terça-feira, setembro 02, 2008

Soilent Green - Inevitable Collapse In The Presence Of Conviction


Falta pouco para acabar o ano, mas já há como perceber que alguns álbuns ficarão no top dos melhores. O Soilent Green é uma das bandas que conseguirá tal proeza, e o mais curioso de tudo é que eles, por lógica, já deveriam estar enterrados há muito tempo. Por quê? Em 2004, o baixista cometeu suicídio ou foi assassinado (a única certeza é que foi uma das duas hipóteses). Em 2005, durante o Furacão Katrina, o vocalista original foi uma das vítimas fatais. Isso é só uma pequena parte do que aconteceu com os caras, pois houve diversas outras coisas, mas eles estão aí, firmes e fortes.
Invevitable Collapse In The Presence Of Conviction, lançado há poucos meses atrás, é um grande marco na carreira do Soilent Green. Além de possuir excelentes músicas, marca a mudança de selo, dessa vez trabalhando com a Metal Blade, e foi produzido pelo mestre Erik Rutan (atual Hate Eternal, ex-Morbid Angel). A fórmula é a mesma dos outros álbuns, aquela que ninguém sabe explicar direito, a qual uns dizem "deathgrind com sludge", "brutal death com punk", entre outros. O esquema não é catar rótulos, mas, sim, pegar as pinceladas de tudo que há e tentar organizá-las aqui, mais ou menos assim: Riffs e escalas totalmente à la Black Sabbath, passagens de puro grindcore instrumental, partes de tempo quebrado e arrastado, vocal agressivo. Por aí...
As melhores faixas são "Antioxidant" e "A Pale Horse And The Story Of The End", pois são as que mais empolgam. Algumas versões contam também com um cover do Exhorder, mas não é o caso dessa do download. Vale a pena conferir!
Quem conhece sabe, e quem não conhece também sabe - nesse último caso sabe o que está perdendo. Download.

4 comentários:

Edmilson disse...

Essa eu não conhecia, e você me deixou curioso. Já baixei e vou escutar. Valeu.

Anônimo disse...

Ai Patrick essa me surpreendeu um pouco, eu achava que o Soilent Green já era com a morte do Scott Williams, juntamente, e principalmente com a do Gene Rambo depois do Katrina. Mas tratando-se do Soilent Green é bem lógico que minha surpresa seja um tanto boba, levando-se em conta a história da banda que inclui diversas mudanças de lineup, acidentes de van, bebedeiras e abuso de drogas afins, assassinato/suicídio, e até uma morte por furacão. Como poderíamos definir isso hoje em dia depois deles estarem de volta com um disco novo? Escolha, determinação, paciência, perseverança, paixão... et al. O Soilent Green é uma banda essencial no gênero apesar de não ser nem um pouco mainstream, fenômeno que aprendi na pele enquanto estive na cena de Death/Grind da costa leste do Canada nos anos 90, onde eles eram idolatrados pela galera mais antenada no estilo. O que pra mim era até um alívio ver que a galera do som pesado não era só Voivod e outros tão em voga na época.
Quanto ao novo disco, achei que o produtor ia F^&$$& com o som deles antes de escutar, pelo contrário, fez um ótimo trabalho, e o que para um fã antigo como eu conta é isso, que o Soilent Green continue sempre a ser Soilent Green. O som é atual mas com a essência da banda intacta, o que mais importa.
Obrigado pela surpresa Patrick, e parabéns pela ótima resenha. Grande abraço a todos do Fukt.

Anônimo disse...

Chuck, tenha certeza de que é por comentários como esse seu que seguimos em frente!
Eu que lhe agradeço por vir aqui e ainda acrescentar todas essas informações.
E, a propósito, dá uma olhada em www.hornsup.net . Na edição #2 há uma entrevista com o Soilent Green, e adivinha o título? "Desgraça pouca é bobagem!" Hahaha!
Um abraço.

Anônimo disse...

"não ser nem um pouco mainstream"
Gravaram com a Relapse e tem contrato com a Metal Blade, tão no mainstreem do metal extremo pra uma banda de deathgrind "descolada".
Acho esse ultimo muito fudido, mas nenhum supera o Sewn Mouth Secrets.