sábado, novembro 24, 2007

Rush – Moving Pictures


Todas as minhas postagens até agora têm uma história! O Megadeth foi o primeiro LP que comprei na vida. O Slayer e o Napalm Death é porque formam o trio de minhas bandas favoritas. O trio se completa com o Rush!
Um dia desses eu tava conversando com o Júlio no MSN e ele me disse que não gostava do Rush. Tudo bem que no texto que eles colocaram para selecionar outro colaborador tinha descrito que o cara não podia gostar de Dream Theater nem do Iced Earth, então fiquei calado porque esses doidos podiam não gostar do Rush também, mas como eu sou do contra... lá vai o primeiro de um monte!
Eu ainda era pivete (e acho que muitos de vocês ainda nem eram nascidos) quando esse álbum foi lançado, mas é um álbum que parece não ser datado. Tudo bem que o Rush sempre primou por ótimas produções e esse é um exemplo. Quem tem a oportunidade de ouvir esse cd remasterizado até se assusta com a riqueza de detalhes.
Uma coisa que sempre me impressionou no Rush é a riqueza dos detalhes das músicas. Como alguns devem saber da história dos caras, vou tentar resumir: o primeiro cd deles, de 1974, era muito “influenciado” pelo Led Zeppelin e Yardbirds; no segundo, o “quase-gênio” Neil Peart entrou na banda, no terceiro eles ainda eram considerados rock n’roll; à partir do 2112 eles passaram por uma fase progressiva que durou até o início da década de 1980 (depois postarei alguns dessas épocas), quando lançaram Permanent Waves, que precedeu esse Moving Pictures e mostrou que eles estavam voltando ao rock, mas aí é outra história.
O difícil desse álbum vai ser falar pouco dele, mas juro como vou tentar resumir! Os mais saudosistas devem lembrar que “Tom Sawyer” era o tema de abertura de Profissão Perigo, um seriado pra lá de mentiroso e mais conhecido pelo protagonista: o Mc Gyver. Essa música tranquilamente enquadra-se como um clássico do rock, mas eu considero “Red Barchetta” excelente. É uma música “simples”, que fala da história do tio de Peat que possuía um carro da marca Barchetta da cor vermelha (um falecido colega meu, uma vez “traduziu” esse título como Baqueta Vermelha! Osmar, RIP, bro). O que mais me impressionava quando eu ouvia esse cd era como o som do contrabaixo se destacava. Os sininhos de abertura em “YYZ” não estão ali por acaso. A sigla é um código enviado pelos aeroportos canadenses aos pilotos. Para quem não sabe, Alex Lifeson adora pilotar e nessa época ele ainda tentava tirar o brevê de piloto. É uma faixa instrumental como não se fazem hoje em dia. Tem velocidade, solo muito bom, baixo marcante e bateria com direito a pequenos solos. Outro fato a ser considerado é que, reza a lenda, Neil Peart gravou a bateria dessa música apenas ouvindo o som do aparelho que sincronizava o tempo dos compassos. “Limelight” é linda. Sempre me emociono quando ouço essa música. O instrumental é bem marcante e o refrão tem uma cadência diferente e mostra os tempos quebrados que Peart imprimia no som da banda. Eu sou saudosista pra caramba, então, pra quem lembra, aqui acabava o lado A do vinil.
O lado B inicia com “The Câmera Eye”. Putz... eu não tinha muita disposição pra ouvir essa música na adolescência, mas com a idade aumentando e a paciência pra ouvir detalhes se apurando hoje em dia considero esse épico de 10:59 min tem momentos incríveis. “Witch Hunt”, para quem não conhece, completa uma trilogia começada com “Cygnus X1” do A Farewell to Kings, intermediada pela faixa títudo do Hemispheres (uma suite de mais de 20 minutos de duração) e completada aqui com uma faixa curtinha. Nos antigos cds dos caras, as músicas seqüenciadas sempre eram no mesmo cd, mas eles mudaram com essa, chamada “trilogia do medo”. Para terminar o cd, vem “Vital Signs” (junto com "Red Barchetta" e "Limelight" formam minha trilogia de preferidas). Nessa época, o Rush passava por um momento tão criativo que essa faixa nem entraria no LP. Ela foi composta completamente no estúdio, mas não destoa em nada as outras faixas.
Após esse álbum, os caras passaram por uma fase muito eletrônica que durou todo o restante da década de 1980, mas hoje em dia lançam cds cada vez mais modernos e interessantes, isso sem contar os excelentes albúns ao vivo! Pra baixar, clique na capa.

6 comentários:

Anônimo disse...

O arquivo que vc upou não tem músicas mas sim um monte de gravuras png e tá com senha. Essa foi bem diferente. Se puder upar denovo agradeço.

Vlw

Léo Duarte disse...

Revisei o arquivo e coloquei novamente. Qualquer problema, é só comunicar!

Cheers!!

CoNdoR disse...

pq o vocal do rush tem voz de drag-queen? kkkkkkkkkkkk to zuando... vou baixa pra ver se é bão!!! eu conheço e curto o primeiro disco do rush, na minha opinião um puta disco PUNK

Anônimo disse...

Valeu pela "reupagem", agora vou conferir o som deles. Muito boa a resenha, parabéns.

Anônimo disse...

Caro colega, venho informar-lhe que "Witchunt" é a primeira parte (melhor, terceira, já que a contagem é decrescente) da "Fear Trilogy", cuja segunda parte virá no álbum Signals(1982) com "The Weapon" e finalmente a terceira parte vem com "The Enemy within" de Grace Under Pressure(1984). Falou!!!

Anônimo disse...

Witch Hunt não tem NADA a ver Com a Cygnus X-1! E a Hemispheres (essa sim, segunda parte da Cygnus), tem 18 min. Valeu!