quinta-feira, setembro 27, 2007

Naked City - Radio


John Zorn, musicista americano multi instrumentista é para mim, ao lado de Frank Zappa, os músicos de Avant-Garde que são mais conheçidos pelo público geral. Mentes insanas que alidas com a música fizeram trabalhos pra lá de estranhos e que dispertaram a atenção de muita gente.
Naked City foi um dos seus primeiros projetos, onde o cara era o líder e compositor da banda, e era responsável também pelo Sax. Com um line-up de rock tradicional, contando com bateria, baixo guitarra e vocal, a banda experimentou em todos os elementos musicais possíveis, mas a base para toda essa loucura é o Jazz.
O mesmo que o Julio falou do Painkiller, Jazz clássico, guiado pelo sax, porém, muitas vezes o som toma um rumo inesperado para o lado do Surf Music, para a música clássica, legal não? Mas o mais é legal é quando eles misturam tudo isso com grindcore, heavy metal ou com pitadas de punk-rock, tudo na base da improvização. O mínimo que se tem a dizer, é o resultado é um tanto quanto bizarro, mas é um som extremamente delicioso para as orelhas.
A banda teve pouco tempo de vida, surgiu em 88, e já em 83 resolveram parar, pois Zorn gostaria de experimentar outras coisas, musicalmente falando, é claro. A banda teve o fim em 93 e durante o tempo de vida da banda, eles lançaram 7 discos, que tal? Esse disco, Radio, foi lançado no último ano, e foi o sexto da banda. Eles ainda tiveram uma reunião em 2003 em um festival de Jazz, que são uma parcela dos admiradores da banda, ao lado de muitos headbangers, como fãs de Napalm Death e Carcass, e o mais óbvio, entusiastas de música experimental, como os projetos do Sr. Mike Patton, Mr. Bungle e Fantômas. Falando no Patton, que todo mundo aqui, ou pelo menos boa parte, sabe que eu sou fãzaço do cara, mas claro, não dá pra dizer amém a tudo que ele faz, mas enfim, ele e o Zorn são grandes amigos e já fizeram inúmeras músicas juntos, inclusive, Mike Patton já foi o responsável pelos vocais em alguns shows do Naked City.
Radio é um disco extremamente legal de se escutar, com quase 20 músicas, nas quais você não sabem quando começam e quando chegam a seu fim, devido as estruturas complexas, claro, se você estiver prestando a atenção no seu player, não fica tão difícil. Mas o lance é loucura total, quase sempre como base de Jazz, o som é recheado de gritos esquizofrênicos, alternância drástica de ritmos, do grind ao ambient, e um sax desenfreado e infernal acompanhando toda a loucura, com fortes influências de música de Cartoon.

Um comentário:

chimpa disse...

porra meu ta muito mas muito devagar para baixar, sera q rola de subir em outro lugar?