Eu nunca dei muita atenção para música industrial, achava massante e barulhento, achava mais barulho do que música, achava que o eletrônico não devia se misturar com rock e esse tipo de coisa. Mas quando se abre a mente, se expande os horizonte, e quem conseguiu fazer isso foi o Ministry: Uma versão eletrônica de Motörhead. Bom, daí em diante começei a prestar atenção nesse estilo, mas nenhuma banda conseguiu chamar minha atenção como Nine Inch Nails.
Da primeira vez que eu postei NIN aqui, o som deles tinha me deixado tão perturbado que acabei escrevendo um release bem estranho, não que os outros sejam grande coisa, mas, eu notei que o som refletiu diretamente em mim naquele instante. Trent Reznor, cabeção líder e dono da banda nunca foi uma pessoa muita certa, ou mentalmente saudável, e é justamente isso que ele faz com a música, passa toda a angústia, depressão e raiva para o ouvinte em canções fudidamente cheias desse tipo de sentimento e acaba entrando na tua mente.
Downward Spiral é um álbum conceitual, que mostra o caminho de um jovem que se vê perdido na vida, mostrando sua visão sobre temas como religião, sociedade, sexo e uso de drogas, que boa parte do tempo acaba se confundindo com a vida do baixinho, que estava no ápice de seu vício por alcool e drogas e claro, profundamente afundado em depressão. O que chama a atenção nessa histórinha é a forma que ela é abordada e como foi constituida: As letras se encaixam perfeitamente no som, cada música pode ser escutada e interpretada separada e a capacidade de fazer um disco dessa maneira e ainda conseguir um hit: "Closer" uma música pra lá de controversa que ganhou um clipe mais controverso ainda, e foi editada para poder ir pras rádios.
E como em toda boa história, se tem um bom fim (Pelo menos deveria ser), e o baixinho Reznor fez isso com uma maestria invejável, seja o desfecho de forma literal ou de forma musical. Após tudo que o personagem passou, e depois tudo o que ouvinte enfrentou, um pesadelo, dor e sofrimento em forma de música, a história termina quando ele decide terminar com um suicídio, e a última música, "Hurt" (Canção que ficou extremamente conheçido no vozerão do Sr. Johnny Cash, gravado pouco antes de sua morte), quem canta é sua alma, alertando sobre o que ele fez, mas que agora já não tem volta, genial não?
Pois é, esse disco é considerado por muitos como um clássico da música atual, mesmo sendo lançado em 95, se mantém em boa parte das listas de "Melhores Discos" e não é por acaso. Grande trabalho, a mistura perfeita entre rock, loucura e musica eletronica. Pra baixar, só aquele clica na capa, e vá escutando até eu postar o último disco, Year Zero, que saiu esse ano.
quarta-feira, setembro 05, 2007
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2 comentários:
Muito bom esse disco. Tenho escutado NIN direto ultimamente.
E so´uma sugestao... ao inves de postar o year zero que é até meio fraco comparado com os outros .. posta o the fragile. Apesar de ser cd duplo e´o melhor deles na minha opiniao.
sério que tu conheceu NIN por agora? pega o broken pra escutar, é tenso.
e como que alguem pode dizer que o fragile é o melhor disco deles?
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