quinta-feira, abril 26, 2007

Muddy Waters - Muddy "Mississippi" Waters Live (ao-vivo)


O clima me favorece para postar esse grande disco. Dia chuvoso, meio friozinho e bem tranqüilo, ou seja, é o dia ideal para passar a tarde e a noite curtindo aquele bom, velho e imortal blues clássico!
Mas o que falar de um dos maiores (se não o maior) ícones do estilo nos EUA? E o que falar se ele toca, neste CD, junto com mais 2 lendas, chamadas de Johnny Winter (dispensa apresentações) e James Cotton (mestre da gaitinha de boca)?
Qualquer fã do estilo já sabe que vem por aí som de primeira linha, feito por quem entende, viveu e ainda vive, amou e ainda ama de coração o estilo. Digo isso porque, infelizmente, Muddy Waters já morreu, mas os outros 2 continuam vivos.
Batizado de McKinley Morganfield, esse homem é considerado o pai do "Chicago Blues". Seu nome artístico e apelido, cuja tradução é "Águas lamacentas", se deve ao fato de que, quando era criança, brincava em um rio de águas lamacentas que ficava próximo à sua casa.
O som de Muddy é caracterizado pela voz sua voz inconfundível e, juntamente com o seu carisma, tem tudo para conquistar novos fãs. Eu conheci sua obra no ano passado, mas foi esse ano que eu virei fã mesmo. É sem palavras o feeling que esse cara tem, principalmente ao-vivo, pois suas interpretações são únicas.
Seus álbuns dos anos 60 em diante são considerados como os melhores, e Muddy é o autor de músicas que são consideradas por muitos como "clássicas" do estilo, tais como "Mannish Boy" e "Rollin' and Tumblin'".
Sua influência no estilo e até em outros é indiscutível. Sabe de onde os Rolling Stones tiraram o nome da banda? De uma música de Muddy. Sabe porque Chuck Berry ficou conhecido e começou a fazer shows? Porque era amigo de Muddy, que já era nome consagrado na cena. Sabe pra quem Johnny Winter presta um tributo em seu primeiro álbum? Muddy Waters.
Morreu em Westmont, Illinois, aos 68 anos e está sepultado no Restvale Cemetery, Alsip, Illinois, perto de Chicago, mas sua música é eterna.
Sobre esse álbum, garanto a vocês que é som bom do começo ao fim! Quando escuto, sinto-me como se estivesse em um bar americano. São vários clássicos do blues sendo executados com muita energia e acompanhados de uma platéia insandecida, sem vergonha alguma de gritar vários "Yeaaahh!" e "Uhuuu!" para expressar o que estavam sentindo.
A voz de Muddy é única, a guitarra de Johnny é excepcional e a gaitinha de boca de James Cotton da um toque a mais nessa beleza toda.
Leitor(a), baixa logo e aprecie MÚSICA!

Um comentário:

Ser da Noite disse...

Fala Julio,

Grande álbum, grande resenha, grande post.

[ ]s

Cesar