
Virtual XI, como sugere o nome, é o décimo primeiro disco dos britânicos, segundo, e último, com o vocalista Blaze Bayley. O disco que menos vendeu e uma das maiores decepções dos "fãs". Boa parte do pessoal que gosta de Maiden, normalmente, abomina a era em que Blaze se manteve como frontman, ou até pior, apenas ignoram esse fato, negando ótimos trabalhos, porém para aceitá-los, é necessário entender alguns fatos, que foram importantes para a construção destes discos, em especial este que está sendo postado.
Desde a época em que o vocalista Bruce Dickinson começou sua carreira solo, paralela com o Maiden, após o guitarrista Adrian Smith já ter se demitido, a banda começou a entrar em ruinas, até tendo a possibilidade de acabar, a saída de Dickinson foi quase a gota d'água. Foi quando resolveram escolher Blaze para assumir o microfone, após fazerem teste com uma lista enorme de vocalista, de famosos até zé-ninguém, optaram pela voz da banda Wolfsblane.
O primeiro disco com ele, The X Factor, é realmente um disco que não gosto muito, porém as suas músicas ao vivo ficam muito legais. Aí então que surge o problema, a voz de Blaze é totalmente diferente dos outros dois vocalistas, cada qual conseguia agudos mais obsurdos que o outro, e Blaze com sua voz rouca e seu jeito animalesco, ficava devendo na hora de tocar os clássicos que a platéia queria ouvir, e assim perdia sua credibilidade com os headbangers.
Assim como o álbum antecessor deste, são os dois álbun mais obscuros que o Maiden já fez, que combina totalmente com o estilo de Blaze cantar, e esse é o ponto alto do disco. Anos 90 não foram bons para o Metal, além disso, Steve Harris enfrentava um processo de divórcio, o que fazia a banda entrar mais em paranóia, resultando neste amontuado de músicas. Gosto da variedade de velocidades usadas aqui, desde a velocidade de "Futureal", em umas das músicas mais pauladas, até um metal embromado com teclados de blues, usado extensivamente, de "The Angel And The Gambler". Boa parte das músicas, mostram a fórmula que a banda usaria bastante em seus álbuns seguinte, de canções começando suavemente e vão ganhando ambientação e velocidade durante sua execução, como exemplo máximo o clássico absoluto "The Clansman".
É um álbum que tem que aprender a escutar, por isso que está aqui, ao invés de botar qualquer outra da era Dickinson, ou esses últimos discos meia boca. É digamos que um dos álbuns alternativos da banda, mas que eu te digo novamente: Vale à pena! Pra conferir, clique na capa, que sinceramente, é uma das mais animais, que coincidencialmente, ou não, faz bem o estilo do Blaze.
Um comentário:
anos 90 não foram bom para o metal ??? como assim ??? os maiores discos de metal foram lançados nos anos 90 !!
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