Que os Kennedys foi uma das bandas que mais fez barulho durante os anos 80 não há o que duvidar. Não só apenas barulho com seu punk rock veloz e irônico, mas fizaram uma bagunça enorme no cenário da música underground e a imagem de que uma banda pode sim se meter com política e não de uma forma tão babaca como o U2, rock engajado é para baitolas.
Jello Biafra continua até hoje sendo uma das grandes figuras quando se trata de oposição à qualquer governo ou qualquer organização de direita, mas as vezes eu acho que os caras foram até longe de mais. Arrumaram inúmeras tretas com a justiça americana, primeiramente com o nome, batizado após a morte dos irmãos Kennedys, que era forma de dizer que era o fim do American Dream. Um dos problemas legais mais conhecido e mais divertido, ocorreu em 85, no lançamento do disco Frankenchrist, o terceiro disco da banda. Dentro do encarte do disco, havia um pôster que contia uma arte com pirocas enfileiradas, acredito que mais uma arte de Winston Smith, que acabou em tribunal, após a mãe de uma menina que comprou o álbum ver o pôster e as letras e ter ficada chocado com a atitude da banda. Por fim que o disco foi banido na época e uma multa para os integrantes da banda.
Essa encheção de lingüiça foi para contar um dos capítulos mais comentados da carreira dos Kennedys, e que foi exatamente após esse episódio que a banda lançou Bedtime For Democracy, o último disco antes da banda se dissolver, chateado com o rumo que a cena do punk rock estava caminhando. Lançado em 86, originalmente como um LP duplo, mostra exatamente o que foi dito antes, uma banda já de saco cheio, pois achavam que o movimento punk que eles estavam já não era mais um lugar seguro, já cheio de neo-Nazis, brigões, que iam nos shows apenas para arrumar briga e não tinham nada na cabeça, indo totalmente contra a ideologia da banda. Um disco cheio de ecletismo dentro do hardcore, misturando com alguns outros elementos, mas principalmente aquele som clássico da banda, hardcore veloz e rude, carregado de passagens de altas doses de irônia.
Como de costume, no geral são todas músicas são de conteúdo radical, metendo o pau no governo Americano (E isso nunca vai acabar), sobre militarismo, conformismo, sobre a violência e principalmente criticando o movimento punk. A arte da capa ilustra muito bem o que eles quiseram passar, não só neste cd, mas em toda a carreira: Uma estátua da Liberdade totalemente desfigurada, em meio a nazistas, oportunistas, oficiais do governo, zumbis religiosos, envolvidos por agentes da imprenssa. Um carreira curta e um legado enorme, que até hoje conquista jovens que começam se interessar por este tipo de música. Vamos deixar para outra conversa o fato dos acontecimentos pós o final da banda, enquanto isso, clica na capa e explode as neurônios dos vizinhos com Kennedys no último volume.
3 comentários:
o nome do artista é H.R.Ginger , entre outras coisas foi ele que criou os monstros de Species(experiencia)... valeu!
gracias por el disco no lo tenia...como siempre sublime el blog...y ya que estamos...podrias postear algun disco de la rollins band...un abrazo
O Jello é baitola..., MAs faz um som do caralho... parabéns pelo blog, baixei várias coisas legais...
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