutar esses sons explodindo nos speakers... Cacete, deve ser muito insano! Mas não pense que é um filme de terror, pois está longe disso. Nem todas as músicas seguem a linha dark. Se você tem um ouvido atento, perceberá uma ou outra com um andamento mais tradicional. Ah, e claro, não fique esperando um atentado sonoro. É apenas um tipo de som eufórico e obscuro, nada arrastado e depressivo. Ok?
Sinta-se à vontade para baixar e apreciar o trabalho desse cara que, na minha modesta opinião, merece um espaço na cena mundial de DJ's e produtores renomados. E prova disso é que suas músicas já foram parar em diversas coletâneas. Mas é isso, 1 hora e 15 minutos de pura psicodelia dançante. Acha pouco?
Download.

quinta-feira, maio 01, 2008

X - Los Angeles

Não, nao estamos falando de uma banda de metal japonesa, estariamos se os mesmo nao tivessem mudado seu nome para X Japan (para evitar estes problemas). Nem de nenhum projeto nerd de musica alternativa. Estamos falando de uma das melhores bandas ja surgidas na califórnia. Exene Cervenka, John Doe, Billy Zoom, DJ Bonebrake são o time da banda formada em 1977. Destes, os dois primeiro dividiam os vocais, o terceiro a guitarra e o DJ tocando a bateria. Apesar do pouco sucesso mainstream eles foram, sem sombra de dúvidas aquelas bandas que fazem a história de uma cidade, neste caso Los Angeles, nome do cd e nome de música. Música esta que foi responsável para que o grupo ganhasse a chave da cidade. É pouco ou quer mais? X é lindo, Exene e John Doe dividem lindos vocais, embalados por guitarras rock'n'roll e baterias simples e, ao mesmo tempo, completas. É difícil de explicar o que se sente quando se escuta este notório grupo de punk rock. Eu, por exemplo, sinto como se estivesse na Los Angeles de 1930, dentro de um livro beat de John Fante, numa tarde quente e seca. A voz de Exene realmente é inconfundível e extremamente bonita, compondo tudo da maneira que deve ser. "Los Angeles" é extremamente viciante, linda, perfeita (ja coverizada pela melhor banda da história da terra: Descendents). Além dela, temos "Adult Books" (versão demo) ja coverizada por Sublime, "Your Phone's Off The Hook, But You're Not", "Soul Kitchen", "Sex And Dying In High Society" e muitas outras, todas candidatas a hits. Minha favorita é "I'm Coming Over (Demo)", linda, rapida, punk rock de verdade com um vocal perfeito. É um album de hits, indescritível, lindo, obrigatório para qualquer criança queira se achar o senhor punk rock.
Baixe, escute e se apaixone por uma das mais importantes bandas que ja sairam daquela bendita terra americana de merda. E agradeça nos comentários, ou você acha que é facil procurar por "x" nos mecanismos de busca? :)
Baixe! e comente :}