
Acho que já adiei a postagem desse disco umas trêz vezes, no mínimo, acabava postando outro no lugar ou não sobrava tempo, mas hoje eu acordei decidido a botar esse puta cd no ar.
O Isis foi formado em 97, em Boston e se encontra atualmente em Los Angeles, quando não está em turnê ou gravando. É uma banda relativamente nova, mas que anda chamando muito a atenção com sua música moderna e nada convencional, principalmente em seus últimos discos,
Oceanic de 2002,
Panopticon de 2004, e
In The Absence Of Thruth, último disco, lançado ano passado.
Vêm chamando a atenção principalmente da crítica, que sempre dão notas altíssimas pro discos e dão milhares de elogios, graças ao trabalho que a banda faz, um tipo de som novo, que é meio inclassificável, porém há rótulos que o pessoal fala, por exemplo: Post-Metal, Post-Rock, Progressive Metal, Atmospheric Sludge, Avantgarde Doom, enfim, uma infinidade de maneiras de tentar rotular esse trabalho, que é de certo modo, de vanguarda pós moderna.
Se é difícil achar uma definição para a banda, tu imagina então, tentar dar idéia do som que a banda faz? De Pós Rock ou Pós Metal, a banda tem características, como por exemplo, a forma das músicas, foge do tradicional verso-refrão-verso-outro-refrão-refrão, dificilmente alguma música tera uma estrutura da maneira tradicional e muito menos você vai encontrar refrãos. A banda tem sua origem no Hardcore e no Sludge, que mantém traços até hoje, com certas partes o vocal é agressivo, e a presença de riffs do Sludge. O Isis flerta muito também com o Drone e um musical ambiental, resultando em músicas compridas, e por isso, taxados de Progressive Metal, mas não há nada, absolutamente nada, do Progressive Metal virtuoso e farofento, não há sessions de solos inacabáveis, e sim a presenaça de melodias suaves, junto com uma bateria tribal que acompanha boa parte do disco e faz você viajar pra bem longe.
Letras profundas, e relativamente curtas, levando em consideração o tamanho das músicas, são meio subjetivas e certas horas tem há ver com temas de livros e temas culturais, e boa parte desse material vem da cabeça do líder da banda, Aaron Turner, que já trabalhou com outra banda que é comparada com o Isis, que é o Pelican e também com o caótico Converge, porém, estes trabalhos foram na criação da arte das capas, que é sempre uma obra. Este detalhe é sobre aquilo que eu falava no post do
Trivium, sobre o tal "Metal Inteligente", e dessa vez, eu devo concordar, pois o
Trivium e
Mastodon são bandas de som bem mais extremão, que fazem alguns discos conceituais, e o lance do Isis parece bem mais sério, pelo som, tu já nota que rola um lance intelectual. É progressivo? É, mas não nada tão massante quanto o tradicional, é um progressivo Ambient-Drone, muito legal.
Além de tudo isso, mais um detalhe que me chamou a atenção para buscar material da banda, foi que eles gravam os discos pela Ipecac, gravadora de propriedade de Mike Patton, que grava com artistas de vários estilos, mas que normalmente são sons loucos, que vai de
Fantômas até o querido Ennio Morricone. Enfim, um disco que eu achei simplesmente demais, e vale a pena conferir, um som novo, que eu nunca havia escutado antes. Se ficou afim de conferir, clica aí na capa.