Semana passada tive um problema no meu computador, passei ele pra Vista, e não achei driver pro som, aparentemente, fiquei brabo, como eu ia escutar música? Quase louco sem som, catei meu radinho e começei a escutar meus cds, e nossa, fazia um bom tempo que eu não curtia um bom cd. Na verdade, eu nem sabia mais que eu tinha uns cds tão afude, tipo, muito bom escutar o The Wall inteiro, ou curtir a porrada do Death By Stereo ou do Slayer. Mas o mais legal, foi reecontrar esse discão do Clash, pequena jóia chamado de Combat Rock.
Com certeza, o Clash é uma das bandas que eu mais admiro, logo que eu criei esse maldito blog, uma das primeiras coisas foi por o London Calling, obra-prima da banda, com uma das capas mais bonitas da história do rock, é um cd de escutar do início ao fim, sem achar um defeito. Infelizmente na época, eu tava começando essa aventura de disponibilizar discos e escrever alguma coisa, e lendo agora, dá pra ver que o texto era bem tosquinho, mas a intenção era ótima, tratando-se de Clash. Um tempo depois resolvi botar o primeiro disco da banda, o self-titled, que é uma pedrada, e daí sim, já havia uma experiência maior na escrita e tal e já dava pra passar uma imagem melhor dessa banda, pra quem não os conheçem.
Vindo da primeira geração do Punk Britânico, chocaram o mundo, com uma musicalidade nem tão violenta, misturando o rap, o reggae, o dub, o funk num estilo próprio, que trazia a revolta nas letras, nas apresentações e nos atos. Negaram o niilismo e o anarquismo, e se propuseram a ser uma banda verdadeiramente protestante, não apenas chingando todo mundo, o Clash se metia pra valer na política, se envolvendo com grupos anti-nazismo e marxistas.
Impossível falar de Clash sem tocar nesse assuntos, mas quem sabe vamos para o que interessa, que é o disco dos caras. Combat Rock foi lançado em 82 e nesse tempo, a banda já fazia enorme sucesso nos EUA, talvez até mais que no Reino Unido (Quando eu comprei o DVD deles, deu pra tirar uma idéia do que era a idolatração deles na terra do Tio Sam). Até aí tudo bem, porém esse disco trouxe duas músicas que fizeram ser o disco mais vendido da banda, que eram o mega sucesso estilo rock arena "Shoul I Stay Should I Go" (Chópis Centis) e a dançante pop new wave "Rock The Casbah".
Mas não estou postando esse disco por causa destas duas, e sim por todo o conjunto das músicas. Já perdi a noção de quantas vezes escutei esse disco e não enjôo, claro, não é mais o punk 77 da banda, mas são ótimas composições como o funkzão do "Overpowered by Funk", a quebra barraco "Know Your Rights", que tem uma letra afude com um som direto e reto. Composições estranhas como "Atom Tam" e "Gettho Defendant", num reggae-soul, com ótimas linhas de baixos de Simonon, juntam-se ao time de boas músicas com a surpreendente (Para mim) "Red Angel Dragnet". Surpreendente? É, realmente, há um filme que eu já perdi a noção de quantas vezes já olhei, que é Taxi Driver, e nessa músicas há várias passagens das falas de Travis, pois a música se trata exatamente sobre o filme. Essa não é a primeira vez que eu associo o Clash com De Niro e Scorcese, pois no filme O Rei da Comédia, Strummer, Simonon e Jones fazem uma ceninha lá de uns 4 segundos, e são creditados como Street Scum.
Infelizmente, esse foi o último disco da formação clássica, com os três citados antes e mais o baterista Topper Headon, que após a turnê desse disco, sofreu alterações na formação e acabaram lançando apenas um álbum, bombardeado por todos e assim dando fim a uma banda genial. Bom, acho que já falei de mais, tá na hora de clicar na capa e curtir mais um discão de uma banda de rock de verdade.
quinta-feira, maio 03, 2007
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário