Se há uma coisa engraçada que eu acho sobre o Anthrax, é que normalmente quando se fala sobre a banda, algo que sempre se comenta é que eles são uma das 4 maiores bandas de Thrash Metal de todos os tempos, ao lado do Metallica, Slayer e Megadeth. Mas alguma vez quando se fala sobre as outras bandas se toca nesse assunto? Hum.. dificilmente.
Além de engraçado, acho um lance estranho, pois com certeza, entre as quatro, eles são a menos conheçida, parece que a banda vive na sombra das outras, que não tem seu devido reconheçimento, nunca conseguiram um hit como "Enter Sandman" ou "Symphony Of Destruction" ou o status que o Slayer tem no mundo do metal, não sei se é pelo fato de eles virem de outra região que a das outras ou pelo não interesse da mídia, pois se for pelo seu trabalho, a banda merecia estar em uma posição muito melhor, pois uma banda que lança um disco como Among The Living, merece todo o crédito possível.
Persistence Of Time foi o quinto disco do quinteto nova iorquino, lançado em 1990, época em que o estilo estava perdendo muito o interesse por parte do público. O disco saiu após o bom State Of Euphoria, e que mostrava uma banda um pouco diferente, pois o Anthrax ficou conheçido por ser uma das únicas bandas de Thrash Metal que escreviam letras com humor, e com esse disco eles inverteram o jogo, e fizeram um álbum muito mais sério, tanto pela parte lírica, quanto a parte musical, com músicas mais longas e técnicas.
Essa seriedade pode ser vista logo pela capa, que pra mim tem certa ligação com o quadro de Salvador Dalí, Persistência da Memória, esse lance da paisagem apocalíptica e relógio, nunca li ou ouvi algo a respeito, mas para mim, essa influência fica meio clara. As músicas tem uma progressão maior, passando por várias fases e mostrando bem o lado técnico da banda, que nos outros álbuns era mais concentrado na pancadaria. Pancadaria? Por falar nisso, apesar de muitas músicas terem duração maior que 5 min., é um dos álbuns mais agressivos, com batidas rápidas, riffs cortantes e um baixo encorpado, compõe o último disco com participação do vocalista Joey Belladona.
Após esse disco, a banda mudou para o vocalista John Bush, e inaugurou um nova era pra banda, não querendo ser muito tr00, é uma fase que eu não sou chegado muito, como o disco Stomp 442. Hoje em dia a banda anda nessas frescuras de bandas que já deviam ter acabado, fazendo reuniãozinhas, Best Of, e showzinhos para ganhar uns trocados, um meio de ganhar de dinheiro que eu não acho muito honesto, assim como o The Cult (Eu sei que não tem nada ha ver, mas foi lago que me deixou estramamente brabo) uma banda que anda na mesma onda e acabou de lançar um disco, material desprezível, que após uma audição, foi reto pra lixeira. Mas como o papo aqui é Anthrax e a Persistência do Tempo, clica na capa e te diverte com mais um ótimo disco de Thrash Metal.
segunda-feira, outubro 08, 2007
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11 comentários:
acho que você foi muito infeliz ao comparar o Anthrax ao The Cult, bandas que eu gosto bastante, mas que fazem sons completamente diferentes uma da outra.
Se for comparar, eu digo que o The Cult atual tá dando de 10 a 0 no Anthrax.
Estou comparando as atitudes da banda. Vem cá, tu realmente gostou daquela negócio chamado de "Born Into This"?
Ah, outra coisa, também sou fã do Cult, você pode dar uma olhada aí no blog, há vários discos deles, desde o início: clássicos como Electric, Sonic Temple e Love e o penúltimo Beyond The Good & Evil, que ficou bem legal, mas esse último, achei terrível. E faz algo como o Anthrax, a banda é o Billy Duff e o Ian Astbury, que nesses últimos andaram fazendo showzinhos também, e até aquele Doors da puta que pariu, acho que andam pra mesma direção.
anthrazx e the cult são uma bosta, vocês dois vão toma no cu kkkk zuera..
sugestão:
+ napalm death
+ DEATH
+ biohazard (não conheço, tenho intenção de conhecer)
+ GRINDCORE em geral (o melhor genero musical da atualidade)
vamos la filipão, ta na hora de botá fogo nesse blog infame!"
Sei que não tem nada haver o que vou falar, mas tem como vc postar os discos do HR (vocalista do Bad Brains), eu só tenho um dele de reggae muito bom mas sei que ele tem mais outros de hardcore!!!
Eu acompanhei o Anthrax até esse CD (vinil, na época do lançamento), e é bom pra caralho.
Mas sei lá, depois que o Joe Belladona (vocal) saiu, não foi mais a mesma coisa.
Para os que gostaram, recomendo procurarem pelo "Among The Living", "I Am The Man EP", "Attack of The Killer Bs" e o "State of Euphoria" (ou então o Felipe pode facilitar e postar todos aqui - hehehe)
Ótimo Blog. Parabéns e continuem assim !
Aproveitando (e já folgando), gostaria de fazer um pedido do disco "To The End of The Earth" dos English Dogs. Há tempos procuro na net, mas não consigo achar. Desde já obrigado.
Belo texto, Felipe Eugênio. E também concordo com a comparação com o Cult.
E pegando carona no comentário do vini5 (eu conheço Anthrax desde o lançamento do Fistful, gravado num cassete Basf de 46 minutos), acho que a saída do Belladona aconteceu junto com o cansaço criativo da banda. Em show eles SEMPRE mandaram bem, mas em discos a coisa foi ladeira abaixo.
Vini5, no blog temos Among The Living e Spreading The Disease da época dourada do Anthrax, o State Of Euphoria fica para mais adiante, bem mais adiante hehe. quanto aos EPs, não somos muito de postar esse tipo de material, assim como compilações e discos ao vivos.
Quanto ao English Dogs, eu tenho esse disco de 85, fica de olho que talvez em 2 semanas ele vai pro ar, tô com pouca disposição pra escrever e muita coisa pra postar hehe, mas com certeza vai tá aqui até o final do mês!
Valeu Michel, é bom saber que temos a mesma opinião que o pessoal que acompanha a banda à bem mais tempo que a gente.
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