
O que falar dos caras que se auto-rotulam de "Os Reis do Metal"? Bom, na minha opinião, o que há para falar deles, é que, nos últimos anos, eles falaram demais e fizeram pouco, principalmente após esse Louder Than Hell em questão. Nunca foram os "reis do metal", por sinal, isso sequer existe, é apenas uma jogada de marketing que funciona muito bem quando se trata de fisgar o público que está começando a conhecer o mundo pesado do rock. Quem são eles? Os adolescentes de 12 a 15 anos, é claro. Tudo é tão novo e surpreendente, é natural que, para se enturmar, todos queiram dar aquele ar de que conhecem algo realmente bom, ou como diria a linguagem popular: "Fodão". Aí é que entra o Manowar, com suas frases exageradas e suas atitudes "trues" em relação ao mundo do heavy metal. Todo mundo quer ser "true", ninguém quer ser "poser". Os fãs de Manowar - digamos que 90% - parecem que não enxergam a verdadeira palhaçada que o Manowar faz, ou melhor, as poses. Não existe uma irmandade dentro do metal, não existe um reino e muito menos batalhas de aço. O Manowar prega (isso mesmo, PREGA) tudo isso em seus shows, que geralmente parecem mais uma palestra, porque músicas são poucas, levando em consideração o tempo usado por Eric Adams (vocalista) para falar sobre o símbolo do Manowar, que não é um " \,,/ ", e sim um sinal de cruzar os braços... Argh!
Mas como músicos, os caras eram muito competentes. Sempre fazendo um heavy metal com traços de hard rock - por mais que eles neguem, é evidente a percepção ao escutar músicas como "Fighting The World" -, eles conseguiram fixar o nome na cena mundial, talvez mais pela falação, mas seja pela música ou não, ela é boa, demais em alguns discos. Esse aqui é meu preferido, apesar de ter uma fórmula bem simples. Difícil não gostar de linhas instrumentais como a de "Return Of The Warlod", não cantar refrãos como o grudento e animador de "Brothers of Metal", apreciar a balada "Courage", pagar um pau pra letra de "The Power" (leia a tradução clicando aqui), ver que "Today Is A Good Day To Die" é uma instrumental de quase 10 minutos muito bem feita ou não admitir que Scott Columbus é realmente um baterista muito filho da puta para manter os 2 bumbos inquietos o tempo todo em "Outlaw".
Outros álbuns bons são o narcisista Kings of Metal e o conceitual e épico The Triumph Of Steel. Nem procure os álbuns recentes, não passam de enrolação - na minha modesta opinião, é óbvio.
Baixe e curta, mas não se rebaixe a ponto de acreditar ou apoiar as ATITUDES deles.