sexta-feira, agosto 29, 2008

Red Sparowes - Aphorisms


Red Sparowes, até onde sei, foi a primeira super banda do estilo que chamam de post-rock, mas, para mim, isso aqui vai além de rótulos, e caso fosse para dar-lhes um, eu diria tranqüilamente: Atmosférico. E por quê uma super banda? Porque foi fundada por membros do Isis e Neurosis, em 2003. Infelizmente, há pouco tempo atrás, Josh Graham, do Neurosis, deixou o grupo, e Aphorisms foi todo composto sem o mesmo.
Havia escutado um EP deles com outra banda do gênero, a Gregor Samsa, e achei muito lindo. Não exitei antes de conferir este Aphorisms, pois, pelo que tinha lido a respeito, a sonoridade e as músicas estavam ótimas, e realmente estão. Apesar de possuir somente 3 faixas, todas tem uma boa duração, e nada é encheção de lingüiça, acabando com uma duração de 17 minutos. Fisicamente falando é isso, todavia, se você já conhece as bandas da raiz e as demais do gênero, certamente sabe que dá para ir muito além ao ouvir essas músicas, e o desprendimento com a percepção do tempo ocorre logo nos primeiros acordes. Não é à toa que posto esse álbum numa sexta-feira, porque sei que todo mundo chega cansado do trabalho, ou cansado de qualquer coisa que tenha ocorrido no decorrer da semana, e escutar uma banda como essas serve de remédio. "We left the apes to rot, but find the fang grows within" (não se assustem com os títulos, pois são apenas títulos) abre em grande estilo, com linha de guitarra lembrando muito o espetacular e último álbum do Isis, In The Absence Of Truth. Reina uma calmaria absoluta, mesmo com a execução dos instrumentos sendo "intensa". A guitarra é limpa, há uma atmosfera tranqüila de ambient ao fundo (similar às do Oceanic), e todos os instrumentos fazem algo bonito. Quanto aos outros sons, não sei o que falar, apenas digo que os títulos são apavorantes! "Error has turned animals into men, and to each the fold repeats" (o que pode, no fundo, ser verdade) e "The fear is excruciating, but therein lies the answer".
Certamente um daqueles materiais em que nada se compara à audição. E se você é como eu e o Lincoln Hawk, que aprecia essas bandas e mais outras do naipe de Explosions In The Sky, aqui está um presente. Download.

Motörhead - Motörizer


Mesmo se o Motörhead tivesse acabado em 83, ou 84, eles ainda seriam uma das bandas mais importantes dentro da história da música pesada. Pra quem não tem idéia do que é representa a instituição Motörhead, eu primeiro pergunto; de onde tu vem? e sabendo que a reposta é "de outro planeta", e que ainda não é uma desculpa muito razoável, te digo que o Motör foi a banda responsável por aproximar o Punk do Metal, escrevendo as primeiras linhas do que seria chamado de Thrash e Speed Metal, que continuou ao redor do mundo com Venom, Metallica e Slayer.
O que acontece é que desde que começaram, já se passaram alguns anos... alguns 30 e tantos anos, e ao contrário de outros, que consideram "estar na ativa" como lançar coletâneas e ao vivos, fazer shows comemorativos, a filosofia bêbada de Lemmy e cia. é outra; gravar cd's e pé na estrada, chutando o que vier pela frente, afinal, Lemmy é O cara e sabe o que faz.
Refrescando a memória, Motörizer é o vigésimo disco de estúdio da banda, e posso dizer que ele não nem melhor, e nem pior que os útlimos 5 álbuns, é o mesmo álbum. Então tu me pergunta "qual a graça em ouvir sempre a mesma coisa?". Entendo muito bem tua pergunta, é justamente por que tu não gosta de Motörhead. Desde os anos 80, a sonoridade pouco mudou e isso só ajudou a consolidar mais a carreira; se tu diz que gosta de Motörhead é sinônimo de bom gosto musical e além disso, te dá uma certa credibilidade nas ruas.
Caso tu seja fã do bom e velho metal, iria quere ver o Iron Maiden tocando Metalcore, ou quem sabe o Judas Priest fazendo um Rap Metal? Bom... a resposta serve aqui também. O que se espera do Motör é barulho, confusão e doses de Whisky, ou seja; o de sempre, nenhuma pretensão de criar algo novo, quebrar paradigmas ou inventar novos rótulos, o que a gente quer é Heavy Metal bem feito, e sim, nós conseguimos.
Pra quem começou a acompanhar o processo de gravação do disco, rolou um certo frio da barriga logo no início, quando o trio anúnciou que: Faria toda a gravação no estúdio de Dave Grohl, na Califórnia; o produtor seria Cameron Webb, que trabalhou com Limp Bizkit, Orgy e Monster Magnet e por final, que a arte da capa não seria de autoria de Joe Petagno.
Eis que o resultado acabou com qualquer chance do disco novo sôar um pouco pop ou alternativinho, porra nenhuma, Rockão classudo, rápido, pesado e básico, cheio de solos blues-rock e o vocal mais rabujento do rock, o bom e estúpido metal motoqueiro. E acontece a mesma "lenga lenga" dos últimos anos; todo dizem que é um baita disco mas que não se compara com clássicos como Ace Of Spades ou Overkill, mas ninguém se arrisca a sentar o cacete, justamente pois são discos bons e que provavelmente irão ser a trilha sonora da sua próxima briga de bar.
A única coisa que eu me arrisco a dizer é que perderam muito, foi no quesito "capa", e perderam pra caralho. Famosos por sempre terem artes sinistras, a capa de Motörizer é uma idéia simplista e meio sem graça, a maioria sabe da relação entre Lemmy e sua adoração por guerras, e por isso o uso dos brasões dos países dos integrantes: Inglaterra (Lemmy), Suécia (Mikkey "alemão loco" Dee) e País de Gales (Phil Campbel), que é completo pelo nosso querido Snaggletooth, como a última nação, nação Motörhead.
"ô magrão, para de papo furado um pouco e me diz um pouco sobre as músicas". Ok, acredito que isso é o que mais interessa, e tu tá lendo isso só pra ver o que outras pessoas acharam do novo disco antes de baixar, digo, comprar. Se prepare para o chute na cara, "Runaround Man", a faixa que começa o disco é um convite pra uma bebedeira desenfreada, o tipo de festa que toca Motörhead. "English Rose" é talvez o ponto alto do disco, e serviria muito bem para o primeiro single, se a SPV estive procurando por uma. Só para não perder o costume, "The Thousand Names Of God" é a música rebelde sociopolítica, que junta com a primeira citada, foram as escolhidas pela banda para tocar no programa de música de Bruce Dickinson na BBC, mês passado.
Qualquer review que disser que Motörizer é melhor ou pior que o útlimo álbum, ou então decepcionante e até maravilhoso, estão enganados. Motörizer é exatamente o mesmo que o útlimo disco e é o mesmo que o próximo (se isso chegar a se concretizar, levando em conta que Mr. Kilmister está com 62 aninhos) álbum, e isso é algo bom, a não necessidade de mudar.
"Se não mudam, pra que gravar disco novo?" Duas boas respostas: Uma banda deve encher o saco de tocar a mesma música há 20 anos, no caso a imoral "Ace Of Spades", uma música que com certeza, eu, tu e todo mundo gostaria de ver num show deles e é sobre isso a segunda resposta: "Quando eles não tiverem mais aqui, tu vai sentir falta, então não critique o álbum por ser o mesmo que os outros; é o mesmo que criticar o sol por brilhar todo dia." disse o sábio da Thrash Hits.
Já sabem que dificilmente irão se decepcionar, a não ser que você leitor, seja um bunda mole, e pra comprovar isso, basta entrar no last.fm e escutar todo o disquinho na íntegra, se não gostar, já sabe. Download.

sexta-feira, agosto 22, 2008

Clutch - From Beale Street To Oblivion


Clutch é uma banda relativamente conhecida, dentro dos limites do underground, e desde o início dos anos 90 vem juntando cada vez mais um número maior de fãs, ou devotos, graças a uma mistura musical boa e funcional.
Dentro da vala comum do gênero Stoner Rock, onde atualmente o maior nome em atividade são os putos do QOTSA, o Clutch tem uma proposta diferente, e vem surpreendendo nos últimos lançamentos, pegando a veia Rockeira e misturando com um clima Blues e algum coisa do Funk, aquela quebrada e o groove, mais umas letras estranhas, e altas doses de adrenalina.
From Beale Street To Oblivion, saíu ano passado e me fez abrir o sorriso já de cara, fiquei surpreso com a qualidade e como eles ainda podiam fazer um disco tão bom quanto o Robot Hive/Exodus, a influência da música sulista americana mais forte que nunca (tecladinhos bagaçeiros e harmônicas), resultam num Stoner Hard Blues Rock, saca?
Um disco desses só podia ter dedo de algum nome forte, alguém que entende do barulho, e nesse caso, o culpado foi Joe Barresi. Produtor que já trabalhou com do naipe de Kyuss e Melvins, preciso dizer algo mais? Se ainda quer mais, tem o Tool, Fu Manchu e o último do Bad Religion.
Usando uma frase muito bem sacada da all musica guide; "se você tem saudade dos tempos que o Soundgarden era uma banda funcional, o Kyuss patrolava o deserto e o Black Sabbath não precisava fazer as pazes com Ozzy, o Clutch definitivamente não vai te desapontar com Beale Street", termino por aqui, afirmando que esse é um disco foda e leva jeito de Classic Rock. Babação de ovo a parte, a audição é obrigatória para fãs de Rock bem feito, é dar o play e botar o pé na estrada. Download.

Sunn O))) - Flight Of The Behemoth


Muitos classificam a sonoridade do Sunn O))) como simples barulho ou "musiquinhas para assustar e fazer pose". Engano grave! Se pensar bem, e analisar a maioria dos fãs que só querem saber de fazer pose de mal, ser do underground e os caralhos, é bem isso! Mas para quem se interessa por música, isso aqui com certeza é uma longa e sinistra viagem pelo mundo dos sons graves, basta ter um reprodutor de som muito potente.
Flight Of The Behemoth é o segundo full da dupla americana. O som nem era tão diferente como dizem (após muita gente conhecer o Black One, parece que os malvadinhos se revoltaram e disseram apenas curtir essa fase aqui). O som é drone/doom, brutalmente sujo e encorpado, tanto que - repito - sem um sistema de som forte tudo parecerá barulho. Há leves toques de dark ambient também, resultando em algo desconfortável, mas gracioso justamente por isso. Outros instrumentos aparecem também, como piano e "samples".
Pegamos, por exemplos, as duas primeiras faixas: "0))) Bow 1" e "0))) Bow 2". Na primeira parte, parece um massacre de serra elétrica, que alterna entre soterrar o piano mórbido ou deixá-lo tocar. Na segunda parte, a atmosfera de dark ambient se junta a isso e você confere uma música agoniante de quase 13 minutos, com um andamento que progride e regride, sem estrutura musical definida.
O resto cabe a quem ouvir, pois garanto que as sensações variam de pessoa para pessoa. A mim, pelo menos, é algo cabuloso de escutar em ambiente fechado e escuro, para sentir aquele frio na espinha e calafrios momentâneos. Download.

quinta-feira, agosto 21, 2008

Aereogramme - My Heart Has A Wish That You Would Not Go


Se eu usasse a definição que a banda usa para o seu som, começaria que o Aereogramme é uma banda de rock experimental, hum.. algo que não deixa de ser verdade, mas não chegar a ser assiiiim, tão complicado quanto o gênero propõe.
Formado em 98, na cidade de Glasgow, na Escócia, começaram com uma proposta bem legal, que ia de dois extremos, em segundos, pois havia uma influência metálica e uma vontade enorme em usar vocais gritados, em contraponto, usavam elementos eletrônicos e melodias usadas no indie rock, de forma pop.
My Heart Has A Wish... foi o último disco da banda, um pouquinho antes deles acabarem de vez, no ano passado, por problemas financeiros e um pior, saúde: a voz do vocalista Craig B. já não aguentava mais o trampo; gritaria, festa, whisky e shows, mas felizmente, deixaram 4 discos de estúdio e alguns EP's, sem contar a parceria "felômenal" com o Isis, no projeto Fishtank, de número 14.
Este disquinho talvez seja o melhor trabalho da banda, ou pelo menos, é o que todo mundo costuma dizer, e dessa vez não vou discordar. O legal são os traços de post-rock, diminuíram o vigor e investiram na melodia. Relaxante, reflectivo, melancólica e cortêz, ótimo trabalho com músicas que podemos até chamar de "doces", e faz eu até tentar escrever um texto bonitinho. Mas não rola, não.
A banda não chegou a ficar muito conhecida, mas existe um culto muito fiél de fãs, e quem viu show, diz que é algo único. Não custa tentar, mudar um pouco o que anda sendo postado por essas bandas. Download.

segunda-feira, agosto 18, 2008

Doom - Fuck Peaceville


O Doom foi uma das primeiras bandas de hardcore mais extremo. Na época, lá no fim dos 90, isso significava crust/grind. Outra banda que emergia nessa época - e inclusive era amiga dos caras do Doom - era o Terrorizer, a qual mandou saudações ao Doom no "encarte" do seu clássico disco de estréia (World Downfall - comprei pela bagatela de R$10,00, vinilzão meio mofado, mas a sensação foi extremamente prazerosa).
Naturais de Birmingham, estão na ativa até hoje, porém tiveram uma leve parada nos anos 90. Uma das coisas que mais desperta a atenção neste álbum é o título. Que eu saiba, "Peaceville" foi o primeiro selo dos caras. Se alguém souber qual a moral do nome, poste nos comentários, por gentileza.
Hoje não é um bom dia para mim e eu certamente não sei muito mais que isso sobre o Doom, portanto, se você curte Disrupt e Extreme Noise Terror, não exite em baixar, pois é tudo na mesma linha de som bruto, sujo, veloz e empolgante.
Download.

sexta-feira, agosto 08, 2008

Intronaut - Void


Intronaut é uma banda relativamente nova, já que seus primeiros trabalhos são datados de 2006.
Eles começaram com um EP/Demo chamado Null, lançado por eles próprios. Depois, arrumaram um selo e relançaram o mesmo EP.
Void veio na seqüência, sendo o primeiro full-lenght. Sua sonoridade é complexa. Ouvimos de metal lentamente progressivo a alguns toques de drone/dark ambient, atmospheric sludge e toques experimentais, portanto, não se surpreenda caso ouça alguém os chamando de post-metal. Isso tudo resulta num álbum de difícil aceitação na primeira audição, porém muito prazeroso com o tempo. Das bandas que já passaram aqui pelo blog, creio que o The End Of Six Thousand Years é a que mais se assemelha, para vocês terem noção. Mesmo assim, Intronaut é bem mais rico em elementos.
Por ser uma banda formada por um ex-membro do Impaled e do Exhumed, também fico abismado, pois não há traços de death na musicalidade do Intronaut, se tirarmos alguns vocais guturais.
Escutar "Nostalgic Echo" é até um pouco triste, pois, sabe-se lá porque, o som é nostálgico, mesmo. "Iceblocks" consegue soar limpa, suja, caótica e harmoniosa ao mesmo tempo, portanto, tiro o chapéu pros caras e recomendo o álbum como um todo.
Download.

terça-feira, agosto 05, 2008

Brutal Truth - Sounds Of The Animal Kingdom

O Brutal Truth é mais uma banda da mente insana do ex-baixista do Anthrax, ex-baixista do S.O.D., baixista do Nuclear Assault (puta lista longa, hein... isso que só falei dos projetos principais dele), Dan Lilker. Não vou falar o quanto respeito o Dan Lilker. Resumindo, vou dizer que o cara é foda, e só gravou coisa boa até hoje... Com o Brutal Truth não foi diferente.
A primeira vez que ouvi falar de Brutal Truth, foi procurando mais sobre o titio Dan, e numa página com a discografia da banda, as capinhas e as listagens das músicas, me impressionou a quantidade de músicas nesse cd (22), e a CAPA. Foi o primeiro cd que ouvi do Brutal Truth, e tenho que dizer que a capa por si só já foi motivo pra ouvir o álbum. Que músicas teriam num cd com um meio-homem-capitalista/meio-macaco-selvagem na capa? Enfim, esse cd é uma prova, do início ao fim, que grindcore não é música de "músico que não sabe tocar". Com elementos de death, thrash, rock experimental, e uma bateria vinda diretamente do INFERNO, o cd é um dos melhores da banda.
Ouça por exemplo, "Jemenez Cricket", que é um death/rock muito experimental... fugindo um pouco do grindcore. Ou a "Blue World", com sua introdução apocalíptica. "It's After The End of The World" é outra que me assombrou a mente por semanas. A ultima musica, "Prey", e recomendada apenas aos fortes de ouvido... repetição incessante por mais de 20 minutos. Curiosidade: Em 2001, o Brutal Truth apareceu no Guiness Book, com o recorde de MENOR VÍDEO DE MÚSICA, pro clipe de "Collateral Damage", de outro álbum da banda, Extreme Conditions Demand Extreme Responses, que também é um puta discão! A duração do clipe? 2.18 segundos. Download.

PsyOpus - Our Puzzling Encounters Considered


Puta que pariu! Ai, meu caralho! Boceta! Bala na testa! ... Por mais que a expressão tenha um sentido forte, não há uma sequer que se encaixe aos pensamentos na primeira audição dessa obra do PsyOpus! Lembro-me claramente: Passei o CD para o MP3, coloquei os fones, dei o play e... Creeeeedo! Já tinha ouvido falar que eles eram do mathcore, mas, repito, não há expressão que sirva para descrever isso. Logo no primeiro som, "The Pig Keeper's Daughter", com intro mega-técnica-mais-que-trabalhada-sem-noção-insana-sabe-se-lá-de-onde... Fiquei com os cabelos do braço arrepiados. Os caras não tocam mathcore, eles avacalham no mathcore! Para provar que não estou forçando, pesquise sobre o guitarrista da banda - ele teve que provar que conseguia tocar as músicas ao-vivo para ganhar patrocínio, e conseguiu.
O som dos caras é gritado de uma maneira exagerada, sem um estilo definido, pois passeia pelo rasgado, gutural, gritado sem técnica e até umas coisas bem indefinidas, enquanto a guitarra faz o semi-impossível, o baixo acompanha com maestria e o batera deve ser descendente do Goro. Mas é mais que isso! Muitas bandas podem ser descritas assim, mas os caras são isso e mais... Cacete! Não consigo mais digitar nada, porque "Scissor Fuck Paper Doll" não me deixa escrever bem, apenas escutá-la com atenção, pois, nossa, o que é esse breakdown acelerando para introduzir o arranjo de fim de mundo?!?!? Oh, não... Uma criança gritando sobre um gravity blast-beat em "Whore Meet Liar"?!???! Ufa, há uns minutos para tomar fôlego em "Siobhanis Song", menos mal. Por falar nela, é relaxante e atmosférica, ou seja, é também uma prova de versatilidade. Depois disso, como diria um amigo meu: "Paaaau e paaaau!".
Não é um álbum composto de músicas memoráveis, e nem haveria modo de ser. Como já foi dito: Não possui estrutura, não possui estilo definido, e ainda trambita pelo jazz técnico e a caoticagem. A única certeza é que isso aqui é único! E olha que conheço outras bandas do estilo (The Tony Danza Tapdance Extravaganza, Virulence, Monogono), e nenhuma é tão ousada.
Procurar vida extra-terresstre em Marte ou qualquer outro planeta é perda de tempo! Os caras do PsyOpus são desumanos e estão bem aqui, na Terra. Escute alto e fique apavorado! Download.

segunda-feira, agosto 04, 2008

Carnifex - Dead In My Arms


Da onda de bandas recentes do estilo death metal/hardcore que surgiram nos EUA, o Carnifex é uma das menos interessantes, mas não chega a ser ruim.
O som dos caras é extremamente bruto e sujo, arrisco a dizer que é de uma maneira que deixa muitas bandas consagradas no chinelo - porém, como todos sabem, só isso não forma uma banda extraordinária. Falta muita criatividade no som deles, pois, em 90% das músicas, o andamento é totalmente genérico, não mostrando sequer um tracinho próprio. Lógico que é destruidor, mas há bandas melhores e mais empolgantes para escutar. Por falar em empolgação, há aumentos da mesma em alguns breakdowns. Dead In My Arms foi o primeiro CD deles, e tudo dito ali em cima se deve a ele. Hoje, já estão com um álbum novo, o qual deve estar melhor, pelo que ouvi no MySpace.
Tudo pode ser questão de gosto. Esse álbum é só mais um entre tantos, para mim. Para outros, é excelente! E para você? Baixe e descubra, caso não conheça.

sexta-feira, agosto 01, 2008

Dropdead - Discografia


Dropdead é uma banda curta e grossa! Influenciados pelas vertentes mais sujas e podres do hc, como powerviolence, grind e crust (estilos muito próximos, se você escutar bem), os caras continuam na ativa até hoje, desde a formação em 1992.
Adeptos da política do "faça você mesmo", gritando enraivecidamente pelos direitos dos animais, anti-autoritarismo, pacifismo e outros motivos de luta, lançaram diversos álbuns e splits.
Esse "CD" aqui em questão deve ser realmente a discografia, pois possui 95 músicas, sendo as iniciais diferentes em andamento e produção/mixagem das últimas. Isto é, se você gostar, terá material deles até enjoar - isso se enjoar, pois o som é altamente empolgante, gritado desesperadamente, com baixo e guitarra ultra-sujos, bateria socada sem dó algum, cheia de blast-beats, e tudo mais que você imaginar.
Quanto ao nome da banda, tiraram de um material do Siege, outra banda das antigas e de estilo bem semelhante.
Quer fazer um circle pit violento em sua própria casa, curtir um som de bater cabeça e sair socando tudo, ou apenas curtir um bom hc bem raw? Então, não exite e baixe clicando aqui.